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Espermatogênese: Formação de Espermatozóides

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ESPERMATOGÊNESE - 
GAMETOGÊNESE MASCULINA 
- gametogênese: processo de formação de gametas 
→ gametas são formados pela diferenciação de 
células germinativas 
→ são células sexuais altamente especializadas 
→ sofrem mitose e meiose 
→ são haplóides 
- local da espermatogênese - testículo: no interior dos 
túbulos seminíferos 
- túbulo seminífero com epitélio germinativo (células 
germinativas em diferentes estágios de 
espermatogênese) - sua “parede” 
 
FASES 
1. ORIGEM E MIGRAÇÃO DAS CÉLULAS 
GERMINATIVAS PRIMORDIAIS (CGP) 
2. MITOSE 
3. MEIOSE 
4. MATURAÇÃO 
 
ORIGEM E MIGRAÇÃO DAS CÉLULAS 
GERMINATIVAS PRIMORDIAIS 
- CGP são precursores dos gametas 
- idênticas (morfologicamente) em ambos os sexos 
- originadas da parede do saco vitelino (4ª semana de 
desenvolvimento) 
- migram para a gônada (testículo) em 
desenvolvimento 
→ movimentos amebóides (reorganização do 
citoesqueleto) 
→ sinais quimiotróficos 
→ crista genital (região precursora das gônadas) - 4 à 
6 semanas de desenvolvimento 
- ocasionalmente, algumas CGP podem se desviar do 
seu caminho até a gônada em desenvolvimento, 
fixando-se em sítios extragonadais 
→ teratoma - tumores que aparecem em regiões 
diferentes da gônada do embrião 
 
 dentro pode ter olho, unha, dente, pelo 
 são células muito indiferenciadas - podem se 
transformar em qualquer coisa 
 infertilidade: depende da quantidade de 
células germinativas que chegam até a 
gônada - se forem suficientes → fertilidade 
 
MITOSE 
- uma célula-mãe forma duas células-filhas idênticas à 
ela e idênticas entre si 
- após chegarem à gônada em desenvolvimento, as 
CGP se diferenciam em espermatogônias e sofrem 
sucessivas mitoses, com o objetivo de aumentar o 
número de células germinativas masculinas (6ª 
semana) 
- retomada das mitoses somente na puberdade 
(testosterona) → até a morte 
→ enquanto isso, as espermatogônias estão em 
aquiescência (adormecidas) 
 
MEIOSE 
- processo especializado de divisão celular 
- ocorre somente nas células da linhagem germinativa 
- recombinação gênica 
- separação dos cromossomos homólogos 
- redução do número de cromossomos 
- variabilidade genética 
- manutenção do número cromossômico da espécie 
- céls filhas diferentes da célula-mãe e diferentes 
entre si 
- a espermatogônia se diferencia em espermatócito 
primário quando puberdade - são eles que vão sofrer 
a meiose (1ª divisão - R!) 
→ geram 2 espermatócitos secundários (n) → 
segunda divisão meiótica (E!) → geram 4 céls filhas 
(espermátides - 2 X, 2 Y): produtos finais da meiose 
 
 
ESPERMIOGÊNESE 
- modificações morfológicas sofridas pelas 
espermátides, com a finalidade de formar 
espermatozóides morfologicamente maduros 
 
→ PUBERDADE - aumento da síntese de 
testosterona 
- induz a retomada das mitoses das espermatogônias 
e a diferenciação em espermatócitos 
 
obs. a presença de pontes citoplasmáticas entre as 
céls germinativas e as de Sertoli garantem a 
sincronização da espermatogênese 
 só na espermiogênese que essas pontes se 
desfazem e os sptz (individualizados) ficam 
soltos nos túbulos seminíferos para serem 
enviados ao epidídimo 
 
MATURAÇÃO 
 
- espermiogênese é um processo de maturação dos 
sptz 
- espermátides sofrem modificações morfológicas 
para formar espermatozóides maduros 
- condensação cromossômica 
→ protaminas (tipo de histona - proteínas que se 
associam ao DNA para formar cromatina) - permitem 
uma compactação muito mais forte (para proteger o 
material genético) 
 quanto maior a associação com as histonas, 
maior a condensação 
- perda de citoplasma 
→ perda de organelas desnecessárias 
 eliminação por gotas de citoplasma 
→ o sptz fica mais leve - maior mobilidade 
- formação do acrossomo - vesícula na cabeça do 
sptz 
→ derivado do CG 
→ enzimas hidrolíticas 
→ fertilização 
- desenvolvimento do flagelo 
→ centríolo - axonema (dineína flagelar) → flagelo 
→ motilidade 
 
- cabeça 
→ acrossomo - importante para a fecundação 
- núcleo 
→ material genético altamente compactado 
- colo (região de constrição - como se fosse o 
pescoço) 
→ centríolos - MTOC 
 organização dos microtúbulos flagelares 
- peça intermediária 
→ mitocôndrias 
 fornecimento de ATP para o batimento flagelar 
→ axonema 
 organização de microtúbulos + dineína 
- cauda 
→ axonema 
 organização de microtúbulos + dineína 
→ não tem mitocôndria 
 
- a espermatogênese é um processo centrípeto (vai 
em direção ao centro) → as células germinativas se 
diferenciam a partir da base do túbulo seminífero em 
direção ao lúmen 
 
→ base do túbulo - céls menos diferenciadas 
(espermatogônias) em direção à luz do túbulo 
seminífero (espermatozóides formados) 
 
- o que aconteceria se, ao mesmo tempo, todas as 
espermatogônias se diferenciassem em 
espermatócitos primários? ia produzir muito sptz de 
uma vez e depois ficaria infértil 
- alguma coisa tem que garantir que não seja assim, 
que o processo seja duradouro 
- espermatogônia A - diferenciação em A e B 
→ B - diferenciação para formação de sptz 
→ A - diferenciação em A e B 
- espermatogônia do tipo A → célula-tronco 
espermatogonial 
- isso não acontece na mulher - menopausa 
obs. células-tronco - enzima telomerase: reduz ao 
máximo a degradação que os telômeros da célula 
poderia sofrer com as mitoses, então não há um 
número máximo de divisões que podem acontecer 
 
ONDA ESPERMATOGÊNICA 
- o que aconteceria se, ao mesmo, cada uma das 
espermatogônias do tipo A, ao longo de todos os 
túbulos seminíferos, formasse uma espermatogônia 
do tipo B, e todas estas espermatogônias B se 
diferenciassem em espermatócito I? até que todo 
esse processo (até à formação dos sptz) aconteça de 
novo, o homem ia ficar esse período (64 dias) sem 
espermatozóides no ejaculado 
- onda espermatogênica: os túbulos seminíferos 
(existem vários dentro de um testículo) não se 
encontram todos no mesmo estágio da 
espermatogênese 
→ mesmo dentro de um mesmo túbulo, existem 
regiões em diferentes fases da espermatogênese 
→ o homem tem sempre sptz no ejaculado 
 
CÉLULA DE SERTOLI 
 
- únicas células somáticas presentes no túbulo 
seminífero 
- vai da base do túbulo até o lúmen 
- células somáticas presentes no epitélio germinativo 
- base da célula está aderida à lâmina basal dos 
túbulos seminíferos 
- polo apical está no lúmen do túbulo seminífero 
- núcleos piramidais e nucléolo evidente 
- população desse tipo celular estabelecida na 
puberdade 
→ não se multiplica posteriormente - se tiver alguma 
lesão, não tem como reparar 
 
→ FUNÇÕES 
- nutrição e sustentação das células germinativas (pq 
estas se apoiam fisicamente na cél. Sertoli) 
obs. não tem vasos sanguíneos dentro dos túbulos 
seminíferos - quem nutre é a cél. Sertoli 
- produção e secreção de fluido testicular → para 
levar os sptz ao epidídimo (acúmulo de sptz) 
 - no epidídimo tem células que reabsorvem 
esse acúmulo 
- produção e secreção de hormônios 
→ antimulleriano - impede a formação de tuba 
uterina, do útero e da parte superior da vagina 
(estruturas femininas) 
→ inibina - regula os níveis de FSH (impede o ciclo 
ovariano no homem e atua na maturação dos sptz) 
- fagocitose (sptz defeituosos e restos 
citoplasmáticos) 
- produção e secreção da proteína ligadora de 
andrógeno - ABP: 
→ mantém elevada a concentração de testosterona 
no túbulo seminífero para garantir o estímulo da 
espermatogênese 
→ transporta a testosterona para o interior do epitélio 
seminífero 
obs. as células que produzem testosterona (céls 
Leydig) ficam fora do túbulo seminífero 
- formação da barreira hematotesticular (BHT) 
→ zônulas de oclusão - proteção 
 membranas próximas 
 
BHT 
- junções de oclusão entre células de Sertoli 
- barreira entre o sangue e o interior dos túbulos 
seminíferos 
- bloqueia a passagem de moléculas 
- proteger os sptz e as células germinativas que estão 
em um estágio mais avançado do desenvolvimento 
- células mais diferenciadas da espermatogênese são 
protegidas de agentes nocivos e de ataques 
imunológicos 
- compartimentos:→ basal - céls abaixo da BHT; espermatogônias 
→ adluminal: céls acima da BHT; espermatócitos 
- estroma - entre os túbulos seminíferos 
→ tecido de sustentação 
 
CÉLULA DE LEYDIG 
 
- localizada no tecido intersticial (tecido entre os 
túbulos seminíferos) 
- núcleo ovalado e nucléolo evidente 
- produção de testosterona 
→ importante para estimular a espermatogênese (a 
diferenciação de espermatogônias em espermatócitos 
I) e para as características sexuais secundárias 
→ nesse tecido intersticial há vasos sanguíneos, 
então a testosterona entra na corrente sanguínea e é 
distribuída pelo corpo para a formação dessas 
características sexuais 
 
obs. espermiação (liberação para o lúmen dos túbulos 
seminíferos) - espermatozóides seguem para o 
epidídimo 
 
EPIDÍDIMO 
- local de maturação final do sptz - aquisição de 
capacidade de motilidade e receptores para 
reconhecimento do ovócito 
→ maturação mais funcional 
→ sptz vai aprender como bate o flagelo - receptores 
para quando tiver ovócito para ele reconhecer e 
efetivar esse movimento 
- concentração 
- proteção 
- armazenamento 
 
ALTERAÇÕES ESPERMÁTICAS 
→ oligospermia - baixa produção espermática 
→ azoospermia - ausência de sptz no ejaculado 
→ teratospermia - presença de grande número de 
sptz defeituosos 
 defeitos de cabeça, de peça intermediária e de 
cauda 
- hormônios: baixo nível de testosterona, presença de 
estrógeno em excesso 
- aumento de temperatura (por isso o testículo fica em 
uma cavidade extracorpórea: escroto - menor 
temperatura: ideal para a espermatogênese) - 
criptorquidia (retenção do testículo na cavidade 
abdominal ou no caminho para descer para o 
escroto), variococele (dilatação das veias do cordão 
espermático - fluxo de sangue mais lento → aumenta 
a temperatura) 
- desnutrição 
- drogas - alterações nas céls 
 
ESPERMOGRAMA 
- aspectos e valores de referência

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