Buscar

PROCESSO PENAL

Prévia do material em texto

1.
		Rosa é uma conhecida escritora de livros de auto¬ajuda, consolidada no mercado já há mais de 20 anos, com vendas que alcançam vários milhares de reais. Há cerca de dois meses, Rosa descobriu a existência de um sistema que oferece ao público, mediante fibra ótica, a possibilidade do usuário realizar a seleção de uma obra sobre a qual recaem seus (de Rosa) direitos de autor, para recebê¬-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda. O sistema também indica um telefone de contato caso o usuário tenha problemas na execução do sistema. O marido de Rosa, Lírio Cravo instala no telefone um identificador de chamadas e descobre o número do autor do sistema que permitia a violação dos direitos autorais de Rosa. De posse dessa informação, Lírio Cravo vai à Delegacia de Polícia registrar a ocorrência de suposta prática do crime previsto no artigo 184, parágrafo 3º do Código Penal (violação de direitos autorais). O Delegado instaura o inquérito e de fato consegue identificar o autor do crime. Considerando a narrativa apresentada, assinale a alternativa CORRETA:
	
	
	
	o Delegado agiu incorretamente. O marido da ofendida não poderia ter obtido o número do telefone do autor das ameaças sem prévia autorização judicial, pois tal informação é sigilosa;
	
	
	o Delegado agiu corretamente. Encerrado o inquérito policial, deve entregar os autos à vítima, mediante recibo, para que a mesma possa oferecer queixa crime.
	
	
	o Delegado agiu corretamente. Encerrado o inquérito policial, deve encaminhá-¬lo ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis;
	
	
	o Delegado agiu incorretamente. A instauração do inquérito policial nesse caso depende de requisição do Ministério Público, pois a interceptação telefônica é imprescindível à apuração dos fatos;
	
	
	o Delegado agiu incorretamente. A instauração do inquérito nesse caso depende de representação da ofendida, não podendo ser suprida por requerimento de seu marido;
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Sobre o arquivamento do inquérito policial, a decisão cabe:
	
	
	
	à Autoridade Policial, a qualquer tempo, por ser a responsável pelo inquérito policial.
	
	
	ao juiz, se concordar com o pedido de arquivamento formulado pelo Ministério Público.
	
	
	ao Ministério Público, se concordar com o pedido de arquivamento formulado pela Autoridade Judiciária.
	
	
	ao Ministério Público, se a decisão for tomada antes da remessa do inquérito ao Poder Judiciário.
	
	
	à Autoridade Policial, se a decisão for tomada antes da remessa do inquérito ao Poder Judiciário.
	
	
	
	 
		
	
		3.
		O inquérito policial
	
	
	
	não poderá ser iniciado por requisição do Ministério Público.
	
	
	nos crimes de ação pública poderá ser iniciado de ofício.
	
	
	estando o indiciado solto, deverá ser concluído no máximo em 10 dias.
	
	
	somente será instaurado por determinação do juiz competente.
	
	
	pode ser arquivado por determinação da Autoridade Policial.
	
Explicação:
gabarito d - nos crimes de ação pública poderá ser iniciado de ofício.
 Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:  I - de ofício; II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		[XVI Exame de Ordem Unificado - adaptada] O inquérito policial pode ser definido como um procedimento investigatório prévio, cuja principal finalidade é a obtenção de indícios para que o titular da ação penal possa propô-la contra o suposto autor da infração penal. Sobre o tema, assinale a afirmativa CORRETA.
	
	
	
	A exigência de indícios de autoria e materialidade para oferecimento de denúncia torna o inquérito policial um procedimento indispensável.
	
	
	O inquérito policial é inquisitivo, logo o defensor não poderá ter acesso aos elementos informativos que nele constem, ainda que já documentados.
	
	
	O despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito policial é irrecorrível.
	
	
	A autoridade policial, ainda que convencida da inexistência do crime, não poderá mandar arquivar os autos do inquérito já instaurado.
	
	
	O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, poderá ser iniciado sem ela.
	
	
	
	 
		
	
		5.
		O inquérito policial
	
	
	
	pode ser presidido por membro do Ministério Público especialmente designado pelo Procurador-Geral de Justiça, quando a apuração do delito for de interesse público.
	
	
	instaurado pela autoridade policial não pode ser por ela arquivado, ainda que não fique apurado quem foi o autor do delito.
	
	
	é mero procedimento preliminar preparatório e, por isso, o indiciado só poderá defender-se em juízo, não podendo requerer diligências à autoridade policial.
	
	
	só pode ser instaurado por requisição do Ministério Público quando a vítima de crime de ação pública for doente mental, menor de 18 anos ou incapaz para os atos da vida civil.
	
	
	referente a crime cuja ação penal é exclusivamente privada pode ser instaurado sem representação da vítima, porque a representação é condição de pro cedibilidade da ação penal e não do inquérito.
	
Explicação:
GABARITO: D - instaurado pela autoridade policial não pode ser por ela arquivado, ainda que não fique apurado quem foi o autor do delito.
 
Art. 17 do CPP - A autoridade policial não poderá mandar arquivar os autos de inquérito.
	
	
	
	 
		
	
		6.
		Não constitui atribuição da polícia judiciária
	
	
	
	determinar a instauração do incidente de insanidade mental quando houver dúvida sobre a imputabilidade do indiciado.
	
	
	determinar que se procedam quaisquer exames de corpo de delito e outras perícias.
	
	
	cumprir diligências e mandados de prisão expedidos por autoridades judiciárias.
	
	
	representar acerca da prisão preventiva e da prisão temporária.
	
	
	averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar, social ou econômico.
	
Explicação:
GABARITO: E - determinar a instauração do incidente de insanidade mental quando houver dúvida sobre a imputabilidade do indiciado.
Cabe ao delegado a requisição de perícia, informações, documentos e dados.A perícia que o delegado nao pode fazer é a de investigar insanidade mental. Exame pode ser ordenado pelo juiz ou a requerimento do MP ainda na fase do IP. ( prof. Marcelo Uzeda).
Art. 149 do CPP
Art. 149.  Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal.
  § 1o  O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente.

Continue navegando