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João-Caveira e suas divisoes

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Conforme me foi pedido por alguns Irmãos de Fé vou compartilhar conhecimentos sobre o Exú Tatá Caveira, 
entidade muito divulgada no grupo dos Caveiras. 
Pra início de conversa, lembramos que o Exú Caveira é o Chefe da Linha das Caveiras, ou esqueletos, linha muito 
importante dentro da Quimbanda Tradicional, composta por espíritos que se apresentam sempre em forma de 
esqueletos e algumas das vezes apenas com aparência esquálida, ou militares. 
Outra coisa: Exú Caveira não é o Caveira mais jovem como muitos equivocados afirmam, e o Tatá caveira não é o 
mais velho, erro comum que deve ser desmistificado. 
 
PARAR E PENSAR: 
 
 
“Na internet você encontra sites com “lendas” absurdas sobre o Exú Caveira, ou Tatá Caveira, são fábulas para iludir 
a imaginação dos menos esclarecidos, não dê crédito.” 
“Ser Exú não significa que numa vida passada ele estava envolvido com Magia, seja Branca ou Negra, ou envolvido 
com o mal, afirmar que o Caveira é originário do Egito é um grande erro.” 
“Em geral, os Caveiras são espíritos de militares do passado, que morreram em batalha, outros podem ser 
“nomeados” Caveiras por um superior, e assumir os atributos para desempenhar funções importantes dentro do plano 
astral.” 
“Cada entidade é um ser à parte, cada um tem sua própria história de sua última encarnação antes de se tornar um 
Guardião da Poderosa Quimbanda.” 
“Exú incorporado não senta em cadeiras ou similares, somente os Caveiras sentam.” 
“Às vezes um Exú ou Pomba Gira não é espírito desencarnado, nunca nasceu na Terra e nunca morreu, são algo que 
não se pode explicar para os profanos.” 
“É engraçado ver alguns pseudo-médiuns lendo lendas na Internet, e depois em suas giras mistificando e afirmando 
tudo aquilo que leram, é lamentável.” 
“Cada Exú ou Pomba Gira tem sua história, que é bem pessoal e só transmite à seu médium, pois se trata de um 
segredo, fundamento pessoal que guarda toda a força da entidade, bem como cada Exú ou Pomba Gira tem seu nome 
verdadeiro, o qual só revela ao seu médium.” 
 
Vamos falar então sobre os Caveiras no geral, pois são bem semelhantes em personalidade e atributos, oferendas, 
obrigações, etc... 
 
Os Caveiras são exímios e poderosos guerreiros, versados nas artimanhas e estratégias da guerra, conhecem todos os 
meios e modos de se vencer uma demanda, seja espiritual ou material. 
Alguns através da vidência apresentam-se na forma de esqueletos, outros apenas com aparência esquálida, ou seja, 
magros, e muitos deles se apresentam com uniformes militares, sempre envoltos em luz muito branca. 
 
Os que se apresentam na forma de esqueletos, em especial o Exú Caveira e o Tatá Caveira, mostram-se na vidência 
cobertos com um manto de luz negra, parecendo tecido, mas na verdade se trata mesmo de luz, negra, vapores 
fluídicos, ou como desejar interpretar. 
A aparência dos ossos difere de qualquer coisa que já se viu no mundo material, o brilho do esqueleto tem uma luz 
que é impossível descrever através de palavras, através da vidência é possível contemplar e tentar explicar, mas 
sempre ficará vago. 
 
O grande diferencial dos Caveiras em geral é a sua grande força, suas manifestações sempre são acompanhadas de 
fenômenos que não se pode explicar. 
Os Caveiras são Exús que podem se apresentar aos videntes a qualquer hora do dia ou da noite, bem como podem 
incorporar em seus médiuns a qualquer hora, até mesmo debaixo do sol escaldante. 
São muito sábios, engraçados, tem manias, gostam de falar coisas engraçadas, mas não dizem palavrões e jamais 
ameaçam quem quer que seja. 
São muito amigos de seus filhos-de-fé, atenciosos e divertidos, sempre estão rindo, são grandes trabalhadores. 
 
Possuem o dom de curar doenças com extrema facilidade, e de adoecer a quem desejar, além de exímios guerreiros, 
são capazes de levar à loucura qualquer inimigo, regem com facilidade a psique humana, sendo capazes de 
desequilibrar quem quer que seja com grande facilidade, e também é claro, curar qualquer pessoa com problemas 
mentais. 
 
Os Caveiras tem uma particularidade interessante em sua manifestação, conseguem por brincadeira sempre que 
solicitados, a “estalar” qualquer osso do corpo físico do médium, até mesmo os ossos do crânio que são imóveis, este 
fenômeno é uma das provas que garante uma incorporação verdadeira. 
Caveiras são Exús fascinantes, gostam de dar conselhos, possuem um timbre de voz bem característico, engraçado e 
às vezes meio assustador, aquela voz com estilo meio caipira, meio esqueleto, difícil também de explicar. 
Adoram crianças e em algumas casas são aguardados com grande expectativa pelas crianças, justamente por serem 
muito divertidos e um tanto excêntricos digamos assim. 
 
 
O Exú Caveira em especial tem apenas um diferencial, se apresenta para os videntes com tamanho acima do normal, 
como um gigante, já o Tatá Caveira é alto, acima dos padrões humanos, mas nem tanto, os demais integrantes da 
Linha das Caveiras possuem estatura humana normal. 
 
Caveiras gostam de caminhar na rua, mostrar que realmente estão presentes, cada incorporação deles é um momento 
cheio de surpresas, pois eles sempre tem truques para mostrar aos seus consulentes. 
 
Eles adoram mostrar-se, afirmar sua presença, provar que estão “ali mesmo” através de seus truques, digamos assim. 
Então para os que são adeptos das famosas “provas de Exú” não percam seu tempo tentando por a prova um Caveira, 
não se preocupem, eles por si mesmo fazem coisas que assombram, sem a necessidade de outras pessoas pedirem, são 
capazes de comer coisas que fariam uma cabra vomitar, com absoluta certeza. 
Sempre aconselho a quem for consultar com um Caveira: jamais duvide, preste muita atenção e verá coisas que eles 
fazem e será taxado como doido se contar para os incrédulos. 
 
Os Caveiras regem em geral os Cemitérios, sendo a morada de qualquer Caveira a primeira sepultura preta à 
esquerda da cruz mestra, ou cruzeiro. 
Os Caveiras também podem receber suas oferendas em encruzilhadas, matas, praias, rios, trilhas, pedreiras, etc... 
 
Em geral o local da entrega depende muito do pedido a ser feito, bem como da forma de trabalho a ser realizado, mas 
o básico seria o cemitério, em seu local de maior vibração como disse acima. 
Falei do Exú Caveira, Tatá Caveira, mas não falei dos outros, citarei alguns dos membros da Linha das Caveiras: 
 
 
Exú Caveira ( Chefe) 
Tatá Caveira 
João Caveira ( secretário de Exú Omulú Chefe da Linha das Almas ) 
Pomba Gira Rosa Caveira 
Exú Caveirinha 
Exú Caveira Meia-Noite 
Exú Catacumba 
 
 
Suas cores votivas são o preto e o branco apenas, seja para indumentária, guias ou velas. 
 
Só trabalham de pés descalços. 
 
Apreciam charutos de boa qualidade, bebem Cachaça de boa qualidade. 
 
Sobre seu ponto riscado há algo bem interessante... vou explicar: 
 
O ponto riscado de Exú ou Pomba Gira é pessoal, ou seja, cada Exú ou Pomba Gira tem o seu, tal qual a nossa 
assinatura, é algo bem pessoal e intransferível, mas os Caveiras em geral usam o mesmo ponto riscado, não importa 
em qual cidade ou médium eles vibrem. 
 
O ponto riscado dos Caveiras é universal, pois representa a todos sem distinção, enfim representa a verdadeira 
natureza de todos nós humanos, que carregamos dentro de nós mesmos e que nos torna iguais: A CAVEIRA E DOIS 
OSSOS CRUZADOS EM BAIXO, semelhante a bandeira dos Piratas. 
 
ARQUÉTIPO: 
 
 
Pessoas regidas por membros da Linha dos Caveiras são pessoas que não levam desaforo pra casa, falam o que 
pensam, intrépidos, não temem ninguém, gostam dos assuntos místicos, não são magricelas mas mantém o peso nos 
padrões normais, nunca ficando obesos. 
 
Possuem um defeito que é comum a todo médium dos Caveiras, nunca possuem uma boa dentição, sempre ficam 
desdentados, usando próteses simples ou completas, curioso isso, mas é o mais comum quando se trata de seus 
médiuns. 
São muito divertidos, trabalhadores, mas adoram dormir,e se fosse possível a todos, trabalhariam somente à noite, 
pois é o momento em que estão mais ativos. 
 
Muitos se tornam militares, seguranças, policiais, ou com profissões relacionadas às armas, bem como alguns em seu 
lado negativo podem enveredar para o mundo do crime. 
 
Os médiuns dos Caveiras são avessos aos vícios, dificilmente se vê um médium dos Caveiras envolvido com drogas 
ou entorpecentes, por conta da energia militar que carregam se tornam muito perfeccionistas e íntegros. 
 
Médiuns dos Caveiras são bons chefes de família, bons pais e bons esposos, comilões sem nunca engordar, 
brincalhões, sentimentais, são o tipo de pessoa que gosta de ajudar os outros, são capazes de tirar a própria roupa no 
meio da neve e doar ao necessitado. 
 
Geralmente nunca se tornam ricos, mas tem o suficiente para viver e se sustentar, gostam de automóveis mas 
geralmente seus carros ou motos são meio engraçados como eles, aquele tipo de carro que sempre dá problema, seja 
novo ou usado. 
 
Enfim, ser médium de um Caveira de verdade é muito bom, e é sempre bom ter um filho no terreiro que seja do 
Caveira, é uma grande honra e com certeza sempre poderemos contar com ele para tudo que precisarmos. 
 
Lembrem-se sempre para estar diante de um Caveira ou ser médium do mesmo, deve-se ser sempre humilde, pois 
estamos lidando com o símbolo universal da real natureza humana, e que todos nós bem “lá no fundo” de nosso corpo 
físico SOMOS CAVEIRAS. 
 
Seu assentamento deve ser sempre nos fundos do quintal, em casa dedicada apenas aos Exús do Cemitério, onde o 
Caveira é o Líder maior. 
 
Detalhes sobre assentamento não passarei nesta publicação, por se tratar de algo muito pessoal. 
 
 
Espero que agrade a todos médiuns sinceros e amorosos dos Caveiras, tirei isso tudo do fundo do meu coração, com 
amor e respeito, não querendo ofender ninguém e não desmerecendo o trabalho de ninguém. 
João Caveira das Almas é a entidade que trabalha diretamente no cemitério, ele dentro da cabala irmão de exu da 
meia noite, comanda por belzebu. aqui na minha casa preza por ser simpático e educado procurando sempre respeito 
do povo quimbandeiro, direciona sua caminhada para saúde, trabalhos profissionais amor. É um exu de defesa 
trabalha com povo das almas. 
Oferendas: cachaça no cemitério e varias bebidas alcoólicas. É o dono do cadeado abre as portas para aqueles que 
estão trancados, seu número é o 7. Comidas: milho torrado, batatas assadas, charutos, carne crua, fígado e quatro 
pesendo o bode. dia da semana quinta feira. 
João Caveira deixa esta mensagem: Todos que querem vir terão axé de paz, harmonia e respeito. moro no portão do 
cemitério na lomba em todas encruzilhadas, podem me chamar no meio do mato, na beira do mar para responder a 
todos que precisão. 
Exu Caveira 
Você encontrará o Caveira sob o nome de Gad na bíblia, ele tem manifestação silenciosa e seu nome sumério 
é:Sergulath, quando cantar um ponto para esse Exu, você invoca esse nome e terá vibração. 
Um espírito bom nem sempre é necessário sua incorporação, Você sentirá essa vibração quando seguir sua intuição. 
Lembre-se o resultado dos trabalhos são melhores do que o conhecimento. 
Sua oferenda deve ser colocada no meio do cemitério na cruz mestre, lembre-se é para o bem. Ele é muito bom para 
cura, pois logo atrás da cruz mestre rege a divindade da morte e da vida. 
O Exu Caveira é possuidor de grandes poderes; favorece-nos e ensina-nos as artimanhas da guerra, a fim de 
vencermos os nossos inimigos. 
Deve-se reverenciá-lo quando entrar no cemitério. 
Sarava ao Omulu Rei! (O dono dos cemitérios). Sarava ao Exu Caveira (O encarregado de zelar pelos cemitérios) . 
É auxiliar direto de Omulu Rei. Comanda 7 (sete) Exus, que indicamos abaixo, além de supervisionar os trabalhos de 
Exu do Cheiro, que comanda 49 (quarenta e nove) Exus: 
Exu Tatá Caveira Exu Brasa Exu Pemba Exu Maré Exu Carangola Exu Arranca-Tôco Exu Pagão 
Exus da linhagem do Caveira 
Tatá Caveira, João Caveira, Caveirinha, Rosa Caveira, Dr. Caveira (7 Caveiras), Quebra-Osso 
O Exu João Caveira contou uma de suas vidas passadas. Disse que na Idade Média, foi um fiel conselheiro de um 
senhor feudal. Criada uma situação no feudo de difícil solução, foi solicitada a sua opinião para decidir a questão. Se 
decidisse de uma forma, agradaria todos os senhores, e de outra forma, faria justiça a todos os desafortunados 
moradores do lugar. Para ganhar a simpatia do lado forte, decidiu pela primeira hipótese, mesmo contrariando a sua 
vontade, que em nenhum momento expressou. Por causa disso, ganhou um carma enorme, que está resgatando nos 
terreiros de Quimbanda. 
Outra lenda de João Caveira Sou Exu assentado nas forças do Senhor Omulu e sob a sua irradiação divina eu 
trabalho. Fui aceito pelo divino trono e nomeado Exu a mais ou menos dois milênios, depois de minha última 
passagem pela terra, a qual fui um pecador miserável e desencarnei amarrado ao ódio, buscando a vingança, dando 
vazas ao meu egoísmo, vaidade e todos os demais vícios humanos que se possa imaginar. Fui senhor de um povoado 
onde habitava a beira do grande rio sagrado. Nossa aldeia cultuava a natureza e inocentemente fazia oferendas cruéis 
de animais e fetos humanos. Até que minha própria mulher engravidou e o sumo sacerdote, decidiu que a semente 
que crescia no ventre de minha amada, devia ser sacrificado, para acalmar o Deus da tempestade. 
Obviamente eu não permiti que tal infortúnio se abatesse sobre a minha futura família, até porque se tratava de meu 
primeiro filho. Mas, todo o meu esforço foi em vão. Em uma noite tempestuosa, os homens da aldeia reunidos, 
invadiram a minha tenda silenciosamente, roubaram minha mulher e a violentaram, provocando imediato aborto, e 
com o feto fizeram a inútil oferenda no poço dos sacrifícios. Meu peito se encheu de ódio e eu nada fiz para contê-lo. 
Simplesmente enquanto houve vida em mim, eu matei um a um dos algozes de minha esposa inclusive o tal sacerdote. 
Passei a não crer mais em Deuses, pois o sacrifício foi inútil. Tanto que meu povoado sumiu da face da terra, 
soterrado pela areia, Tamanha foi a fúria da tempestade. De repente o que era rio virou areia e o que era areia virou 
rio. Mas meu ódio persistia. Em meus olhos havia sangue e tudo o que eu queria era sangue. 
Sem perceber, estava sendo espiritualmente influenciado pelos homens que matei, que se organizaram em uma 
trevosa falange afim de me ver morto também. O sacerdote era o líder. Passei então a ser vítima do ódio que semeei. 
Sem morada e sem rumo, mas com um tenebroso exército de homens odiosos, avançamos contra várias aldeias e 
povoados, aniquilando vidas inocentes e temerosamente assombrando todo o Egito antigo. Assim invadimos terras e 
mais terras, manchamos as sagradas águas do Nilo de sangue, bebíamos e nos entregávamos a todas as depravações 
com todas as mulheres que capturávamos. 
Foi uma aventura horrível. Quanto mais ódio eu tinha, mais eu queria ter. Se eu não poderia ter minha mulher, então 
que nenhum homem em parte alguma poderia ter. Entreguei-me à outros homens, mas ao mesmo tempo violentava 
bruscamente as mulheres.sms corporativo 
As crianças, lamentavelmente nós matávamos sem piedade. Nosso rastro, era de ódio e destruição completas. Até que 
chegamos aos palácios de um majestoso faraó, que também despertava muito ódio em alguns muito interessados em 
destruí-lo, pois os mesmos não concordavam com sua doutrina e religião. Eis que então fomos pagos para fazer o que 
tínhamos prazer em fazer, matar o faraó. Foi decretada então a minha morte. Os fiéis soldados do palácio, que eram 
muito numerosos, nos aniquilaram com a mesma impiedade que tínhamos para com os outros. Quem com ferro fere, 
com ferro será ferido. 
Isto coube na medida exata para conosco. Parti para o inferno. Mas não falo do inferno aos quais as pessoas estão 
acostumadas a ouvir nas lesdas das religiões efêmeras que pregam poraí. O inferno ao qual me refiro é o inferno da 
própria consciência. Este sim é implacável. Vendo o meu corpo inerte, atingido pelo golpe de uma espada, e 
sangrando, não consegui compreender o que estava acontecendo. Mas o sangue que jorrava me fez recordar de todas 
as minhas atrocidades. Olhei todo o espaço ao meu redor, e, tudo o que vi foram pessoas mortas. Tudo se 
transformou de repente. Todos os espaços eram preenchidos com corpos imundos e fétidos, caveiras e mais caveiras 
se aproximavam e se afastavam. Naquele êxtase, caí derrotado. Não sei quanto tempo fiquei ali, inerte e chorando, 
vendo todo aquele horror. Tudo era sangue, um fogo terrível ardia em mim e isso era ainda o mais cruel. Minha 
consciência se fechou em si mesma. O medo se apossou de mim, ja não era mais eu, mas sim o peso dos meus erros 
que me condenava. 
Nada eu podia fazer. As gargalhadas vinham de fora e atingiam os meus sentidos bem lá no fundo. O medo 
aumentava e eu chorava cada vez mais. Lá estava eu, absolutamente derrotado por mim mesmo, pelo meu ódio cada 
vez mais sem sentido. Onde estava o amor com que eu construí meu povoado? Onde estavam meus companheiros? 
Minha querida esposa? Todos me abandonaram. Nada mais havia a não ser choro e ranger de dentes. Reduzí-me a 
um verme, jogado nas trevas de minha própria consciência e somente quem tem a outorga para entrar nessa 
escuridão e quem pode avaliar o que estou dizendo, porque é indescritível. Recordar de tudo isso hoje, já não me traz 
mais dor alguma, pois muito eu aprendi deste episódio triste da minha vida espiritual. Por longos anos eu vaguei 
nessa imensidão escura, pisoteado pelos meus inimigos, até o fim das minhas forças. Já não havia mais suspiros, nem 
lágrimas, nem ódio, nem amor, enfim, nada que se pudesse sentir. Fui esgotado até a ultima gota de sangue, tornei-
me um verme. E na minha condição de verme, eu consegui num último arroubo de minha vil consciência pedir 
socorro a alguém que pudesse me ajudar. Eis que, então, depois de muito clamar, surgiu alguém que veio a tirar-me 
dali, mesmo assim arrastado. 
Recordo-me que estava atado a um cavalo enorme e negro e o cavalheiro que o montava assemelhava-se à um 
guerreiro, não menos cruel do que eu fui. Depois de longa jornada, fui alojado sobre uma pedra. Ali me alimentaram e 
cuidaram de mim com um desvelo incompreensível. Será que ouviram meus apelos? Perguntava-me intimamente. 
Sim claro, senão eu ainda estaria la naquele inferno, respondia-me a mim mesmo. Cale-se e aproveite o alvitre que 
vosso pai vos concedeu. - Disse uma voz vinda não sei de onde. O que eu não compreendi e como ele tinha me ouvido, 
já que eu não disse palavra alguma, apenas pensei, mas ele ouviu. Calei-me por completo. Por longos e longos anos 
fiquei naquela pedra, semelhante a um leito, até que meu "corpo" se refez e pude levantar-me novamente. 
Apresentou-se então meu salvador. Um nobre cavaleiro, armado até os dentes. Carregava um enorme tridente 
cravejado de rubis flamejantes. Seu porte era enorme. Ele usava uma cartola, mas eu não consegui ver seu rosto.Não 
tente me olhar imbecil, o dia que te veres, verás a mim, por que aqui todos somos iguais. 
Disse o homem em tom severo. Meu corpo tremia e eu não conseguia conter, minha voz não saia e eu olhava baixo, 
resignando-me perante suas ordens. - Fui ordenado a conduzir-lhe e tenho-te como escravo. Deves me obedecer se 
não quiseres retornar aquele antro de loucos onde estavas. Siga minhas instruções com atenção e eu lhe darei 
trabalho e comida. Desobedeça e terá o castigo merecido. - Posso saber o seu nome, nobre senhor? - Por enquanto 
não, no tempo certo eu revelarei, agora cala-te, vamos ao nosso primeiro trabalho. - Esta bem. Segui o homem, ele a 
cavalo e eu corria atras dele, como um serviçal. Vagamos por aqueles lugares sujos e executamos varias tarefas 
juntos. Aprendi a manusear as armas, que me foram dadas depois de muito tempo. Aos poucos meu amor pela criação 
foi renascendo. 
As varias lições que me foram passadas me faziam perceber a importância daqueles trabalhos no astral inferior. 
Gradativamente fui galgando os degraus daquele mistério com fidelidade e carinho. Ganhei a confiança de meu chefe 
e de seus superiores. Fui posto a prova e fui aprovado. Logo aprendi a volitar e plasmar as coisas que queria. Foram 
anos e anos de aprendizado. Não sei contar o tempo da terra, mas, asseguro que menos de cem anos não foram. Foi 
então, que em uma assembléia repleta de homens iguais ao meu chefe, eu fui oficialmente nomeado Exu. Nela eu me 
apresentei ao senhor Omulu e ao divino trono, assumindo as responsabilidades que todo o Exu deve assumir se 
quiser ser Exu. - Amor ao criador e às suas leis; - Amor a criação do pai e a todas as suas criaturas; - Fidelidade acima 
de tudo; - Compreensão e estudo, para julgar com a devida sabedoria; - Obedecer as regras do abaixo, assim como as 
do acima; E algumas outras regras que não me foi permitido citar, dada a importância que elas tem para todos os 
Exus. A principio trabalhei na falange de meu chefe, por gratidão e simpatia. Mas logo surgiu-me a necessidade de 
ter a minha própria falange, visto que os escravos que capturei já eram em grande número. Por esta mesma época, 
aquele antigo sacerdote, do meu povoado, lembram-se? Pois é, ele reencarnou em terras africanas e minha esposa 
deveria ser a esposa dele, para que a lei se cumprisse. Vendo o panorama do quadro que se formou, solicitei 
imediatamente uma audiência com o Divino Omulu, e com o senhor Ogum-Avagã para que eu pudesse ser o guardião 
do meu antigo algoz. Meu pedido foi atendido. Se eu fosse bem sucedido, poderia ter a minha falange. 
Assim assumi à esquerda do sacerdote, que, na aldeia em que nasceu, foi preparado desde menino para ser o 
Babalorixá em substituição ao seu pai de sangue. A filha do Babalao era minha ex esposa que estava prometida ao seu 
antigo algoz. Assim se desenvolveu a trama que pôs fim as nossas diferenças, minha ex mulher deu a luz a vinte e 
quatro filhos e todos eles foram criados com o devido cuidado. Muito trabalho eu tive naquela aldeia. Até que as 
invasões, as capturas e o comércio de negros para o Ocidente se fizeram. Os trabalhos redobraram, pois tínhamos que 
conter toda a revolta e o ódio que emanava dos escravos africanos, presos aos porões dos navios negreiros. 
Mas meu protegido, já estava velho e foi poupado, porém seus filhos não, todos foram escravizados. Mas era a lei e 
ela deveria ser cumprida. Depois de muito tempo uma ordem veio do encima: Todos os guardiões devem se preparar, 
novos assentamentos serão necessários, uma nova Religião irá nascer, o que para nós era em breve, pois não sei se 
perceberam, mas o tempo espiritual e diferente do material. 
Preparamo-nos, conforme nos foi ordenado, até que a Umbanda foi inaugurada. Então eu fui nomeado Guardião à 
esquerda do Sagrado Omulu, e pude então assumir minha falange, meus graus e meus degraus. Novamente assumi a 
obrigação de conduzir meu antigo algoz, que hoje está no encima, feito meritóriamente alcançado, devido a todos os 
trabalhos e sacrifícios feitos em favor da Umbanda e do bem. Hoje, aqui no embaixo, comando uma falange dos Exus 
Caveira, e somente após muitos e muitos anos eu pude ver minha face em um espelho, e pude ver que ela é igual do 
meu grande e querido tutor o Grande Senhor Exu Tata Caveira, a quem devo muito respeito e carinho. 
Não confundam o Exu João Caveira Com o Exu Tata Caveira, os trabalhos são semelhantes mas os mistérios são 
diferentes. Tata Caveira trabalha nos sete campos da fé. Exu João Caveira, trabalha nos mistérios da geração na 
calunga, porque é lá que a vida se transforma, dando lugar a geração de outras vidas. Onde há infidelidade e 
desrespeito para com a geração da vida ou aos seus semelhantes, Exu João Caveira atua, desvitalizando e conduzindo 
no caminho correto, para que não caiam nas presas doloridas e impiedosas, pois não desejoa ninguém um décimo do 
que passei. 
Se vossos atos forem bons e louváveis perante a geração e ao Pai Maior, então vitalizamos e damos forma a todos os 
desejos de qualquer um que queira usufruir dos benefícios dos meus mistérios. De qualquer maneira, o amor impera, 
sim, o amor, e porque Exu não pode falar de amor? Ora, se foi por amor que todo o Exu foi salvo, então o amor é 
bom e o respeito a ele conserva-nos no caminho. Este é o meu mistério. 
Em qualquer lugar da calunga, pratique com amor e respeito a sua Religião, pois Exu João Caveira abomina a traição 
e infidelidade, como, por exemplo, o aborto, isto não é tolerado por mim, e todos que praticam tal ato são então 
condenados a viver sob as hostes severas de meu mistério. Peça o que quiser com fé, e com fé lhes trarei, pois todos 
os Exus Caveira são fiéis a seus médiuns e aqueles que nos procuram. 
A falange dos Exus Caveira pertence ao Grande Tata Caveira, os demais não posso citar, falo apenas do meu 
mistério, pois dele eu tenho conhecimento e licença para abrir o que acho necessário e básico para o vosso 
aprendizado, quanto ao mais, busquem com vossos Exus pessoais, que são grandes amigos de seus filhos e 
certamente saberão orientar com carinho sobre vossas dúvidas. Mais a mais, se um Exu de minha falange consegue 
vencer através de seu médium ou protegido, ele automaticamente alcança o direito de sair do embaixo e galgar os 
degraus da evolução em outras esferas. Que o Divino Pai Maior possa lhes abençoar e que a Lei Maior de todas as 
Religiões lhes traga dias melhores. Com carinho. Exu João Caveira.sms corporativo 
Oferenda para pedir algo impossível a Exú João Caveira 
 
01 alguidá médio 
01 pacote de milho de pipoca 
01 bife de porco 
03 moedas 
dendê 
01 vela branca 
01 copo virgem 
01 garrafa pequena de cachaça 
 
Em uma panela untada com o dendê, estourar as pipocas, depois se frita o bife no dendê, sem queimar e colocar por 
cima das pipocas, por cima do bife colocar as moedas, levar nos pés de uma sepultura, e arriar com o copo com 
cachaça e a vela branca pedindo a João Caveira que resolva aquele problema. O resto da cachaça deixa-se ao lado sem 
entornar. João caveira resolverá seu problema em poucos dias. 
Uma manhã, no lado de lá... 
 
Nunca tive a consciência que poderia ser tão aconchegante uma casa sem teto, sem paredes, sem portas e sem janelas. 
Verdade...hoje posso dizer que um grande, ou melhor, meu maior e mais sincero amigo, me recebeu em sua casa, com 
os braços abertos e satisfeito com a nossa visita. 
Parecia um conto de fadas...aqueles em que, nossos pensamentos transportam nosso corpo para outro mundo, outra 
época, outro cenário, outra realidade. Estávamos em um pequeno grupo de 11 pessoas, famintos nos aprendizados 
que teríamos naquele dia, e ao mesmo tempo, um tanto “inseguros”, pois não sabíamos o que iria se passar naquela 
manhã, mas talvez a nossa “insegurança” humana, fez-nos perder na SEGURANÇA que o dono da casa nos 
transmitia, e abrindo os braços para a nossa passagem em seu portal de entrada, disse o proprietário, seu João 
Caveira ao nos receber: 
_ “Sejam bem vindos a minha casa, eu sempre vou até vocês, hoje vêm até mim” 
Pois bem amigos, fomos ao Cemitério, como ordem de Seu João Caveira, em uma determinada sessão em nossa 
Tenda. Ele convidou alguns médiuns, contando com as mães responsáveis, para que nos transmitisse alguns 
ensinamentos sobre a VIDA E A MORTE, e nessa manhã fomos, todos os escolhidos, seguindo as ordens do 
falangeiro dos Caveiras, Seu João Caveira, que nos afirmou que os ensinamentos começariam a partir do portão das 
salas de velório. 
Ao chegarmos no cemitério, fomos até a entrada indicada, certos de que iríamos presenciar várias cenas dolorosas de 
velório, ou seja, o corpo inerte no meio do salão, e os familiares tristes com a perda do ente querido, assim como 
todos os dias acontecem nos cemitérios. Porém nessa manhã tudo foi diferente. 
Quando nos foi permitido entrar, tivemos uma grande surpresa, todas as salas de velório estavam vazias, não 
existiam corpos e nem familiares sofrendo, estava tudo diferente. No lugar do ritual do velório e a presença de 
pessoas tristes, só havia funcionários fazendo a limpeza do local. E com essa cena, ficamos sem reação, esperar ou não 
o próximo velório??? Mas foi quando o dono da casa, Seu João Caveira se aproximou do grupo e disse: 
_”Vieram em busca da morte? Mas a morte é imprevisível, e não marca horário para a sua chegada, na minha casa, 
vocês não encontraram a morte, e sim a vida... Sejam bem vindos, sejam bem vindos ao meu Campo Grande, fiquem a 
vontade e entrem por favor.” 
 
Com essa recepção tão calorosa, adentramos ao seu Campo, e assim seguimos seus passos, quietos e atentos a todos 
os seus gestos. 
Andando por entre as covas, Ele nos levou até um local, onde havia coroas de flores frescas, por sinal, eram muitas 
coroas e vasos, tudo indicava que o enterro tinha acabado de acontecer, e com todo o carinho, Ele se sentou ao lado 
da cova, observou ao redor, com um olhar de admiração, respeito e carinho, e prosseguiu dizendo: 
 
_”Isso é feio? Quando para vocês, irmãos, é o fim, para nós é o começo...” e apontando para a cova fresca completou: _ 
Neste momento o nosso trabalho começa!!! Quando o corpo, para vocês, está morto e não terá mais utilidades, para 
nós é o começo de tudo, pois o espírito nunca irá apodrecer, independente das atitudes que teve na terra, o que 
apodrece é você!!!...e encerrou dizendo: _”...os nossos espíritos nunca vão cheirar mal, no Meu Mundo, ninguém 
apodrece ou cria vermes comendo o 
nosso corpo, ao contrário de vocês, seres mortais. Vocês apodrecem, esses espíritos não.” 
 
Nossa, quanta verdade, os seres humanos se perdem em suas próprias vaidades, enquanto descriminamos os 
cemitérios, por julga-lo sujo, não observamos que nós mesmos é que somos a sujeira, e quando nossos corpos físicos 
deixarem a terra, a nossa essência, o nosso corpo sutil que é a nossa alma, nunca irá de decompor, somente o nosso 
corpo que faz parte da Terra. 
Prosseguindo, parecia que o cemitério não era mais visto como de costume, passamos a olhar aquelas veredas com 
maior respeito, sabendo que a cada passo que damos naquele “mundo” tão diferente e ao mesmo tempo tão igual ao 
nosso, tudo se transformava em ensinamento, e seguindo os passos do anfitrião, chegamos a outro ponto do 
cemitério, um local que no nosso mundo, é considerado, “barato”...sim, estávamos no lugar mais simples do cemitério, 
aquele em que pessoas com pouco ou nenhum poder aquisitivo são enterradas. 
Foi solicitado pelo Seu João Caveira que ficássemos atentos a vibração energética do lugar, que apesar de ser um 
cemitério, estava tranqüilo, não foi notável em nosso campo energético mudanças muito bruscas, e seguindo os 
ensinamentos, chegamos ao Ossário desse mesmo lugar, ou seja o local onde após determinado tempo após o enterro, 
os ossos dos indivíduos são retirados das covas e depositados nessas “pequenas covas.” E Assim prossegui Seu João 
Caveira: 
 
_”O corpo do ser humano, é formado por inúmeros órgãos, veias, músculos, tecidos, porém o osso é a única parte do 
ser humano que não apodrece...bem assim se faz com os vossos sentimentos. Dentre tantos sentimentos de emoção 
que existi no ser humano mortal, apenas um que não de desfaz, apenas um que não apodrece dentro do ser humano, 
os demais sentimentos, se desfazem como o corpo humano. Observe suas emoções e descubra qual é o sentimento que 
em você, não apodrece com o passar do tempo, pois os ossos ficam intactos décadas e décadas.” 
 
Como era misteriosa aquela manhã, as pessoas do grupo mal se falavam entre elas, não conseguimos identificar o tipo 
de sentimento que estávamos sentindo após tantas descobertas entre a VIDA E A MORTE. 
 
Continuamos a nossa caminhada, e foi-nos avisado que passaríamos por mais dois pólos de energias, totalmente 
diferentes, seriam nossosúltimos ensinamentos naquela manhã, e seguindo, chegamos no Cruzeiro das Almas. 
Ao chegar, seu João Caveira se ajoelhou em frente a cruz, e no local, havia uma mulher, aparentemente, sem juízos 
psíquicos normais, falando sozinha e atarefada com algum tipo de trabalho no Cruzeiro, e assim se aproximou Dele, 
que somente retribuiu com um olhar penetrante, e a mulher, sem dizer mais nada, se retirou do local em silêncio, 
como se ela já conhecesse aquele olhar, e sabia mais do que nós o que queria dizer. 
Disse seu João Caveira ao se levantar: 
 
_”Ao chegar nesse lugar, você deve todo o respeito, como se estivesse chegando perante Jesus Cristo e o visse de 
braços abertos a você. Esse é o coração do cemitério. O lugar que mais deve ser respeitado, pois aqui tudo 
acontecesse. Prepare a sua alma, feche seus olhos, e como num piscar de olhos abra que terá uma rápida visão de uma 
pequena parte do que se passa no Cruzeiro das Almas, no coração do cemitério.” 
 
Assim o grupo se preparou, com o auxílio da Mães presentes, fecharam os olhos, e ao abrir, uns sim, outros não, 
tiveram a visão, de Espíritos em busca de auxílio, cada um preso em seu próprio passado. 
Um dos irmãos desencarnados, ajoelhado nos pés da cruz, com a cabeça baixa, sem direção, suplicou ajuda ao nosso 
grupo, e uma das mães presentes, conduziu as preces necessárias enquanto o irmão desencarnado em desespero, 
grudou nas pernas dela, implorando ajuda, e nesse momento seu João se aproximou do irmão solitário, e disse com 
afeto: 
 
“_Não sou o Jesus que você procura, mas estou de braços abertos para te ajudar”...e assim protegeu o irmão 
desencarnado em sua capa e os dois desapareceram por alguns instantes. 
 
 
Enquanto isso, permanecemos de pé, ao redor do Cruzeiro das Almas, presenciando cenas e gritos de outros espíritos 
presentes, mas na certeza de que um dia, mais cedo ou mais tarde, todos serão beneficiados pela misericórdia de nosso 
grande Criador. 
Após o encaminhamento, Seu João se aproximou de nós, para então entrarmos para o ultimo pólo de energia daquela 
manhã. O local, era bem próximo do Cruzeiro das Almas, e possuía jazigos mais requintados, comparando com as 
covas simples dos outros pólos já visitados por nós. 
 
Ao chegarmos na entrada desse mais novo pólo energético, completou o anfitrião, parando a caminhada e apontando 
para a entrada: 
 
_”Daqui para a frente, vocês adentraram em outro mundo. Fiquem vigilantes com todas as visões, sentimentos e 
emoções. Permaneçam em suas energias, e todo o cuidado é pouco de agora em diante” 
 
E, seguindo as orientações, entramos no pólo energético mais denso. Tudo era mais intenso do que os outros. Os 
jazigos eram cobertos por névoas acinzentadas, os pássaros já não cantavam por lá, vultos, vozes, choros e chamados 
eram presentes o tempo todo, porém, não sentimos que aqueles espíritos estavam em busca de socorro, assim como 
no Cruzeiro das Almas. 
 Os espíritos que por lá permanecem, vivem presos em seus conceitos, não estão pedindo nossas ajudas ou preces, 
pelo contrário, nota-se que permanecem pelo local, andando pelos jazigos com naturalidade, como se fosse suas 
residências, alguns fazem morada fixas por milhares de anos. 
Ao andar pelas veredas, seguimos conforme a energia nos levava, e ao mesmo tempo, ouvimos uma voz chamar: 
“_MÃE”!!! 
A voz era nítida, como se um de nossos irmãos presentes tivesse falado, seguimos em busca da voz, e nos deparamos 
com um túmulo, no qual havia um pôster enorme com a foto de um homem jovem. O olhar demonstrava vida! 
Se não estivéssemos em frente ao túmulo daquele homem, não diríamos que eles estava vivo no mundo dos mortos. 
Fizemos nossa prece ao irmão, que por motivos que não nos foi permitido saber, chamava continuamente por sua 
mãe e seguimos nossa missão. 
A essa altura, infelizmente o nosso grupo já não mantia a mesma vibração do início, e por esse motivo nosso 
companheiro nos disse: 
 
 
“_Foi ensinado o que vocês poderiam aprender, por hoje é só”. 
Em meu coração, brotava um sentimento que não sei classificar, mas era uma mistura de alegria, contentamento, 
satisfação e gratidão, pois fomos escolhidos por um guardião, que vem nos auxiliar na linha da Umbanda, e que abriu 
os portões de seu Campo Santo para nos mostrar a realidade da vida e da morte. 
Nossa quanta honra, hoje posso me considerar uma pessoa privilegiada, por ter um amigo tão sincero. 
E caminhando lentamente aos portões de saída, nosso companheiro encerrou nossos ensinamentos dizendo: 
 
“_ É no cemitério que nos despimos de todos os orgulhos e nos consideramos verdadeiramente idênticos aos nossos 
semelhantes”