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Metabolismo Hepático

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Metabolismo 
Hepático
Plano de apresentação
• Informações Gerais
• Bilirrubina
• Macronutrientes
• Armazenamento 
• Sistema imune
• Função endócrina
• Exercício físico
• Insuficiência hepática
• Transplante 
• Doença hepática
• Marcadores
• Fisiopatologia 
Informações 
gerais 
jn
• Maior órgão do corpo
humano
• Estrategicamente situado
no sistema circulatório →
suprimento sanguíneo
duplo
• Lóbulo hepático →
unidade funcional básica
Função imunológica
Função endócrina
Síntese de proteínas
Formação de fatores de 
coagulação
Armazenamento de 
vitaminas e ferro
Formação da bile
Filtração e armazenamento 
de sangue
FUNÇÕES DO FÍGADO
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Função imunológica
Função endócrina 
Síntese de proteínas
Formação de fatores de 
coagulação
Armazenamento de 
vitaminas e ferro
Formação da bile
Filtração e armazenamento 
de sangue
FUNÇÕES DO FÍGADO
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Função imunológica
Função endócrina
Síntese de proteínas
Formação de fatores de 
coagulação
Armazenamento de 
vitaminas e ferro
Formação da bile
Filtração e armazenamento 
de sangue
Metabolismo
FUNÇÕES DO FÍGADO
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Função imunológica
Função endócrina
Síntese de proteínas
Formação de fatores de 
coagulação
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vitaminas e ferro
Formação da bile
Filtração e armazenamento 
de sangue
Metabolismo
FUNÇÕES DO FÍGADO
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Função imunológica
Função endócrina
Síntese de proteínas
Formação de fatores de 
coagulação
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vitaminas e ferro
Formação da bile
Filtração e armazenamento 
de sangue
Metabolismo
FUNÇÕES DO FÍGADO
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Função imunológica
Função endócrina
Síntese de proteínas
Formação de fatores de 
coagulação
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vitaminas e ferro
Formação da bile
Filtração e armazenamento 
de sangue
Metabolismo
FUNÇÕES DO FÍGADO
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Função imunológica
Função endócrina
Síntese de proteínas
Formação de fatores de 
coagulação
Armazenamento de 
vitaminas e ferro
Formação da bile
Filtração e armazenamento 
de sangue
Metabolismo
FUNÇÕES DO FÍGADO
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Função imunológica
Função endócrina
Síntese de proteínas
Formação de fatores de 
coagulação
Armazenamento de 
vitaminas e ferro
Formação da bile
Filtração e armazenamento 
de sangue
Metabolismo
FUNÇÕES DO FÍGADO
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Anatomia e 
histologia
Lóbulo hepático
Septos e Sinusoides
Arteríolas Hepáticas
Sinusoides venosos
Espaços de Disse
Fluxo Sanguíneo a 
partir da Veia Porta e 
da Artéria Hepática 
Reservatório de 
sangue 
Fluxo linfático
Sistema 
macrofágico
Metabolismo
Da
Bilirrubina
Fígado 
Conjugação ExcreçãoCaptação
•degradação do grupo
heme
• fontes no organismo
quebra de eritrócitos
maduros→80-85%
da produção total
Bilirrubin
a
Hiperbilirrubinemia
Hiperbilirrubinemia não conjugada 
Hemólise (esferocitose, 
anemia falciforme)
Eritropoiese ineficaz 
Diminuição da 
captação/ transporte 
Distúrbio da 
conjugação
Drogas
Jejum
Sepse
Síndrome de Gilbert
Sindrome de Crigler-
Najjar
Drogas 
Doença hepatocelular 
Aumento da produção 
de bilirrubina 
Hiperbilirrubinemia conjugada 
Defeitos na excreção de 
bilirrubina (defeitos intra-
Hepáticos)
Obstrução biliar extra-
hepática 
Síndrome de Dubin – Johnson
Síndrome de rotor
Doença hepatocelular
Drogas 
Sepse 
Cálculo
Estenose 
Tumores
Metabolismo
Dos
Carboidratos
Armazenamento de 
Grandes quantidades 
de Glicogênio 
Conversão da 
galactose e da frutose 
em glicose
Gliconeogênese 
Formação de 
compostos químicos 
Função energética
Manutenção dos níveis de 
Glicose 
Metabolismo
Das
Proteínas
Desaminação dos 
Aminoácidos 
Formação de ureia 
para a remoção da 
amônia dos líquidos 
corporais 
Formação das 
proteínas 
plasmáticas 
Intercornversões entre 
diversos aminoácidos e 
síntese de outros 
compostos a partir 
deles 
Metabolismo de Proteínas 
• Desaminação→ pode acontecer em outros tecidos 
• Amônia = processo de desaminação + bactérias do intestino
• Ureia 
• Proteínas plasmáticas 
• Depleção das proteínas do plasma 
• Doença hepática crônica 
• Síntese de aminoácidos não essenciais
Metabolismo
Dos
Lipídios
Oxidação dos ácidos 
graxos para suprir 
energia para as outras 
funções corporais 
Síntese colesterol, 
fosfolipídios e da maior 
parte das lipoproteínas
Síntese de Gordura a 
partir de proteínas e 
carboidratos 
Metabolismo de Gorduras 
•Gordura → Glicerol e ácidos graxos 
•Ácidos Graxos→ b- oxidação→ acetil → Acetil-coA
•Acetil coA → ciclo do ácido cítrico
•Ácido cetoacético
• Fosfolipídios 
Armazenamento
De
Substâncias 
Armazenamento de substâncias
• Vitaminas A, D , E e K – lipossolúveis, armazenadas principalmente nas células
de Ito
• Vitamina B12;
• Ferro ;
• Acido fólico;
• Entre outras
Armazenamento de Vitaminas
• Em maior quantidade: vitamina A; estoque por até 10 meses
• Grandes quantidades de vitaminas D e B12 (estoque de pelo menos 1 ano)
Armazenamento de substâncias
• Doença hepática gordurosa não alcoolica (DHGNA) X vitamina D
• Divergências
• Alguns estudos, como o publicado em 2015 , pelo Journal of Hepatology,
mostraram não haver associação entre os níveis de vitamina D com
resistência à insulina e a gravidade da esteatose hepática não alcoolica ;
• Em 2016, American Journal of Gastroenterology , Nelson et al. → deficiência
de vitamina D pode estar envolvida nas vias pró-inflamatórias da NASH
• Perspectiva : efeitos benéficos da suplementação de vitamina D em pacientes
com DHGNA
Armazenamento de Ferro
• FERRO
• Eritropoese→ ferro presente na hemoglobina;
• Cofator para enzimas
Armazenamento de Ferro
• Maior proporção de ferro no corpo é armazenada na forma de ferritina no fígado
• Células hepáticas: grande quantidade de apoferritina
• → Pode combinar-se reversivelmente com o ferro
• Ferro em excesso no sangue → combina-se com apoferritina → ferritina
armazenada nas células hepáticas → “ tampão de ferro sanguíneo”
Fígado e a Homeostase do Ferro
• Corpo humano sem mecanismo específico para excreção do ferro →
FÍGADO : regulador central da homeostase do ferro
Fígado e a homeostase do ferro-
Mecanismos
• Reciclagem de ferro dos eritrócitos senescentes por macrófagos do sistema
reticuloendotelial
• Macrófagos no fígado→ produção de citocinas inflamatórias em resposta a antígenos
e agentes infecciosos→ IL-6 se liga com receptor no hepatócito → indução da via da
hepcidina
• Hepcidina: proteína regulatória produzida pelo fígado → induz a internalização da
FPN ( controla efluxo de ferro )→ limita a liberação de ferro no sangue
• Obs: expressão de hepcidina é controlada por muitos estímulos, incluindo
inflamação, eritropoese, hipóxia
• Armazenamento de substâncias 
• Sistema imune
• Função endócrina 
Sistema 
Imune
Função imunológica
• FÍGADO : importante tampão entre o conteúdo intestinal e a circulação
sistêmica
• sangue chega rico em antígenos da dieta e componentes da microbiota;
• eliminação dessas substâncias;
• imunovigilância contra agentes infecciosos e células malignas
Função imunológica
✓Depuração do sangue ;
✓Produção e liberação de citocinas;
✓Regeneração;
Função imunológica
Depuração do sangue
Células de Kupffer: 80 a 90 % da população de macrófagos do sistema
reticuloendotelial
Filtro para circulação sistêmica : removem do sangue partículas
exógenas estranhas ( como bactérias , endotoxinas, parasitas ) e
endógenas
< 1 % das bactérias que entram pelo s. porta chegam a circulação
sistêmica
Função imunológica
Produção e liberação de citocinas
• Produção de:
→proteínas de fase aguda;
→Componentes do complemento;
→Citocinas e quimiocinas;
• Diversa população de células imunes residentes
Função imunológica
FISIOLÓGICO
• fígado constantemente bombardeado por produtos
bacterianos da própria microbiota e sustâncias provenientes
da alimentação com potencialinflamatório
→ Processo inflamatório : regulado por um estado de
“equilíbrio “
→ Falha → infecções crônicas, crescimento de tumores e
doenças autoimunes
Função imunológica
FISIOLÓGICO
• fígado constantemente bombardeado por
produtos bacterianos da própria microbiota e
sustâncias provenientes da alimentação com
potencial inflamatório
→ Processo inflamatório : regulado por um
estado de “equilíbrio “
→ Falha → infecções crônicas, crescimento de
tumores e doenças autoimunes
Rápida Troca de moléculas
Receptores PRR expressos por hepatócitos e células de Kupffer ligam-se à
padrões moleculares MAMP e DAMP (padrões moleculares associados a
danos), que após se ligarem→ fagocitose→ degradação;
→ Sem envolvimento de citocinas pro-inflamatórias, protegendo o corpo de
uma ativação imunológica excessiva
Facilitação das trocas :
✓Baixa pressão com que o sangue chega;
✓ Endotélio fenestrado ;
✓Falta de uma membrana basal
Função imunológica
CÉLULAS
MIELOIDES
• CK : 90 % dos
macrófagos fixos
no corpo
• CD
• células
granulocíticas
LINFOIDES
• inata: NK
• adaptativa : L. T e
B (subconjunto
especial no
fígado →↑ em
infecções virais
NÃO 
HEMATOPOIÉTICAS
• células estreladas 
→ podem 
expressar PRRs
HIPÓTESE:
✓ Algumas populações
imunes se diferenciam no
fígado ;
✓ Células progenitoras
hematopoéticas hepáticas
purificadas reconstruiram
populações de células
imunes após irradiação
letal em ratos
Função imunológica
HOMEOSTASE SISTÊMICA E RESPOSTA DE FASE AGUDA
FÍGADO : síntese da maioria das proteínas séricas , incluindo :
✓ proteínas do complemento;
✓albumina;
✓fibrinogênio;
✓ fatores de coagulação;
✓ proteínas de transporte;
✓inibidores de protease ;
✓ lipoproteínas
Função imunológica
Vários sítios do corpo → resposta inflamatória → liberação de citocinas no sangue →
chega ao fígado→ detecta→ liberação de proteínas de fase aguda
EFEITOS PROTEÍNAS DE FASE AGUDA :
✓aumento da leucocitose na medula óssea ;
✓alterações nervosas→ pirexia e mudanças comportamentais ;
✓infiltração maciça de células imunes no local inicial da inflamação
Ao mesmo tempo→ limita a inflamação excessiva
✓proteases→ inibem a função dos neutrófilos;
✓proteina C reativa→ inibe produção de TNF
Função imunológica
IMUNIDADE E FIBROSE
Injúria aguda, morte celular ou 
infecção: → hepatócitos liberam 
DAMPs e/ou MAMPs →
reconhecidos por células 
residentes (CR)
-CR sativadas → mediadores 
inflamatórios → recrutamento de 
leucócitos e diferenciação de 
células estreladas / de Ito em 
fibroblastos → síntese de matriz 
extracelular → início da fibrose 
- início da inflamação → liberação 
de agentes para limitar o 
processo, atraindo leucócitos e 
induzindo apoptose de 
miofibroblastos → regeneração 
tecidual 
Ausência ou ineficiência fase de 
resolução → inflamação 
persistente → desenvolvimento 
progressivo de fibrose hepática e 
cirrose 
Regeneração
• O fígado pode se restaurar após perda de tecido tanto por hepatectomia parcial, como 
por lesão hepática , ( não complicada por infecção virótica ou inflamatória)
• Durante regeneração , os hepatócitos se replicam 1 ou 2 vezes e depois que o tamanho e 
volume hepático normais sejam atingidos → voltam ao estado de repouso;
Controle da regeneração :
• Mal compreendido ;
• HGF fator mais importante da divisão e crescimento de células hepáticas; produzido 
pelas células mesenquimais e outros tecidos
• Hepatectomia parcial: níveis sanguíneos de HFG se elevam por mais de 20 vezes 
• Outros envolvidos : fator de crescimento epidérmico,TNF, IL-6
Função 
Endócrina
Função endócrina
• Fígado é capaz de converter importantes hormônios e vitaminas em uma forma mais
ativa;
DESTACAM –SE :
✓Vitamina D : hidroxilação inicial
✓T4 (tiroxina)→ desiodinação→ T3
✓Hormônios esteroidais, como estrogênio, cortisol e aldosterona
✓Síntese de IGF-1 em resposta ao GH
• Degradação de diversos hormônios;
• Lesão hepática → excesso ou acúmulo desses hormônios nos líquidos corporais →
hiperatividade dos sistemas hormonais
• Relação com o sistema renina angiotensina → Síntese de angiotensinogênio
FÍGADO E SÍNTESE DE 
ANGIOTENSINOGÊNIO
RESULTADO: mostrou um aumento da produção 
de AGT em hepatócitos por IL-6
PERSPECTIVAS : elucidação dos mecanismos 
envolvendo o eixo SRA – inflamação →
desenvolvimento de novas estratégias para 
prevenir e tratar a hipertensão e lesão tecidual 
associada ao SRA 
Metabolismo 
e exercício 
físico
O fator que mais aumenta a taxa metabólica é o
exercício físico;
Capaz de modular a expressão de “hepatokines”
que podem interferir no curso de distúrbios
metabólicos.
▪ Estimulada pelo exercício físico prolongado, jejum, dieta altamente
proteica e estresse;
▪ A degradação de glicogênio hepático mantém a concentração adequada
da glicose sanguínea por até 8h de jejum, quando a reserva hepática se
torna insuficiente.
Glicogenólise
▪ Estimuladas pelo exercício físico prolongado, jejum, dieta altamente
proteica e estresse;
▪ Produção de glicose hepática mantendo a glicemia estável;
▪ Especialmente importante no jejum superior a 8 horas;
▪ Produção de glicose a partir de compostos que não são carboidratos
(aminoácidos , lactato e glicerol).
Gliconeogênese
▪ São proteínas secretadas pelo hepatócito que regulam o metabolismo de glicose e
lipídeos no fígado, no músculo esquelético e no tecido adiposo;
▪ Algumas estão envolvidas na homeostase do metabolismo corporal e aparentam
participar no desenvolvimento de doenças metabólicas como obesidade, resistência à
insulina, DM2 e doença hepática gordurosa não alcoólica;
▪ Acredita-se que o exercício físico pode modular a expressão de algumas “hepatokines”,
de modo que sugere-se ser este o mecanismo pelo qual o exercício físico é benéfico em
doenças metabólicas.
“Hepatokines”
Principais hepatokines:
FGF21 Fentuin-A ANGPTL4 Follistatin
▪ Fator de crescimento de fibroblasto 21;
▪ O exercício físico aumenta sua secreção;
▪ Papel pleiotrópico no metabolismo de lipídeos e de glicose;
▪ Efeito terapêutico em distúrbios metabólicos;
▪ Um dos mecanismos celulares envolvidos na adaptação metabólica do
exercício;
FGF21
▪ Afeta a secreção e a resistência à insulina negativamente;
▪ Diminui após exercício físico;
▪ Sua diminuição está associada ao aumento da sensibilidade à insulina;
Fentuin-A
▪ Atua no metabolismo lipídico estimulando a lipólise nos adipócitos no
jejum e inibindo lipase lipoproteica (LPL), que quebra TG e gera ácidos
graxos livres que podem ser armazenados ou oxidados;
▪ É induzida pelo exercício;
▪ Participa da adaptação do metabolismo lipídico à atividade física;
▪ Entretanto, não há estudos afirmando sua participação nos efeitos
benéficos do exercício na prevenção e tratamento de doenças
metabólicas
Angiopoietin-like protein 4 (ANGPTL4)
▪ Participa da regulação do controle glicêmico e da sensibilidade à
insulina;
▪ Pouco se sabe sobre sua adaptação ao exercício regular;
▪ Acredita-se que ela participa da adaptação celular ao exercício e na
prevenção de doenças metabólicas, além da hipertrofia muscular e na
função das células β- pancreáticas.
Follistatin (Fst) 
▪ Há dois mecanismos propostos para o início da liberação de hepatokines
em resposta ao exercício:
1. Proporção entre glucagon e insulina;
2. Níveis de ácidos graxos livres;
▪ Funcionam como um canal para a adaptação ao exercício;
▪ São liberadas em resposta a uma sessão de exercício de resistência;
“Hepatokines”
O exercício traz benefícios no que diz respeito ao
curso de doenças metabólicas, mediados,
especialmente pelas hepatokines produzidas pelos
hepatócitos.
Dessa forma, o fígado tem papel fundamental no
controle de doenças como obesidade, resistência à
insulina, DM2, doença hepática gordurosa não
alcoólica.
Insuficiência 
hepática
Insuficiência Hepática:
▪ Consequência clínica mais grave da doença hepática;
▪ Cerca de 80-90% da capacidade hepática deve comprometida;
▪ Pode resultar de destruição hepática súbitae maciça, sem cirrose
(hepatite viral fulminante, intoxicação com drogas) ou, mais
comumente, de cirrose;
▪ Pode desenvolver-se rapidamente, no espaço de dias ou semanas
(aguda), ou de forma progressiva, durante meses ou anos (crônica)
Sintomas:
▪ Icterícia,
▪ Hipercolesterolemia,
▪ Desnutrição,
▪ Edemas (menor síntese de
albumina, causando
diminuição da pressão
oncótica do plasma e
extravasamento de fluido
para os tecidos),
▪ Coagulopatias e
hemorragias (menor
síntese de fatores de
coagulação),
▪ Desregulação do
metabolismo de glicídeos,
▪ Variedade de
anormalidades
metabólicas.
Insuficiência Hepática:
• Pode cursar com:
✓Encefalopatia hepática;
✓Hipertensão portal;
✓Síndrome hepatorrenal;
✓Aumento do risco de infecções;
✓Necessidade de transplante.
Transplante 
Apesar da morbimortalidade peri-operatória, dos
desafios técnicos e operacionais do procedimento e
de seus custos, o transplante de fígado passou a ser
a abordagem de escolha para pacientes cuja
hepatopatia crônica ou aguda é progressiva,
representa uma ameaça para a vida e não responde
à terapia clínica.
Indicações:
• Crianças e adultos;
• Ausência de contraindicações;
• Hepatopatia grave e irreversível;
• Tratamentos alternativos clínicos ou cirúrgicos foram esgotados ou 
são indisponíveis;
• Escolha do momento certo para a cirurgia;
• Quanto melhor o estado do paciente antes do transplante, mais alta 
será a sua taxa de sucesso antecipada.
Transplante em 
crianças:
▪ Atresia biliar;
▪ Hepatite neonatal;
▪ Fibrose hepática congênita;
▪ Distúrbios hereditários do metabolismo:
✓ Doença de Wilson;
✓ Doença de Crigler-Najjar tipo I;
✓ Hemofilia;
✓ Hiperoxalúria primária tipo I.
Transplante em 
adultos:
▪ Cirrose biliar primária e secundária;
▪ Colangite esclerosante primária;
▪ Doença de Caroli;
▪ Hepatite autoimune;
▪ Síndrome de Budd-Chiari;
▪ Hepatite viral crônica (C);
▪ Cirrose alcoólica;
▪ Tumores hepatocelulares primários;
Contra-indicações:
Absolutas Relativas
▪ Infecção extra-hepatobiliar
descontrolada;
▪ sepse;
▪ Anomalias congênitas;
▪ Abuso ativo de substâncias e álcool;
▪ Doença cardiopulmonar avançada;
▪ Neoplasias malignas metastáticas;
▪ AIDS;
▪ Idade > 70 anos;
▪ Trombose de veia porta;
▪ Obesidade ou desnutrição graves;
▪ Insuficiência renal;
▪ Não adesão às orientações médicas;
▪ Soropositividade HIV;
▪ Sepse intra-hepática;
▪ Hipertensão pulmonar grave;
▪ Transtorno psiquiátrico 
descontrolado;
Seleção de doador cadavérico:
▪ Vítimas de traumatismo cranioencefálico;
▪ Até 60 anos com morte cerebral;
▪ Estabilidade hemodinâmica;
▪ Oxigenação adequada;
▪ Ausência de infecções bacterianas e fúngicas;
▪ Ausência de traumatismo abdominal;
▪ Ausência de disfunção hepática;
▪ Exclusão sorológica dos vírus de Hepatite B*,
C* e do HIV.
Transporte do órgão:
▪ Após a perfusão com solução eletrolítica fria, o fígado doador é removido eacondicionado
em gelo.
▪ O uso da solução da Universidade de Wisconsin (UW), rica emlactobionato e rafinose, tornou
possível o prolongamento do tempo isquêmico frio paraaté 20 horas; no entanto, 12 horas
podem ser um limite mais razoável;
▪ A alocação é feita pelo escore MELD que se baseia em um modelo matemático que inclui 
bilirrubina, creatinina e tempo de protrombina expresso como razão normalizada 
internacional (INR).
Cirurgia
▪ Dura de 6 a 18 horas;
▪ A retirada do fígado doente é difícil (hipertensão portal e coagulopatia);
▪ Durante a fase anepática, observam-se coagulopatia, hipoglicemia, hipocalcemia e hipotermia, que
deverão ser controladas pela equipe da anestesiologia;
▪ As anastomoses da veia cava, da veia porta, da artéria hepática e do colédoco são realizadas em
série;
▪ Devido ao sangramento excessivo, grandes volumes de sangue, derivados de sangue e expansores
de volume podem ser necessários durante a cirurgia;
▪ Doador vivo: lobo esquerdo para crianças e direito para adultos;
▪ Terapia imunossupressora no pós operatório.
Rejeição do transplante 
▪ Inicia 1 – 2 semanas após a cirurgia;
▪ Sinais: febre, dor no quadrante superior direito e redução do volume de bile, assim como de
sua pigmentação.
▪ Indicadores: leucocitose, aumento dos níveis séricos da
▪ bilirrubina e das aminotransferases;
▪ Suspeira de rejeição: metilprednisolona IV em injeções repetidas;
Desfecho
▪ A taxa de sobrevida em 5 anos é superior a 60%;
▪ Relação entre o estado clínico antes do transplante e o resultado;
▪ Alta gravidade da doença pré transplante corresponde a uma menor sobrevida pós
transplante;
▪ A reabilitação plena é conseguida pela maioria dos pacientes que sobrevivem aos primeiros
meses pós-transplante e que conseguem evitar a rejeição crônica ou uma infecção refratária
Doença 
Hepática
História clínica + exame físico:
- história clínica: pesquisar a existência de
fatores de risco para doença hepática como
consumo de álcool, drogas ou determinados
medicamentos, contatos sexuais de risco ou
toxicodependência, transfusões, viagens,
história familiar de doença hepática,
diabetes, dislipidemia, obesidade e consumo
exagerado de gorduras
Sinais e sintomas
típicos da doença
hepática terminal e
cirrose
• Aumento da bilirrubina
plasmática e associa-se a
colúria na doença hepática,
por aparecimento da
bilirrubina conjugada na
urina.
• Se for por obstrução das vias
biliares, se associa a acolia,
prurido e esteatorréia.
Icterícia
Sintoma mais comum, na
etiologia hepática surge após
exercícios, é frequentemente
intermitente e variável.
Astenia/Fadig
a
Doença hepática mais
severa, acompanhado de
astenia e anorexia.
Náuseas e 
vómitos
Espontânea ou a
palpação, pode associar-
se a hepatomegalia e
deve-se à distensão da
cápsula de Glisson.
Dor no 
Hipocôndrio 
Direito 
Mais comum e precoce na
patologia obstrutiva,
acontece devido aos sais
biliares não excretados
que refluem para o
plasma.
Prurido
Marcadores
Marcadores 
• Complementam ou fazem diagnóstico
• Testes serológicos da função hepática:
- Transaminases: indicadores sensíveis em lesão aguda. Incluem a AST
(aspartato aminotransferase) e a ALT (alanina aminotransferase).
A AST é menos especifica em lesões hepáticas do que a ALT, o que faz com
que os índices de ALT sejam mais elevados que do AST.
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-Enzimas que refletem colestase: As duas enzimas mais utilizadas são a
Fosfatase alcalina (FA) e a Gama glutamil trasnpeptidase (GGT). A GGT é
menos especifica de colestase, pois sua distribuição é ampla no fígado. A
elevação de FA em 3 vezes ou mais pode ocorrer em doença hepática
colestática.
- Bilirrubinas: Aumento isolado na fração não conjugada é raro em doença
hepática. Já um aumento da fração conjugada da bilirrubina indica quase
sempre uma lesão hepática ou biliar
Marcadores 
- Albumina: sintetizada pelos hepatócitos, não é um bom indicador de
severidade de doença hepática aguda pois fica presente no plasma por
cerca de 20 dias. É comum em cirrose.
- Globulinas: Grupo de proteínas que circulam no plasma e englobam as
globulinas gama, produzidas por linfócitos B e as globulinas alfa e beta
produzidas pelo hepatócito. Na doença hepática crônica o fígado faz uma
maior produção de globulinas gama e menor produção de globulinas alfa
e beta, isso produz um padrão onde não consegue se distinguir as duas
frações.
Marcadores
- Amônia: Na doença hepática grave o fígado deixa de metabolizar a
amônia em ureia.
- Tempo de protrombina: Com exceção do fator VIII, os fatores de
coagulação são produzidos exclusivamente nos hepatócitos. O tempo da
protrombina avalia a função de síntese hepática adquirindo um
importante papel no diagnóstico e no prognóstico.
Padrões de Lesão Hepática 
• Padrão hepatocelular: Acontece pelo aumento desproporcional da ALT/AST
plasmáticas em relação à FA e GGT. Ocorrem em hepatites virais, tóxicas,
autoimunes, alcoólicas ou doença hepática crônica de qualquer causa.
• Padrão colestático: Lesão direta que impossibilitam a secreção e bile ou até que
até chegue ao intestino. A ausência de dilataçãoda árvore biliar sugere
colestase intra-hepática em que deve-se pedir sorologia viral ou estudo
autoimune ou toxicológico
• Padrão misto: Pode ser causada por hepatite viral, medicamentos ou tóxicos.
Exames de 
imagem
Estudos de Imagem
- Ecografia: Exame barato, não invasivo e de fácil execução.Tem um papel
importante nas lesões colestáticas e na lesão hepatocelular, pois pode
evidenciar o grau e a natureza da lesão.
- TC e RMN: Pedidos em casos mais complicados, pois caracterizam de forma
mais precisa e determinada as lesões hepáticas.
- Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE): Indução de
contraste nas vias biliares usando um endoscópio, identificando o nível da
obstrução.
Cirrose Alcoólica 
• Lesão crônica do fígado, caracterizado por fibrose tecidual e pela
conversão da arquitetura normal e nódulos estruturalmente anormais, é
uma lesão irreversível.
• Características: fibrose difusa, nódulos regenerativos, arquitetura
lobular alterada e estabelecimento de shunts vasculares intra-hepáticos
entre a veia porta e a artéria hepática, bem como a veia supra-hepática
do fígado.
Manifestações Clínicas 
•Hipertensão portal,
•Ascite
• Peritonite bacteriana
espontânea
•Encefalopatia hepática
•Síndrome hepato-renal
•Carcinoma
hepatocelular
Metabolismo do Álcool
• Acetaldeído é um metabólico cuja hepatotoxicidade é elevada.
• Provoca danos celulares, inflamação, remodelação da matriz
extracelular e fibrinogênese dos hepatócitos.
Acetaldeído 
Induz uma resposta de fase tardia nas células hepáticas estreladas
envolvendo o fator de transformação de crescimento beta, para manter
um perfil pró-inflamatório e pró-fibrogênico. Também liga-se
covalentemente em proteínas e DNA, formando aductos imunogênicos,
que podem afetar diretamente as funções celulares, contribuindo para a
lesão hepática.
• Ascite
Ascite
Ascite
•Complicação da hipertensão portal.
•Acúmulo anormal de líquido na cavidade
peritoneal
Fisiopatologia
Cirrose → aumento da resistência vascular intra-hepática → hipertensão
portal → vasodilatação esplâncnica → aumento do volume plasmático →
hipotensão arterial → aumento dos fatores neuro-humorais → retenção
de sódio e água→ ASCITE
Encefalopati
a
hepática
•É uma complicação neuropsiquiátrica presente
nos hepatopátas.
•Distúrbio metabólico
Encefalopatia Hepática
•Distúrbios de atenção
•Alteração do sono
•Distúrbios motores que progridem desde
simples letargia a estupor ou coma
Sintomas
Diagnóstico
• Primeiramente relacionar as manifestações hepáticas com as
neurológicas.
• Insuficiência hepática grave ou uma derivação portossistêmica.
• A mais comum é provocada pela cirrose que foi precipitada por fator
concomitante como: hemorragia digestiva alta, constipação, infecções
bacterianas,determinados fármacos, insuficiência renal, desidratação e
alterações eletrolíticas.
Fisiopatologia
• Consequência da exposição do sistema nervoso central a substancias
que alteram a função neuronal e se acumulam no organismo como
consequência de um mal funcionamento hepático.
• Amônia: neurotoxina que promove alteração nos astrócitos e induz
neuroinflamação.
- metabolismo
- disfunção neutrofílica → promove a liberação de espécies reativas de
oxigênio.
Diagnóstico
• Amônia e outras substâncias.
• Promovem o aumento do edema cerebral, estresse oxidativo e
nitrosativo, alterando a expressão gênica de proteínas e RNA, com
sinalizações que levam a disfunção astrocítica e neuronal.
Prontos para jogar 
baseball?
Qual é a unidade funcional básica do fígado?
Qual é a unidade funcional básica do fígado?
Lóbulo hepático
Qual é a principal enzima envolvida na reação 
de fase I?
Qual é a principal enzima envolvida na reação 
de fase I?
Citocromo P 450
Qual é a principal enzima envolvida na reação 
de fase I?
Duas funções da bile?
Duas funções da bile?
(1) Única via de excreção de vários solutos que não são excretados 
pelos rins; 
(2) Secreção de várias substâncias que são essenciais para a digestão e 
absorção lipídica
O que é espaço de Disse?
O que é espaço de Disse?
• Abaixo do revestimento endotelial, entre as células endoteliais e as hepáticas
• Também conhecidos como espaços perissinusoidais. 
• Os milhões de espaços de disse se conectam aos vasos linfáticos nos septos interlobulares. 
• O excesso de líquido, nesses espaços é removido pelos linfáticos.
• Grandes poros no endotélio, as substâncias do plasma se movimentam, livremente, para os espaços de 
disse. Da mesma forma, grandes porções de proteína plasmática se difundem livremente para esses espaços.
Que células revestem os sinusoides venosos?
Que células revestem os sinusoides venosos?
1. Hepatócitos
2. As células endoteliais típicas 
3. As grandes células de kupffer (também denominadas células 
reticuloendoteliais)
Função dos sistemas macrofágicos hepáticos?
Função dos sistemas macrofágicos hepáticos?
•Cumpre uma Função de Depuração do Sangue
•O sangue que flui pelos capilares intestinais recolhe muitas bactérias
dos intestinos.
Causas de hiperbilirrubinemia?
Qual bilirrubina é lipossolúvel?
Qual bilirrubina é lipossolúvel?
Não conjugada ou indireta
Causas de hiperbilirrubinemia não 
conjugada?
Hiperbilirrubinemia não conjugada 
Hemólise (esferocitose, 
anemia falciforme)
Eritropoiese ineficaz 
Diminuição da 
captação/ transporte 
Distúrbio da 
conjugação
Drogas
Jejum
Sepse
Síndrome de Gilbert
Sindrome de Crigler-
Najjar
Drogas 
Doença hepatocelular 
Aumento da produção 
de bilirrubina 
Causas de hiperbilirrubinemia conjugada?
Hiperbilirrubinemia conjugada 
Defeitos na excreção de 
bilirrubina (defeitos intra-
Hepáticos)
Obstrução biliar extra-
hepática 
Síndrome de Dubin – Johnson
Síndrome de rotor
Doença hepatocelular
Drogas 
Sepse 
Cálculo
Estenose 
Tumores
2 substratos excretados pelo fígado?
2 substratos excretados pelo fígado?
•Glicose
•corpos cetônicos
1 função do metabolismo lipídico?
Oxidação dos ácidos 
graxos para suprir 
energia para as outras 
funções corporais 
Síntese colesterol, 
fosfolipídios e da maior 
parte das lipoproteínas
Síntese de Gordura a 
partir de proteínas e 
carboidratos 
3 substâncias armazenadas pelo fígado?
3 substâncias armazenadas pelo fígado?
•Vitaminas A, D , E e K – lipossolúveis, armazenadas
principalmente nas células de Ito
•Vitamina B12;
•Ferro ;
•Acido fólico;
•Entre outras
Função imunológica?
3 principais funções imunológicas?
✓ Depuração do sangue ;
✓ Produção e liberação de citocinas;
✓ Regeneração;
Quais hormônios dependem da ação 
hepática?
Quais hormônios dependem da ação 
hepática?
✓Vitamina D : hidroxilação inicial
✓T4 (tiroxina) → desiodinação → T3
✓Hormônios esteroidais, como estrogênio, cortisol e aldosterona
✓Síntese de IGF-1 em resposta ao GH
O que são hepatokines?
O que são hepatokines?
• São proteínas secretadas pelo hepatócito que regulam o metabolismo 
de glicose e lipídeos no fígado, no músculo esquelético e no tecido 
adiposo;
3 causas de insuficiência hepática?
3 causas de insuficiência hepática?
1. Hepatite viral fulminante,
2. Intoxicação com drogas
3. Cirrose;
3 contra indicações absolutas de transplante 
hepático?
3 contra indicações absolutas de transplante 
hepático?
▪ Infecção extra-hepatobiliar descontrolada;
▪ sepse;
▪ Anomalias congênitas;
▪ Abuso ativo de substâncias e álcool;
▪ Doença cardiopulmonar avançada;
▪ Neoplasias malignas metastáticas;
▪ AIDS;
3 fatores de risco para doença hepática?
3 fatores de risco para doença hepática?
• Consumo de álcool, 
• Drogas ou determinados medicamentos, 
• Contatos sexuais de risco 
• Toxicodependência, 
• Transfusões, 
• Viagens, 
• História familiar de doença hepática, 
• Diabetes, 
• Dislipidemia, 
• Obesidade 
• Consumo exagerado de gorduras
Sinais e sintomas típicos da doença hepática 
terminal e cirrose?
Sinais e sintomas típicos da doença hepática 
terminal e cirrose?
• Icterícia;• Fadiga;
• Dor em HD;
• Prurido;
• Náuseas e vômito
Quais são as duas transaminases e a qual tipo 
de lesão são sensíveis?
Quais são as duas transaminases e a qual tipo 
de lesão são sensíveis?
• indicadores sensíveis em lesão aguda. 
• Incluem a AST (aspartato aminotransferase) e a ALT (alanina 
aminotransferase). 
Quais as duas enzimas que refletem 
colestase?
• Fosfatase alcalina (FA) e a Gama glutamil trasnpeptidase (GGT). A GGT é 
menos especifica de colestase, pois sua distribuição é ampla no fígado. 
A elevação de FA em 3 vezes ou mais pode ocorrer em doença hepática 
colestática.
Quais os 3 padrões de lesão hepática?
Quais os 3 padrões de lesão hepática?
• Hepatocelular: hepatites virais, tóxicas, autoimunes, alcoólicas ou 
doença hepática crônica de qualquer causa.
• Colestático
• Padrão misto: Pode ser causada por hepatite viral, medicamentos ou 
tóxicos.
Obrigada!

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