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A.I.P - Terapia Familiar

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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA 
 
LICENCIATURA EM PSICOLOGIA 
VERTENTE SOCIAL E COMUNITÁRIA 
ACONSELHAMENTO E INTERVENÇÃO PSICOTERAPÊUTICA 
 
Terapia Sistémica-familiar 
 
 
Discentes: 
Áurio Toni Moçambique 
Helena Arsénio Tovela 
Izaltina Gusmão Machirica 
 
 
Docentes: 
dr. Etelvino Mutatisse 
dr. Rómulo Muthemba 
 
 
 
 
Maputo, Março de 2021 
 
 
2 
Índice 
Introdução .......................................................................................................................... 3 
1.1. Objectivo geral ......................................................................................................... 3 
1.2. Objectivos específicos: ............................................................................................. 3 
2. Metodologia ................................................................................................................... 3 
3. Conceito ......................................................................................................................... 4 
4. Breve historial da Terapia Familiar.................................................................................. 4 
4.1. Família vista como um sistema ................................................................................. 5 
5. Princípios básicos ........................................................................................................... 6 
6. Objectivos da terapia familiar .......................................................................................... 7 
6.1. Objectivos do terapeuta familiar:............................................................................... 7 
7. Enfoque terapêutico ........................................................................................................ 7 
8. Actuação do terapeuta familiar ........................................................................................ 8 
9. Técnicas Psicoterapêuticas .............................................................................................. 8 
10. Frequência e duração das sessões da Terapia Familiar .................................................. 16 
10.1. Duração do tratamento .......................................................................................... 17 
11. Limitações da terapia familiar ..................................................................................... 17 
12. Proximidade terapia familiar com outros modelos ........................................................ 18 
13. Aplicabilidade da terapia familiar nas vertentes: Social e Comunitária, Escolar e 
Organizacional ................................................................................................................. 18 
Conclusão ........................................................................................................................ 20 
Referências bibliográficas: ................................................................................................ 21 
 
 
 
3 
Introdução 
O presente trabalho enquadra-se na cadeira de Aconselhamento e Intervenção Psicoterapêutica 
que é facultada pela Universidade Eduardo Mondlane na Faculdade de Educação e tem como 
tema: Terapia Sistêmica-familiar. Com o tema, o grupo pretende almejar os seguintes 
objectivos: 
1.1. Objectivo geral 
• Compreender a Terapia Sistémica-familiar 
 
1.2. Objectivos específicos: 
• Falar do conceito de Terapia Familiar; 
• Apresentar um breve historial da Terapia Sistémica-familiar; 
• Apontar os princípios básicos da Terapia Familiar; 
• Indicar os objectivos da Terapia e terapeuta familiar; 
• Debruçar sobre o enfoque terapêutico e a actuação do terapeuta; 
• Explicar as técnicas da Terapia Familiar; 
• Indicar a frequência e duração das sessões e tratamento da Terapia Familiar; 
• Apontar as limitações da Terapia Familiar; 
• Descrever a proximidade da Terapia Familiar com outros modelos terapêuticos; 
• Explanar sobre a aplicabilidade da terapia com outros modelos terapêuticos. 
 
 
2. Metodologia 
Para a efectivação deste trabalho, o grupo recorreu a revisão de literatura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
3. Conceito 
Família é entendida como um sistema de interacção que supera e articula dentro dela os vários 
componentes individuais, e normas que regulam a sua vida como grupo. É um conceito chave 
para esta terapia (Cordioli, 2008). 
Terapia familiar refere-se a um trabalho terapêutico cujo âmbito de intervenção não é o 
paciente individual isolado, mas a família vista como um todo orgânico (Carneiro & 
Saba,1975). 
A terapia familiar é uma abordagem terapêutica que visa alterar as interacções entre os 
membros da família e simultaneamente melhorar o funcionamento individual (Bloch,1999). 
 
4. Breve historial da Terapia Familiar 
A terapia familiar surgiu na década de 50, após a guerra mundial. Segundo Vogel(2011) citado 
por Asen, Tomson, Young & Tomson(2012), os Estados Unidos viviam nesse momento a 
consolidação da expansão que vinha ocorrendo desde durante a Segunda Guerra Mundial. 
Neste cenário, ocorriam transformações em diversas áreas, como o aumento da 
industrialização, a participação das mulheres no mercado de trabalho, novas tecnologias, 
relações sociais modificadas, aumento do acesso à educação, entre outras. 
Esse clima de prosperidade favoreceu o fortalecimento das famílias como lugar de segurança 
e estabilidade. 
As primeiras pesquisas em terapia familiar tiveram como objecto de estudo os pacientes 
portadores de esquizofrenia e os principais pesquisadores dessa época foram: Gregory Bateson, 
Don Jackson, Bowen, entre outros. Foi observado que os pacientes não estavam a beneficiar-
se de tratamentos convencionais da época, modificando-se o foco dos conflitos intrapsíquicos 
para as relações entre os integrantes da família. 
Segundo Nichols & Schwartz(1998) citado por Asen, Tomson, Young & Tomson(2012), 
actualmente há diversos tipos diferentes de terapia de família e cada uma possui maneiras 
distintas de conceituar e tratar as famílias. Porém, o que todas concordam, é a importância da 
influência conceitual da Teoria Geral dos Sistemas e da Teoria da Comunicação. 
A Teoria Geral dos Sistemas foi criada na década de 30 pelo biólogo alemão, Ludwig 
Bertalanffy e afirma que existem princípios universais a todos os sistemas, independente do 
seu tipo, natureza ou interacção (Bertalanffy, 1975 citado por Asen, et. al, 2012). Segundo ele, 
 
5 
os sistemas são complexos de subsistemas colocados em interacção, ou seja, um conjunto de 
elementos que se relacionam entre si e com o meio, em busca de um resultado final. 
Por sistema compreende-se, um conjunto de elementos directa ou indirectamente relacionados, 
que funcionam como uma unidade em um determinado ambiente. Dentro desse enfoque, uma 
família pode ser considerada um sistema parcialmente aberto que interage com os seus 
ambientes sociológico e cultural (Bloch & Harrari, 2005). 
Os estudos sobre comunicação foram iniciados pelo biólogo e antropólogo norte-americano 
Gregory Bateson na década de 50, identificando uma relação entre a patologia comunicacional 
e a gênese da esquizofrenia. Ele passou a perceber que a sequência de situações ambivalentes 
e confusas poderia levar à desestruturação esquizofrênica, por conta da falha nos padrões 
comunicacionais, ocasionando conflitos internos (Osório, 2002 citado por Zordan, Delatorre & 
Wieczoreck, 2012). 
Desse modo, propôs-se evitar os conceitos psicológicos tradicionais, baseados no indivíduo e 
sugerir uma compreensão da doença como relacional (Carneiro & Ponciano, 2005 citados por 
Zordan, Delatorre & Wieczoreck, 2012). 
Bateson (citado por Asen, et. al, 2012), contribui com a definição de sistema, definindo como 
qualquer unidade estruturada por e em torno de uma retroalimentação,e formada por partes de 
interacção, que se influenciam mutuamente. Assim, formam padrões de comportamento e 
comunicação. 
4.1. Família vista como um sistema 
O modelo sistêmico de interacção familiar foi proposto por Jackson(1957) citado por Carneiro 
& Saba(1975), ao apresentar o conceito de homeostase familiar, a partir de observações de 
família de pacientes psiquiátricos, cujos membros demonstravam, quase sempre, grandes 
mudanças de comportamento quando o paciente, em tratamento, obtinha melhora. 
Constatava-se que mudanças no comportamento de um membro da família provocavam 
mudanças nos demais, modificando também a interacção entre eles. Família passa a ser vista 
então como um sistema de interacções e dependências, constantemente regulado na medida em 
que tende a preservar seus padrões estabelecidos na interacção. Esse equilíbrio é mantido pelas 
regras familiares. 
Segundo Jackson(1957) & Riskin(1963) citados por Carneiro & Saba(1975), as regras referem-
se aos tipos de interacção permitidos entre os membros da família. 
 
6 
Quando ocorrem irregularidades, isto é, quando as regras são desobedecidas, a homeostase é 
quebrada, e a família dispõe então de metarregras, ou seja, modos habituais de restaurar as 
condições condizentes com as regras. 
Para Sartir(1967) citado por Carneiro & Saba(1975), marido e mulher são os arquitectos da 
família. Sua relação vai modelar as interacções entre eles e os filhos e, até mesmo, as relações 
dos filhos entre sí. Através da observação e participação na relação conjugal, cada filho vai 
derivar o conceito de “ser-em-relação-com-o-outro”. 
Os pais são como que a chave para o entendimento da família e sua auto-estima vai determinar 
a possibilidade de desenvolvimento autónomo dos filhos. Pais com baixa autoestima e pouca 
confiança um no outro esperam que seus filhos aumentem sua auto-estima, sendo uma extensão 
deles mesmos e realizando desejos que eles não conseguiram realizar (Sorrells & Ford, 1969 
citados por Carneiro & Saba, 1975). 
 
5. Princípios básicos 
1. De acordo com Calil(1987), a ideia central do modelo sistêmico é ser o “doente”, ou 
membro sintomático, apenas um representante circunstancial de alguma disfunção no 
sistema familiar. Tradicionalmente, o distúrbio mental se origina e se manifesta por 
força de conflitos internos, isto é, tem a sua origem no próprio indivíduo. Por outro 
lado, o modelo sistêmico, enfatiza a origem do distúrbio mental como a expressão de 
padrões inadequados de interação no interior da família. 
2. A terapia familiar baseia-se no facto de que o homem não é um ser isolado, mas interage 
num grupo. A família passa então, a ser considerada como um sistema, onde todos os 
componentes são considerados em igualdade para o efeito terapêutico. 
Assim, a mudança de objectivo terapêutico, a passagem do tratamento individual ao 
familiar, introduz uma nova variável que muda fundamentalmente a forma de pensar a 
saúde/doença mental enquanto disfunção interactiva do sistema familiar, não significando 
isto que a terapia individual tivesse perdido a sua validade (Magagnin, 1995). 
3. A abordagem dos conceitos de família como sistema, a sua homeostase e a 
comunicação como ingrediente da interacção, trazem uma nova ideia de que, no sistema 
familiar, não são as pessoas que adoecem, mas os vínculos, a ligação dos elementos 
familiares (Magagnin, 1995). 
 
7 
6. Objectivos da terapia familiar 
Entre os principais objetivos da terapia familiar estão: 
• promover o autoconhecimento em nível individual e familiar; 
• compreender a importância do diálogo e do respeito ao outro; 
• reconhecer os padrões que geram os comportamentos; 
• melhorar a comunicação e as relações entre os membros da família; 
• compreender o papel de cada indivíduo no bom funcionamento da dinâmica familiar; 
• aumentar a responsabilidade pessoal; 
• favorecer mudanças construtivas de forma a harmonizar o ambiente familiar. 
6.1. Objectivos do terapeuta familiar: 
▪ Ajudar a família a compreender que os sintomas do paciente identificado estão, na 
verdade, servindo a uma função crucial na manifestação da homeostase familiar; 
▪ Ajudar a revelar os padrões de comunicação repetitivos e previsíveis de uma família, 
que estão mantendo e reflectindo o comportamento do paciente identificado (Kaplan et 
al, 1994). 
 
7. Enfoque terapêutico 
Antes de iniciada a terapia é preciso haver um esclarecimento das expectativas do terapeuta e 
da família. O contrato terapêutico deve estabelecer uma atmosfera de trabalho em que a família 
terá grande responsabilidade. 
O terapeuta tomará claro que encara os problemas ou sintomas de qualquer membro da família 
como algo que envolve e diz respeito a toda a família, tentando assim tirar o foco do paciente 
identificado (aquele que é traduzido pela família como cliente). O diagnóstico familiar é um 
diagnóstico interacional. O problema do indivíduo é visto como um sintoma da patologia da 
família. A preocupação básica é como funcionamento global da família, vista como um 
organismo. 
Para que indivíduos e família funcionem livres de qualquer sintomatologia, cada pessoa 
precisa sentir que está "a crescer" e a produzir de modo adequado à sua personalidade. O 
sintoma é, portanto, um a indicação de que o crescimento dos membros da família está 
a ser, de algum modo, impedido. Isso pode ser explicitado apenas pelo paciente 
identificado, mas existir, de forma latente, em todos os outros membros. 
 
8 
No tratamento de família a ênfase é colocada nos padrões de interação interpessoal, deduzidos 
da comunicação, o que é chamado de processo. O terapeuta estará sempre atento ao modo 
como as mensagens são enviadas e recebidas, assim como à sua direção, clareza e congruência. 
O importante é buscar sempre o processo (o como), evitando ficar preso ao conteúdo (o quê). 
Em geral, as famílias buscam terapia não por causa do processo, mas porcausa de resultados 
indesejáveis (problemas de comportamento do filho, dores de cabeça da mãe, etc.). 
 
8. Actuação do terapeuta familiar 
O terapeuta deve entrar na família como participante ativo e um catalisador. 
Tentará observar qual é o processo da família, como seus membros lidam com crescimento e 
que tipo de modificação é desejável na dinâmica familiar. O terapeuta familiar precisa estar 
consciente de como se sente a respeito de suas intervenções e de como essas intervenções se 
encaixam no objetivo de mudança da família. Ele precisa estar consciente sobretudo de sua 
própria história familiar e de sua interação conjugal. 
A acção terapêutica far-se-á no sentido de alcançar um ou uma combinação dos seguintes 
objectivos: quebrar os estereótipos; incluir cada membro na famíla; clarificar significados; 
reforçar o ego dos membros individuais; enfatizar; o valor da individualidade; combater a 
atribuição de culpa etc. 
No tratamento familiar é muito comum o trabalho em coterapia. Isso acontece principalmente 
por causa do número, às vezes elevado, de pessoas atendidas simultaneamente e pela 
possibilidade de divisão de papéis, dando maior liberdade aos terapeutas. A dupla terapêutica 
composta por um homem e uma mulher é especialmente útil, na medida em que possibilita 
identificações e valorizações sexuais. 
 
9. Técnicas Psicoterapêuticas 
• Fixação de Fronteiras 
A Fixação de Fronteiras serve para mudar a participação dos membros de diferentes holon 
(Minuchin e Fishman citados por Rosset, 2001). 
 
9 
No processo terapêutico diversas técnicas de fixação de fronteiras deverão ser empregues e 
usadas repetidamente até que se consiga a intensidade para produzir uma mudança estrutural 
(Minuchin e Fishman citados por Rosset, 2001). 
Um factor importante quando se trabalha com fixação de fronteiras é a utilização de tarefas em 
casa para apoiar o processo iniciado na sessão e aumentar a duração(Minuchin e Fishmancitados por Rosset, 2001). 
• Entrevista circular 
A entrevista circular é uma técnica proveniente da abordagem sistémica e que permite ao 
terapeuta interagir com a família, revelando aspectos do seu funcionamento ao focar seus 
aspectos ecossistêmicos. 
A entrevista circular refere-se a um modo específico de desenvolver um padrão de interação 
entre o terapeuta e a família. Nessa técnica, as questões são formuladas com o objectivo de 
revelar as conexões recorrentes, levando tanto a família quanto o terapeuta a desenvolver 
uma compreensão da situação problema em uma visão sistêmica. 
Segundo Carneiro & Neto (2012), os terapeutas sistêmicos do grupo de Milão esboçaram três 
princípios para orientar a conduta do terapeuta: 
1. Neutralidade: refere-se a atitude do terapeuta de família que não se alia a nenhum 
membro específico, procurando manter-se curioso e aberto sobre os padrões de 
funcionamento. 
2. Circularidade: denota a busca de compreensão do enlaçamento dos diversos aspectos 
de funcionamento da família que revelam a multiplicidade de olhares e vivências. 
3. Hipotetização: refere-se à construção constante de hipóteses 
centradas na circularidade, mantendo uma atitude de curiosidade e abertura, apoiando 
a neutralidade. 
 
 
• Entrevista familiar 
O processo de avaliação e diagnóstico da entrevista familiar é guiado pela orientação teórica 
do clínico. Os objetivos de uma entrevista familiar inicial incluem (Carneiro & Neto, 2012): 
 
10 
 - Identificar as variáveis familiares e individuais que podem ter influência decisiva na situação 
familiar problemática; 
- Abordar o funcionamento da família, assim como sua dinâmica e de seus membros; 
- Conduzir a sessão de tratamento inicial, quando necessário. 
A entrevista diagnóstica é dividida em três momentos: 
1° Estágio Social: o profissional age criando um setting social e culturalmente adequado à 
família, possibilitando a investigação e a intervenção psicoterapêutica inicial. Os aspectos de 
interação e enquadre são tão importantes quanto o ambiente físico, que pode ter o aspecto 
de uma sala de visita, com mesa, material de brinquedo e cadeira para as crianças pequenas, 
caso necessário (Carneiro & Neto, 2012). 
O rapport inicial pode incluir um tempo de conversação informal e o estabelecimento de 
relacionamento através de comunicação verbal e não verbal amistosa (Carneiro & Neto, 2012). 
2° Estágio de questionamento multidimensional: o profissional investiga o motivo da consulta 
tanto quanto o modo como a família o descreve. A apresentação da problemática inicial é 
frequentemente um estágio confortável para a família que tenderá a descrever a imagem oficial 
do problema. A exploração de visões alternativas dos outros membros da família deve ser feita 
respeitosamente, buscando-se a neutralidade sistêmica. 
Áreas potencialmente problemáticas não repostadas devem ser investigadas, pois podem 
relacionar-se retroativamente com as dificuldades da família na área da queixa. A resistência 
em explorar outras áreas talvez esteja presente e surja na forma de convite à aliança com o 
terapeuta para que ele aplique soluções pré-estabelecidas para o problema. É importante evitar 
confronto, já que a resistência pode ser compreendida como acomunicação silenciosa de 
áreas problemáticas de tensão que estão acima da possibilidade de manejo da família. 
A abordagem de áreas problemáticas deve ser realizada com cuidado e respeito, apontando-se 
a necessidade de compreender amplamente o problema e de demonstrar que o ponto de vista 
de todos é importante. 
3° Desenvolvimento: diversas técnicas podem ser utilizadas para explorar a estrutura, o 
desenvolvimento e as questões emergentes do ciclo familiar. Elas correspondem às condições 
nas quais se realiza a entrevista, bem como à orientação teórica e à habilidade técnica do 
entrevistador. 
 
11 
• Genograma 
Genograma – é um diagrama que detalha a estrutura e o histórico familiar, fornece informações 
sobre os vários papéis de seus membros e das diferentes gerações; fornece as bases para a 
discussão e análise das interações familiares (Hayes e cols., 2005) citado por Abud(s/d). 
Segundo Santos & Da Silva (2003) citados por Abud(s/d), o genograma “informa de maneira 
completa e objetiva os dados de uma determinada família, fazendo de forma realista uma 
revisão do passado familiar e dos potenciais problemas de saúde, assim como fornece 
informações ricas sobre os relacionamentos, incluindo ocupação, religião, etnia e migração.” 
Ele possibilita a representação visual da estrutura e dinâmica familiar; bem como de eventos 
importantes em sua história, como separação, nascimento e morte. 
Para Athayde & Gil (2005) citados por Abud(s/d), o genograma é um mapa esquemático que, 
para ser elaborado, necessita de entrevista clínica extensiva e contínua para a coleta e 
atualização dos dados e informações da família em seus diferentes estágios. Há necessidade de 
formação de algum grau de vínculo entre profissionais e famílias. 
Gerson e McGoldrick (1993) citados por Krüger e Werlang(2008), propõem que a construção 
do genograma seja realizada por meio de entrevistas, cujo fluxo obedeça a uma dimensão 
temporal e a uma dimensão de complexidade, partindo-se da situação atual para o passado, e 
de questões mais simples e menos ameaçadoras, para as mais complexas que provocam maior 
desconforto e ansiedade. Ao final, segundo estes autores, podem-se extrair do genograma 
informações sobre a estrutura da família, sua adaptação às etapas do ciclo vital, repetição de 
pautas interativas, pautas vinculares, capacidade de enfrentamento de eventos estressantes, 
exploração de crenças e legados, viabilizando uma compreensão destes elementos em 
interação. 
Recomendam, ainda, o genograma como recurso de intervenção para o desenvolvimento de 
uma responsabilidade compartilhada sobre os rumos da vida familiar, viabilizada através do 
envolvimento de todos com o que acontece com cada um, tanto no passado, quanto no presente 
e futuro. 
Vitale (2004) citados por Krüger e Werlang(2008) lembra também que a introdução de 
vivências familiares anteriores pode trazer consigo outras formas de encarar os problemas, 
abrindo possibilidades de novos entendimentos sobre as experiências familiares, assinalando 
novas possibilidades para o futuro. 
 
12 
Quando uma família recorre ao trabalho terapêutico, traz consigo uma história para contar, que 
é uma seleção de aspectos (vividos) que se podem verbalizar e de outros aspectos (vividos), 
que permanecem não ditos. A possibilidade de ajuda está, sem dúvida, em criarum espaço para 
o não-dito (Anderson, 2001) citados por Krüger e Werlang(2008). 
A experiência presente de contar a história num contexto diferente (num espaço terapêutico) 
abre a possibilidade de incluiraquelas partes do relato que haviam sido deixadas para trás. Neste 
sentido, o trabalho com o genograma pode proporcionar um contexto estético original para a 
família. Ver-se, através de uma história desenhada graficamente, num espaço constituído entre 
o narrador e a história narrada, produz um estranhamento capaz de abrir possibilidades para 
explorar outras idéias sobre si mesmo, podendo incorporar novidades a suas vidas. 
De acordo com (White, 1994) citados por Krüger e Werlang(2008), o localizar elementos de 
suas histórias que foram deixados para trás, abrem-se portas para “territórios alternativos" 
revelando narrativas que estavam marginalizadas. 
• Desequilíbrio 
Desequilíbrio – serve para mudar a hierarquia das pessoas dentro de um holon, o objectivo do 
terapeuta é mudar as relações hierárquicas dos membros de um subsistema (Minuchin e 
Fishman citados por Rosset, 2001). 
Para que isto seja possível o terapeuta deverá fazer o uso de si mesmo como membro do sistema 
terapêutico, para mudar e desafiar a distribuição depoder na família (Minuchin e Fishman 
citados por Rosset, 2001). 
Esta técnica pode proporcionar novas alternativas de relacionamento na família que antes 
devido a distribuição de poder disfuncional, não eram possíveis (Minuchin e Fishman citados 
por Rosset, 2001). 
Diante da utilização destas técnicas, algumas respostas são dadas pela família. Os membros da 
família podem unir-se contra o terapeuta mas continuar com a terapia; a família poderá encerrar 
o tratamento; a pessoa tomada como alvo poderá recusar-se a ir para a sessão ou poderá ocorrer 
uma transformação na família que abra novas alternativas para a resolução de conflitos 
(Minuchin e Fishman citados por Rosset, 2001). 
 
 
 
13 
• Ecomapa 
O ecomapa, assim como o genograma, é um instrumento de abordagem familiar que possui o 
objetivo de avaliar a anatomia da família. Criado por terapeutas familiares, ele é utilizado para 
abordagem tanto do indivíduo como da família, de maneira a tentar identificar sua rede de 
apoio social e familiar. É um diagrama das relações entre a família e a comunidade, que desenha 
o sistema ecológico onde a família ou indivíduo está incluído, identificando seus padrões de 
organização e a natureza das suas relações com o meio onde habita, expondo o balanço entre 
seus recursos e necessidades. 
A utilização do ecomapa tem o potencial de representar a presença ou ausência de recursos 
sociais, econômicos e culturais. É um retrato do momento da vida do paciente, ou seja, sua 
constituição é dinâmica. O ecomapa tem sido utilizado por diversas categorias profissionais da 
área da saúde, como médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais e configura-se como 
uma opção valiosa para o clínico, por possibilitar uma visão mais ampla sobre a estrutura e a 
dinâmica da família, de maneira a guiar intervenções e condutas, baseadas nos desequilíbrios 
identificados. 
A construção do ecomapa 
Para a elaboração do ecomapa, o material necessário é apenas papel e caneta, o que torna fácil 
sua construção. O tempo necessário até sua conclusão é de cerca de 15 a 20 minutos. Pode-se 
realiza-lo em mais de uma consulta se necessário, com um ou mais membros da família. 
É importante lembrar que como a estrutura familiar e social é dinâmica, deve-se sempre avaliar 
a construção de um novo ecomapa, de forma a atualizá-lo. Quanto à sua estrutura, o ecomapa 
muitas vezes é construído colocando-se o genograma da família dentro de um círculo, ao 
centro. Contudo, o genograma da família pode ser substituído também simplesmente pelo nome 
da família ou por um indivíduo, quando o interesse é identificar a rede de apoio individual. 
Esse círculo irá delimitar o meio intra do extra-familiar, como na figura 1, a seguir. 
 
14 
 
 Fig. 1: Família composta por um casal de homem, mulher e seu filho. 
Ao redor desse círculo, então, desenham-se outros pequenos círculos, cada um representando 
um recurso social, cultural ou familiar, como, por exemplo, igrejas, unidades de saúde, amigos, 
trabalho etc, demonstrado na figura 2, a seguir. 
 
Fig. 2: Rede social da família 
 
Para representar as relações entre a família, seus membros e os recursos identificados nos 
mapas, traçam-se linhas que ligam cada círculo, podendo elas unirem os recursos ao grande 
círculo onde a família está incluída – mostrando sua importância para a família como um todo 
– ou a um membro específico. 
 
15 
As linhas que representam as relações podem ser desenhadas de diversas maneiras a fim de 
simbolizar as suas diferentes naturezas (relações próximas com linhas contínuas, muito 
próximas com linhas duplas contínuas, distantes com tracejado, conflituosas com linhas 
tortuosas, etc), porém sua representação varia conforme a bibliografia, ficando a cargo do autor 
escolher a que melhor convém ao caso. A figura 3 demonstra um exemplo a seguir. 
 
Figura 3: Relação próxima da família com a UBS, distante da mulher com os amigos, 
conflituosa da mulher com o trabalho e muito próxima da mulher da mãe. 
Também muito comum em ecomapas, as setas que indicam o fluxo de energia também podem 
ser traçadas. Elas identificam se o indivíduo gasta energia com relação a algum elemento da 
rede social, se eles se beneficiam dessa relação ou se o fluxo ocorre nas duas direções, conforme 
exemplo na figura 4, a seguir. 
 
 
16 
Figura 4: UBS dedica muita energia à família, mas a família dedica pouca à UBS; mulher 
dedica muita energia ao trabalho, mas tem pouco retorno do trabalho para sua vida em troca; 
mulher dedica muita energia à mãe e pouca energia aos amigos, que também não dedicam 
muita energia em troca. 
As áreas importantes da rede social a serem incluídas no ecomapa são, principalmente: 
trabalho; amigos; grupos recreativos; unidade de saúde; igreja; escola; família alargada; 
animais de estimação etc. 
A análise do desenho do ecomapa, em conjunto com o paciente ou família, permite tecer 
hipóteses, avaliar situações desfavoráveis, potencialidades, fragilidades, graus de investimento 
em recursos e seus possíveis retornos e benefícios, etc. 
• Complementaridade 
Complementaridade – desafia o conceito de hierarquia linear. Assim como as técnicas de 
desequilíbrio, as de complementaridade visam mudar a relação hierárquica entre os membros 
da família, porém, desta vez se questiona a noção inteira de hierarquia (Minuchin e Fishman 
citados por Rosset, 2001). 
Para que isto aconteça Minuchin e Fishman (citados por Rosset, 2001) afirma que a família é 
questionada em três aspectos: 
1. terapeuta desafia o problema (a certeza da família de que há um portador de sintoma); 
2. terapeuta desafia a noção linear de que um membro está controlando o sistema, quando 
na verdade um dos membros serve de contexto aos demais; 
3. terapeuta desafia o modo como a família pontua os eventos, ensinando aos membros da 
família a verem seu comportamento como parte de um todo mais amplo. 
 
10. Frequência e duração das sessões da Terapia Familiar 
A psicoterapia do grupo familiar, em geral, se inicia com sessões que duram, pelo menos, uma 
hora, com frequência semanal e, sempre que possível, com a participação de todos os membros 
da família (Cordioli, 2008). 
De acordo com o mesmo autor, se o paciente for adulto, a família pode ser incluída mais tarde, 
ou mesmo ir a apenas algumas sessões, naquilo que se denomina terapia individual sistémica. 
 
17 
A medida que a terapia progride, a frequência pode passar a ser quinzenal ou mensal (ou, em 
casos especiais, pode já ter iniciado assim). 
10.1. Duração do tratamento 
A duração média do tratamento familiar costuma ser em torno dos seis meses. Nas famílias 
gravemente disfuncionais, com indivíduos psicóticos ou com transtorno severo de conduta, 
pode se prolongar por anos. Nesses casos, é também frequente a utilização de outros recursos 
terapêuticos, como medicação e, quando necessário, a colaboração de outros especialistas ou o 
uso temporário de acompanhante terapêutico ou de hospitalização (Cordioli, 2008 citando 
Horta, Albuquerque & Cozzatti, 1996). 
 
11. Limitações da terapia familiar 
De acordo com Cordioli(2008), as crenças religiosas ou culturais muito fortes, impedem 
intervenções externas na família. No caso de situações nas quais os membros importantes da 
família não estejam presentes, por falta de motivação por exemplo, a terapia familiar é contra-
indicada. 
Ainda segundo o mesmo autor, a terapia familiar está contra-indicada quando um dos cônjuges 
tem transtorno grave de carácter. 
A prática da terapia familiar apresenta algumas limitações dentro da abordagem psicanalítica. 
A iniciar pela heterogeneidade da teoria e técnica deste campo, tornando difícil estabelecer 
uma linearidade e configuração da prática (Guareschi, 2003). 
 Essa proposição se confirma ao considerar, as questões cruciais do atendimento, como a 
impossibilidade de aplicação determinado elementos constitutivos do settinganalítico 
(Guareschi, 2003). 
Apesar da existência de alguns impasses, como os supracitados, existe a possibilidade de 
realizar um atendimento familiar em terapia psicanalítica. As teorias base dão suporte e 
fundamentam praticas e técnicas empregadas, do mesmo modo que os casos clínicos justificam 
a efetividade do tratamento (Guareschi, 2003). 
 
 
 
 
18 
12. Proximidade terapia familiar com outros modelos 
A terapia familiar está geralmente associada a um tipo de tratamento ligada à corrente 
sistêmica, porém ao longo da história houve várias perspectivas teóricas que trabalharam com 
essa terapia, como, nomeadamente: o modelo psicodinâmico e o modelo cognitivo-
comportamental. 
De acordo com Cordioli(2008), Ackerman, introduziu a ideia de trabalhar com a família 
nuclear, utilizando métodos psicodinâmicos. O enfoque desse autor era predominantemente 
psicodinâmico com ênfase nos mecanismos grupais (projecção, identificação projectiva, 
dissociação) e nos conceitos da teoria das relações do objecto. O objectivo era a obtenção de 
insight, ou a abordagem dos confiltos transgeracionais. 
No que se refere ainda a teoria das relações com objectos, no modelo psicodinâmico, o sintoma 
de um paciente é visto como indicativo da falha na resolução da sequência de desenvolvimento 
de um ou de ambos os pais. 
Os conflitos existentes fazem com que a emoção do bebê seja reprimida , o que, por um lado, 
faz com que o pai em conflito se lembre e reviva sua falta de resolução de desenvolvimento e, 
por outro, que isso reflete seus conflitos no tratamento de seu filho. A terapia se concentra em 
visualizar e trabalhar com as relações de transferência e contratransferência, a fim de ajudar 
toda a família a resolver suas seqüências de desenvolvimento. 
Na perspectiva cognitivo-comportamental, a terapia familiar foca na resolução direta de um 
problema específico apresentado pela família ou por um de seus membros, sendo o objetivo 
bastante específico. 
 
13. Aplicabilidade da terapia familiar nas vertentes: Social e Comunitária, Escolar e 
Organizacional 
• Vertente Social e Comunitária: a terapia pode ser aplicável em diversas situações da 
área da psicologia Social e Comunitária, como por exemplo, no tratamento de vários 
vícios e até outros distúrbios psicológicos. Neste caso, pode ser muito últil que o 
profissional integre os parente mais próximos do indivíduo, para que eles possam ajudá-
lo a ficar longe de estímulos que provocam a resposta do consumo. Eles podem 
participar também por fazer com que o sujeito veja a necessidade de continuar com o 
tratamento e as vantagens de interromper o consumo, além de reforçar os 
comportamentos que favorecem sua recuperação. 
 
19 
A terapia é aplicável para descrever acções com famílias, visando intervir em seu 
sofrimento. Entendemos que o sistema familiar propicia o âmbito dessa experiência 
porque oferece conflitos de natureza pessoal (a baixa auto-estima da mãe, por exemplo), 
conflitos de natureza relacional (violência na interação conjugal), bem como conflito 
entre os membros da família. 
• Vertente Escolar: muitas das vezes as dificuldades no processo de uma aprendizagem 
harmoniosa por parte de crianças na idade escolar, provêm de problemas no meio 
familiar, então, esta terapia pode ser aplicável de modo a ajudar a entender o ambiente 
que proporciona a esse comportamento e quais medidas precisam ser tomadas. 
• Vertente Organizacional: a terapia pode ser aplicável nos casos em que a família 
sempre tende a impôr suas regras no que tange o que seja o trabalho, sem permitir que 
os outros membros criem as suas próprias crenças. O terapeuta pode reforçar os valores 
e tradições familiares, num sentido de manter a homeostase, isto é, o equilíbrio da 
família. 
 
 
 
20 
Conclusão 
Após a realização do trabalho, podemos concluir que a terapia familiar baseia a sua intervenção 
na família enquanto sistema, composto por elementos que possuem uma relação de 
interdependência entre si e que promove o desenvolvimento um do outro. A psicoterapia 
familiar é muito importante no tratamento de problemas que afectam a família. É dotada de 
diversas técnicas é muito indicada a indivíduos afectados por delinquência, toxicodependência, 
esquizofrenia entre outros problemas do comportamento e à sua família. 
A psicoterapia familiar centra-se na família como um todo e não como a soma das partes: tudo 
que acontece num elemento irá afectar outros elementos. A terapia permite ainda que todos 
membros que a compõem trabalhem para a resolução do problema ao mesmo tempo que os 
responsabiliza e lhe dá poder para que possam tomar decisões necessárias para continuarem a 
progredir ao longo do seu ciclo de vida. 
Apesar de muito potente, ela apresenta algumas limitações, tais como: crenças religiosas ou 
culturais muito fortes, impedem intervenções externas na família, transtrono grave por parte de 
um dos cônjuges, entre outros. 
 
 
 
21 
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