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Zootecnia - Bovinos de corte e leite

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Raças de Bovinos 
(Angus, Indubrasil e Piemontês) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro Universitário Universus Veritas – UNIVERITAS 
2021 
 
Zootecnia Especial Básica - Noite 
 
Professora: Rafaella da Rocha Olivieri de Barros 
 
Carla Cerqueira Martins - 04068721 
Jorgeane Francis da Silva Gomes – 04067408 
Juliana Gonçalves de Oliveira – 04067317 
Noema Miranda Duarte de Oliveira – 04070673 
Tabata Vasconcellos Queiroz – 04061844 
 
 
Introdução 
 
O presente trabalho versará sobre as diferentes raças bovinas, especialmente as raças 
Angus, Indubrasil e Piemontês. 
Iremos aprender sobre essas três raça específicas, apresentando sua importância para a 
pecuária, em virtude de seus benefícios únicos. 
Abordaremos um breve histórico dessas raças, a classificação taxonômica, o grupo, as 
vantagens e características gerais, bem como a particularidade da raça, correlacionando com 
sua importância bioclimática em relação à produção . 
 
Taxonomia 
 
 
Taxonomia é um método utilizado em biologia para nomear, identificar e classificar o seres 
vivos. Ela organiza os grupos e com base em características comuns e os posiciona em 
táxons como reinos, filos, classes, ordens, família, gênero e espécie. 
Em taxonomia, cada grupo taxonômico é chamado de táxon, sendo eles: Espécie, Gênero, 
Família, Ordem, Classe, Filo e Reino. 
 
Classificação Taxonômica dos Bovinos 
 
RAÇAS BOVINAS 
A raça, no geral, pode definir a aptidão do animal, ou seja, definir em qual cadeia produtiva 
(láctea ou cárnea) ele demonstrará melhor desempenho, exceto para raças de dupla aptidão 
que terão esse desempenho dividido, certas vezes, em partes iguais, sendo um bom produtor 
de carne e também um bom produtor de leite. 
Raças específicas para produção de carne são denominadas as raças de corte, e identificá-
las é muito essencial em um planejamento, uma vez que, trata-se de um importante fator 
que pode influenciar na qualidade da carne, sendo possível observar alterações nas suas 
características, como maciez e suculência, além de diferenças no rendimento de carcaça, no 
grau e local de deposição de gordura, e na precocidade, que pode ser definida como a 
velocidade que o animal atinge a puberdade, ou seja, momento em que o crescimento ósseo 
Reino: Animal
Filo: Cordata (com uma coluna vertebral)
Classe: Mamíferos
Ordem: Ungulados (presença de casco)
Suordem: Artiodáctilos (casco fendido) 
Família: Bovidae
Subfamília: Bovinae
Gênero: Bos
Espécie:
Bos Taurus (bovino europeu), Bos Indicus
(bovino zebu)
Grupo: Ruminantes
é cessado, a taxa de crescimento muscular sofre uma queda e há uma intensificação do 
enchimento dos adipócitos, ocasionando a deposição de gordura na carcaça; entre outras. 
 
Quanto às características gerais, as raças bovinas de corte podem ser divididas em quatro 
grandes grupos: 1) raças britânicas, 2) raças européias de grande porte ou raças continentais, 
3) raças zebuínas e, 4) raças européias adaptadas a clima tropical. 
 
A seguir, apresentaremos 3 raças de bovinos. 
 
 
RAÇA ANGUS (Aberdeen Angus) 
 Fonte:https://www.renascerbiotecnologia.com.br 
A origem da raça Angus é especulativa. Há quem acredite que a formação se deu a partir de 
uma raça mocha da Inglaterra, outros defendem a ideia que a formação se deu a partir de 
uma mutação de uma raça primitiva da Escócia, de coloração negra e aspecto carnudo. 
O Aberdeen Angus é uma raça de bovinos destinada à produção de carne de qualidade 
superior e tem destaque entre diversas raças de touro, em virtude da reunião de 
características de caráter positivo que asseguram resultados muito importantes para a 
economia em relação ao gado de corte. Devido à qualidade da carne, à eficiência na 
conversão de alimentos, ao elevado rendimento de carcaça e por ser mocho, a raça Angus é 
muito apreciada para cruzamentos. Sua adaptabilidade permitiu a introdução e difusão em 
muitos países do mundo, onde ocupa um papel importante na produção de novilhos de corte. 
 
Características: 
Ø A raça Aberdeen Angus é de porte médio, pesando as vacas de 600 a 700 kg, e os 
touros, de 800 a 900 kg. Os machos nascem, aproximadamente, com 28 kg e as 
fêmeas com 26 kg. 
Ø Sua carne apresenta boa marmorização (gordura entremeada bem distribuída) e 
rendimento de carcaça elevado 
RAÇA ORIGEM FUNÇÃO
Aberdeem Angus Escócia Carne gorda
Indubrasil Brasil Carne
Piemontês Itália Carne magra
Fig. 1 Fig. 2 
Ø Apresentam pele com pigmentação escura, pelagem negra e uniforme (Fig.2), 
podendo ocorrer ainda indivíduos de pelagem vermelha (Fig.1), denominados Red 
Angus (esta alteração na pelagem é causada por um gene recessivo). 
Ø É uma raça mocha muito utilizada em cruzamentos industriais e na formação de 
novas raças de corte. 
Ø Em média, as novilhas dão a primeira cria aos dois anos. Os bezerros nascem 
pequenos, em comparação com os de outras raças britânicas, mas crescem 
rapidamente. 
Ø As vacas atingem a idade de reprodução com cerca de 15 meses. 
Ø Raça geneticamente mocha com cabeça pequena, curta e larga. 
Ø O corpo é cilíndrico e apresenta-se longo com dorso reto e amplo, além de grande 
profundidade torácica. 
Ø Massa muscular bem desenvolvida 
Ø Baixa exigência nutricional 
Ø Testículos bem desenvolvidos e prepúcio aderido ao corpo 
Ø Cabeça de tamanho médio, pouco alongada, perfil côncavo a reto. 
Ø Olhos amplos, separados. 
Ø Orelhas de tamanho médio. 
Ø Pescoço de comprimento médio musculoso. 
Ø Corpo comprido, de profundidade média, dorso e lombo amplos e compridos, 
quartos muito amplos, pernas amplas, grossas e cheias. 
Ø Pele fina à média, de pêlos finos, curtos, densos e brilhosos. 
 
Além de todas essas vantagens, é importante dizer que essa raça tem grande adaptabilidade 
ao solo brasileiro, bem como extraordinária adaptação às diversas condições climatéricas e 
ambientais. importância bioclimática para raça em relação à produção. 
 
 
Curiosidades: 
Ø No Brasil ocorre uma preferência pela linhagem vermelha (Red Angus). 
Ø Os touros desta raça apresentam alta libido e excelente fertilidade, já as vacas 
destacam-se pela sua facilidade de parto e boa capacidade de aleitamento. 
Ø A raça Angus encontra-se em fase de franca expansão em todo o Brasil, ganhando 
espaço dentro do contexto da pecuária de corte, bem como em projetos de cruzamento 
Industrial, onde imprimi uma terminação precoce e qualidade de carne superior. 
Ø Sua carne é reconhecida como a melhor em todo o mundo, com base nas 
características de maciez, suculência e marmoreado, tornando portanto as perspectivas de 
comercialização as melhores possíveis. 
Ø São bons pastejadores, adaptando-se bem a pastos duros e pobres de campos naturais 
de regiões frias. 
Ø Os bezerros Angus nascem pequenos, o que reduz a taxa de distorcias no parto, 
porém ganham peso rápido, o que é interessante comercialmente. 
 Nos últimos anos, a angus tem sido importante no cruzamento com o gado zebuíno, 
principalmente o nelore, pois o bezerro meio-sangue que nasce herda a rusticidade do 
segundo e sua carne é saborosa justamente por conta do sangue europeu. 
Ø Em 25/11/19 morreu o S2 New Design, Angus de grande destaque da bateria Angus 
da CRV Lagoa, empresa de inseminação artificial localizada em Sertãozinho, no interior 
paulista. O animal era Palheta de Ouro, o que significa que ele tinha muitos filhos 
igualmente top e que conseguia colocar bastante acabamento de gordura nos rebanhos. E 
acabamento de gordura é fundamental para a qualidade da carne. Exigência da pecuária 
moderna. Segundo a CRV Lagoa, o touro tinha uma facilidade toda particular para 
padronizar as carcaças. Mais de 250 mil doses de sêmen do touro famoso foram vendidas, 
o que propiciou uma receita de R$ 3 milhões. 
 
INDUBRASIL 
 
 
O Indubrasil foi obtido, em 1930, a partir da fusão entre Gir, Guzerá e Nelore, no Estado 
de Minas Gerais, especificamente na região do Triângulo Mineiro. O primeiroregistro 
genealógico na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) aconteceu em 
1938. 
 O Indubrasil está em um momento de grande evolução genética, conforme a diretoria da 
ABCI. A evolução citada é resultante advém, sobretudo, dos investimentos em pesquisa e 
programas de melhoramento no Brasil, realizados, especialmente na Universidade de 
Uberaba (Uniube) e na EMBRAPA, todos com a parceria da entidade de raça e da 
Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). A raça está sendo selecionada para 
duplo propósito, com excelentes resultados em produção de leite e de carne, estando apta 
para enfrentar os desafios de produzir proteína animal a baixo custo. 
 
Características 
Ø Habilidade materna, docilidade e conversão alimentar estão entre os destaques da 
raça. 
Ø Boa adaptação em confinamentos, com ótimo ganho de peso diário e 
bom rendimento de carcaça. 
Ø Dupla aptidão e grande heterose nos cruzamentos (vigor híbrido dos cruzados, 
quando comparado às raças sintéticas). 
Ø Orelhas grandes (a maior entre os bovinos), grande porte, com as fêmeas podendo 
atingir 750 kg na fase adulta (casos de 900 kg) e os machos adultos com peso 
máximo de 1000 quilos (recordes acima de 1.200kg). 
 
Entre todas as qualidades e benefícios do Indubrasil, o grande destaque na atualidade é 
a evolução genética, com o intuito de obter resultados excelentes de produção de leite e de 
carne. Segundo Djenal Tavares Queiroz Neto, criador e diretor da ABCZ, a raça está apta 
para enfrentar desafios de produzir proteína animal a baixo custo. 
Atualmente o Rio Grande do Sul possui o maior mercado de sêmen da raça. Podem ser 
utilizados em cruzamentos com animais de sangue zebu como de europeu. Já há inclusive 
cruzamento do Indubrasil com o gado Holandês. 
 
Curiosidade 
- Esta raça já teve outros nomes: Induberaba, Induaraxá , Indubahia, Induporã. Com o 
nome Indubrasil aprovado em 1929 oficialmente 
- O Indubrasil já representou quase 80% o rebanho nacional, em 1940. 
- Em 1946, os EUA importaram este animal para melhoramento do Brahman 
 
PIEMONTÊS 
 
O gado piemontês é originário de uma região isolada pelos Alpes no norte da Itália, o 
Piemonte. O primeiro registro da raça data de 1887, e as primeiras importações para o Brasil 
aconteceram em 1974. 
Há estudos que afirmam que o piemontês surgiu de um cruzamento natural. Cerca de 25 mil 
anos a.C, animais zebuínos provenientes da área onde hoje existe o Paquistão teriam 
migrado em direção ao norte italiano e cruzado com o gado europeu que habitava a região. 
O piemontês tem porte médio e pelagem branco-acinzentada sobre pele negra, herança 
marcante do zebu primitivo. 
Sua característica mais marcante é a dupla musculatura, que lhe garante um alto rendimento 
de carne. O traseiro dos animais é avantajado, com músculos bem definidos e aparentes. A 
pele e os ossos são finos, resultando em maior rendimento de carcaça. 
 
Características: 
Ø A cabeça é pequena, curta e o perfil é reto; as orelhas são pequenas, finas e com 
poucos pêlos; os olhos são vivos, mas não salientes; os chifres são curtos, grossos 
e dirigidos para frente, sendo que no Brasil se realizada descorna tanto nos machos 
como nas fêmeas. 
Ø O pescoço é musculoso, curto e bem implantado, com a barbela discretamente 
desenvolvida, chegando até o externo. 
Ø Apresenta um porte médio, com excelente comprimento e largura de garupa. 
Ø As pernas são curtas, todo o corpo é coberto por uma abundante massa muscular e 
tem uma finíssima capa de gordura. Sua carne é muito magra, não apresentando 
marmorização e a diferente composição das fibras lhe assegura uma grande maciez. 
 
Ø A principal característica da raça é o seu rendimento de carcaça e de desossa. 
Em 1886 os fazendeiros italianos notaram desenvolvimento de traços da característica 
conhecida como musculatura dupla, e logo reconheceram a vantagem para produção de 
carne. 
Ø Dupla aptidão (carne e leite). 
Ø No Brasil a raça Piemontesa tem se fixado por, seus excelentes resultados como 
raça para cruzamento com zebú. 
Ø Os resultados de abate dos animais 1⁄2 sangue tem apresentado rendimento de 
carcaça entre 54 e 60%. 
Ø Os animais são abatidos com 16 a 18 arrobas entre 24 e 30 meses em regime de 
pasto absoluto. 
Ø O Piemontês tem boa adaptação ao clima tropical em regime de pasto no Brasil. 
No entanto, sofre com os ecto e endoparasitas. 
 
Curiosodades: 
 
Ø Somente 2% dos animais que ingressam no centro genético italiano, são aprovados 
para serem doadores de sêmen. 
Ø A fertilidade da raça Piemontesa é outro aspecto muito positivo, sendo a raça 
precoce e muito fértil, as fêmeas entram em reprodução entre 13 e 15 meses e os 
machos começam a ser testados em sua progênie entre 12 e 13 meses. 
Ø O gado Piemontês atual é o melhor exemplo da característica de dupla musculatura, 
com ossos e pele fina. 
Ø Como resultado o Piemontês tem o melhor rendimento de carcaça e melhor 
porcentagem de cortes de todas as raças. 
Ø O Piemontês é uma raça moderna. Sua produção de carne é diferenciada porque 
agrada os consumidores e atende as exigências dos produtores. 
Ø Há tendências que no futuro dominarão as raças (como Piemontês) que apresentem 
bom rendimento a qualquer idade, precocidade, alta conversão alimentar e 
produzem carne com baixo teor de gordura. 
Ø A habilidade materna e uma boa produção de leite, são também características 
dominantes nas fêmeas mestiças. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
https://famez.ufms.br/files/2015/09/RAÇAS-BOVINAS-E-A-QUALIDADE-DA-
CARNE.pdf Acesso em: 13 fev. 2021. 
http://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/doc/doc63/caracter.html Acesso em: 13 fev. 2021. 
http://www.reproducao.ufc.br/taurinos.pdf Acesso em: 13 fev. 2021. 
https://www.canalrural.com.br/programas/conheca-gado-bovino-piemontes-60212/ 
Acesso em: 14 fev. 2021. 
http://www.dzo.ufla.br/ca/informacoes/Bovinos/PIEMONTES.htm Acesso em: 14 fev. 2021. 
https://www.ruralcentro.com.br/noticias/54930/historia-da-raca-indubrasil Acesso em : 14 
fev.2021. 
http://www.acgz.com.br/secao_racas.php?pagina=6 Acesso em: 14.fev.2021.

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