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Faringite aguda

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ANNA LILLIAN CANUTO BITTENCOURT 
 
 
 
 
• A faringite aguda com envolvimento 
das amígdalas palatinas é uma doença 
inflamatória da orofaringe; 
• É caracterizada por eritema e pela 
presença ou não de exsudato 
amigdaliano, ulcerações e vesículas; 
• 75% das faringites agudas são causadas 
por agentes virais; 
• Crianças menores de 03 anos raramente 
apresentam doença bacteriana. 
 
 Etiologia e epidemiologia 
• A faringite aguda pode ser viral ou 
bacteriana, sendo: 
 - Viral, causada pelos vírus: 
adenovírus, coronavírus, enterovírus, 
rinovírus, vírus sincicial respiratório 
(VSR), vírus de Epstein-Barr (VEB), 
vírus herpes simples (VHS) e 
metapneumovírus; 
 - Bacteriana, causada principalmente 
pelos estreptococos beta-hemolíticos do 
grupo A. 
• A faixa etária mais acometida pela 
faringite bacteriana é entre 5-15 anos; 
• Em adolescentes sexualmente ativos e 
em casos de abuso sexual na infância, não 
pode se afastar a possibilidade de 
 
 
 
 
faringite gonocócica (Neisseria 
gonorrhoeae); 
• A principal forma de contágio é o 
contato próximo, por meio de saliva e 
secreção nasal infectadas pelo agente 
etiológico; 
• Ocorrem mais comumente no outono, 
inverno e primavera; 
• A incidência aumenta nos primeiros 
anos escolares, sendo que depois declina 
no final da adolescência e na vida adulta. 
 
 Manifestações clínicas 
FARINGITE BACTERIANA: 
• Período de incubação: 2-5 dias; 
• O início da faringite estreptocócica 
geralmente é rápido; 
• A tosse, dor de garganta e febre são 
proeminentes; 
• A faringe fica avermelhada e as 
amígdalas se dilatam, apresentando-se 
cobertas por exsudato amarelo tingido de 
sangue; 
• Pode haver petéquias ou lesões em 
“rosquinhas” no palato mole e na faringe 
posterior, e a úvula pode apresentar-se 
vermelha, pontilhada e edemaciada; 
 
Faringite aguda 
ANNA LILLIAN CANUTO BITTENCOURT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Os linfonodos cervicais anteriores estão 
dilatados e sensíveis; 
 
FARINGITE VIRAL: 
• O início da faringite viral é mais 
gradual; 
• Os sintomas geralmente incluem 
rinorreia, tosse e diarreia; 
• Adenovírus: a faringite geralmente é 
mais intensa e acompanhada de mialgia, 
cefaleia, calafrios, febre de mais de 
38,3°C e conjuntivite (conhecida como 
febre faringoconjuntival); 
• Coxsackie A: é a herpangina, 
caracterizada por pequenas vesículas 
localizadas em palato mole, úvula e 
pilares amigdalianos anteriores, que se 
rompem e formam úlceras 
esbranquiçadas; 
• Epstein-Barr: Amigdalite exsudativa 
acompanhada de febre, linfadenopatia 
cervival e esplenomegalia. 
 
 Diagnóstico 
• A diferenciação entre a infecção viral da 
bacteriana pode ser difícil; 
• O objetivo do diagnóstico específico é 
identificar a infecção pelo estreptococos; 
• O swab de orofaringe, seguido de 
cultura, é o padrão-ouro para o 
diagnóstico de faringite bacteriana; 
 - Podem ocorrer falso-positivos e 
falso-negativos. 
 
 Tratamento 
• A maioria dos episódios não tratados de 
faringite estreptocócica se resolve sem 
intercorrências; 
 - Já que a maioria dos casos são 
causados por agentes virais. 
• A terapia antibiótica precoce acelera a 
recuperação clínica em 12-24 horas; 
• O benefício primário do tratamento é a 
prevenção da febre reumática aguda, que 
é quase completamente bem-sucedido se 
ANNA LILLIAN CANUTO BITTENCOURT 
o antibiótico for instituído dentro dos 
primeiros 9 dias de doença; 
• A terapia antibiótica deve ser iniciada 
imediatamente sem cultua para crianças 
com faringite sintomática; 
• O antibiótico de escolha é a penicilina: 
 - Penicilina benzatina em dose única; 
 - Amoxicilina; 
 - Macrolídeos. 
• Crianças que fazem faringotonsilites de 
repetição (>7 episódios no último ano; >5 
episódios nos últimos dois anos; ou >3 
episódios/ano nos últimos três anos) 
podem ser candidatas à realização de 
tonsilectomia/adenoidectomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
• MEDCURSO 2019. Pediatria – 
Doenças infecciosas prevalentes na 
infância. Vol.5. 
• VAUGHAN, Victor C.; MCKAY, R. 
James; BEHRMAN, Richard E. Nelson: 
tratado de pediatria. In: Nelson: tratado 
de pediatria. 1983. p. 2028-2028.

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