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Gametogênese: Produção de Gametas

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É o processo pelo qual os gametas – células 
germinativas – são produzidos nos organismos dotados 
de reprodução sexuada. Esse processo, que envolve os 
cromossomos e o citoplasma dos gametas, prepara 
essas células para a fecundação. Nos animais, a 
gametogênese acontece nas gônadas – ovários e 
testículos –, órgãos que também são glândulas 
endócrinas que tem a capacidade de produzir os 
hormônios sexuais, que diferenciam os machos das 
fêmeas. 
 A gametogênese é diferenciada entre homem e 
mulher – espermatogênese e ovogênese. Na formação 
dos gametas, temos a meiose, que transforma células 
precursoras (espermatogônias e ovogônias) ou 
progenitoras em gametas. As espermatogônias e 
ovogônias sofrem inúmeras mitoses antes de que cada 
um deles sofra meiose. As espermátides resultantes 
desse processo sofrem diferenciação celular para que 
sejam formados os espermatozoides. 
 
O núcleo do espermatozoide, juntamente do 
núcleo do óvulo darão origem ao zigoto – duas células 
haploides formando uma célula diploide. O espermatozoide 
e o oócito (gametas masculino e feminino) são células 
sexuais altamente especializadas. Cada uma dessas 
células contém a metade do número de cromossomos 
(número haploide) presentes nas células somáticas (as 
células do corpo). O número de cromossomos é reduzido 
durante a meiose, um tipo especial de divisão celular que 
ocorre somente durante a gametogênese. A maturação 
dos gametas é chamada de espermatogênese no sexo 
masculino e de oogênese no sexo feminino. O ritmo dos 
eventos durante a meiose difere nos dois sexos 
No homem, a espermatogênese se inicia na 
puberdade. O menino nasce com o testículo, ele ematura 
e dentro dele só há três tipos celulares principais – 
espermatogônias, células de Leydig produtoras de 
testosterona e as células de Sertoli que revestem os 
túbulos seminíferos. Quando o menino chega na 
puberdade, por ação hormonal, as espermatogonias 
iniciam a formação de espermatócitos primários e 
secundários, espermátides e espermatozóides. A partir 
da puberdade, nos homens, a espermatogênese é 
contínua e não cíclica. 
Na mulher, a ovogênese se inicia no período 
intrauterino. Ou seja, durante o desenvolvimento dos 
ovários, as ovogônias já iniciam o processo meiótico de 
ovogênese. Os ovócitos primários param na prófase 1 da 
meiose até a adolescência. Na adolescência, as meninas 
produzem gametas ciclicamente. 
A gametogênese ocorre nas gônadas. A 
espermatogênese ocorre no testículo. 
 
Os testículos são formados por pequenos túbulos 
separados por septos conjuntivos que confluem para 
uma região chamada de rede testicular. A rede testicular 
possui ligação com ductos eferentes, que levam os 
espermatozoides para o epidídimo – possui cabeça, corpo 
e cauda. O epidídimo termina em um tubo mais calibroso 
chamado ducto deferente. Os espermatozoides ficam 
armazenados na região da cauda do epidídimo; quando o 
indivíduo recebe um estímulo para ejacular, há uma 
contratura da musculatura que faz com que os 
espermatozoides se desloquem para o canal deferente e 
posteriormente, o ducto ejaculatório – aonde esses 
gametas receberão a secreção da próstata e da vesícula 
seminal, principalmente. 
 
Lâmina histológica de túbulos seminíferos 
 
 Entre os túbulos seminíferos há uma região 
intersticial. 
 Células de Sertoli dão sustentação e nutrem o 
epitélio seminífero ou germinativo. 
 Células mióides espaçadas promovem a 
contração dos túbulos. 
 Células de Leydig produzem testosterona. 
 O fluido de dentro do túbulo leva os 
espermatozoides até a rede testicular, depois 
túbulos eferentes, epidídimo e ducto deferente. 
Já a ovogênese, a produção de gametas femininos, 
ocorre nos ovários. O ovário, assim como o testículo 
produz a testosterona (responsável por fazer feedback 
com o LH na hipófise) a inibina (responsável por fazer 
feedback com FSH através das células de Sertoli). 
 
 
Lâmina histológica de ovário 
A espermatogênese é a sequência de eventos 
pelos quais as espermatogônias (células germinativas 
primordiais) são transformadas em espermatozoides 
maduros; esse processo começa na puberdade. No 
testículo, antes do nascimento, são encontradas apenas 
células germinativas no início do processo 
espermatogênico, as espermatogônias, e células 
somáticas de sustentação, as células de Sertoli. As 
espermatogônias permanecem quiescentes até a 
puberdade, quando por estímulos hormonais, elas 
começam a se dividir. Formam-se também todos os 
outros tipos celulares, até os espermatozoides. 
 
Cordões seminíferos na vida pré-natal 
 
Lâmina histológica de túbulos seminíferos 
 Região mais próxima à membrana basal: região 
basal do epitélio germinativo. 
 Região mais apical: região adluminal. 
 
 Para permitir que o processo espermatogênico 
aconteça de maneira contínua, é necessário que as 
espermatogônias sempre se renovem através de 
mitoses antes de iniciarem um novo ciclo 
espermatogênico (meiose). Além disso, existem 
espermatogônias-tronco (A0), que funcionam como uma 
reserva de espermatogônias. Elas só entram em mitose 
em situações especiais. 
 Tem-se espermatogônias que estão sempre 
sofrendo o processo de diferenciação para 
entrar em meiose e temos espermatogônias que 
fazem a reserva (esp. Tronco). 
Após várias divisões mitóticas, as espermatogônias 
crescem e sofrem modificações, se transformando em 
espermatócitos 1 – as maiores células germinativas nos 
túbulos seminíferos. 
 
Cada espermatócito 1 sofre uma divisão 
reducional (primeira divisão meiótica), formando dois 
espermatócitos 11, haploides, com cerca de metade do 
tamanho original. 
 
O espermatócito 11 sofrerá uma segunda divisão 
meiótica, originando duas espermátides, com cerca de 
metade de seu tamanho original. Essas espermátides são 
muito diferentes dos espermatozoides. As espermátides 
sofrerão um processo de cito diferenciação chamado de 
espermiogênese. 
 
 
As espermátides (células em estágio avançado de 
desenvolvimento) são transformadas gradualmente em 
quatro espermatozoides maduros pelo processo 
conhecido como espermiogênese. O processo completo, 
incluindo a espermiogênese, demora cerca de dois meses 
para acontecer. 
 
1. Formação de uma vesícula, chamada de 
acrossomo, que cobrirá a parte anterior do 
núcleo, por meio de uma fusão de vesículas 
cheias de enzimas hidrolíticas do complexo de 
Golgi. 
2. Condensação e alongamento do núcleo para 
facilita a locomoção ao diminuir o volume nuclear. 
A cromatina não se condensa como na divisão 
celular – as histonas são trocadas por 
protaminas, fazendo com que o DNA fique mais 
compactado ainda. 
3. Desenvolvimento do flagelo ou cauda: os 
centríolos migram para a região posterior do 
núcleo. O centríolo (centrossomo) distal forma o 
flagelo (estrutura axonêmica, que dará origem a 
estrutura central da cauda do espermatozóide. 
4. Migração das mitocôndrias para a região 
posterior chamada de peça intermediária. Nessa 
peça, há uma concentração de mitocôndrias 
circulares – se agregam e envolvem a parte 
inicial do flagelo. Isso ocorre porque a estrutura 
dos microtúbulos precisa de energia para os 
flagelos baterem. 
5. Perda da maior parte do citoplasma, que quando 
perdidos formam corpos residuais que serão 
fagocitados pelas células de Sertoli. 
 
 A espermatogênese é um processo centrípeto: 
ocorre da periferia tubular para a luz do túbulo. As células 
de Sertoli servem de sustentação para a formação dos 
gametas. O núcleo da célula de Sertoli fica na região basal 
da célula junto com as espermatogônias, e seu citoplasma 
abraça as células germinativas em desenvolvimento. 
 O núcleo das espermátides é orientado para a 
base do epitélio germinativo e o axonema (flagelo) 
se projeta para o lúmen. 
 
 Acrossomo = capuz. 
 Peça principal/intermediária: concentração de 
mitocôndrias que fornecem ATP para a 
mobilidade do flagelo. 
 Cabeça contém núcleo hapoide e acrossomo rico 
em enzimas. 
 Inicialmente, os espermatozoidesmaduros são 
imóveis. A mobilidade é adquirida apenas depois 
que os espermatozoides passam pelo epidídimo 
(ainda não é funcionalmente maduro, apesar de 
ser morfologicamente maduro). Isso porque no 
epidídimo há uma secreção epididimária que tem 
fatores que determinam a ativação do 
metabolismo mitocondrial dos espermatozoides, o 
que determina a maturação do batimento 
flagelar. 
O epitélio seminífero dos túbulos seminíferos é 
dividido em duas partes: compartimento basal e o 
compartimento adluminal. O que separa esses dois 
compartimentos são junções de oclusão que existem 
entre as células de Sertoli e separam tudo que chega no 
interstício e vão para a região basal de todo o restante 
do túbulo (que seria o compartimento adluminal). 
 
Na região basal, se tem basicamente apenas 
espermatogônias. Na região adluminal, existem desde 
espermatócito 1 a espermatozoide. 
 
 Núcleos piramidais ou ovalados na base do túbulo 
seminífero. 
 Nucléolo evidente. 
 Núcleo maior que das espermatogônias. 
 Possui numerosas reentrâncias citoplasmáticas 
onde se localizam as células germinativas 
apoiadas. 
 As junções de oclusão se abrem para as 
espermatogônias que sofrerão meiose passar e 
depois se fecham. 
 Sustentação das células germinativas; 
 Nutrição de células germinativas; 
 Responsável pela formação da barreira 
hematotesticular; 
 Produção de fluido testicular: importante para o 
transporte dos espermatozoides; 
 Produção do fator inibidor dos ductos de Müller: 
ductos embrionários que formam estruturas do 
trato reprodutor feminino; 
 Produção de inibina: hormônio que participa da 
regulação hormonal da espermatogênese; 
 Espermiação: desprendimento do 
espermatozoide do epitélio germinativo. 
 Fagocitose dos restos citoplasmáticos produzidos 
durante a espermiogênese. 
 Uma barreira formada pelas junções oclusivas 
das células de Sertoli adjacentes. 
 
Todas as substancias advindas do interstício 
devem passar pelas células de Sertoli e pelas 
espermatogônias se quiserem adentrar no epitélio 
germinativo. Isso acontece porque as células do 
compartimento adluminal estão em divisão meiótica e, 
portanto, não possuem a mesma característica 
genotípica das células somáticas do corpo – expressam 
receptores diferentes das células somáticas diploides. Se 
não houvesse essa barreira, nosso corpo lançaria mão de 
células do sistema imunológico para fagocitar aqueles 
“corpos estranhos”. 
Assim, a barreira cria um ambiente imuno-
privilegiado para a formação dos espermatozoides. 
Separa os vasos sanguíneos do interstício, que possuem 
comunicação com a lâmina basal, do compartimento 
adluminal, evitando que os gametas em formação sejam 
fagocitados e destruídos. Dessa forma, os elementos 
hematopoiéticos figurativos entram em contato apenas 
com as células de Sertoli e com as espermatogônias – 
que possuem a mesma constituição das células somáticas. 
 
 Sintetizam e secretam os hormônios sexuais 
masculinos. 
 Núcleo claro e nucléolos evidentes (alta taxa de 
síntese – de hormônio esteroide, visíveis como 
gotículas brancas na histologia). 
 São o principal tipo celular encontrado no tecido 
de sustentação intersticial entre os túbulos 
seminíferos. 
 O núcleo é redondo, com cromatina dispersa e 
um ou dois nucléolos na periferia, em meio a um 
extenso citoplasma. 
 Transporte passivo dos túbulos seminíferos para 
o epidídimo, já que os espermatozoides são 
imóveis. Seu transporte se dá através do fluido 
testicular e da contração lenta das células 
mióides que estão na periferia dos túbulos. 
 No epidídimo ocorre a maturação dos 
espermatozoides, que confere motilidade a eles. 
 Por contrações peristálticas da parede do ducto 
deferente são rapidamente transportadas 
rapidamente à uretra. 
 Os espermatozoides se unem às secreções das 
vesículas seminais, próstata e glândulas 
bulbouretrais. 
Os espermatozoides podem ser classificados em 
quatro tipos: 
A) Nada rápido e para frente. 
B) Nada para frente, mas em zigue-zague. 
C) Nada em círculos. 
D) Não tem movimento 
Geralmente, A + B > 50%. 
 A espermatogênese dura aproximadamente dois 
meses em humanos. – 56 dias, variando entre espécies. 
 Nos machos, os espermatozoides são produzidos 
continuamente, diferentemente do que ocorre 
na fêmea, onde a produção de gametas é cíclica. 
 Para manter o processo contínuo, a liberação de 
espermatozoides não acontece simultaneamente 
ao longo de toda a extensão do túbulo seminífero. 
Existe um processo que não é síncrono, mas 
cada parte do túbulo está adiantado ou atrasado 
no processo. 
 Diferentes regiões em diferentes fases de 
espermatogênese: garantia da produção 
contínua. 
 
 Oligospermia – produção de espermatozoides 
menor que 20 milhões/mL. No ejaculado de 
homens com produção normal há mais de 100 
milhões/mL. De 100 milhões, cerca de 200 
chegam até o local da fertilização. 
 Azoospermia – ausência de espermatozóide no 
ejaculado. Oclusão anatômica do ducto deferente 
ou ausência de espermatogônias. Um homem com 
menos de 10 milhões/mL já é considerado estéril. 
 Infertilidade – não funcionamento da barreira 
hematotesticular. 
 Teratospermia – número de espermatozoides 
defeituosos superior a 40% (normal = 10% 
defeituosos). 
A produção de hormônio anti-mulleriano pelas células 
de Sertoli durante o desenvolvimento inibe o 
desenvolvimento dos ductos genitais femininos. Uma 
possível consequência da ausência desse hormônio 
durante o desenvolvimento de um indivíduo do sexo 
masculino seria a presença de órgãos genitais masculinos 
e femininos no indivíduo. 
A ovogênese é a sequência de eventos pelos 
quais as ovogônias (células germinativas primordiais) são 
transformadas em ovócitos maduros. Todas as ovogônias 
se desenvolvem em ovócitos primários antes do 
nascimento; nenhuma ovogônia de desenvolve após o 
nascimento. A ovogênese continua até a menopausa, que 
é a interrupção permanente do ciclo menstrual. Durante 
a vida fetal inicial, as ovogônias proliferam por mitose 
(duplicação das células), um tipo especial de divisão celular. 
As ovogônias (células sexuais primordiais) crescem e se 
tornam os ovócitos primários antes do nascimento. 
 As ovogônias derivam de células mesenquimais 
primitivas denominadas gonócitos, que vem do saco 
vitelino, que são células germinativas indiferenciadas. Ou 
seja, se o indivíduo for XX, se diferencia em ovogônias, 
se for XY, em espermatogônias. 
Podemos dividir a ovogênese em dois grandes 
períodos – o período antes do nascimento e o período da 
puberdade à menopausa. Antes do nascimento, as 
ovogônias se dividem por mitose até povoar todo o tecido 
ovariano, principalmente o córtex. Depois, cessam o 
processo de mitose e se diferenciam em ovócitos 1 para 
iniciar a mitose. O ovócito primário inicia a meiose e para 
na prófase 1, onde ocorre a recombinação gênica; apenas 
a retomando após a puberdade. 
O que acontece é que a cada ciclo sexual 
feminino, um grupo dos ovócitos são recrutados para 
continuar a meiose 1 e formar o ovócito 11 e um 
corpúsculo polar, afuncional – divisão assimétrica. O 
ovócito secundário inicia a meiose 11 e para na metáfase. 
No período de ovulação, um ovócito 11 é ovulado ou 
ovocitado. Se esse ovócito 11 for fecundado, 
encontrando-se com o espermatozoide, o processo de 
meiose 11 se finaliza, e o ovócito 11 se transforma em 
óvulo, que será transformada assimetricamente em 
zigoto e um segundo corpúsculo polar. 
A fase de óvulo é muito curta, porque o ovócito 
11 apenas se torna óvulo quando e se o ovócito 11 for 
fecundado por um espermatozoide. 
 
 Os ovócitos primários iniciam a meiose 1 antes do 
nascimento e a meiose se interrompe na prófase 1. A 
divisão meiótica só é retomada na puberdade. 
 
 A cada ciclo sexual um ou vários ovócitos 1 
retomam a divisão meiótica e dão origem ao ovócito 11 e 
ao 1º corpúsculo polar. 
 
 O ovócito 11 inicia a meiose 11 e interrompe o 
processo meiótico na metáfase. A meiose 11 só se 
completa se ocorrer fecundação.Assim, se forma o 
óvulo e o 2º corpúsculo polar. Há a fusão dos pró-nucleos 
dos gametas modificados (que estavam se preparando 
para fundir). 
 
 É o desenvolvimento, crescimento, 
amadurecimento, dos folículos ovarianos, que são 
estruturas que contém os ovócitos e se desenvolvem 
junto com o gameta. Todo o processo de foliculogênese 
depende basicamente do hormônio FSH, que comanda o 
desenvolvimento dos folículos ovarianos. O LH será 
importante para a finalização ou formação do folículo 
maduro. 
 
 Os folículos se formam nos ovários. A célula 
germinativa primária (gonócito) chega as gônadas e, a 
partir da expressão do sexo cromossômico, os gonócitos 
se diferenciam em ovogõnias. As ovogônias, então, se 
dividem por mitose até o momento em que povoa a região 
cortical do ovário. No quarto mês de gestação, na menina, 
algumas células do córtex ovariano chamado de células 
foliculares circundam um grupo de espermatogônias, 
formando nichos de espermatogônias. 
 Nesse nicho, há várias células iniciando o 
processo de meiose. No sétimo mês de desenvolvimento 
fetal, há ovócitos 1 na prófase, e cada um deles está 
circundado de maneira individual pelas células foliculares 
que formarão o folículo. Essa estrutura (ovócito 1 somado 
da sua “capa” de células foliculares) é chamado de folículo 
primordial. Quando a criança nasce, ela apresentará no 
seu ovário apenas folículos primordiais com ovócito 
parado em prófase 1. Até a puberdade da menina, 
encontraremos em seu ovário apenas folículos 
primordiais. 
 Após a puberdade, os folículos se diferenciam 
em outro tipo de folículo, porque a cada ciclo sexual, um 
grupo de folículos primordiais entrará em maturação. Os 
outros, ficarão parados em folículo primordial – por isso 
que mulheres mais velhas estão mais suscetíveis a 
ocorrência de gravidez com síndromes ocasionadas por 
não disjunção de cromossomos e erros estruturais 
cromossômicos na divisão celular. Quanto mais um folículo 
fica parado na fase primordial, maior a probabilidade 
desse folículo receber interferência de fatores 
ambientais que podem interferir no processo de divisão 
celular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Folículos primordiais – ovócito 1 (período 
intrauterino). 
 Folículos primários – ovócito 1* 
 Folículos em crescimento – ovócito 1* 
 Folículos de Graaf ou maduro – ovócito 11* 
*Após a puberdade. 
O que se tem é que alguns folículos primordiais 
expressam maior ou menor quantidade de receptores 
para o hormônio folículo estimulante (FSH). Se esses 
folículos primordiais expressam mais receptores para 
FSH, esses folículos primordiais são recrutados para o 
desenvolvimento folicular; aquele folículo que tem mais 
receptores que os outros, crescem mais rápido – e pelo 
mesmo motivo, ele produzirá mais estrógeno que os 
outros mais lentos. Esse folículo dominante, por algum 
motivo de expressão gênica, inibe a produção de 
estrógeno dos outros folículos selecionados, fazendo com 
que apenas ele chegue no processo final de maturação, 
e apenas ele seja ovocitado (ovulado). 
 A cada ciclo sexual feminino, de 15 a 20 folículos 
primordiais entram em desenvolvimento. Poucos 
continuam o processo subsequente, e apenas um 
formará o folículo maduro ou de Graaf. Os outros entram 
em processo de atrésia ou morte folicular por apoptose. 
Essa atrésia acontece em diversos níveis, tanto na fase 
de primários, quanto de crescimento; alguns até chegam 
a formar folículos pré-maduros, mas apenas um será o 
folículo de Graaf para sofrer ovocitação. 
 Folículo primordial possui células achatadas. 
Ovócito menor. 
 Folículo primário possui células cúbicas. Ovócito 
maior. 
As células foliculares produzem o estrógeno. Quando 
um folículo primário se transforma em um folículo em 
crescimento, o número de camadas de células foliculares 
cúbicas aumenta, formando mais de duas camadas. 
Conforme o folículo vai crescendo, mais células foliculares 
cúbicas vão se proliferando e a produção de estrógeno 
aumenta. O aumento da produção de estrógeno inibe os 
outros folículos que estão tentando amadurecer. 
 Quando o folículo está na fase de crescimento e 
começando a amadurecer, as células foliculares começam 
a produzir um líquido. Esse líquido começa a formar uma 
cavidade dentro do folículo – a cavidade antral ou antro 
folicular. 
Essa cavidade aumenta, o ovócito 11 fica preso à 
parede por um grupo de células foliculares, é circundado 
por outro grupo de células foliculares de mesma origem 
e diretamente presas à parede, formando o folículo 
maduro. Na ovulação, o ovócito 11 parado em metáfase 
2, células foliculares e a zona pelúcida são liberados na 
ovocitação. O restante das células foliculares e as células 
da TECA formarão o corpo lúteo. 
 No folículo em crescimento, começa a se formar 
uma camada externa decorrente da organização de 
células ovarianas estomais, formando a teca externa 
(função estrutural) e a teca interna (produção de um 
precursor de estrógeno chamado de androstenediona 
que será transformado em estrógeno ou andrógeno 
pelas células foliculares pela enzima aromatase) – células 
da TECA. A produção do estrógeno depende diretamente 
da presença das células da TECA. 
 Todo o resto do folículo, após a ovocitação, 
permanece no ovário. Essas estruturas se contraem; há 
sangramento e formação de coágulos de sangue, 
formando o corpo lúteo. Esse corpo lúteo produz 
progesterona e estrógeno, porque para que o 
endométrio uterino esteja pronto para receber o 
embrião, deve haver grande concentração de 
progesterona e estógeno circulante. Assim, o corpo lúeto 
provem o ambiente receptivo ao embrião no núcleo. Se o 
ovócito 11 não for fecundado, o corpo lúteo não recebe 
nenhuma mensagem de que houve fecundação ou 
formação de embrião, então funciona por 12 dias e 
depois entra em degeneração, parando de produzir 
progesterona e estrógeno e formando o corpo albicans. 
Aquele tecido endometrial e os vasos sanguíneos que se 
rompem formam a menstruação. 
 Se o ovócito 11 for fecundado, o corpo lúteo 
recebe essa mensagem (gonadotrofina coriônica humana) 
e não se degenera e o endométrio não descama. 
 
 
Corte histológico do ovário 
 
Folículo em crescimento 
 Se houve fecundação, o corpo lúteo continua 
funcionando até a décima semana. Depois, a função de 
produção de estrógeno e progesterona será transferida 
para a placenta. Assim, o corpo lúteo vai regredindo. 
 
 É o ciclo ovariano que controla o ciclo uterino. 
 O ciclo ovariano é controlado pelos hormônios da 
hipófise – FSH, que controla o desenvolvimento 
do folículo; LH que controla a ovulação e a 
formação dor corpo lúteo. 
 
 No folículo em desenvolvimento, começa a surgir, 
entre o ovócito 1 e as células foliculares, uma camada 
glicoproteica chamada de zona pelúcia, que será muito 
importante no processo de fecundação, uma vez que é 
expelida junto com o ovócito 11 durante a ovulação. Ela é 
formada por glicoproteínas ZP1, ZP2 e ZP3. 
 Mais externamente desenvolvem-se, a partir da 
organização das células do estroma, as tecas internas – 
vascularizada e produtora de hormônio – e a teca 
externa – fibrosa. 
 Quando o folículo começa a crescer, as células 
foliculares começam a secretar líquido folicular formando 
bolhas. Assim, se forma o antro folicular – que empurra 
o ovócito 11 para a periferia. Algumas células foliculares, 
então, se tornam as células foliculares granulosas, que 
ficam aderidas à periferia do folículo e as células da 
corona radiada, que ficarão aderidas à zona pelúcida do 
ovócito e serão ovocitadas junto com o ovócito 11. 
 O ovócito 1 completa a meiose 1 – ovócito 11 + 
corpúsculo polar. O ovócito 11 entra na meiose 11, mas 
estaciona na metáfase11, a qual ó será completada se o 
ovócito 11 for fertilizado por um espermatozoide. 
 No folículo de Graaf, as células que prendem o 
ovócito 11 na parede do folículo são as células cúmulos 
oophulus. 
 
 É a liberação do ovócito 11 do folículo maduro, que 
é captado pelas fímbriasda tuba uterina. Se houver 
espermatozoide na tuba uterina, pode haver fecundação, 
senão, o ovócito 11 é degenerado na tuba uterina. Em um 
ciclo de 28 dias, que se inicia com o início da maturação 
dos folículos primordiais, a ovulação ocorre no 14º dia, 
devido a um aumento grande na concentração do 
hormônio LH em pico – desencadeada pela máxima 
produção de estrógeno pelo folículo maduro. 
 O aumento do LH provoca o aumento da 
produção de proteases que degradarão o colágeno da 
parede ovariana. Esse rompimento causa uma pressão 
que faz com que o ovócito 11 seja empurrado para fora. 
Há um aumento da vascularização do folículo e há 
sangramento. O restante das células foliculares e as 
células da teca formarão o corpo lúteo. Com isso, há o 
aumento da produção de mediadores inflamatórios, 
causando o aumento da temperatura corpórea, devido a 
esse mecanismo inflamatório. 
 
 
 Na recém-nascida, há cerca de 2 milhões de 
ovócitos primários. 
 Na mulher, apenas 40 mil ovócitos estão 
presentes no ovário. 
 Destes, somente 400 a 500 ovócitos são 
liberados. 
 99% dos folículos sofrem atrésia. 
 A mulher já nasce com todos os gametas que vai 
produzir durante a sua vida reprodutiva.

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