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resumo Método Clínico Centrado na Pessoa

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Parte 1 - Lorena 
 
 
 
 
 
• Compreender como médico e paciente se preparam para a consulta; 
• Elucidar as principais habilidades que necessitamos ter para consultar 
pacientes; 
• Compreender as expectativas que são criadas, por médicos e pacientes, 
para cada consulta. 
 
 
- Individualizar a consulta. Harmonizar e buscar empatia são objetivos 
essenciais. Lembrar-se de que cada pessoa é única e, por isso, deve-se 
construir uma relação específica; 
- Iniciar a consulta com perguntas abertas (no que posso te ajudar? O que o 
senhor veio fazer aqui?...); 
- Demonstrar interesse. O contato visual é fundamental e deve ser exclusivo 
nos primeiros segundos da consulta; 
- Detalhar e sumarizar, não deixando pontos “subentendidos”. Esmiuçar sem 
ser inconveniente. Saber usar o tempo adequadamente, pois consultas 
longas são improdutivas; 
- Desenvolver ferramentas internas. Utilizar o autoconhecimento, saber seus 
limites, identificar dificuldades, dominar emoções. 
➔ A unidade essencial da prática médica ocorre quando, na intimidade 
da sala de consulta ou da enfermaria, uma pessoa que está doente, 
ou acredita estar doente, busca a ajuda de um médico em quem confia. 
 
 
 
 
- A consulta também é o encontro entre pessoas com expectativas, objetivos 
e tarefas definidas de parte a parte, em que se estabelece uma relação 
cujos objetivos principais são o cuidado à saúde e a qualidade de vida. O 
preparo para esse encontro inicia-se bem antes e consiste em várias etapas 
para ambos, o médico e a pessoa. 
- Para o médico, começa: 
1) no curso de graduação, na sua postura e nos seus interesses frente ao 
aprendizado, e nos modelos de médico com os quais se identifica; 
2) segue com a escolha da especialidade; 
3) continua com o preparo na especialização; 
4) tem relação com o seu momento da vida atual; e 
5) culmina nos momentos preliminares à consulta, como influência da 
consulta imediatamente anterior, conhecimento prévio da pessoa, etc. 
 
- Para a pessoa que busca ajuda, começa: 
1) com sua história pessoal, familiar, genética e cultural, dos contatos com 
o adoecer; 
2) progride com o estabelecimento do estilo de vida, ciclo de vida e outros 
aspectos biopsicossociais que interferem na saúde; 
3) segue com a decisão pelo momento de buscar ajuda – muitas vezes, não 
é ela quem decide; às vezes, é precoce; outras, é tardia; 
4) passa pela escolha do médico; e 
5) segue na recepção da Unidade Básica de Saúde e tem seus momentos 
finais da pré-consulta, ou seja, no ambiente e nas conversas da sala de 
espera. 
 
 
 
➔ Quando uma pessoa decide buscar atendimento, ela já refletiu sobre a 
questão e vai para a consulta com: 
- um modelo explicativo para suas queixas e seu sofrimento (ideias, 
preocupações e expectativas sobre o problema); 
- um tratamento e prognóstico e com expectativas em relação ao médico. 
 
➔ Por vezes a compreensão é incompleta, rudimentar e inexata sobre os 
problemas e a elaboram a partir da opinião médica 
 
➔ Em ambas as situações, a pessoa sempre tem uma teoria sobre o que está 
acontecendo com ela, que repercutirá no seu comportamento frente à 
investigação e ao tratamento. A pessoa 
que vai ao médico tem expectativas não 
apenas sobre a doença, mas também 
sobre como vai ser o atendimento. O 
médico, ao atendê-la, também tem suas 
expectativas, conhecendo ou não a 
pessoa anteriormente (o médico deve 
saber identificar as expectativas do 
paciente e conduzir a consulta da melhor forma possível). 
 
 
 
 
➔ Expectativa primária 
• Competência clínica 
- Confiança surge em função da percepção de competência e cuidado 
 
➔ Expectativas secundárias 
• Profissionalismo 
• Respeito 
• Polidez 
• Sinceridade 
• Interesse 
• Habilidades efetivas de comunicação verbais e não-verbais 
Método Clínico Centrado na Pessoa 
OBJETIVOS 
ASPECTOS-CHAVE 
A PRÉ-CONSULTA 
O PACIENTE CRIA EXPECTATIVAS 
EXPECTATIVAS DO PACIENTE EM RELAÇÃO AO 
MÉDICO 
 Parte 1 - Lorena 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Ter consciência das habilidades necessárias, principalmente no controle do 
cenário e na organização da consulta, transmitindo segurança; 
 
- Prover uma consulta bem organizada – isso proporciona condições para as 
pessoas expressarem suas opiniões no tempo disponível e constrói 
confiança na competência do médico em buscar as informações 
necessárias ao processo para chegar a um diagnóstico adequado. 
➔ A relação clínica que se estabelece pela consulta representa valores, como 
um indicador, do contexto social em que está inserida, assim como da 
evolução dos valores sociais. 
 
➔ Essa influência cultural e suas mudanças repercutem tanto ou mais na 
consulta do que a experiência passada com a consulta dos envolvidos. 
Muitas vezes, a empatia é imediata e recíproca no primeiro encontro. Em 
outras, em virtude das expectativas, das ansiedades, das defesas, das 
experiências anteriores e dos medos de ambas as partes, o primeiro 
encontro pode não ser muito bom. Em ambos os casos, a continuidade 
pode mudar isso, e muitas vezes inverter essa primeira impressão 
 
➔ Para a consulta ser bem-sucedida, o médico e a pessoa devem trabalhar 
juntos e chegar a um acordo, dividindo informações a respeito das 
possibilidades e das consequências. A afetividade na relação clínica faz a 
diferença para que a pessoa se sinta melhor e aderida ao tratamento, 
construindo um vínculo que, embora técnico, permita a cumplicidade do 
afeto, o que implica desenvolver habilidades apropriadas, ter 
embasamento teórico e basear-se nas necessidades e nas experiências 
individuais. Somente passar fazer diagnóstico e prescrever medicamentos 
NÃO é o foco da consulta. 
 
➔ Se, de um lado, existe a pessoa buscando ajuda, com todo seu contexto e 
suas necessidades, do outro, existe o médico, o que torna inevitáveis as 
seguintes dúvidas: como vai sua disponibilidade e sua disposição? Quais são 
suas concepções? Seu desejo de empatia? De quanto tempo dispõe? Que 
pressão sofre da demanda que o espera para o atendimento? Como vai a 
sua vida pessoal? Como vai a sua formação contínua, seu estudo e o seu 
trabalho? Qual é a recordação de experiência passada idêntica à que tem 
na sua frente? Ou seja, é fundamental cruzar os aspectos subjetivos do 
médico e da pessoa para que ambos comecem a sentir a atuação mais 
humanizada, com o reconhecimento das emoções e uma prática 
autorreflexiva 
 
 
➔ A consulta deve representar uma prática social entre médico e pessoa, com 
troca de conhecimentos, com um contrato, fundamentada na parceria, na 
busca de construir o cuidado mediante ações dentro e fora do consultório, 
de ambas as partes. Prática em que o médico e a pessoa busquem 
aprender sobre os problemas de saúde, refletir sobre suas repercussões, 
suas relações e determinação no processo de cuidado. 
 
 
 
 
 
 
 
EXPECTATIVAS BILATERAIS 
AO MÉDICO, É ESSENCIAL...

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