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DERMATOLOGIA NA ATENÇÃO BÁSICA - DOENÇAS DOS CABELOS + DOENÇAS DAS UNHAS

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DERMATOLOGIA NA ATENÇÃO BÁSICA 
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS DERMATOLÓGICAS 
RESUMO BASEADO NO CURSO UNA-SUS 
DOENÇAS DOS CABELOS + DOENÇAS DAS UNHAS 
ALOPECIA 
 
Alopecia androgenética: é a mais comum; é resultante da sensibilidade geneticamente 
determinada do tecido capilar a androgêncios; geralmente se inicia entre 15-25 anos e pode ter 
padrão de perda frontal com recuos laterais ou calvice em vértice. Quando tem início precoce 
geralmente atinge todo o couro cabeludo. 
Eflúvio telógeno: alopecia difusa que se manifesta com a queda generalizada de fios de cabelo 
em fase telógena, a partir de folículos normais em repouso; pode ocorrer por diversas razões: 
restrições alimentares, pós parto. contraceptivos orais, deficiência proteica, deficiência de ferro 
e/ou zinco; estado de stress prolongado, estado de stress prolongado, doenças sistêmicas 
(hipo/hipertiroidismo, lúpus eritematoso sistêmico, anemias, diabetes mal compensado, 
hepatites). Confirma o diagnóstico com prova de tração leve ou tricograma. A prova de tração 
leve se faz introduzindo os dedos abertos entre os cabelos, em seguida fecha os dedos e 
traciona, se forem retirados mais de 5 cabelos a prova é considerada positiva. 
O diagnóstico de alopecia androgenética, tanto em homens quanto em mulheres, não apresenta 
maiores dificuldades. Na mulher deve ser distinguida da síndrome SAHA (hiperandrogenismo 
cutâneo, caracterizado por Seborreia, Acne, Hirsutismo e Alopecia) e a coexistência de 
distúrbios hormonais como a Síndrome do Ovário Policístico (SOP). 
Tratamento: 
Alopecia areata: quadros localizados, geralmente, são autolimitados e tendem à repilação 
espontânea em um ano. No entanto, diversas opções terapêuticas estão disponíveis, inclusive 
na RENAME. O uso de corticoides tópicos nas formas localizadas é a primeira opção. 
Dexametasona 1 mg/g em creme e propionato de clobetasol 0,5 mg/g em solução capilar são 
ótimas opções. Em casos resistente ou disseminados, o recurso mais efetivo é a infiltração 
intralesional com corticoides. A triamcinolona é o fármaco mais amplamente utilizado. 
Recomenda-se administração de solução 5 mg/ml e um máximo de 3 ml por sessão de 
tratamento, que deve ser realizado quinzenalmente. 
Eflúvio telógeno: nestes casos, deve-se realizar os tratamentos eletivos para as causas citadas, 
quando presentes. 
Alopecia androgenética: quando for em mulher trata os diturbios associados, quando for em 
homens tem a opção de usar finasterida, que é um fármaco antiandrogênico; Minoxidil a 5% em 
solução capilar é o medicamento mais amplamente usado nos casos de alopecia androgenética, 
deve ser usado 1-2 vezes ao dia por tempo indeterminado. 
Quando encaminhar ao dermatologista?? Solicitar exames laboratoriais, quando oportuno, e 
tratar possíveis distúrbios associados, antes de proceder o encaminhamento; casos resistentes 
aos tratamentos propostos; impossibilidade de realização de infiltração de corticoides na 
Unidade Básica de Saúde; investigação de alopecias cicatriciais que fujam aos padrões. 
Onicomicose: São causadas por fungos que se “alimentam” de queratina, substância que forma 
o estrato das unhas. Acomete, preferencialmente, os pés, pois o ambiente úmido, escuro e 
aquecido, encontrado dentro dos calçados, favorece o crescimento fúngico. O paciente demora 
para procurar atendimento por que inicialmente é um problema apenas estético, mas com o 
tempo pode alterar o leito ungueal e gerar mudanças na qualidade de vida. 
Fisiopatologia: os agentes causadores devidem-se em três grupos: dermatófitos, leveduras, 
fungos filamentosos não dermatófitos; a grande maioria das onicomicoses são causadas por 
dermatófitos. O contágio ocorre por contato direto do paciente com piscinas, banheiros públicos 
e objetosde uso comum. Alguns fatores podem contribuir para a invasão do leito ungueal, tais 
como: diabetes, corticoterapia prolongada, traumas com alteração da barreira tegumentar, etc. 
A apresentação clínica da onicomicose causada por uma determinada espécie fúngica é de difícil 
distinção. Embora alguns sinais clínicos possam sugerir uma espécie específica, a identificação 
só é possível por meio de exames laboratoriais. 
Quadro clínico: Onicomicose subungueal – 90% das lesões, o fungo invade a pele mais dura 
abaixo da borda livre da unha e progride lentamente até afetar o lado de baixo da lâmina 
ungueal; Onicomicose branca superficial – o fungo invade a superfície da lâmina ungueal e 
produz ilhas brancas; Onicodistrofia – a lâmina ungueal encontra-se espessada e distrófica; 
Onicólise – descolamento da borda livre da unha, nem sempre é causada por fungos, pode 
acontecer tbm por imersão prolongada das unhas em água, traumas excessivos do leito ungueal. 
Diagnóstico: em caso de dúvida pode fazer o exame micológico direto, através do qual o fungo 
é visualizado diretamente; como diagnóstico diferencial tem-se a psoríase ungueal ( acomete 
todas as unhas de maneira uniforme), líquen plano, infecções bacterianas, dermatite de contato, 
tumores ungueais e onicodistrofias traumáticas. 
Tratamento: o uso dos antifúngicos tópicos está restrito a onicomicoses superficiais, com 
comprometimento inferior a 50% da lâmina ungueal ou em casos em que o tratamento 
sistêmico esteja contra-indicado. O tratamento sistêmico é mais eficaz, pois é absorvido e se 
difunde na placa ungueal através do leito. 
Medicamentos tópicos: esmaltes de ciclopirox olamina a 8% e amorolfina a 5% 
Medicamentos sistêmicos: itraconazol e fluconazol são os mais utilizados; Itraconazol pode ser 
usado de duas maneiras: 1 cápsula de 100mg após o café da manhã e jantar por 4 a 6 meses ou 
pulsoterapia, que consiste em administrar 200 mg duas vezes ao dia por uma semana. 
Suspender por 3 semanas e repetir 4 a 6 vezes; o Fluconazol pode ser utilizado na dose de 
150mg/semana por 4 a 6 meses. – tem que manter vigilância da função hepática durante esse 
tratamento sistêmico 
Quando encaminhar ao dermatologista?? Casos recidivantes e que não respondem às opções 
terapêuticas sugeridas; suspeita de outras doenças ungueais e possível necessidade de 
realização de biópsia do leito ungueal. 
Onicocriptose: unha encravada; é resultado da penetração da lâmina ungueal na pele adjacente, 
causando intensa reação inflamatória que pode se complicar com uma infecção bacteriana; 
 Estágio 1: a extremidade do dedo do pé apresenta-se avermelhada com inchaço leve. 
Geralmente é dolorosa ao toque, porém, não há pus ou drenagem de secreção. 
 Estágio 2: o dedo torna-se cada vez mais vermelho, inchado e doloroso; é possível 
encontrar drenagem de pus cor branca ou amarelada. 
 Estágio 3: há formação do tecido de granulação que aumenta juntamente com a 
descarga de pus. Há crescimento excessivo de tecido ao redor do dedo afetado e a 
infecção pode se agravar e apresentar sinais como febre. 
Tratamento: primeiro explica para o paciente que não pode usar sapatos apertado; se tiver 
apenas um processo inflamatório inicial orienta o paciente a banhar o pé em água quente, lavar 
o local com água e sabão 3x/dia; se já tiver sinal de infecção usa antibiótico tópico ou sistêmico, 
no uso tópico pode passar pomada com antibiótico e anestésico; se atingir uma lesão grande 
pode tratar cirurgicamente com cantoplastia e matricectomia. 
Quando encaminha?? Onicocriptose estágio 3; sinais de evolução da infecção para 
celulite/erisipela

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