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O CORPO DOCENTE E A CONDIÇÃO DA PESQUISA CIENTÍFICA JUNTO AOS DISCENTES
Cristine Do Nascimento Schaukoski
Fátima Maria Do Nascimento
Larissa Holz
Sintia Da Silva Machado
Professor- Tutor Externo – Soraia Coutinho Paim
 Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI
Curso Pedagogia (PED1763) – Seminário da Prática I
29/06/2017
RESUMO 
A pesquisa científica é um meio de buscar novos conhecimentos e soluções para os problemas que permeiam o dia-a-dia das pessoas, proporcionando a satisfação das necessidades humanas, principalmente aquelas relacionadas ao mundo moderno e tecnológico, trazendo assim desenvolvimento para a ciência bem como para toda a sociedade. O elo entre a pesquisa e o pesquisar é o docente e ele deve ser um constante pesquisador, é dele que vem o papel de multiplicador do hábito da leitura, da escrita e da curiosidade, o professor deve ser o incentivador, abrindo lacunas para que sejam preenchidas por seus discentes através da arte de pesquisar, aguçar o limite da compreensão e tornar o aluno um pesquisador, e o docente deve compreender que sua profissão não se resume em simplesmente transmitir o conhecimento e sim em reconstruir o conhecimento, e ele cabe o papel principal. Esta pesquisa é descritiva e de fontes bibliográficas. 
Palavra-chave: Pesquisa científica. Aluno pesquisador. Docente incentivador.
1. INTRODUÇÃO
 A sociedade atual vivencia intensas mudanças marcadas por uma profunda valorização da informação. Na chamada “Sociedade da Informação”, processos de aquisição do conhecimento assumem um papel de destaque e passam a exigir um profissional crítico, criativo, com capacidade de pensar, de aprender a aprender, de trabalhar em grupo e de se conhecer como indivíduo.
 O reconhecimento de uma sociedade cada vez mais tecnológica deve ser acompanhado da conscientização da necessidade de incluir nos currículos escolares as habilidades e competências para lidar com as novas tecnologias. Com as Novas Tecnologias da Informação abrem-se novas possibilidades à educação, exigindo uma nova postura do educador. Neste contexto de mudança, o professor precisa saber orientar os educandos sobre onde colher informações, como tratá-las e como utilizá-las, contribuindo para a melhoria do processo ensino-aprendizagem, por meio de uma renovação da prática pedagógica do professor e da transformação do aluno em sujeito ativo na construção do seu conhecimento, levando-os, através da apropriação desta nova linguagem a inserirem-se na contemporaneidade. E isso se torna premissa em qualquer modalidade de ensino e em qualquer instituição.
 Possibilitando e promovendo um processo de aprendizagem investigativa, onde o aluno seja estimulado a busca do conhecimento, não ficando somente com que o professor diz, ou o que se encontram nos seus livros didáticos, que ele descubra outros autores, novas teorias, novas leituras e visões de “mundo” diferentes. Mas que seja desafiado a ir à busca de mais informações. 
 2. A PESQUISA CIENTÍFICA E A FORMAÇÃO ACADÊMICA
 Segundo Nervo e Ferreira (2015) “pesquisa de longe é um instrumento essencial para a concepção de um conhecimento primoroso, a rotina da leitura, da pesquisa e a construção do conhecimento são aspectos intrínsecos ao ingressante de nível superior”.
Porém, o que se percebe é que a falta do hábito pela pesquisa está desde cedo presente no processo de aprendizagem dos jovens, e acaba por influenciar na sua vida acadêmica, já que a qualidade do ensino médio é insatisfatória e acaba muitas das vezes causando grande conflito nos recém-chegados no ensino superior. E neste aspecto, a educação brasileira infelizmente ainda é muito fragilizada. 
Ao ingressarmos ao mundo acadêmico independente do curso escolhido passamos a trilhar o caminho das novas descobertas, e isto está relacionada a pesquisa, a busca, aos questionamentos e por fim, a novos conceitos.
A busca e a produção do conhecimento deve ser prioridade na vida acadêmica como em outros setores, assim como diz Demo: “Pesquisa é o processo que deve aparecer em todo o trajeto educativo”. (DEMO, 1997, p.16).
	Para o acadêmico, a realização de pesquisas proporciona algo muito além da mera cópia e do repasse de conhecimentos já existentes, pois é por meio da pesquisa que se constrói novos conhecimentos, descobre-se a verdade sobre determinados fatos e busca-se soluções para resolução de problemas, contribuído assim para o crescimento das várias ciências, bem como para o desenvolvimento da sociedade. E também para a formação profissional do acadêmico. 
Segundo Demo (1997, p.15) afirma que “professor é quem, tendo conquistado espaço acadêmico próprio através da produção, tem condições e bagagem para transmitir via ensino. Não se atribui a função de professor a alguém que não é basicamente pesquisador”.
Diante disso percebe-se a importância da elaboração de trabalhos científicos envolvendo os discentes e docentes incentivando e proporcionando as condições necessárias para que o acadêmico desenvolva suas pesquisas. Que ele possa produzir seus conhecimentos e com isso construir a base da sua formação acadêmica. 
 As informações que os discentes obtém através da pesquisa, sejam através da internet ou em livros, revistas, etc., não são apenas recebidas e guardadas. Elas representam um ponto de partida e não um fim em si mesmas. Quando um estudante encontra uma informação na Internet, ele a coloca no seu contexto, da sua realidade, busca mais informações a respeito, torna-a um elemento da sua própria formação, sabendo qual a importância daquilo que aprendeu.
 	Discente é “aquele que aprende” (XIMENES, 2000, p. 328), o discente que produz, desperta uma capacidade de senso crítico, de questionar, e não apenas aceitar os fatos como são impostos. 
	Conforme a Lei de Diretrizes e Bases (1996) as universidades são instituições “[...] de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano [...]”, assim não pode haver universidade voltada apenas para o ensino, a pesquisa e a extensão devem fazer parte do convívio universitário.
 No entanto a participação em eventos de caráter científico, como seminários, simpósios, Workshop e semanas de iniciação científica é muito importante para os discentes. Sobre este aspecto Longary e Beuren (2006, p.33) comentam que: 
Os eventos científicos representam a possibilidade de determinada comunidade acadêmica promover a troca de conhecimentos, demonstrar suas pesquisas em andamento, bem com os novos avanços na área. Trata-se, portanto, de oportunidades ímpares para que o estudante tenha contato direto com outros estudantes, pesquisadores e professores e suas pesquisas.
Outro ponto em questão e de suma importância está relacionada a leitura, para se obter êxito com os estudos é necessário muita leitura. Ler bons livros relacionados a sua especialidade, desenvolver hábitos de leitura e de pesquisa. 
 Libâneo (1998, p.29) afirma que,
O professor medeia à relação ativa do aluno com a matéria, inclusive com os conteúdos próprios de sua disciplina, mas considerando o conhecimento, a experiência e o significado que o aluno traz à sala de aula, seu potencial cognitivo, sua capacidade e interesse, seu procedimento de pensar, seu modo de trabalhar. 
Nesse sentido o conhecimento de mundo ou o conhecimento prévio do aluno tem de ser respeitado e ampliado. E com base nisto o professor poderá estimular e incentivar para que a busca siga durante a sua formação e de forma continuada.
Sobre o perfil do pesquisador e da importância da leitura para o mesmo Oliveira; et al. (2003, p. 142) relatam que “a devida preparação para o melhor aproveitamento possível dessas leituras torna-se condição indispensável para o profissional pesquisador que, para isso, deve estar habilitado a bem utilizar as técnicas do assunto”.
 Assim entende-se que a leitura e o conhecimento do método são premissas eficazes a todo discente ou profissional que pretende tornar-se pesquisador.
Cury (2003, p.127) afirma que “a exposição interrogada gera a dúvida, a dúvida gera oestresse positivo, e este estresse abre as janelas da inteligência. Assim formamos pensadores, e não repetidores de informações”.
	É também pelo trabalho docente que a finalidade da educação, descrita por Morin (2001, p. 199), “poderá formar os cidadãos, permitindo a cada um ter consciência de sua condição humana, situando-a em seu mundo físico, em seu mundo biológico, em seu mundo histórico, em seu mundo social, a fim de que tal condição possa ser assumida”.
Freire (1996, p.42) enfatiza,
A tarefa coerente do educador que pensa certo é, exercendo como ser humano a irrecusável prática de inteligir, desafiar o educando com quem se comunica e a quem comunica, pro- duzir sua compreensão do que vem sendo comunicado. Não há indelebilidade que não seja comunicação e intercomunicação e que não se funde na dialogicidade. O pensar certo por isso é dialógico e não polêmico.
Entende-se com isso que para haver a construção do saber, é preciso diálogo, troca de saberes e experiências, sabendo que cada um contribuirá com suas próprias vivências e experiências, desta forma acredita-se na qualidade do ensino que o professor deve estar focado na qualidade de sua didática assim como é importante os seus conhecimentos científicos e tecnológicos, ensinar é uma arte que necessita ser aperfeiçoada a cada dia, e a pesquisa faz parte disso.
Para Garcia (1988, p. 67), “desenvolvemos essas habilidades, descrever e manipular, através da observação e da comparação [...] de fenômenos, identificando entre eles ou algumas diferenças, o processo de discriminação, ou certas semelhanças, a generalização”.
Entretanto para que se tenha um avanço na qualidade nos cursos de nível superior é necessário que a pesquisa desempenhe um papel fundamental dentro e fora da sala de aula.
Com base nisto é realizado dentro das universidades períodos de estágios obrigatórios, onde o discente elabora seus projetos de pesquisa e de atuação, com isso ele estará fazendo uma relação entre a teoria e prática. 
Assim sendo, os professores devem tomar a docência em seu conjunto, envolvendo ensino e pesquisa, duas distinções que devem estar ligadas na produção do novo conhecimento, em que o docente deve trabalhar desde os anos iniciais da educação até o nível superior de ensino, transformando a pesquisa em conteúdo de ensino.
 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
 Durante a pesquisa, destacou-se a grande relevância do mesmo, entende-se que a ausência da pesquisa dentro do nível superior de ensino reflete em pensar e viver uma instituição de educação superior que propicie a problematização da realidade, que reflita junto com os discentes as reais dificuldades, as reais possibilidades da sociedade, devendo ampliar sua metodologia, suas técnicas de ação, sua preocupação com a formação de seus profissionais.
 Percebe-se ainda a necessidade do discente na busca por conhecer e, reconhecer os tempos e fatos, pois cada época teve seu momento histórico e cultural, moldando a sociedade até aos dias de hoje. Que toda história tem dois lados e foi construída com o suor e luta de homens e mulheres que ao longo do tempo fizeram-se história por seus atos e, fizeram a história acontecer mudando e moldando-se a realidade. 
Isso acontece de tempos em tempos, cabe ao discente contribuir em suas pesquisas, embora seu conhecimento inicial se dê por meio de obras relacionadas ao tema a ser pesquisado, sua leitura, portanto deve ser uma leitura consciente de que os fatos mudam ao longo dos tempos, precisa refletir sobre as mudanças, e se perguntar, porque aconteceram? Como aconteceram? Quem foram os protagonistas da história? Quando? Pra quê? E onde aconteceram. E isto seja pra qualquer área do conhecimento. Tudo há uma razão, nada surgiu do acaso.
 Contudo o discente terá uma melhor compreensão quando tiver o hábito da leitura e da pesquisa. Já o docente contribui quando estimula, incentiva, desafia, orienta, indaga, faz referência de bons livros, sites de pesquisas, filmes, revistas cientificas, tudo que estimule o discente na busca constantes, não o engesse com os livros didáticos, com conteúdo prontos, acabados. 
Como Paulo Freire (1996) diz: "Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la)"
Que o discente se perceba como parte deste processo de busca e de aquisição do conhecimento do processo de ensino e de aprendizagem, como também, coautor de sua própria história. 
 Entende-se então que adquirir conhecimento não é apenas saber sobre um objeto, mas ter a capacidade de utilizá-lo, extraindo assim, todos os recursos que ele possa oferecer para a sociedade.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996.
Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003
DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. Campinas: Autores Associados, 1996.
DEMO, Pedro. Pesquisa princípio científico e educativo. 2001. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/efantauzzi/pesquisa-princpio-cientfico-e-educativo-pedro-demo>. Acesso em: 04 jul. 2017.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes Necessários à prática Educativa. São Paulo: Paz e terra, 1996.
GARCIA, Francisco Luiz. Introdução crítica ao conhecimento. Campinas-SP: Papirus, 1988.
LEI DE DIRETRIZES E BASES. Constituição (1996). Lei nº 52, de 20 de dezembro de 1996. Ldbe - Lei Nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996. Disponível em: <https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/109224/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96#art-52>. Acesso em: 04 jul. 2017.
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? novas exigências educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 1998.
LONGARAY, André Andrade; BEUREN, Ilse Maria. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade: Teoria e Prática. In: BEUREN, Ilse Maria (Org.). 3.ed. São Paulo: Atlas, 2006.
MORIN, Edgar. A religião dos saberes – o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
NERVO, Alessandra Cristiane dos Santos; FERREIRA, Fábio Lustosa. Educação em Foco: A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO PARA A FORMAÇÃO CIENTÍFICA DE EDUCANDOS DO ENSINO SUPERIOR. 2015. Disponível em: <http://www.unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/educacao_foco/artigos/ano2015/importancia_pesquisa_paraformacaocientifica.pdf>. Acesso em: 04 jul. 2017.
OLIVEIRA, Antônio Benedito Silva: et al. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Contabilidade. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo: Ediouro, 2000.

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