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Características Morfológicas dos Bovinos de Corte

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Tipologia animal: Características 
Morfológicas dos Bovinos de Corte
Patrícia Albuquerque
Viktor Veras
Fortaleza – CE
Abril/2020
Universidade Estadual do Ceará - UECE
Faculdade de Veterinária - FAVET
Zootecnia Geral
Introdução2
Introdução
3
A bovinocultura de corte é um dos principais 
sistemas de produção do Brasil.
Movimenta o capital do país. 
Características morfológicas permitem uma leitura 
crítica dos tipos biológicos dos animais.
Tipos morfológicos mais eficientes para 
diferentes ambientes.
Introdução
4
Entre as principais raças de corte, estão as Zebuínas: Guzerá, Gir, Nelore, Indubrasil, 
Brahman e as Europeias: Angus, Limousin, Hereford, Charolês, Chianina, Marchigiana, 
Shorthorn, e ainda os cruzamentos: Brangus, Braford, Santa Gertrudes, Canchim. 
(MAPA, 2013).
A avaliação e as características do produto 
final são de suma importância para a 
rentabilidade de quem produz e vende e 
também para quem consome.
O melhoramento genético das espécies 
bovinas especializadas em corte visa uma 
maior e melhor produção de carne. 
Guzerá Brahman Limousin Charolês
Objetivos
5
• Expor dados históricos sobre a introdução do rebanho bovino no
Brasil, bem como sua evolução até a especialização na produção
de carne;
• Salientar a importância econômica da bovinocultura de corte para
e país e para o mundo;
• Ilustrar as características da carne bovina e seus diferentes cortes;
• Exemplificar as principais raças especializadas na produção de
carne, bem como algumas características que determinam seu
padrão racial;
• Comentar a interação do trinômio genótipo-ambiente-mercado na
Bovinocultura de Corte;
• Demonstrar características almejadas em programas de cruzamento.
Bovinocultura de Corte6
Bovinocultura de Corte
7
É principal atividade econômica não voltada a 
exportação no período colonial.
Inicialmente se destacavam como animais de 
tração nos engenhos e também para alimentar 
as pessoas que ali trabalhavam.
Em 1534 chegava à capitania de São Vicente 
o primeiro lote de bovinos enviados a Martim 
Afonso de Souza. 
A criação de bovinos irradia-se pelo país, 
de forma bastante primitiva e com animais 
de padrão racial não definido.
No final do segundo século de ocupação, a 
criação de bovinos foi proibida próximo às 
regiões litorâneas para impedir a 
competição com cultura de cana de açúcar.
Bovinocultura de Corte
8
Os animais de então eram grandes, ossudos, 
pouco cuidados em seus ferimentos, apenas 
vigiados para que não fossem roubados ou 
ficassem selvagens.
Uma fazenda de 11.000 hectares produzia 
em média de 250 a 300 cabeças por ano.
Nas regiões de São Paulo, Minas Gerais e Goiás os rebanhos eram 
mais bem cuidados, eram ministrados sal e farelos, os pastos eram 
divididos por cercas de pau-a-pique ou pedras e periodicamente 
queimados para haver o “rebrote dos verdes”.
9
Bovinocultura de Corte
A partir de 1870 inicia-se a 
importação de novas raças de origem 
europeia. 
O melhoramento do padrão racial 
buscando animais com maior aptidão 
para a carne deu-se principalmente no 
Rio Grande do Sul.
Decreto 833 de 31/10/1910 Criação o Serviço Veterinário do Ministério da Agricultura
Decreto 7.945 de 07/04/1909 Regulação da instalação de frigoríficos 
Instalação de postos zootécnicos e fazendas modelo 1912
10
Bovinocultura de Corte
Em meados de 1970, a Bovinocultura de 
Corte era considerada como uma das mais 
importantes atividades econômicas da 
agropecuária brasileira.
Em 2018, o Brasil tinha o segundo maior 
rebanho de bovinos de corte com mais de 
232 milhões de cabeça (IBGE)
Brasil lidera o pódio de exportação de carne 
bovina.
No consumo de carne bovina em termos 
absolutos, ou seja, em milhões de 
toneladas, o Brasil perde apenas para os 
Estados Unidos e a China.
A bovinocultura brasileira é um dos principais 
destaques do agronegócio no cenário mundial.
Anatomia Externa dos Bovinos de 
Corte: Ezoognósia
11
Anatomia Externa dos Bovinos de Corte: 
Ezoognósia
12
13
Anatomia Externa dos Bovinos de Corte: 
Ezoognósia
Em algumas raças zebuínas a marrafa se situa
praticamente na extremidade superior da
cabeça, pois, apresenta localização bem
traseira.
Em outras raças, a fronte pode mostrar uma saliência ou crista
óssea, de tamanho variável, que desce até a parte inferior do
osso, e que recebe a denominação de nimbure ou nimburi, ou
ainda nimburg.
O perfil da fronte juntamente com o do chanfro
caracterizam o perfil da cabeça.
Retilínea
Concavilínea
Convexilínea Ultra-convexo/Sub-convexo
Ultra-côncavo/Sub-côncavo
14
Anatomia Externa dos Bovinos de Corte: 
Ezoognósia
A giba ou cupim está presente nos 
Zebuínos. Situa-se no alto da cernelha.
Tem por base anatômica os músculos 
rombóide e trapézio. Varia de dimensões 
conforme o sexo e a raça.
O braço, região par localizada entre a paleta e o antebraço. Seu 
limite posterior é o codilho. A base anatômica é constituída pelo 
osso úmero e músculos. A beleza desta região, nos bovinos de 
corte, está no desenvolvimento muscular.
O costado deve ser longo, arredondado e profundo. O 
arqueamento das costelas determina maior ou menor amplidão 
da caixa torácica. No gado de corte, deve ser bem revestido por 
massa muscular.
Sistema de Avaliação dos Bovinos de 
Corte
15
Reprodutores e 
Doadoras 
(sêmen, embriões 
e animais vivos)
Rebanho multiplicador
Rebanho comercial, cria, recria e 
engorda
Estruturação Comercial do Gado de Corte
Criação de um Sistema de Avaliação de Bovinos
EPMURAS
Se identificam os biótipos mais eficientes e 
produtivos para cada sistema de produção.
Sistema de Avaliação dos Bovinos 
de Corte
16
17
Sistema de Avaliação dos Bovinos de 
Corte
Estrutura Corporal (E): corresponde ao tamanho ou
área do animal visto de lado, do dorso/lombo ao
chão, considerando as pernas. Trata-se basicamente
do comprimento corporal e altura do animal.
Os escores em todos os quesitos variam de 1 a 6
Precocidade (P): corresponde à relação entre o
comprimento de costelas e altura de membros. O
objetivo é identificar animais com maior
profundidade de costelas, que tende a depositar
gordura de acabamento mais cedo.Esse
acabamento é possível de ser observado na virilha
baixa e arredondamento das massas musculares,
baseado em menos ossos salientes, de pontos
específicos, como a inserção da cauda, maçã do
peito, paleta e coluna vertebral.
18
Sistema de Avaliação dos Bovinos de 
Corte
Musculosidade (M): Corresponde ás evidências
de massas musculares, principalmente
observadas no posterior e na linha dorso-
lombar, regiões onde estão situados os cortes
nobres. Animais mais musculosos são mais
pesados e apresentam maior rendimento de
carcaça
Umbigo (U): corresponde ao tamanho e
posicionamento da prega umbilical,
considerando bainha e prepúcio nos machos.
Importante característica para as condições de
produção brasileira – basicamente a pasto.
Animais com umbigos muito pendulosos estão
mais susceptíveis a patologias, podendo
comprometer a reprodução.
19
Sistema de Avaliação dos Bovinos de 
Corte
Adaptabilidade do animal ao ambiente 
tropical brasileiro
Caracterização Racial (R): Todos os itens
previstos nos padrões raciais determinados
pela Associação Brasileira dos Criadores de
Zebu (ABCZ) devem ser considerados. O tipo
racial é um distintivo comercial forte e tem valor
de mercado.
20
Sistema de Avaliação dos Bovinos de 
Corte
Aprumos (A): São avaliados por meio das proporções,
direções, angulações e articulações dos membros anteriores e
posteriores. No Brasil, a maioria dos animais é criada a pasto,
com suplementação mineral. Com isso, os animais são
obrigados a percorrerem grandes distâncias, favorecendo
aqueles de melhores aprumos. Na reprodução, bons aprumos
são fundamentais para o macho efetuar bem a monta e para
a fêmea suportá-la, além de estarem diretamente ligados ao
período de permanência do indivíduo no rebanho.
CaracterísticasSexuais (S): Busca-se masculinidade nos machos
e feminilidade nas fêmeas. Estas características deverão ser
tanto mais acentuadas quanto maior a idade dos animais
avaliados. Avaliam-se os genitais externos, que devem ser
funcionais, de desenvolvimento condizente com a idade
cronológica. Características sexuais do exterior do animal
parecem estar diretamente ligadas à eficiência reprodutiva.
Carne Bovina21
Carne Bovina
22
É uma das variedades de 
carne mais consumidas na 
Europa, nas Américas e na 
Austrália.
A carne bovina é um tabu 
culinário em algumas 
culturas.
A carne muscular pode ser 
cortada em bifes, em peças, 
desfiada ou moída. O 
sangue bovino também 
utilizado em algumas das 
variedades de morcelas.
Carne Bovina
23
Rico em proteína, vitaminas do 
complexo B, sais minerais, fonte de 
ferro, zinco, fósforo, potássio, magnésio 
e selênio.
Ajuda na saúde do coração e 
do sistema nervoso
O corte de carne apresenta tecido 
muscular, tecido conjuntivo, gorduras e às 
vezes ossos
Classificação das carnes
•Categoria especial: contrafilé ou lombo,
filé mignon;
•1º categoria: coxão mole, coxão duro,
patinho, lagarto, alcatra;
•2º categoria: paleta, acém, capa de filé,
aba de filé, fraldinha, peito;
•3º categoria: pescoço, ponta de agulha;
•Sem categoria: músculo dianteiro, músculo
traseiro e cupim.
Principais Raças Bovinas de Corte24
Principais Raças Bovinas de Corte
25
 Angus
• É uma raça europeia (Escócia)
• Adaptação mais fácil nas regiões Sul e
Sudeste do Brasil.
• É um gado rústico, de tamanho médio,
mocho e com pelagem que variam entre
vermelha e preto.
• Apresenta alta fertilidade, maturação
sexual precoce, facilidade de parto,
habilidade materna, resistência a
enfermidades, elevado ganho de peso,
longevidade e ainda tem boa produção
leiteira.
• Representa cerca de 6% da produção
nacional, sendo difundida e mais
consumida no Brasil devido às redes de
fastfoods (hambúrgueres)..
Principais Raças Bovinas de Corte
26
 Brahman • Originária do Bos taurus indicus levados da Índia
para os Estados Unidos
• Seu pelo é curto, brilhante e grosso e sua pele é
pigmentada. Já a pelagem varia entre a
vermelha e a cinza, sendo mais frequente a
cinza claro. Outro aspecto relevante da pelagem
é que os machos sempre são mais escuros que as
fêmeas.
• Possui tamanho médio, boa adaptação a altas
temperaturas, não é tão exigente quanto à
qualidade do alimento, são resistentes a
parasitas, possuem desenvolvimento e
crescimento muscular rápido, apresenta boa
habilidade materna e longevidade.
• Foi um dos primeiros zebuínos a chegarem ao
Brasil, nos séculos XIX e XX, e é uma raça
presente também em diversos países.
Principais Raças Bovinas de Corte
27
 Brangus
• Originada nos Estados Unidos, mediante o
cruzamento entre Brahman (3/8) e Angus (5/8).
• Possuem tamanho médio, são simétricos,
balanceados, largos, com costelas bem
arqueadas, são musculosos e possuem boa
estrutura óssea. São mochos, apresentam cascos
e pele pigmentados.
• Em relação à pelagem, ela pode variar de preto
a vermelho, apresentando também algumas
manchas brancas.
• Possui facilidade para o aumento de peso, tem
comportamento dócil, possuem boa habilidade
materna e são resistentes a ectoparasitas e as
intempéries do clima.
• É considerada uma raça rentável e atualmente o
Brasil detém dois milhões de cabeças.
Principais Raças Bovinas de Corte
28
 Caracu • Originada no Brasil. Foi criada a partir das raças
Transtagana, Minhota e Alentejana (se especula a
raça Mirandesa também).
• A pelagem varia entre bege, vermelha e
castanha, seu pelo é liso e também é mocho. Em
relação ao tamanho, essa raça é considerada de
tamanho médio e as vacas pesam entre 550-700
Kg e os touros entre 900-1200 Kg.
• Possui boa habilidade materna, boa fertilidade,
serem dóceis, resistentes ao calor e a parasitas,
não é tão exigente quanto à alimentação, tendo
capacidade de engorda satisfatória mesmo em
pastos não tão bons.
• A caracu foi muito produzida na época do Brasil
Império, chegando ao Brasil para suprir a
demanda de zebuínos, e hoje é considerada como
um patrimônio da pecuária.
Principais Raças Bovinas de Corte
29
 Charolês • Oriunda da França.
• Possui tamanho grande e é considerada uma raça
pesada, sendo que as vacas pesam entre 560-
950 Kg e os touros pesam entre 900-1250 Kg.
• Os pelos são curtos durante o verão e crescem e
se espessam durante o inverno, variando de
acordo com a região onde ele é criado. Já a
pelagem varia entre o branco e o creme.
• Tem musculatura forte e bem desenvolvida e é
conhecida pela frequência com que ocorre
reprodução de bezerros gêmeos.
• Além da utilização como gado de corte, o
charolês também é utilizado nos trabalhos das
propriedades como força motriz.
• Um fato curioso é que a carne do Charolês é
considerada mais saudável devido ao baixo
índice de gordura e colesterol.
Principais Raças Bovinas de Corte
30
 Gir
• Tem origem indiana e chegou ao Brasil no fim do
século XIX.
• O Gir possui um perfil craniano ultra-convexo
(fronte larga e proeminente) e a base do chifre é
direcionada a parte de trás do animal, crescendo
de forma retorcida e para baixo.
• Sua pele é solta, fina, flexível e pigmentada e seu
pelo é curto, fino e sedoso. Em relação à pelagem,
é vermelha ou amarela e pode apresentar
combinações como gargantilha, chitada e rosilha.
• Detém de boa longevidade, de boa habilidade
materna, de boa resistência térmica ao calor e
aos parasitas. São animais dóceis e possuem uma
musculatura bem distribuída e abundante em todo
o corpo, sendo utilizados tanto para produção de
carne, quanto para produção de leite.
Principais Raças Bovinas de Corte
31
 Guzerá
• Originada da Índia e do Paquistão, a Guzerá é
considerada a primeira raça de zebuíno trazida
para o Brasil, em torno de 1870.
• É considerada de grande porte e sua pelagem
varia em tons de cinza. A Guzerá é uma raça
resistente à seca e é conhecida por sua
fertilidade.
• Hoje em dia os rebanhos são predominantes na
região Nordeste, mas também há ocorrências na
região Sudeste. No Brasil essa raça é utilizada
para produção de carne e de leite, mas na Índia
ela também é utilizada como transporte e como
animais de tiro.
• Diversas raças bovinas foram derivadas da
Guzerá, dentre elas é possível citar exemplos
como a Tabapuã, a Indubrasil e a Brahman.
Principais Raças Bovinas de Corte
32
 Indubrasil
• É uma raça originária do Brasil, a partir do
cruzamento das raças Gir, Nelore e Guzerá.
• É uma raça de grande porte, são dóceis e suas
orelhas longas e caídas, sua cabeça de tamanho e
largura mediana e seu perfil craniano sub-
convexo são característicos.
• Em relação à pelagem, ela é curta e apresenta a
cor branca, cinza ou vermelha.
• Além disso, a Indubrasil é uma raça que possui
grande desenvolvimento muscular, o que a
caracteriza como uma excelente produtora de
carne.
• Devido a sua rusticidade e poder de adaptação é
uma raça muito difundida pelo Brasil, entretanto o
Nordeste e o Triangulo Mineiro se destacam como
centros de seleção importantes.
Principais Raças Bovinas de Corte
33
 Nelore • Oriunda da Índia e chegou ao Brasil ao fim do
século XVIII.
• É caracterizado por ser uma raça de porte médio
a grande.
• É uma raça dócil, rústica, resistente a intempéries
climáticas e a parasitas, são caracterizados por
possuírem uma musculatura compacta, são
dotadas de boa fertilidade, as fêmeas possuem
boa habilidade materna e atingem a maturidade
sexual precocemente.
• Em relação à pelagem, ela pode variar entre
branca, cinza e manchada de cinza. Os pelos são
curtos e densos e a pele é pigmentada, fator que
contribui para a proteção contra raios solares. Os
cornos também são pigmentados e são firmemente
implantados no crânio, sendo cônicos mais
espessos na base e as orelhas são curtas.
• É a raça de gado mais produzida
do Brasil, dominado 85% do
rebanho nacional,porém é
predominante na região Centro-
oeste
Melhoramento Genético em Bovinos 
de Corte
34
Melhoramento Genético em Bovinos de 
Corte
35
Melhoramento genético é importante para o aumento da rentabilidade da 
bovinocultura, alcançando um patamar competitivo e se estabelecendo no mercado 
• O trinômio Genótipo-Ambiente-Mercado, se baseia na interação entre o potencial 
genético do gado com o ambiente em que o mesmo está inserido e com as 
exigências que o mercado impõe. 
• Nesse contexto é necessário que análises e avaliações sejam feitas para que o 
trinômio Genótipo-Ambiente-Mercado seja levado em consideração na estruturação 
de um bom programa de melhoramento genético. 
Mercado
Bom
Programa de 
Melhoramento 
Genético
36
 Ferramentas para o melhoramento genético
Melhoramento Genético em Bovinos de 
Corte
Seleção Cruzamento
Quando o cruzamento é utilizado para 
a adaptação de um rebanho ao 
ambiente de que forma que os 
descendentes sejam mais produtivos que 
os pais, isso é chamado de aclimação.
Acasalamento entre dois 
indivíduos da mesma raça, 
selecionados por suas 
características e designados a 
gerar descendentes que 
enriqueçam o potencial 
genético do rebanho.
Melhoria ou a fixação de 
alguma característica de 
importância, aumentando a 
frequência de alelos favoráveis 
no rebanho, levando em 
consideração evitar doenças 
congênitas
Não é realizado entre indivíduos da 
mesma raça, mas sim de raças distintas. 
Entretanto, um dos pais precisa ser de 
raça pura para que assim ocorra uma 
exploração da heterose dos 
descendentes visando à melhoria 
genética e o incremento na 
produtividade. 
37
Melhoramento Genético em Bovinos de 
Corte
 Características das raças bovinas de corte
Raças britânicas:
Em ambiente adequado, os 
representantes dessas raças apresentam 
boa taxa de sobrevivência e taxas 
reprodutivas e de crescimento boas o 
suficiente para produzir carcaças de 
ótima qualidade. Como desvantagens, 
eles possuem partos distócicos, muita 
gordura na carne em altos pesos e uma 
taxa de conversão menor que as raças 
continentais;
Raças continentais:
É caracterizado pelo alto potencial de 
crescimento, boa conversão alimentar, 
altos pesos de abate e carcaça com 
pouca gordura. Entretanto, os 
representantes destas raças ainda 
apresentam partos distócicos e peso 
adulto elevado, o que requer grande 
exigência para mantença desses animais;
38
Melhoramento Genético em Bovinos de 
Corte
 Características das raças bovinas de corte
Raças zebuínas:
Apresentam baixa taxa de crescimento 
quando comparados às raças europeias, 
baixo índices reprodutivos e carcaças 
com pouca aceitabilidade devido a sua 
carne dura. Entretanto, apresentam 
excelente taxa de sobrevivência, boa 
habilidade materna e são muito 
tolerantes a temperaturas elevadas e a 
parasitas;
Raças europeias adaptadas ao clima 
tropical: 
Existem representantes principalmente na 
América do Sul, sendo raças que 
passaram por processos de seleção para 
associarem características interessantes, 
como a adaptabilidade das raças 
zebuínas e a alta produtividade das 
raças europeias.
39
 A escolha e os tipos de sistemas de cruzamento
A escolha de um sistema adequado leva em consideração fatores como:
 Ambiente;
 Mercado;
 Mão-de-obra disponível;
 Nível de gerenciamento;
 Sistema de produção;
 Viabilidade de uso de inseminação artificial;
 Objetivo do empreendimento;
 Número de fêmeas;
 Quantidade e tamanho dos pastos.
Melhoramento Genético em Bovinos de 
Corte
40
 A escolha e os tipos de sistemas de cruzamento
Ao se iniciar um programa de cruzamentos o que se objetiva é um ou mais dos 
benefícios a seguir:
 Explorar a heterose;
 Sincronizar características de desempenho e de adaptabilidade dos recursos 
genéticos com os recursos do meio ambiente;
 Incrementar o potencial genético do rebanho com a utilização de uma raça mais 
produtiva com uma menos produtiva, como a SRD;
 Formação de novas raças ou de novos grupos genéticos.
Melhoramento Genético em Bovinos de 
Corte
41
 A escolha e os tipos de sistemas de cruzamento
Em qualquer dessas situações, a superioridade dos mestiços é aferida quando eles 
possuem ao menos uma diferença em relação aos pais ou ao rebanho, sendo elas:
 Maior frequência de genes favoráveis; 
 Maior frequência de heterozigose nos loci com dominância;
 Melhor adaptabilidade a situações particulares de produção ou de mercado.
Em relação aos tipos de sistema de cruzamento existem quatro tipos: 
. 
Melhoramento Genético em Bovinos de 
Corte
Simples 
ou 
Industrial
Contínuo 
e 
Absorvente
Rotacionado
ou 
Alternado
Tricross
42
 A escolha e os tipos de sistemas de cruzamento
Melhoramento Genético em Bovinos de 
Corte
(P) A X B 
(F1) ½ A ½ B 
O primeiro tipo é o simples ou industrial. 
Esse tipo de cruzamento é caracterizado pela 
exploração da geração F1, na qual não há 
uma continuidade e tanto machos, como 
fêmeas são destinados ao abate. Nessa 
situação, há uma necessidade que parte do 
rebanho de fêmeas seja mantida como 
rebanho puro para produção de fêmeas de 
reposição, tanto para o rebanho puro, quanto 
para aqueles que produzirão mestiços. Caso 
contrário, estas fêmeas precisarão ser obtidas 
de outros criadores. 
Simples ou Industrial
43
 A escolha e os tipos de sistemas de cruzamento
Melhoramento Genético em Bovinos de 
Corte
Já o cruzamento contínuo e absorvente é caracterizado pela 
utilização constante de uma raça que tende a substituir a outra, gerando 
um animal puro por cruzamento. Nesse tipo visa o aprimoramento 
produtivo do rebanho, absorvendo a raça menos adaptada ou produtiva, 
por uma mais interessante no ponto de vista do produtor. 
Contínuo e Absorvente
(P) A X B → (½ A + ½ B) 
(F1) (½ A + ½ B) X A → (3/4 A + 1/4 B) 
(F2) (3/4 A + 1/4 B) X A → (7/8 A + 1/8 B)
(F3) (7/8 A + 1/8 B) X A → (15/16 A + 1/16 B) 
(F4) (15/16 A + 1/16 B) X A → (31/32 A + 1/32 B)*
*Puro por cruzamento
44
 A escolha e os tipos de sistemas de cruzamento
Melhoramento Genético em Bovinos de 
Corte
No caso do cruzamento rotacionado ou alternado, são utilizados 
reprodutores com raças diferentes, alterando entre as gerações, para 
produzir raças sintéticas. Nesse sistema, visa à sinergia de duas raças 
como uma forma de aproveitar os alelos importantes de ambas as raças e 
desenvolver uma mais adaptada e produtiva para o meio em que está 
inserida.
Rotacionado ou Alternado
(P) A X B → (½ A + ½ B) 
(F1) (½ A + ½ B) X A → (3/4 A + 1/4 B) 
(F2) (3/4 A + 1/4 B) X B → (5/8 A + 3/8 B)*
*Puro sintético
45
 A escolha e os tipos de sistemas de cruzamento
Melhoramento Genético em Bovinos de 
Corte
Por fim, o tricross é um tipo de sistema de 
cruzamento que é semelhante ao alternado, entretanto 
são utilizadas três raças diferentes que vão originar 
uma nova. 
Tricross
(P) A X B → (½ A + ½ B) 
(F1) (½ A + ½ B) X C → (1/4 A + 1/4 B + ½ C)
Conclusão
46
Portanto, é possível concluir que a bovinocultura de corte é uma 
atividade econômica que faz parte da cultura brasileira, sendo 
desenvolvida desde os primórdios da colonização. Além disso, ficou 
comprovado que a bovinocultura é de extrema importância para economia 
nacional, movimentando milhões de reais e gerando empregos. Ademais, foi 
possível expor que há muitas análises e esforço científico no aprimoramento 
da cultura, especializando os rebanhos cada vez mais para que o trinômio 
genótipo-ambiente-mercadoseja alcançado e, assim, se obtenha animais 
com bom potencial genético, adaptados ao meio em que estão inseridos e 
suprindo a necessidade do mercado consumidor.
Bibliografia
47
• Anatomia dos Bovinos. Disponível em: http://zootecniablogs.blogspot.com/2013/03/regioes-do-corpo-dos-
bovinos.html Acesso em: 07 de abril de 2020.
• Avaliação e Julgamento como ferramenta para seleção produtiva de bovinos de corte. Disponível em:
https://www1.ufmt.br/ufmt/unidade/userfiles/publicacoes/93e4dc5003b2e34ed835fb9c149aaa6d.pdf. Acesso
em; 08 de abril de 2020.
• Avaliação Visual – EPMURAS Descritivo. Disponível em:
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