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Vírus: Características e Replicação

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1 BCMOL 2 | Citologia | Lucas Silva 
Vírus 
 
▪ Não é uma célula 
▪ Não pertence a nenhum dos reinos 
▪ São seres submicroscópicos 
▪ Não se reproduzem 
▪ Não possuem metabolismo próprio 
▪ Parasitas intracelulares obrigatório: Plantas, 
animas e outros microrganismo. 
▪ São genes móveis capazes de: passar de uma 
célula para outra e modifica o metabolismo 
celular para sua reprodução. 
 
Obs.: As alterações celulares causadas pelos vírus 
são visíveis a nível celular. Porém, os vírus somente 
podem ser vistos através da microscopia eletrônica. 
 
▪ A morfologia viral é definida pela forma e pela 
composição das subunidades proteicas do 
capsídeo. 
▪ Em relação ao material genético 
o Presença de genoma (fita simples ou dupla) 
o DNA (multiplicação nuclear com ou sem 
integração) 
o RNA (multiplicação no citosol) 
 
→ Grupo I – Vírus de DNA fita dupla 
→ Grupo II – Vírus de DNA fita simples 
→ Grupo III – Vírus de RNA fita dupla 
→ Grupo IV – Vírus de RNA fita simples positivo 
→ Grupo V – Vírus de RNA fita simples negativo 
→ Grupo VI – Vírus de RNA fita simples positivo 
dependente de enzima transcriptase reversa. 
→ Grupo VII – Vírus de DNA fita dupla dependente 
de enzima transcriptase reversa. 
 
✓ Os vírus DNA necessitam de uma multiplicação 
nuclear, podendo ou não se integrar ao genoma 
da célula hospedeira. Aqueles que não se 
integram ao genoma precisam ir para o núcleo 
porque é onde se encontra a maquinaria para a 
replicação do DNA viral. 
✓ Os vírus de RNA apresentam reprodução 
exclusiva no citosol da célula hospedeira, uma 
vez que a maquinaria para a tradução de 
proteínas virais já estão presentes no citosol. 
 
▪ A camada externa do vírion é o capsídeo ou 
envelope → Proteção e veículo de transmissão. 
▪ Lipídios – presentes em vírus envelopados e faz 
parte da membrana celular da célula hospedeira 
▪ Proteínas (moléculas antigênicas) 
o Replicação do genoma 
o Empacotar o genoma e entrega-lo a outras 
células hospedeiras 
o Para modificar estrutura/função das células 
(aumentar a replicação viral) 
▪ Presença de DNA ou RNA: cadeia simples ou 
dupla 
▪ Capsídeo: Formados por subunidades proteicas, 
os capsômeros. 
o Estrutura rígida → resiste a severas 
alterações ambientais – ressecamento, 
ácido e detergentes. 
o São transmitidos pela via fecal-oral 
o Vírus não envelopados 
▪ Capsômeros: Estrutura proteica que envolve e 
protege o genoma 
▪ Invólucro lipoprotéico (envelope): Bicamada 
fosfolipídica com proteínas virais 
o Pouco resistente → Rompida por 
ressecamento, ácidos, detergentes e 
solventes apolares → inativação do vírus 
o São transmitidos por fluidos, sangue e 
tecidos 
o Podem apresentar espículas → complexos 
de carboidratos e proteínas que se projetam 
da superfície do envelope. 
o O envelope é adquirido por brotamento da 
célula hospedeira → parte da MP 
▪ Vírion: Partícula viral completa e extracelular 
capaz de infectar uma célula 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 BCMOL 2 | Citologia | Lucas Silva 
▪ Simetria helicoidal 
o Capsômeros organizados como uma hélice, 
seguindo a fita de RNA fita simples 
o Cada três nucleotídeos se combinam com 
um capsômero 
o Combinação do RNA com as moléculas 
proteicas 
o Tamanho dos virions 
o Estabilidade 
▪ Simetria icosaédrica – Virions em forma de um 
icosaedro – 20 faces. 
▪ Simetria complexa – Não apresenta uma 
simetria especifica como os outros dois. 
 
 
▪ As principais etapas de replicação viral são as 
mesmas para todos os vírus. 
▪ A célula hospedeira fornece os substratos, 
energia e a maquinaria necessária para a 
replicação. 
▪ Esse processo pode alterar drasticamente a 
célula hospedeira e causar a sua morte. 
 
1. Entrada na célula 
2. Desmontagem da partícula viral infecciosa 
3. Replicação do genoma viral 
4. Transcrição dos genes virais e síntese de 
proteínas virais 
5. Montagem das partículas virais 
6. Liberação dos virions 
 
Adsorção 
o A replicação viral se incia com a adsorção → 
Reconhecimento e fixação do vírus na célula-
alvo. 
o A estrutura de fixação viral num capsídeo do 
vírua pode ser parte do capsídeo ou uma 
proteína que se estende a partir do capsídeo. 
o Nos vírus envelopados, os sítios de adesão são 
espículas localizadas na superfície do envelope. 
o A ligação de vários sítios promove a adsorção. 
 
Penetração 
o A interação entre as VAPs e os receptores 
celulares iniciam a internalização do vírus para 
dentro da célula. 
o Alguns vírus entram nas células-alvo por 
endocitose mediada por receptores. 
o Os vírus envelopados penetram, geralmente, 
por fusão na membrana plasmática e libera o 
capsídeo no citoplasma da célula. 
Descapsidação 
o Vírus de DNA → deve ser transferido para o 
núcleo 
o Vírus de RNA → Permanece no citoplasma 
o A descapsidação se inicia por fixação a um 
receptor, por ação de um ambiente ácido ou por 
proteases de endossomosos ou lisossomos. 
 
Transcrição, tradução e replicação 
o O genoma deve se dirigir a síntese de RNAm viral 
e de proteinas para gerar novas cópias do vírus 
o Vírus de DNA → replica o genoma no núcleo, 
usando enzimas virais e sintetizam as proteinas 
no citoplasma usando enzimas do hospedeiro. 
o Vírus de RNA → se multiplicam da mesma forma 
que os vírus de DNA, mas todo o processo ocorre 
no citoplasma. 
o Algumas proteinas virais requerem 
modificações pós-traducionais, tais como 
fosforilação, glicosilação, acilação ou fulfatação. 
 
Maturação 
o A montagem começa quando as proteínas 
estruturais do vírus atingem uma concentração 
citoplasmatica suficiente para iniciar o processo 
espontaneamente. 
o Vírus de DNA → A montagem ocorre no núcleo 
e requer que as proteinas virais sintetizadas no 
citoplasma sejam transportadas para o núcleo. 
o Vírus de RNA → Toda a montagem ocorre no 
citoplasma. 
o As glicoproteinas virais do vírus envelopados são 
transferidos para a membrana da célula. 
 
 
 
 
3 BCMOL 2 | Citologia | Lucas Silva 
Obs.: Modelo simplificado de reprodução viral uma 
vez que cada vírus, a depender do tipo de material 
genético, apresenta um tipo de reprodução 
especifica. 
 
Multiplicação lítica dos bacteriófagos 
As bactérias infectadas morrem 
1. Adsorção: O fago se fixa a parede celular 
2. Penetração: Ocorre a injeção do DNA viral 
3. Eclipse: Processo de montagem dos novos 
virions 
4. Liberação: Saída dos virions formados, com lise 
celular. 
 
Multiplicação lisogênica dos bacteriófagos 
1. Não ocorre a destruição das células hospedeiras 
2. DNA do vírus liga-se ao cromossomo bacteriano 
e se multiplica 
3. Vírus não virulento 
 
Obs.: No ciclo lisogênico o vírus está na sua forma 
inativa, sem provocar a infecção viral, mas esse o 
ciclo lítico pode ser ativado e desencadear o 
processo de reprodução de novos virions e 
desencadear a infecção viral 
 
Multiplicação dos vírus em animas 
Não possuem estruturas especializadas para fixação 
1. Adsorção 
o Afinidade por glicoconjugados 
o Penetram por pinocitose – endossomos 
o Penetração direta – Fusão do envelope 
viral com a membrana plasmática 
2. Eclipse 
o Síntese das proteínas, ácidos nucleicos e 
montagem viral 
 
 
 
 
 
Obs.: Entrada do vírus na célula hospedeira 
 
 
Obs.: Retrovírus – Constituem uma categoria de 
vírus envelopados de RNA que apresentam a enzima 
Transcriptase Reversa. Essa enzima utiliza o RNA 
viral como molde para a síntese de um DNA fita 
dupla. Esse DNA viral é integrado ao cromossomo da 
célula hospedeira na forma de um provírus. Na 
forma de provírus ele fica protegido do sistema 
imunológico e dos fármacos antivirais. O provírus 
pode permanecer por anos no estado latente, mas, 
por alguns fatores, podem ser induzidos ao estado 
lisogênico, produzindo novos vírus e 
desencadeando a infecção viral. 
 
 
▪ Horizontal: Ocorre de forma indivíduo-
individuo, intra ou interespécie. 
▪ Contato direto: indivíduo infectado com 
susceptível 
▪ Contato indireto com fômites, aerossóis e 
agulhas (veículos/vetores) 
▪ Vertical: mãe para o filho 
 
Obs.: As portasde entradas são variadas para os 
diversos tipos de vírus e é importante que o vírus 
entre pela sua porta especifica. 
 
 
▪ Entrada e replicação primária 
▪ Disseminação viral e tropismo celular 
▪ Lesão celular enfermidade clinica 
▪ Recuperação da infecção 
▪ Disseminação viral 
▪ Excreção viral: Secreções respiratórias, fezes, 
pele, trato geniturinário, leite materno, sangue. 
 
 
 
4 BCMOL 2 | Citologia | Lucas Silva 
Condições necessárias: 
▪ Penetrar no hospedeiro pela via adequada 
▪ Realizar replicação primária em tecidos 
próximos à entrada 
▪ Escapar dos mecanismos naturais de defesa do 
organismo 
▪ Disseminar-se para os tecidos e órgãos-alvo 
▪ Replicar eficientemente nesses tecidos 
▪ Produzir ou não injuria tecidual 
 
 
 
Obs.: Uma infecção viral é bastante dispendiosa 
para o hospedeiro, devido a tentativa de se livrar 
daquela infecção. 
 
Estratégias utilizadas pelos vírus para sua 
evasão do sistema imunológico 
▪ Rápida interrupção da síntese de 
macromoléculas do hospedeiro 
▪ Comprometimento da produção de antígenos 
virais (menor resposta imunológica para aquele 
vírus) 
o Restrição da expressão gênica 
o Infecção em sítios pouco acessíveis ao 
sistema imunológico 
o Variações antigênicas (adquirido pelo vírus – 
Pode ocorrer por mutações (drift) ou por 
combinação (shift) entre tipos diferentes do 
vírus) 
▪ Interferência com a apresentação de antígenos 
pelo MHC I e MHC II (complexo principal de 
histocompatibilidade) 
▪ Interferência com a atividade das células NK 
▪ Interferência com função das citocinas 
o Produção de homólogos virais de 
reguladores celulares de citocina 
o Neutralização da atividade das citocinas 
o Produção de receptores de citocinas solúveis 
▪ Inibição da apoptose 
▪ Nem sempre o individuo exposto ao vírus irá 
desenvolver a infecção viral. 
 
O conceito iceberg das infecções virais. A maioria 
das infecções virais não resulta em efeitos 
perceptíveis em nível de hospedeiro. As 
manifestações clinicas, quando ocorrem, 
constituem-se em reflexos da disfunção e patologia 
em nível celular e tecidual. 
 
▪ Vírus são imunógenos complexos com tropismo 
por determinadas células. 
▪ Infecção → Resposta imunológicas 
▪ Resposta imunológica → Eliminação do vírus ou 
Persistência do vírus (correlacionada a alguns 
padrões do vírus) 
▪ Persistência do vírus → Infecção latente (com 
ou sem replicação) ou Infecção crônica (HIV – 
HBV) 
▪ Genoma viral → Pode estar integrado ao 
genoma do hospedeiro (HIV) ou pode se 
apresentar de forma independente no interior 
da célula hospedeira (VHS) 
 
→ Efeitos citopáticos – Mudança na morfologia 
das células hospedeira 
→ Efeitos líticos – Provoca o rompimento celular 
→ Reativação de infecções latentes – Ocorre 
devido a imunossupressão do paciente. Outro 
patógeno que estava latente começa a se 
manifestar (HIV e Tuberculose). 
→ Corpúsculos de inclusão – Componentes virais 
não utilizados (vírus da raiva) 
→ Transformação da célula hospedeira – 
Alteração genética das células hospedeiras 
(proteínas do HPV inibindo a p53) 
→ Sincícios ou células gigantes - Fusão de várias 
células 
 
 
 
 
 
5 BCMOL 2 | Citologia | Lucas Silva 
Efeitos citopáticos 
▪ As alterações morfológicas que ocorrem 
quando as células são infectadas por vírus são, 
até certo ponto, características para cada grupo 
de vírus e recebem o nome de efeito citopático 
(EPC). 
▪ O ECP não permite a identificação do vírus, mas 
fornece uma base para um agrupamento 
preliminar deste vírus 
▪ Os vírus multiplicam-se no núcleo ou no 
citoplasma das células, onde se agrupam 
formando massas chamadas “corpúsculos de 
inclusão”. 
▪ Nas lesões produzidas nos tecidos infectados 
pelos vírus, poderemos encontrar células como 
corpúsculos de inclusão. 
 
 
Células do tipo epitelial, de cultura normal 
formando camada monocelular contínua. 
Apresentam o citoplasma corado em rosa e o núcleo 
em azul, com um, dois, ou três nucléolos bem 
evidentes. 
 
 
Efeito citopático produzido por poliovírus e outro 
picornavírus: as células apresentam-se pequenas, 
com formas irregulares, isoladas ou em grupos, com 
o citoplasma eosinófilo e o núcleo picnótico e 
reduzido em volume. 
 
 
Efeitos citopáticos produzido por adenovírus: as 
células infectadas apresentam-se grandes, 
arredondadas, e, às vezes, reunidas em “cachos”, 
com alterações nucleares evidentes e 
características. Corpúsculos de inclusão: eosinófilos 
nucleares ou massas cristalinas basofílicas, segundo 
o tipo adenovírus. 
 
Efeito citopático produzido pelo vírus do sarampo: 
As células infectadas mostram-se multinucleadas, 
hiperplásicas, mas seus núcleos apresentam 
estruturas ainda conservadas. Há “pontes 
citoplasmáticas” intercelulares, que conferem a 
algumas células a forma estrelada. Corpúsculo de 
inclusão: eosinófilos, nucleares ou citoplasmáticos 
 
 
Efeitos citopáticos produzido pelo vírus respiratório 
sincicial: as células infectadas formam sincícios. 
Vírus possui genoma de RNA de fita simples e 
apresenta envelope. Corpúsculo de inclusão: 
eosinófilos e citoplasmáticos 
 
 
Efeito citopático produzido pelo vírus do Herpes 
simplex: as células infectadas apresentam-se mono 
ou multinucleadas (sincícios), com núcleos em graus 
variáveis de degeneração. Corpúsculo de inclusão: 
nucleares e eosinófilos, circundados por halo claro 
(corpúsculo de inclusão de Lipschutz). 
 
 
Efeito citopático produzido pelo Citomegalovírus: 
O vírus da citomegalia é um vírus pertencente à 
família do Herpesvírus. O material da lâmina é corte 
histológico de glândula salivar, corado pelo método 
da hematoxilina-eosina. Veem-se células 
aumentadas (cerca de oito vezes o tamanho das 
 
6 BCMOL 2 | Citologia | Lucas Silva 
células normais circundantes), fazendo saliência na 
luz dos ductos salivares. Os núcleos se tornam 
volumosos e forma-se um corpúsculo de inclusão 
no seu interior, que está corado em azul escuro e 
circundado por um halo claro. 
 
 
Sincícios (células gigantes multinucleadas) 
encontrados no espaço alveolar, formados por 
pneumócitos com núcleos grandes, citoplasma 
granular e nucléolo proeminente (seta vermelha). 
Os sincícios são alterações citopáticas comuns em 
infecções virais, sendo também encontrados em 
pulmões de pacientes com SARS-COV-2. 
 
 
Alterações histopatológicas no fígado de um 
paciente com COVID-19. Com infiltrado inflamatório 
(seta preta) e células com gordura – esteatose 
(asterisco) 
 
 
Aumento do núcleo e da relação núcleo-citoplasma, 
binucleação, irregularidade nuclear, hipercromasia 
nuclear e halo claro peri-nuclear. Provocado pelo 
vírus do HPV. 
 
 
Obs.: Principais fatores envolvidos na 
carcinogênese induzida pelo HPV. 
(A). Estabelecer uma infecção persistente. Os HPVs 
evoluíram para sincronizar seu ciclo viral com o 
processo natural de diferenciação dos 
queratinócitos e, portanto, nenhuma reação 
inflamatória é induzida durante este ciclo. 
(B). Transformação maligna. Uma vez estabelecida 
uma infecção persistente, o SI pode eventualmente 
eliminar o vírus, mas em alguns indivíduos a 
infecção por HPVs de alto risco induz a 
transformação maligna. Durante esse processo, o 
genoma viral é integrado ao DNA do hospedeiro e à 
amplificação concomitante de E6 e E7. 
Paralelamente, o sistema imunológico falha em 
detectar ou eliminar células transformadas. 
(C). Progressão do tumor. Mutações se acumulam e 
as células imunes não respondem apenas às células 
transformadas pelo vírus, mas também células 
malignas sequestram o sistema imunológico, 
induzindo um ambiente inflamatório crônico. 
(D). Fatores contribuintes: predisposição genética, 
coinfecção com outros microrganismos e uma 
microbiota alterada. 
 
Consequências das infecções virais 
▪ Favorece infecções secundárias 
▪ Indução de autoimunidade 
o Pela exposição de Ag normalmente 
inacessíveis ao Sist. Imuno 
▪ Depleção de células do sistema imuno (LT CD4+) 
– HIV 
▪ Formação de imunocomplexos nos fluidos 
corporais (Ag virais coexistindocom Ac 
específicos) 
o Depósito nos rins, vasos, articulações 
o Resposta inflamatória à lesão tecidual 
 
 
▪ Técnicas sorológicas 
▪ Isolamento viral por cultura de células 
o Bactérias, embriões de galinha, cultura de 
células 
o Observação do efeito citopático / Detecção 
de antígenos virais 
▪ Citologia e histologia 
o Morfologia celular (inclusões, agregados 
virais) 
o Papanicolau e Giemsa 
▪ IF direta 
o HSV (esfregaço de pele) 
o CMV (leucócitos periféricos) 
▪ Análise de ácidos nucleicos – NAT 
o Rápida e sensível 
▪ Não amplificação: Hibridação in situ (EBV), 
captura hibrida (HPV) 
▪ Amplificação da sequência: PCR, RT-PCR, PCR 
real-time. 
 
 
7 BCMOL 2 | Citologia | Lucas Silva 
HIV 
▪ Vírus envelopado 
▪ Material genético: RNA 
▪ Possui enzima transcriptase reversa 
▪ O HIV é um retrovírus 
▪ O HIV ataca o sistema imunológico invadindo as 
células TCD4+ (linfócitos auxiliares) 
▪ O RNA do vírus produz uma cópia de DNA que se 
reproduz na célula hospedeira 
▪ A célula invadida começa a reproduzir o RNA 
que permitira a fabricação de novos vírus 
▪ Os novos vírus vão em direção a outras células 
para invadi-las 
▪ Pode desencadear a síndrome da 
imunodeficiência humana adquirida (AIDS) 
o Fase final da infecção pelo HIV 
o Aparece quando há menos de 200 células 
TCD4+ por mm³ no sangue (normal: 
800/1200) 
o Esta forma de deficiência do sistema 
imunológico pode demorar vários anos para 
se manifestar 
o O doente sofre de infecções oportunistas 
(tuberculose, pneumocistose, 
toxoplasmose) ou de tumores cancerígenos. 
 
Viroses dermotrópicas – Vírus Herpes 
▪ Formas de transmissão: Vias aéreas (oral e 
respiratória), contato pessoa-pessoa, contato 
com objetos contaminados com vírus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vírus hepatotrópicos 
▪ HAV – Hepatovírus – Fecal-oral 
▪ HBV – Hepadnavírus – Sangue, sexual, materno-
fetal, percutânea 
▪ HCV – Flavivírus – Sangue, percutânea, sexual 
▪ HDV – Deltavírus – Sangue – Necessita infecção 
concomitante ao vírus B 
▪ HEV – Calicivírus – Fecal-oral 
 
Obs.: Os vírus B, C e D apresentam infecções na 
forma crônica e o vírus da hepatite C está associado 
ao transplante de fígado. 
 
Viroses multisistêmicas 
Sarampo 
▪ Doença infecciosa aguda e viral, provocada pelo 
morbilivírus, com elevada transmissibilidade e 
que pode acometer pessoas de qualquer idade. 
▪ A transmissão ocorre de pessoa para pessoa por 
secreções nasais expelidas ao tossir, espiraar ou 
falar 
▪ Os sintomas envolvem tosse, febre, manchas 
avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, 
conjuntivite 
▪ As possíveis complicações envolvem infecção 
nos ouvidos, pneumonia, convulsões e lesões no 
sistema nervoso. 
▪ Vacina: Tríplice viral 
 
Caxumba 
▪ Doença altamente contagiosa causada pelo 
vírus Paramyxovirus, transmitido por contato 
direto com gotículas de saliva de pessoas 
infectadas 
▪ Os sintomas envolvem febre, dores de cabeça, 
musculares, fraqueza 
▪ Existe vacina 
 
Arboviroses 
 
Obs.: A reinfecção por dengue é ainda mais grave, 
podendo evoluir para a dengue hemorrágica. 
 
 
8 BCMOL 2 | Citologia | Lucas Silva 
Vírus do Papiloma Humana (HPV) 
▪ Doença sexualmente transmissível mais comum 
entre homens e mulheres 
▪ Provoca lesões e verrugas genitais e câncer de 
colo de útero. Também pode provocar câncer 
de pênis e câncer de ânus 
▪ A transmissão se dar por contato direto com a 
pessoa infectada durante a relação sexual e 
compartilhar toalhas e roupas íntimas usadas 
▪ As principais formas de prevenção é o uso de 
preservativo e o acompanhamento por exame 
Papanicolau (busca por lesões iniciais) 
▪ Vacinas: bivalente (contra os tipos 16 e 18) e 
quadrivalente (contra os tipos 6, 11, 16 e 18) 
 
Viroses do trato respiratório 
▪ Existem 3 tipos de vírus da Influenza (A, B e C), 
sendo o mais comum e o que apresenta vacina 
é o da Influenza A 
▪ O vírus influenza do tipo A está associada ao 
desenvolvimento das pandemias e é o tipo que 
tem a maior variabilidade genética. 
▪ Seus subtipos são identificados pelas diferenças 
de suas proteínas de superfícies, a 
hemaglutinina (H) e a neuraminidase (N) 
▪ A influenza do tipo B possui 2 cepas, a Yamagata 
e a Victoria 
▪ A influenza do tipo C é muito raramente 
associada a infecções, surtos e epidemias 
▪ Alguns vírus podem estar associados ao 
resfriado comum, como os Rhinovirus, o vírus da 
parainfluenza, Adenovírus e vírus respiratório 
sincicial

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