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resumo - Hernias: complicacoes e incomuns

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HÉRNIAS: COMPLICAÇÕES !
R E L E M B R A N D O 
protrusão anormal de um órgão ou tecido por um 
defeito em suas paredes 
circundantes; 
 Hérnia externa 
• Protrusão por todas as camadas da 
parede abdominal 
 Hérnia interna 
• Protrusão do intestino por defeito no interior da 
cavidade peritoneal 
 R E D U Ç Ã O DO 
 C O N T E U D O H E R N I A D O 
 Redutível 
• Conteúdo pode ser reposicionado 
 Irredutível ou Encarcerada 
• Não pode ser reduzida / aprisionada 
 Estrangulada 
• Compromete o suprimento sanguíneo do conteúdo 
• Grave / Potencialmente fatal 
• Mais frequente nas hérnias grandes com pequenos 
orifícios 
 — Colo pequeno obstrui o fluxo sanguíneo 
arterial, drenagem venosa ou ambos 
• Aderências do conteúdo da hérnia e o revestimento 
peritoneal 
 — Ponto de ancoramento que aprisiona os 
conteúdos da hérnia 
 — Predispõe à obstrução intestinal e ao 
estrangulamento 
 Habitada 
• Orifícios grandes 
• Sem dano ao conteúdo herniado 
C O M P L I C A Ç Ō E S 
Encarceramento —————————— 
-  Mais comum 
-  Mais grave 
-  Potencialmente fatal 
- Maior incidência nos 
extremos de idade 
 • Idosos 
 • Prematuros 
- Hérnias femorais tem maior taxa de estrangulamento: 
15-20% 
 • Correção cirúrgica assim que diagnosticado 
- 1 a 3% das Hérnias Inguinais: 1-3% • Maioria HI 
indireta 
 
Estrangulamento —————————— 
Compromete irrigação do conteúdo herniado; 
Sofrimento do órgão e potencial necrose do mesmo; 
 • Pode ser necessária ressecção intestinal 
 • Compressão dos elementos do cordão o 
 — Sofrimento testicular 
Tratamento: 
 • Redução manual da hérnia: observação/
Cirurgia 
 • Cirurgia de urgência 
 — Contra Indicado uso de próteses/
tela quando necessária resseção intestinal (risco de 
infecção) —> deve fazer reparo do tecido Tratamento 
cirúrgico 
• Abordagem pré-peritoneal 
 — Exposição do conteúdo do saco herniário 
 — Avaliação do conteúdo e viabilidade do 
órgão o Liberação do anel constritor 
 — Redução da víscera se viável 
 — Necessidade de ressecção intestinal 
( abertura do peritônio com ressecção pelo próprio 
acesso ) 
• Laparotomia 
 — Não foi possível avaliar conteúdo herniado 
pela redução inadvertida (indução) 
( Apresenta sinais de sofrimento: líquido hemorrágico/
escurecido, saída de conteúdo entérico) 
 — Dificuldade do reparo pela abordagem pré-
peritoneal 
Encarceramento/ Estrangulamento ———— 
Clínica 
• Massa irredutível 
• Endurecida 
• Muita dor local 
• Parada de eliminação de gases e fezes 
• Sinais tardios 
— Hiperemia da parede 
— Alteração da coloração local o Calor local 
— Fístula enterocutânea 
Diagnóstico 
• Anamnese + Exame físico 
• USG e TC 
Hérnias por deslizamento ———————— 
Órgão interno integra porção da parede do saco 
herniário; 
Mais comum: Cólon e Bexiga; 
Maioria HI indireta 
Risco: não identificação da víscera no saco herniário 
e lesão do órgão 
Hérnia recidiva ———————————— 
Incidência: 1,7 - 10% 
• Incidência mais alta na recidiva secundária 
— Reparos sem tensão tem menor taxa de 
recorrência que os reparos teciduais 
- Mais comum nas hérnias diretas 
- Aumento do tempo operatório 
- Maior taxa de complicações 
Causas 
• Fatores técnicos 
- Tensão excessiva no reparo 
- Falha em incluir margem muscular aponeurótica no 
reparo 
- Tamanho inadequado da tela 
- Falha de fechar o anel inguinal interno alargado 
• Pressão intra-abdominal cronicamente elevada 
• Tosse crônica 
• Infecções incisionais profundas 
• Formação de colágeno deficiente na ferida 
Tratamento 
• Reparo desafiador 
• Maioria exige uso de tela/prótese 
 — Excessão: prótese infectada associada com 
hérnia recorrente 
Infeccao do Sitio Cirurgico ———————
 - 1 a 2% 
- Influenciado por comorbidades do paciente - 
Tratamento: 
• Abertura da incisão 
• Cuidados locais 
• Cicatrização por 2a intenção 
Infecção da tela/prótese ———————— 
- Incomum 
-  Requer retirada da tela/prótese 
-  Vantagem quando colocada por laparoscopia 
Seromas —————————————— 
 
-  Acúmulo de líquido na incisão 
-  Predispõe a infecção local 
 Evitar: uso de drenos 
Fatores de risco 
 • Obesidade 
 • Hérnias grandes 
 • Grandes dissecções 
Tratamento 
 • Punção 
 • Retirada de ponto para drenagem 
 
Enterotomias ———————————— 
Necessidade de enterotomias por aderências intestinais 
ao defeito herniário 
 
Lesões de Nervo e Síndrome de dor crônica — 
Causas 
• Tração 
• Eletrocauterização 
• Transsecção 
• Aprisionamento 
Clínica 
• Disestesias: geralmente temporário (uso de tela) 
• Neuralgias transitórias: autolimitadas (semanas após 
a cirurgia) 
• Neuralgias persistentes 
• Insensibilidade: transsecção nervosa 
Tratamento 
• AINE, Analgésicos, Bloqueio anestésico local 
• Aprisionamento do nervo: Exploração com 
neurectomia / Remoção da tela 
Orquite isquêmica e Atrofia testicular ——— 
- Trombose de veias do plexo pampiniforme no cordão 
espermático 
-  Ligadura/lesão da artéria testicular 
-  Mais comum no reparo de hérnias recorrentes 
Clínica 
• Edema e dor testicular 
• Resulta em atrofia testicular 
Tratamento: 
• Analgésico e AINE 
• Orquiectomia: raramente é necessária 
Prevenção 
• Evitar dissecção desnecessária do cordão 
espermático 
• Evitar dissecção da porção distal de um saco 
herniário grande 
Lesões dos Ductos deferentes e Vísceras —— 
- Incomum 
- Maioria na HI por deslizamento 
 • Não reconhecimento da víscera no saco 
herniário 
 
 
 
 HÉRNIAS INCOMUNS!
H E R N I A D E S P I E G E L 
Hérnia localizada entre a borda lateral do músculo reto 
do abdome e a linha semilunar (de Spiegel), geralmente 
abaixo da linha arqueada de Douglas; apresenta 
localização infraumbilical; 
se caracteriza pela clínica mal definida e pela 
dificuldade diagnóstica, principalmente em pacientes 
obesos; 
por ser difícil a palpação do saco herniário e do defeito 
aponeurótico, utilizamos com frequência métodos 
complementares para identificação da hérnia, como a 
ultrassonografia e a tomografia computadorizada; 
maioria dos casos, o tratamento cirúrgico consiste da 
aproximação dos tecidos adjacentes ao defeito, com 
pontos de sutura simples, se o defeito for grande ou se 
os tecidos estiverem debilitados, está indicada 
utilização de tela como reforço; 
H E R N I A S L O M B A R E S 
Hérnias lombares surgem através de defeito na fáscia 
fibromuscular da parede posterior do abdome; saco 
herniário, pode conter gordura pré-peritoneal e/ou 
víscera abdominal, se insinua através de ampla 
aponeurose do músculo transverso do abdome, em 
duas aberturas: uma abaixo da 12a costela 
(lombocostoabdominal de Grynfeltt) e outra acima da 
crista ilíaca (lomboilíaca de Petit); 
são raras, sendo a de Grynfeltt a mais encontrada; 
podem ser congênitas (pouco frequentes), geralmente 
bilaterais e mais comuns nas meninas, ou adquiridas, 
geralmente unilaterais, sem preferência por sexo e 
acometendo pacientes idosos; 
não tendem a encarcerar; 
TC de abdome muitas vezes é útil para o diagnóstico; 
H E R N I A O B T U R A D O R A 
hérnia obturadora é mais comum no sexo feminino e em 
pessoas debilitadas; 
ocorre devido à fraqueza da membrana obturadora, 
fenômeno que permite a passagem do saco herniário, 
pode ocorrer compressão do conteúdo do canal 
obturador, principalmente do nervo obturador, essa 
compressão pode levar a dor no trajeto do nervo, 
representada por algia na face interna da coxa, sinal 
de Howship-Romberg; 
H E R N I A S E P E C I A I S 
Hérnia de Richter ———————————
quando há pinçamento da parede lateral 
antimesentérica da alça; podendo haver 
estrangulamento e até perfuração da víscera herniada 
sem obstrução prévia; 
Hérnia de Littré ———————————
quandohá divertículo de Meckel no conteúdo herniado; 
Hérnia de Amyand —————————— 
quando, na hérnia inguinal, o apêndice cecal faz parte 
do conteúdo herniado e há o quadro de apendicite 
aguda; 
Hérnia de Garengeot ————————— 
é semelhante à hérnia de Amyand, mas quando ocorre 
em hérnia femoral.

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