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Gametogênese Masculina

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As células que originam os gametas, tanto em homens 
quanto em mulheres, podem ser identificadas durante a 
quarta semana de gestação, dentro de uma membrana 
extraembrionária denominada saco vitelínico. Essas 
células são denominadas células germinativas 
primordiais e a sua linhagem constitui a linhagem 
germinativa. 
A gametogênese se inicia ainda no período embrionário 
entre a quarta e a sexta semana de desenvolvimento. 
As células germinativas primordiais irão migrar do saco 
vitelínico para o tubo digestivo e, posteriormente, para a 
parede dorsal do embrião, onde se formarão as 
gônadas. Quando as células germinativas primordiais 
chegam à região que origina a gônada, elas estimulam 
as células do local a se proliferarem e formarem as 
células somáticas de suporte. 
O sexo cromossômico e genético depende se o 
espermatozoide que fertilizará o oócito, que possui o 
cromossomo X, contém o cromossomo X ou Y. Caso as 
células germinativas primordiais carreguem o 
cromossomo Y elas possuirão o gene SRY que irá induzir 
a expressão do fator determinante do testículo. Esse 
fator determinante do testículo faz com que a região que 
origina a gônada se diferencie e forme os cordões 
seminíferos. As células somáticas de suporte envolvem 
as células germinativas primordiais e originam tecidos 
que vão nutrir e regular o desenvolvimento das células 
de Sertoli do epitélio germinativo dos cordões 
seminíferos que, na puberdade, formarão os túbulos 
seminíferos. Se as células germinativas primordiais não 
possuírem o fator determinante de testículo, elas não 
irão induzir a formação dos cordões seminíferos e, ao 
interagir com as células somáticas de suporte, formarão 
os folículos ovarianos. 
 
As células de Sertoli, associadas às células intersticiais 
da gônada, organizam-se para formar os cordões 
seminíferos, circundando as células germinativas 
primordiais no centro destes cordões. Os hormônios 
sintetizados pelas células de Sertoli irão degenerar o 
ducto paramesonéfrico presente no embrião, pois ele só 
seria útil para formar as trompas uterinas nos 
organismos femininos. 
 
A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos da 
bolsa escrotal. O espermatozoide produzido nos túbulos 
seminíferos sofre a sua maturação final no epidídimo e 
segue pelo ducto deferente para receber diversos fluidos 
de diferentes vesículas. Ao chegar no ducto ejaculatório 
ele já está na sua composição final dentro do sêmen. 
No túbulo seminífero observaremos diferentes tipos 
celulares que o compõem como, por exemplo, as células 
de Sertoli e as células da linhagem espermatogênica. 
As células mais próximas à membrana basal, ou seja, as 
mais distantes do lúmen do túbulo seminífero, são as 
espermatogônias, que farão mitose até se diferenciarem 
em espermatócitos primários. Os espermatócitos 
primários darão início às meioses que formarão, no fim, 
os gametas haploides. Os espermatócitos primários 
fazem meiose 1 e se transformam em espermatócitos 
secundários que, ao fazerem meiose 2, darão origem às 
espermátides. As espermátides sofrerão maturação de 
espermiogênese e formarão os espermatozoides que 
irão em direção ao epidídimo. 
 
As células germinativas primordiais permanecem 
dormentes da sexta semana do desenvolvimento 
embrionário até a puberdade. A diferenciação dos 
testículos tem início na sétima semana de 
desenvolvimento, porém até a puberdade os cordões 
seminíferos ainda não sofrerão maturação, pois, 
durante a infância, as células de Leydig ainda não 
Embriologia 
 Gametogênese Masculina 
Beatriz Fernandes 
produzem testosterona. Na puberdade, com o estímulo 
do LH produzido pela hipófise, as células de Leydig 
tornam-se ativas e sintetizam testosterona, dando início 
à diferenciação das células germinativas primordiais em 
espermatogônias e à formação dos túbulos seminíferos 
a partir dos cordões seminíferos. 
Os túbulos seminíferos serão revestidos pelo epitélio 
germinativo ou seminífero, que consiste nas células de 
Sertoli e nas células da linhagem espermatogênica. A 
espermatogênese ocorrerá em diferentes porções 
desses túbulos seminíferos e é dependente da 
testosterona para acontecer. 
A testosterona estimula o desenvolvimento de 
características sexuais secundárias, o crescimento dos 
testículos, a maturação dos túbulos seminíferos, a 
diferenciação das células germinativas primordiais em 
espermatogônias e o início da espermatogênese. 
Cada ciclo de espermatogênese acontece em cerca de 
74 dias e é dividido em fases: 
1. Mitose das espermatogônias; 
2. Meiose e formação das espermátides (A meiose 
1 dura 24 dias); 
3. Espermiogênese: Diferenciação das 
espermátides em espermatozoides; 
4. Espermiação: Liberação do espermatozoide já 
formado no lúmen do túbulo seminífero. 
 Fase Espermatogônica: As espermatogônias 
dividem-se por mitose (aumento do número de 
células) e dão origem aos espermatócitos 
primários. 
 Fase Espermatocítica: Os espermatócitos 
primários sofrem meiose 1 e formam os 
espermatócitos secundários. Após a meiose 2, 
esses espermatócitos secundários darão 
origem às células haploides espermátides. 
 Fase Espermatídica (Espermiogênese): As 
espermátides diferenciam-se em 
espermatozoides maduros e são liberadas no 
lúmen do túbulo seminífero durante a 
espermiação. 
 
 Células de Sertoli: Envolvem todas as células da 
linhagem espermatogênica e com suas junções 
oclusivas formam a barreira hematotesticular 
que protegerão as células da linhagem 
espermatogênica; 
 Espermatogônias do tipo A: Progenitoras 
diferenciadas, pois ficarão apenas se 
autorrenovando; 
 Espermatogônias do tipo B: Surgem após um 
estímulo na espermatogônia do tipo A e já estão 
prontas para se diferenciar em espermatócito 
primário; 
 Espermatócitos Primários e Espermatócitos 
Secundários: Os espermatócitos primários são 
a maior célula da linhagem espermatogênica e, 
ao fazerem meiose 1, originam os 
espermatócitos secundários, que darão 
continuidade à meiose e formarão as 
espermátides; 
 Espermátides: As espermátides são células 
menores que perderão partes do seu 
citoplasma, que serão fagocitadas pelas células 
de Sertoli, e irão se diferenciar durante a 
espermiogênese. 
Durante a espermatogênese não há uma citocinese 
completa, pois desde as primeiras mitoses das 
espermatogônias, especialmente as do tipo B, nenhuma 
das células filhas se separam completamente, todas se 
manterão unidas por pontes citoplasmáticas até a 
espermiação. Tal união é conhecida como sincício e 
permite a comunicação entre as células durante a 
espermatogênese. 
 
 
 
 Cabeça: Contém o núcleo e o acrossomo ou 
vesícula acrossômica que possui diversas 
enzimas hidrolíticas como, por exemplo, 
acrosina, hialuronidase e neuraminidase; 
 Peça Intermediária: Corpúsculo basal, parte 
proximal do flagelo e a hélice mitocondrial que 
dará energia para a movimentação da cauda; 
 Cauda: Consiste em um flagelo especializado. 
 Redução do tamanho do núcleo com a 
substituição das histonas por protaminas para 
condensar ainda mais os cromossomos e 
reduzir a transcrição do DNA; 
 Reorganização do citoplasma; 
 Aparecimento do acrossomo; 
 Formação do flagelo; 
 Organização das mitocôndrias; 
 Fagocitose dos resíduos (corpo residual) pelas 
células de Sertoli. 
A espermiação consiste na liberação do espermatozoide 
no lúmen do túbulo seminífero. No entanto, mesmo após 
a espermiação o espermatozoide ainda não está pronto 
para fertilizar o óvulo. 
Após o término da sua primeira maturação no 
epidídimo, os espermatozoides continuam incapazes de 
fertilizar o óvulo. Somente após a maturação bioquímica 
durante o trânsito pelo trato reprodutor masculino, a 
contribuição das secreções da próstata, das vesículas 
seminais e das glândulas bulbo uretrais, e a capacitação 
(remoção do seu revestimento glicoproteicoe 
maturação final do espermatozoide) no trato reprodutor 
feminino é que o transformam em capazes para a 
fertilização, permitindo que ele libere suas enzimas 
hidrolíticas e ultrapasse as barreiras do ovócito. 
 Dar suporte e nutrir as células do túbulo 
seminífero; 
 Transportar nutrientes para a região do lúmen 
do túbulo, pois essa região é avascular; 
 Fagocitose de restos da espermiogênese; 
 Secreção de fluidos para o lúmen, para que os 
espermatozoides, ao chegarem neste lúmen, 
consigam ir até o epidídimo; 
 Na puberdade, há a produção da proteína 
ligadora de andrógenos (androgen binding 
protein – ABP) que se ligará à testosterona para 
aumentar a concentração desse hormônio nos 
túbulos seminíferos. O aumento dessa 
concentração é necessário para que a 
espermatogênese ocorra de forma correta; 
 Produção de inibina, que diminui a liberação de 
FSH pela hipófise, desacelerando a 
espermatogênese; 
 Manutenção e coordenação da 
espermatogênese; 
 Secreção de GDNG, que determina se as 
espermatogônias seguirão a diferenciação em 
espermatozoides. 
Os testículos secretam testosterona, diidrotestosterona 
e androstenediona. Apesar da testosterona ser mais 
abundante que os outros andrógenos, ela é convertida 
em diidrotestosterona nos tecidos alvo. A testosterona é 
produzida pelas células intersticiais de Leydig que são 
numerosas no feto e no adulto após a puberdade. 
No primeiro trimestre do período fetal, a partir da sétima 
semana, há um pico de testosterona no embrião, 
causado pelas células de Leydig estimuladas pela 
gonadotrofina coriônica do sinciotrofoblasto, para que 
ocorra a formação das gônadas e das características 
sexuais primárias masculinas. Após esse período, as 
células de Leydig somem, cessando a secreção de 
testosterona, porém reaparecerem na puberdade e 
mantém as concentrações de testosterona altas, assim 
como a produção dos espermatozoides, até a terceira 
idade quando essa concentração começará a diminuir, 
diminuindo também a produção dos gametas. 
O aumento da testosterona na puberdade auxilia no 
aparecimento das características sexuais secundárias 
masculinas como, por exemplo, modificação do tônus 
muscular, pelos, crescimento do órgão sexual e 
modificação da voz. 
Na puberdade o hipotálamo libera o hormônio liberador 
de gonadotrofina (GnRH) que estimula a hipófise a 
liberar os hormônios 
 Luteinizante (LH): Estimula a liberação de 
testosterona pelas células de Leydig do 
interstício que irá não só atuar no 
desenvolvimento das características sexuais 
secundárias, mas também estimular a 
espermatogênese. A testosterona em alta 
concentração inibe a liberação do GnRH e do LH; 
 Folículo Estimulante (FSH): Estimula a produção 
das proteínas ligadoras de andrógenos pelas 
células de Sertoli, o que estimula a 
espermatogênese nos testículos e a maturação 
dos espermatozoides no epidídimo; 
 Inibina: É secretada pelas células de Sertoli e 
inibe a liberação do FSH pela hipófise nos casos 
em que há uma alta concentração desse 
hormônio no organismo. 
 
 Temperatura testicular elevada (acima de 35o 
graus); 
 Infecções e doenças como, por exemplo, a 
caxumba; 
 Má nutrição e uso de álcool; 
 Hormônios como, por exemplo, os 
anabolizantes e corticosteroides; 
 Radioterapia e quimioterapia; 
 Drogas, medicamentos e substâncias químicas 
como, por exemplo, os pesticidas; 
 Disfunções sexuais. 
Pelo menos 50% dos espermatozoides ejaculados 
devem ter morfologia normal e serem móveis para que 
a fertilidade não seja prejudicada. 
As principais causas de infertilidade masculina, que 
também afetam a espermatogênese, são a varicocele 
(obstruções dos vasos dos testículos aumentando a 
temperatura do local), criptorquidia, causas 
desconhecidas, desordens no sêmen e obstruções dos 
ductos. 
A varicocele é a dilatação das veias que drenam o 
sangue testicular, devido à incompetência das válvulas 
venosas, associada ao refluxo venoso, o que aumenta a 
temperatura dos testículos e, dessa forma, prejudica a 
qualidade dos espermatozoides. 
A criptorquidia é uma falha na descida do testículo, 
durante os primeiros meses de vida, do abdômen para 
o escroto.

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