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EXAME NEUROLOGICO

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CÉLIA TÁSSILA 
Sensibilidade
 SUPERFICIAL: táctil, térmica e dolorosa. 
 PROPRIOCEPTIVA OU PROFUNDA: cinética-postural. 
 VIBRATÓRIA (PARESTÉSICA). 
 
 NÍVEL DE SENSIBILIDADE 
 O exame da sensibilidade é realizado para verificar se 
existem áreas de ausência, diminuição, exagero ou 
perversão da sensibilidade e para determinar o tipo de 
sensibilidade afetada e o grau e a distribuição da 
anormalidade. Os achados incluem perda, diminuição ou 
aumento de um ou mais tipos de sensibilidade; dissociação 
da sensibilidade com perda de um tipo, mas não de outros; 
perda da capacidade de reconhecer diferenças nos graus 
de sensibilidade; erros de interpretação (perversões) das 
sensações; ou áreas de hiperestesia localizada tátil e 
outras. 
 Existem muitos métodos de avaliação da sensibilidade 
tátil. O tato leve pode ser testado com um fiapo de algodão, 
um lenço de papel, uma pena, uma escova macia, 
acariciando-se de leve os cabelos ou até mesmo por um 
toque muito leve com as pontas dos dedos. 
 
 AVALIAÇÃO COM O ESTESIÔMETRO 
 Podem-se usar filamentos de Semmes-Weinstein, um 
estesiômetro, ou filamentos de von Frey para fazer uma 
avaliação mais detalhada e quantitativa. 
 Esses métodos empregam filamentos de diferentes 
espessuras para aplicar estímulos de intensidade 
graduada e variável. Métodos simples são suficientes para 
exames de rotina. 
 É suficiente verificar se o paciente reconhece e localiza 
aproximadamente estímulos táteis leves e diferencia as 
intensidades. O peso do estímulo não deve ser grande a 
ponto de pressionar os tecidos subcutâneos. 
 Peça ao paciente que diga “agora” ou “sim” ao sentir o 
estímulo ou que nomeie ou aponte a área estimulada. 
 Deve-se levar em conta a maior espessura da pele nas 
palmas das mãos e plantas dos pés e a maior sensibilidade 
da pele nas fossas. 
 Estímulos semelhantes são usados para avaliar funções 
sensoriais discriminatórias, como a localização tátil e a 
discriminação de dois pontos. 
 É melhor evitar a pele pilosa porque a estimulação 
sensorial decorrente do movimento dos pelos pode ser 
confundida com o estímulo de teste; a pele pilosa é 
extremamente sensível ao toque. 
 A discriminação de dois pontos é considerada tanto uma 
modalidade tátil delicada quanto uma sensibilidade mais 
complexa que exige interpretação cortical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENSIBILIDADE SUPERFICIAL 
SENSIBILIDADE TÉRMICA 
 Testes com tubos de ensaios quente e frio, ou com a 
pontinha do martelo, podendo esquentar na mão e 
perguntando para o paciente se está frio ou quente. Alguns 
usam álcool. 
SENSIBILIDADE DOLOROSA 
 Existem muitos métodos para testar a sensibilidade à dor 
superficial. Um método simples e comum, tão confiável 
quanto qualquer outro, é usar um alfinete de segurança 
dobrado em ângulos retos, de modo que seja possível 
segurá-lo pelo fecho. O instrumento deve ser aguçado o 
suficiente para provocar uma sensação levemente 
dolorosa, mas não a ponto de causar sangramento. 
SENSIBILIDADE TÁTIL 
 Existem muitos métodos de avaliação da sensibilidade 
tátil. O tato leve pode ser testado com um fiapo de algodão, 
um lenço de papel, uma pena, uma escova macia, 
acariciando-se de leve os cabelos ou até mesmo por um 
toque muito leve com as pontas dos dedos. 
 
 SENSIBILIDADE PROPRIOCEPTIVA 
 O sentido de posição, ou postura, é a consciência da 
posição do corpo ou de suas partes no espaço. Essas 
sensações dependem de impulsos provocados pelo 
movimento da articulação e pelo alongamento e 
encurtamento dos músculos. 
 Em geral, no membro inferior, o teste começa na 
articulação metatarsofalângica do hálux, e, no membro 
superior, em uma das articulações interfalângicas distais. 
 O teste é feito com o paciente de olhos fechados. É muito 
útil instruí-lo, com os olhos abertos, sobre as respostas 
esperadas antes de iniciar o teste. Por maior que seja o 
esforço, respostas absurdas são frequentes. 
 O examinador deve segurar o dedo do paciente totalmente 
relaxado pelas laterais, afastado dos dedos adjacentes, 
paralelo ao plano de movimento, exercendo a menor 
pressão possível para eliminar indícios de variação da 
pressão. 
 Caso se segure o dedo no sentido dorsoventral, a preensão 
deverá ser firme e uniforme, de modo que a diferença de 
pressão para produzir o movimento não dê pistas sobre a 
direção. O paciente deve relaxar e não tentar fazer 
nenhum movimento ativo do dedo que possa ajudar a 
identificar sua posição. 
 A parte é movida passivamente para cima ou para baixo, e 
o paciente é instruído a indicar o sentido do movimento 
em relação à última posição. 
 Os pacientes são informados de que a resposta é uma 
escolha obrigatória entre duas opções, para cima ou para 
baixo, mas é impossível dissuadir alguns deles de indicar a 
posição absoluta (p. ex., embaixo), ainda que o movimento 
tenha sido de elevação a partir de uma posição mais baixa; 
um número surpreendente insiste em dizer ao examinador 
que o dedo está “reto” quando é movido para essa posição. 
 Muitas vezes é útil pedir apenas que o paciente informe ao 
detectar o movimento e, em seguida, deslocar o dedo para 
cima e para baixo em movimentos bem pequenos, 
aumentando a excursão gradualmente até que o paciente 
perceba o movimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O exame da sensibilidade sempre é subjetivo. 
 É necessário perguntar, antes do início do exame se há 
alguma região que sente anestesia ou parestesia. 
 Os testes devem ser feitos nas regiões suspeitas, 
comparando-se a sensibilidade dessas regiões com 
outras, consideradas normais. 
 Uma sistematização interessante pode ser usada: testar 
os membros iniciando-se dos dedos até a raiz para 
detectar algum nível em ‘’luva’’ ou em ‘’bota’’ de perda 
das sensibilidades 
 Não se esquecer de avaliar as regiões ventral e a dorsal. 
 
 SENSIBILIDADE VIBRATÓRIA 
 Na maioria das vezes, usa-se um diapasão de 128 Hz com 
cursor. Pode-se testar a sensibilidade no hálux, 
na cabeça dos metatarsais, nos maléolos, na 
tíbia, na espinha ilíaca anterossuperior, no 
sacro, nos processos espinhosos das vértebras, 
no esterno, na clavícula, nos processos estiloides do rádio 
e da ulna e nas articulações dos dedos. 
 É possível avaliar a vibração percebida na pele por meio 
de testes nas pontas dos dedos ou até mesmo na pele 
sobre músculos e outros tecidos. A percepção tanto da 
intensidade quanto da duração da vibração depende, em 
grande parte, da força com que o diapasão é percutido e do 
tempo decorrido entre o momento em que é posto em 
movimento e o momento de aplicação. 
 Existem à venda aparelhos que fazem a mediação 
quantitativa da sensibilidade vibratória; a principal 
aplicação é a avaliação e o tratamento de pacientes com 
neuropatia periférica, o diapasão é percutido e colocado 
sobre uma proeminência óssea, geralmente primeiro no 
dorso da articulação interfalângica do hálux, e mantido lá 
até que o paciente pare de sentir a vibração. O teste deve 
comparar a sensibilidade de cada lado e nas partes distal e 
proximal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MOTRICIDADE - MARCHA 
 Mão dominante. 
 Marcha: 
→ Com ou sem apoio. 
→ Impossibilidade de andar (abasia). 
→ Observar os movimentos associados. 
→ Andar nos calcanhares, na ponta dos pés, de olhos 
fechados. 
→ Corrida. 
→ Andar num pé só. 
→ Marcha de olhos fechados, indo e voltado 
 O primeiro passo na análise da marcha é verificar a largura 
da base. Quanto mais larga é a base, melhor é o equilíbrio, 
e o afastamento dos pés é a primeira tentativa de 
compensação na maioria dos distúrbios da marcha. 
 
TIPOS DE MARCHA 
 MARCHA ATÁXICA ( Cerebelar ou marcha do 
ébrio): 
 O paciente apresenta um caminhar com a base 
alargada, onde as pernas são projetadas para 
frente e para os lados e os movimentos são 
largos e imprecisos. Apresentam desequilíbrios e 
o olharvoltados para os membros inferiores. É 
uma marcha típica das lesões cerebelares. 
 
 
 
 MARCHA ESCARVANTE (PARÉTICA OU MARCHA DO 
POLINEURÍTICO): 
 O paciente apresenta um caminhar arrastando a ponta dos 
pés no solo, pela fraqueza na dorsiflexão. O 
paciente tenta fazer uma compensação 
elevando os joelhos na tentativa de não 
arrastar os pés. É a marcha proveniente de 
lesões dos nervos periféricos, radiculites, 
polineurites e poliomielites. 
 
 
 
 
 MARCHA TABÉTICA (TALONANTE): 
 Esse tipo de marcha ocorre por perda das informações 
sensoriais dos membros inferiores (MMII), principalmente 
da propriocepção.Pode ocorrer por lesão do cordão 
posterior da medula ou neuropatia periférica sensorial. A 
marcha é realizada com a base alargada, com o 
olhar para o solo, e a perda da noção da 
proximidade do solo em relação aos pés, faz com 
que ele arremesse o pé para diante e bata com força 
no solo. Essa marcha foi descrita primeiramente nos 
pacientes com neurossífilis (Tabes Dorsalis). 
 
 
 MARCHA DE PASSOS MIUDOS (MARCHA DOS PEQUENOS 
PASSOS): 
 O paciente apresenta uma marcha com uma postura típica 
de flexão da cabeça, tronco, ombro e cotovelo, punhos, 
joelhos e tornozelos, com passos curto de maneira lenta, 
rígida e arrastada. O balanceio característico do braço 
também fica comprometido. É a marcha da doença de 
Parkinson e na aterosclerose avançada. 
 
 MARCHA DE SAPO: 
 Nesse caso o paciente anda de cócoras fazendo apoio com 
as mãos, pela impossibilidade de andar na postura bípede. 
É observada nas miopatias avançadas (principalmente na 
distrofia muscular progressiva). 
 
 MARCHA ANSERINA (MARCHA DE PATO, MARCHA DE 
TRENDELENBURG OU MIOPÁTICA): 
 O paciente caminha com rotação exagerada da 
pelve, arremessando ou rolando os quadris de um 
lado para o outro a cada passo, para deslocar o peso 
do corpo, assemelhando ao pato quando anda. É 
frequente nas miopatias com fraqueza da 
musculatura da cintura pélvica, principalmente dos 
músculos glúteos médios. 
 
 MARCHA EM TESOURA (MARCHA ESPÁSTICA): 
 Ocorre um encurtamento dos músculos adutores do 
quadril, provocando uma adução das coxas, de 
modo que os joelhos podem cruzar-se um na frente 
do outro, com a passada assemelhando-se a uma 
tesoura. Bastante comum nos pacientes com 
espasticidade grave dos membros inferiores, 
principalmente os que tem diplegia espástica 
congênita (paralisia cerebral, doença de little). 
 
 MARCHA APRÁXICA: 
 Caracteriza-se pelo andar semelhante ao de uma 
criança dando os seus primeiros passos com 
dificuldade na iniciação da marcha e no movimento 
de virada para dar a volta; parece que seus pés 
estão presos ao solo (marcha magnética). Pode ser 
encontrada nos casos de hidrocefalia de pressão 
normal e demência vascular. 
 
 MARCHA PARKINSONIANA 
 Hesitação ao iniciar a caminhada, os passos são 
rápidos, curtos e os pés arrastam no chão. Tórax e 
a cabeça inclinada para frente. Ocorrem paradas 
súbitas sem motivo aparente. Encontrado em 
paciente com a doença de Parkinson, outras 
demências mais avançadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISESTESIA é um distúrbio neurológico que é 
caracterizado pelo enfraquecimento ou alteração na 
sensibilidade dos sentidos, sobretudo do tato. A 
sensação de queimação, entorpecimento, 
formigamento ou vibração sem a presença de 
estímulos externos. 
MOTRICIDADE 
 Motricidade ativa dois segmentos: 
→ Verifica-se há paresias ou plegias. 
→ Pedir para o paciente movimentar todas as articulações. 
 
 MONOPARESIA OU MONOPLEGIA: 
→ A monoparesia é a fraqueza ou ausência de apenas um 
membro, como a perna contralateral a um acidente 
vascular cerebral da artéria cerebral anterior. 
 
 PARAPARESIA OU PARAPLEGIA: 
→ Diminuição ou ausência de movimento em membros 
inferiores. 
 
 DIPARESIA OU DIPLEGIA: 
→ Diminuição ou ausência de movimentos nos membros 
superiores ou da face. 
 
 HEMIPARESIA OU HEMIPLEGIA: 
→ Diminuição ou ausência de movimentos na face, membro 
superior e membro inferior de um lado. 
 
 HEMIPARESIA DESPROPORCIONAL 
→ Quando um dos três segmentos, citados acima estiver mais 
comprometido (Quando a perda de força do membro 
superior é pior que a perda do membro inferior). 
 
 HEMIPARESIA PROPORCIONADA 
→ Quando todo o lado do corpo foi acometido igual, tem a 
mesma perda de força. 
 
 QUADRIPARESIA OU TETRAPARESIA OU QUADRIPLEGIA 
OU TETRAPLEGIA 
→ Diminuição ou ausência de movimentos dos quatro 
membros. 
 
 MOTRICIDADE - FORÇA 
 Provas de contra-resistência e contra a força da gravidade. 
 Classificar a diminuição da força muscular em graus 
(0,1,2,3,4 e 5). 
 Prova de contra-resistência – colocamos nossa força 
contra todos os movimentos articulares do paciente e 
medimos, subjetivamente, sua força, comparando-a com 
nossos próprios padrões e com força dos segmentos 
contralaterais homólogos. 
 EXEMPLO: pedimos para o paciente abduzir seus braços 
contra uma resistência que examinador faz, segurando os 
braços aduzidos contra o tronco, pedimos para o paciente 
apertar nossas mãos, as duas ao mesmo tempo, 
comparando a força das mãos. 
 
 Provas de contra a força da gravidade: 
 Para a constatação do déficit de força muscular são 
realizadas as manobras de oposição, deficitárias e de 
velocidade. 
 Nas manobras de oposição, testamos a força de 
determinados músculos opondo seu movimento. Assim, 
por exemplo, testamos o bíceps braquial ao segurarmos o 
antebraço do paciente impedindo sua flexão e supinação. 
 
 MEMBROS SUPERIORES 
 MANOBRA DOS BRAÇOS ESTENDIDOS 
 Pede-se ao paciente para estender os braços e as mãos, 
mantendo os dedos abertos e 
permanecendo nessa posição por, 
pelo menos, 2 minutos. Pode ser em 
pé ou sentado. 
 MANOBRA DE RAIMISTE 
 Pede-se ao paciente, que se encontra deitado, para 
estender apenas o antebraço de ambos os membros, 
formando 90 graus com o plano horizontal, mantendo-os 
nessa posição por 2 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FLEXÃO E EXTENSÃO DO COTOVELO 
 Sempre comparando um lado com o outro, faz flexão dos 
dois lados e depois extensão dos dois lados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MANOBRA DE PREENSÃO 
 O paciente para segurar seu segundo e terceiro dedos e 
apertá-los o mais forte que puder. Compare à força de 
ambas as mãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 EXTENSÃO DO PUNHO 
 Oriente o paciente a cerrar o punho e estendê-lo enquanto 
você tenta empurrá-lo para cima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OPONÊNCIA DO POLEGAR 
 Faz do lado direito e esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ABDUÇÃO DOS DEDOS 
 O teste habitual de abdução é instruir o paciente a manter 
os dedos em extensão total e afastados e a resistir à 
tentativa do examinador de aproximá-lo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MEMBROS INFERIORES 
 MANOBRA DE MINGAZZINI 
 Consiste em pedir ao paciente que, em decúbito dorsal, 
flexione a coxa mantendo-a perpendicular ao tronco, 
estando a perna paralela a ele e os pés na vertical (o 
paciente deve manter essa posição por 2 minutos). 
 
 
 
 
 
 
 
 MANOBRA DE BARRÉ 
 Em que o paciente, em decúbito ventral, deve flexionar a 
perna (formando 90 graus com o tronco) e manter os pés 
na horizontal também por 2 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FLEXÃO DO QUADRIL 
 Lado direito e depois lado esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EXTENSÃO DA PERNA 
→ Lado esquerdo e direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FLEXÃO DA PERNA 
→ Lado direito e depois o lado esquerdo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DORSIFLEXÃO 
 Lado direito e esquerdo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FLEXÃO PLANTAR 
 Lado esquerdo e direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MOTRICIDADE - FORÇA 
 Trofismo muscular. 
 Circunferência dos braços, antebraços, coxas e pernas. 
 Atrofias ou hipotrofias musculares: primária ou miogênica 
ou desuso. 
 Hipertrofia e pseudo-hipertrofia. 
 Examina-se o trofismo muscular pela inspeção, olhar 
locais de maior comprometimentocomo o adutor do 
polegar, deltóide, cintura escapular, panturrilhas, coxas, 
etc. 
 Quando houver dúvidas quanto à presença de assimetria, 
podemos medir com fita métrica. 
 O trofismo muscular poderá estar aumentado em algumas 
doenças raras. 
 
MOTRICIDADE - TÔNUS 
 A parte mais importante do exame do tônus é avaliar a 
resistência dos músculos relaxados à manipulação passiva, 
bem como a extensibilidade, a flexibilidade e a amplitude 
de movimento. 
 Consistência muscular. 
 Palpação. 
 Passividade: balanço do segmento distal. 
 Examina-se o tono muscular através da: 
→ Palpação – observar a flacidez ou o enrijecimento anormal 
de cada músculo. 
→ Balanceio do segmento distal, através do proximal – 
balança-se as duas mãos, solicitando do paciente que as 
relaxe o mais possível. 
→ Punho, ombro, calcanhar e nádegas. 
 
 Hipotonia: quando a hipotonia é causada por doença da 
unidade motora, sempre há algum grau de fraqueza 
associada. A hipotonia decorrente de processos centrais 
(p. ex., doença cerebelar) não causa fraqueza; a força 
muscular é preservada embora o exame mostre hipotonia. 
 Hipertonia (‘’duro’’) característica comum das lesões do 
trato corticospinal após a fase aguda. 
 Hipertonia extrapiramidal: estando o segmento fletido ou 
estendido, ao estendê-lo ou fleti-lo há resistência 
periódicas, como se fosse uma roda estendida. Este tipo de 
hipertonia poderá ser detectado supinando e pronando as 
mãos do paciente, ficando este, passivo em relação ao 
movimento imprimido pelo examinador. 
 Hipertonia piramidal: estando o segmento estendido, na 
tentativa de fleti-lo há uma resistência inicial e, vencida 
esta resistência inicial o movimento fica fácil, quase 
espontâneo até a flexão total do mesmo (sinal de canivete) 
 
 
 
COORDENAÇÃO 
 MEMBROS SUPERIORES 
 Movimentos dedo-dedo-nariz 
 Movimentos rápidos alternantes 
 Manobra do rechaço 
 MEMBROS INFERIORES 
 Manobra calcanhar joelho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EQUILÍBRIO 
 TESTE DE ROMBERG 
 ≠ da manobra dos braços estendidos 
 Paciente fica em pé 
 Braços estendidos e as palmas para baixo 
 Pode ser feito com os braços cruzados 
 Pode ser também com os braços na lateral do corpo 
 Olhos fechados 
 Duração de 30 segundos 
 Usado para avaliar o sistema vestibular e também o 
sistema cerebelar, via cerebelovestibular. 
 
 REFLEXOS 
 Tricipital 
 Bicipital 
 Estiloradial 
 Aquileu 
 Patelar 
 
 REFLEXO CUTÂNEO - PLANTAR 
 Fazer um C do calcanhar do paciente margeando o pé até 
chegar na base do dedão. 
 O pé tem que fechar, esse é o normal. 
 Quando tem uma lesão no nível de vias do 
tratocorticoespinhal lateral em vez de fechar vai abrir. 
 O que importa é o dedão. 
 A variação patológica do reflexo plantar é o sinal de 
Babinski. 
 Não existe Babinski positivo ou negativo, quando o reflexo 
cutâneo-plantar está anormal, fala-se que tem a presença 
do Babinski 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quando faz cócegas nos pés, a pessoa tende a fechar 
os pés, isso é chamado de flexão, é normal. 
 Quando faz o estímulo no pé em forma de C, o 
paciente que tem lesão no trato corticoespinhal, ao 
invés de fazer a flexão que é o normal, ele faz 
extensão/hiperextensão, então tem o sinal de 
Babinski, que é quando o hálux se estende. 
 Se os outros dedos fizer flexão e o hálux fizer a 
extensão também é sinal de Babinski. 
 
 → 
 
 
 
 
 
 
Para uma boa avaliação 
o paciente deve estar 
descalço e sem meia. 
ANORMALIDADES 
 Ataxia: perda de coordenação 
 Dismetria: tremor de final de movimento 
 Disdiadococinesia: dificuldade de realizar movimentos rápidos e 
alternados. 
 Adiadococinesia: não realização dos movimentos rápidos e 
alternados. 
 OBS: incoordenação com força normal pode ser uma lesão 
cerebelar. 
QUESTÃO DE PROVA 
 O que eu estou avaliando no reflexo cutâneo – plantar? 
Resposta: eu estou avaliando o trato corticoespinhal 
lateral. 
-O trato corticoespinhal lateral sai do córtex, cruza nas 
pirâmides no tronco cerebral e desce para a medula e 
depois para os músculos. 
Lesões do lado direito se apresentam do lado esquerdo. 
 -O trato corticoespinhal anterior desce do mesmo lado, 
as lesões do lado direito permanece do lado direito 
 
 
NÃO É BABINSKI POSITIVO 
É BABINSKI PRESENTE 
REFLEXO BICIPITAL 
 A pressão sobre o tendão deve ser leve; a pressão 
excessiva com o polegar ou outro dedo dificulta muito a 
obtenção do reflexo. 
 As mãos podem ficar apoiadas no colo do paciente, ou o 
examinador pode segurar o braço do paciente com o 
cotovelo apoiado na mão. 
 A principal resposta é a contração do músculo bíceps com 
flexão do cotovelo. Já que o bíceps também é um 
supinador, é frequente certo grau de supinação. Se o 
reflexo for exagerado, a zona reflexógena será aumentada 
e o reflexo poderá até mesmo ser obtido por percussão da 
clavícula; poderá haver disseminação anormal com flexão 
associada do carpo e dos dedos e adução do polegar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFLEXO TRICIPITAL 
 Esse reflexo é provocado por percussão do tendão do 
tríceps logo acima de sua inserção no olécrano da ulna. O 
braço é colocado a meio caminho entre flexão e extensão e 
pode ser apoiado no colo do paciente, sobre a coxa ou o 
quadril, ou sobre a mão do examinador. 
 A resposta é a contração do músculo tríceps com extensão 
do cotovelo. O erro mais comum ao se provocar o reflexo 
tricipital é a percussão demasiado tímida. 
 O reflexo tricipital paradoxal ou invertido é a flexão do 
cotovelo em resposta à percussão do tendão do tríceps. 
Essa reação ocorre quando há danos ao arco aferente do 
reflexo tricipital, como nas lesões do sétimo e do oitavo 
segmentos cervicais, sobretudo quando há um elemento 
de espasticidade, como na espondilose cervical com 
radiculomielopatia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFLEXO PATELAR 
 Não faça essa manobra a não ser que o paciente tenha 
dificuldade de realizar o exame. 
 MANOBRA JENDRASSIK. 
 Deixar o membro sempre pendente para bater no tendão 
patelar com o martelo. 
 Se durante a avaliação você achar que o paciente não está 
tendo reflexo, peça para que o paciente faça a posição com 
as mãos e puxá-las uma contra a outra, serrar os dentes e 
fechar os olhos, durante esse momento faça novamente o 
exame e ele estará presente. 
 Essa manobra é importante 
para ver somente o reflexo 
patelar. 
 
 
 
 
 
 
 
REFLEXO AQUILEU 
 O reflexo aquileu é obtido por percussão do tendão de 
Aquiles logo acima de sua inserção no calcâneo. 
 Se o paciente estiver sentado ou deitado no leito, a coxa 
deverá ser mantida em moderada abdução e rotação 
lateral e o joelho flexionado. Se o paciente estiver em 
decúbito dorsal, o acesso ao tendão irá requerer a 
colocação das pernas em posição de pernas de rã, com os 
joelhos afastados e os tornozelos próximos. Alguns 
preferem que o paciente cruze a perna a ser examinada 
sobre a região pré-tibial ou o tornozelo da outra perna

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