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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA
FACULDADE DE AGRICULTURA
CURSO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA AGRÍCOLA E ÁGUA RURAL
EMPREENDIMENTOS HIDRAULICOS
4 ANO, 1° SEMESTRE
 
Dimensionamento de Sistema de Rede de Drenagem de Águas Pluviais para 6º Bairro-Lionde
 
Discentes: Código: 
Cliton de Sousa Meque 2016523
Danildo Vasco Nhacumangue 2017533
Euler Joao Pedro Marapusse 2017535 
 
Docente: 
Eng°. Lateiro Salvador de Sousa, MEngSc
 
 
Lionde, Outubro de 2020
Índice
1	INTRODUÇÃO	8
1.1	OBJECTIVOS:	8
1.1.1	Gerais:	8
1.1.2	Específicos:	8
1.2	PROBLEMA	9
1.3	JUSTIFICATIVA	9
1.4	Revisão Bibliográfica	10
1.4.1	Drenagem	10
1.4.2	Tipos de drenagem pluviais	10
1.4.3	Elementos de macro drenagem	11
1.4.4	Principais componentes	11
1.4.5	Levantamento topográfico	12
1.4.6	Infiltração	13
1.4.7	Estudo Hidrológico	14
2	METODOLOGIA	16
2.1	Localização da área do projecto	16
2.2	Viabilidade do Projecto	16
2.2.1	Estudo de viabilidade para a área do projecto	16
2.3	Procedimentos de execução do projecto	18
2.3.1	Teste de infiltração	18
2.3.2	Parâmetros Hidrológicos	20
2.3.3	Calculo Hidráulico dos parâmetros e componentes do sistema	23
3	DIMENSIONAMENTO	26
3.1	DIMENCIONAMENTO DO SISTEMA DE DRENAGEM	26
3.1.1	Estudo de Chuvas intensivas	26
3.1.2	Estudo Hidrológico	27
3.1.3	Cálculo da vazão do projeto	28
3.2	CÁLCULOS DA DETERMINAÇÃO DAS EQUAÇÕES DA VELOCIDADE DE INFILTRAÇÃO BÁSICA	29
3.3	Dados do sistema de rede de drenagem a ser implantado	31
4	DESENHOS E MAPAS	32
4.1	Mapa do Posto Administrativo de Lionde	32
4.2	Perfil dos drenos do sistema	33
4.3	Desenho ilustrativo da disposição dos drenos do sistema no campo	34
4.4	Corte transversal do perfil dos drenos	34
4.5	Orientacao do fluxo de água dos dreno	35
5	ORÇAMENTO DO PROJECTO	37
6	RECOMENDAÇÕES DE IMPLEMENTAÇÃO	38
6.1	Aspectos construtivos e especificações técnicas	38
6.1.1	Levantamentos Topográficos	38
6.1.2	Construção de drenos	38
6.1.3	Abertura das valas de drenagem	38
6.1.4	Aquedutos/Pontes	38
7	REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA	39
Índice de Tabelas
Tabela 1: Taxa de infiltração para os diferentes tipos de solo................................................17
Tabela 2: Classificação da velocidade de infiltração básica....................................................18
Tabela 3: valores de coeficiente de escoamento “C”................................................................22
Tabela 4. Série de máximas anuais e chuva (mm) de Chokwe................................................25
Tabela 6: válida para o levantamento de dados de Infiltração...............................................28
Tabela 7: Cálculo dos parâmetros das equações de infiltração..............................................28
Tabela 8: Cálculos de Infiltração...............................................................................................29
Tabela.9: Dados do sistema de rede de drenagem (composição dos drenos).........................30
Tabela10: Legenda dos símbolos usados para o Layout..........................................................36
Índice de Gráficos
Grafico 1: Gráfico de precipitação de chokwe.........................................................................22
Índice de Figuras
Figura 1. Ilustra o local de estudo............................................................................................16
Figura 2: Mapa do local de implantação do projecto............................................................32
Figura 3: Perfil dos drenos de campo 1 a 4.............................................................................33
Figura 3.1: Perfil dos drenos de campo 5 a 8..........................................................................33
Figura 4: Deposição dos drenos no campo..............................................................................34
Figura 5: Corte transversal Perfil dos drenos e/ou vista frontal dos drenos.......................34
Figura 6: Mapa e orientação dos drenos da área de estudo..................................................35 
Figura 7: Orientação dos drenos no 6º-Bairro.......................................................................35 
2
APRESENTAÇÃO DO PROJECTO
O presente projecto tem como local de implementação no Distrito de Chókwè, no Posto administrativo de Lionde que visa dimensionar um Sistema de Rede de Drenagem de águas pluviais para 6º Bairro. 
A integração da drenagem visa melhorar a gestão do escoamento superficial da água pluvial de modo a não comprometer a vida da população residente com a ocorrência de inundações podendo desta forma trazer uma melhoria nas condições ambientais proporcionando uma óptima qualidade de vida.
SUMÁRIO EXECUTIVO
O presente trabalho visa projectar um Sistema de Rede de Drenagem de águas pluviais para 6º Bairro, na localidade de Lionde, distrito de Chókwè. Para tal, foram respeitadas as seguintes etapas: identificação e reconhecimento da área, estudo de viabilidade do projecto, recolha de dados, dimensionamento do sistema, Sistema de Rede de Drenagem de águas pluviais e mapeamento do mesmo. 
O escoamento superficial da água pluvial sobre o solo dá origem a linhas de água que por sua vez causam impactos negativos na vida da população devido a perdas económicas, sociais e ambientais que se verificam com a sua ocorrência. 
O projecto foi desenhado como forma de contribuição na eficiência de transmissão de conhecimento técnico profissional para a sociedade estudantil do ISPG e por conseguinte contribuir na promoção da geração, transferência e difusão de conhecimento tecnológicos, práticos visando um desenvolvimento sustentável local, regional e nacional, promover o estudo da aplicação da ciência e da técnica através de noções em habilidades praticas priorizando o desenvolvimento local, e regional nacional.
ANTECEDENTES DO PROJECTO
Localização, História e situação actual
O distrito de Chókwe localiza-se a Oeste da região do Sul de Moçambique, concretamente a Sudoeste da Província de Gaza, entre as coordenadas geográficas: 24˚05’ e 24˚48’ Latitude Sul; 32˚33’e 33˚35’ Longitude Este (INE, 1999). O distrito possui uma superfície de 2.600 Km2 (3,43% da área total da Província), situando-se no curso médio do rio Limpopo, com os seguintes limites: a Norte, rio Limpopo que o separa dos Distritos de Massingir, Mabalane e Guijá, a Sul, Distrito de Bilene e pelo rio Mazimuchope que o separa do Distrito de Magude, Província de Maputo, a Este, Distritos de Bilene e Chibuto e a Oeste, Distritos de Magude e Massingir (Revista de Chokwe, 2012).
O distrito conta com 4 Postos Administrativos e 8 localidades, sendo o Posto sede na Cidade e a Sudeste encontra-se o Posto Administrativo de Lionde tendo como localidades Lionde Sede, Conhane e Malau. O local de estudo é 6° bairro da localidade Lionde Sede, no posto administrativo de Lionde Distrito de chokwe, no local não se verifica nenhum vestígio de infra-estruturas hidráulicas para drenagem de águas de esgotos e pluviais do local.
Segundo as informações obtidas no local indicam que a o bairro apresenta um nível de desenvolvimento com resultados aceitáveis, não havendo garantia quanto às ondas de cheias na cidade de Chókwè em especial o bairro em causa devido sua localização a jusante da barragem de Massingir e na bacia do rio limpopo, havendo necessidade de construção de um sistema de drenagem para controlar os efeitos das enchentes e o rebaixamento do lençol freático.
Dimensionamento de sistema de drenagem de aguas pluvias no 6 bairro de lionde
Um dos grandes antecedentes é a frequência e sazonalidade do excessode água, infiltração
impedida, alto nível do Lençol Freático relacionado com o tipo do solo e a falta de um sistema de
drenagem. O projecto é necessário e desejável para a sua implantação.
2
INTRODUÇÃO
A drenagem é uma disciplina de uma importância muitas vezes menosprezada. O valor de uma obra de drenagem é na maioria das vezes uma fração muito pequena do montante total do orçamento da obra. Investir num projeto de qualidade e executar uma drenagem que possibilite o escoamento adequado das águas pluviais para o sistema de drenagem permite o funcionamento dos empreendimentos mesmo na ocorrência das chuvas. Ter um olhar diferenciado para a drenagem, evita que aconteçam problemas maiores e até acidentes, que podem acarretar em prejuízos incalculáveis e até vidas humanas.
Segundo AUGUSTO (2008), quanto maior for a transformação das superfícies do terreno devido a construção de infra-estruturas, tornando-as menos permeáveis à infiltração das águas e diminuindo a capacidade de retenção natural, maior será a parcela contribuinte para os escoamentos superficiais e, maior a probabilidade de alagamentos e inundações.
As águas pluviais têm potencial para fornecer benefícios concretos para uma cidade quando medidas de uso e reuso da água forem adoptadas. Esta pode servir para satisfazer as necessidades básicas de consumo pois é uma fonte alternativa de água, pode ser usada em actividades de irrigação criando um aumento das áreas verdes urbanas assim como lavagem de carros diminuindo a demanda de água potável. Entretanto, para identificar tais oportunidades a cidade precisa compreender a relação das águas pluviais com outros sectores de gestão urbana (TUCCI, et al., 1993).
OBJECTIVOS: 
Gerais:
· Dimensionar um de Sistema de Rede de Drenagem de águas pluviais para 6º Bairro-Lionde.
Específicos:
· Definir o elemento de base e efectuar o levantamento topográfico na área;
· Fazer o teste de infiltração;
· Determinar o caudal pluvial de projecto e dimensionar o sistema da rede de drenagem;
· Desenhar o mapa do projecto do sistema da rede de drenagem.
PROBLEMA 
No momento de maior intensidade e frequência da precipitação, no 6º-bairro de Lionde verifica-se ocorrência de inundações e graves impactos devido à falta de um sistema de rede de drenagem para escoamento de água pluviais.
Com os problemas de inundações, onde estes constituem a maior causa para a sucessão de prejuízos materiais, económicos e vidas humanas, surge necessidade de dar resposta a seguinte questão: como minimizar a ocorrência de inundações nas zonas baixas quando se verificar a ocorrência de precipitações intensas (maior intensidade) e extensas (longa duração)
JUSTIFICATIVA
Com o estudo preliminar do escoamento superficial para a instalação de um sistema de rede drenagem no 6º-bairro de Lionde que tem uma série de problemas relacionados com o escoamento superficial e inundações podem ser minimizados e consequentemente prejuízos económicos, sociais e ambientais assim como o risco de contaminação devido ao saneamento por doenças de veiculação hídrica são reduzidos o que acaba gerando um conforto para as populações em risco.
Revisão Bibliográfica
Drenagem 
Drenagem é o termo empregado na designação das instalações destinadas a escoar o excesso de água, seja em rodovias, na zona rural ou na malha urbana, sendo que a drenagem desta última é o objetivo do nosso estudo. A drenagem urbana não se restringe aos aspectos puramente técnicos impostos pelos limites restritos à engenharia, pois compreende o conjunto de todas as medidas a serem tomadas que visem à atenuação dos riscos e dos prejuízos decorrentes de inundações aos quais a sociedade está sujeita, (Rocha & Back, 2009).
Os sistemas urbanos de drenagem de águas pluviais são um importante agente na gestão das águas pluviais e têm como objetivo primordial assegurar a recolha e o transporte das águas das chuvas, em condições apropriadas, para um meio recetor, de forma a evitar a ocorrência de inundações indesejáveis. Pode afirmar-se que a drenagem pluvial urbana não é só uma necessidade, mas uma prioridade por estar diretamente ligada à qualidade de vida e à segurança de pessoas e bens (Marque et al., 2013).
Os benefícios que advêm da correta implantação de um adequado sistema de drenagem pluvial são inúmeros podendo apontar-se alguns: 
· Redução das áreas inundadas;
· Redução de gastos com manutenção das vias públicas e áreas adjacentes permeáveis e impermeáveis;
· Escoamento rápido das águas superficiais; 
· Eliminação da presença de águas estagnadas. 
Tipos de drenagem pluviais
Unitários 
Constituídos por uma única rede de colectores onde são admitidas conjuntamente as águas residuais domésticas, comerciais e industriais, e águas pluviais; recolhem e drenam a totalidade das águas a afastar dos aglomerados populacionais.
Separativos 
Constituídos por duas redes de colectores distintas, uma destinada à drenagem das águas residuais domésticas, comerciais e industriais, e uma outra à drenagem das águas pluviais ou similares.
Mistos
Constituídos pela conjugação dos dois tipos anteriores, em que parte da rede de colectores funciona como sistema unitário e a restante como sistema separativo.
Separativos parciais ou pseudo-separativos 
Em que se admite, em condições excepcionais, a ligação de águas pluviais de pátios interiores ao colector de águas residuais domésticas.
Elementos de macro drenagem
A rede de colectores é o conjunto das canalizações que assegura o transporte dos caudais pluviais afluentes, desde os dispositivos de entrada até um ponto de lançamento ou destino final. Ela é constituída, em geral, por colectores de betão de secção circular. 
Principais componentes 
Os sistemas separativos de drenagem de água pluvial são constituídos, essencialmente, por redes de colectores e órgãos acessórios, podendo dispor de órgãos especiais e instalações complementares. A rede de colectores é o conjunto das canalizações que assegura o transporte dos caudais pluviais afluentes, desde os dispositivos de entrada até um ponto de lançamento ou destino final. As modernas redes são constituídas, em geral, por colectores de betão ou de PVC de secção circular. 
Os órgãos acessórios são os seguintes: 
· Dispositivos de entrada (sarjetas de passeio ou sumidouros); 
· As sarjetas de passeio são dispositivos sempre associados a um lancil do passeio, com entrada lateral de caudal: os sumidouros são considerados dispositivos que podem estar associados a um lancil ou a uma valeta, cuja entrada de caudal é feita superiormente, através de grade; 
· Câmaras ou caixas de visita - destinadas a facilitar o acesso aos colectores, para observação e prática de operações de limpeza e de manutenção. 
No que respeita aos órgãos especiais e instalações complementares, podem referir-se os seguintes: 
· Desarenadores - instalações complementares destinadas a provocar a deposição de materiais incoerentes transportados na água pluvial; 
· Bacias de retenção - bacias destinadas a regularizar os caudais pluviais afluentes, restituindo, a jusante, caudais compatíveis com a capacidade de transporte da rede de drenagem ou curso de água;
· Câmaras drenantes - dispositivos destinados à retenção e infiltração da água pluvial, podendo ser associados ou não a sistemas de drenagem pluvial convencionais constituídos por colectores enterrados;
· Instalações elevatórias - a evitar, sempre que possível, tendo em conta os encargos de exploração e a variabilidade dos caudais afluentes e consequente dificuldade de se manterem as condições satisfatórias de funcionamento dos grupos electrobomba e da conduta de impulsão.
Levantamento topográfico
A Topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre Espartel (1987), ou seja a Topografia se limita à descrição de áreas restritas na superfície terrestre, em torno de um raio de 50km.
É um conjunto de métodos que, através de medições de ângulos horizontaise verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumento adequado à exatidão pretendida, primordialmente, implanta e materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas topográficas (Brito, 2005).
O objetivo principal é efetuar o levantamento (executar medições de ângulos, distâncias e desníveis) que permita representar uma porção da superfície terrestre em uma escala adequada. Às operações efetuadas em campo, com o objetivo de coletar dados para a posterior representação, denomina-se de levantamento topográfico.
A topografia pode ser dividida em: 
· Planimetria: consiste a obtenção de ângulos e distâncias horizontais para determinar a projeção do ponto no plano topográfico. 
· Altimetria: consiste na obtenção das diferenças de níveis em relação ao terreno, no plano vertical.
Infiltração 
A infiltração é o processo pelo qual a água penetra na camada superficial do solo (Brito, 2003). 
Segundo Frizzone (1993), a infiltração é um processo complexo, dependente das propriedades físicas do solo, do seu conteúdo inicial de água e das variações de permeabilidade devido ao movimento da água na superfície e ar retirado nos poros. Walker & Skogerboe (1987), afirma que na irrigação superficial a infiltração vária acentuadamente com a sequência das irrigações e segundo Frizzone (1993), isto é devido as variações que ocorrem na rugosidade e na geometria da superfície onde se verifica o escoamento. 
A equação a seguir, representa a taxa de infiltração de água no solo, correspondendo à variação da infiltração acumulada ao longo do tempo: 
 Eq. (1.0)
Onde: TI = taxa de infiltração da água no solo, (mm.h-1); 
I = infiltração acumulada, (mm); e 
T = tempo, (h).
Velocidade de Infiltração básica
Segundo Walker e Skogerboe (1987), velocidade de infiltração é a quantidade de água que atravessa a unidade de área da superfície do solo por unidade de tempo
Equações Representativas da Infiltração 
A infiltração acumulada d’água no solo (I) pode ser descrita pôr várias equações, sendo que iremos apresentar as duas equações empíricas mais utilizadas:
 Eq. (1.1)
Onde: I = infiltração acumulada (cm); k = constante dependente do solo; T = tempo de infiltração (min); e a = constante dependente do solo, variando de 0 a 1.
Estudo Hidrológico
Os estudos hidrológicos têm por objetivo fornecer as vazões máximas a serem adotadas para projeto, bem como de hidrogramas de cheias quando houver a necessidade de dimensionar ou analisar o efeito de reservatórios de detenção existentes (Fcth, 1999). No estudo hidrológico deve-se, no mínimo, determinar a chuva de projeto e calcular a vazão máxima.
Os estudos hidrológicos têm por objetivo fornecer as vazões máximas a serem adotadas para projeto, bem como de hidrogramas de cheias quando houver anecessidade de dimensionar ou analisar o efeito de reservatórios de detenção existentes (Fcth, 1999). No estudo hidrológico deve-se, no mínimo, determinar a chuva de projeto e calcular a vazão máxima.
Estudo de Chuvas intensas 
A chuva de projeto pode ser obtida de trabalhos como (Back, 2002) ou pode ser determinada com a análise de série de dados observados próximos a área em estudo. Recomenda-se usar séries com pelo menos dez anos de observação. A partir da chuva máxima diária foram determinadas as chuvas máximas diárias com período de retorno de 2, 5, 10, 15, 20, 25, 50 e 100 anos usando a distribuição de Gumbel, conforme:
 Eq. (2.0)
Onde: XT é a chuva máxima estimada cm período de retorno de T anos; 
x é a média dos valores observados na série de máximas anuais; 
S é o desvio padrão dos valores observados na série de máximas anuais; 
Yn e Sn são a média e o desvio padrão da variável reduzida Y, tabelados em função do número de valores da série de dados.
Intercidade de chuva
Com base nas relações entre precipitações de diferentes durações estabelecidas pela Cetesb (1986) foram estimadas as chuvas máximas com duração de 5 min, 10 min, 15 min, 20 min, 25 min, 30 min, 60 min e 120 min.
A equação de chuvas intensas pode ser escrita da seguinte forma:
 Eq. (2.1)
Onde:
 i - é intensidade média máxima da chuva (mm/h); 
T - é o período de retorno (anos); 
t - é a duração da chuva (min); 
K,m,b,n - parâmetros da equação determinados para cada local (adimensional).
Intensidade de precipitação
É a quantidade de chuva que ocorre em uma unidade de tempo (mm/ min.) para uma chuva de um certo tempo de recorrência e com uma duração igual ao tempo de concentração da bacia.
Para a área de projeto, os estudos hidrológicos efetuados, forneceram uma intensidade de 2,52 mm/ min., para um tempo de concentração de 6 minutos e o tempo de recorrência de 5 anos.
 Eq. (2.2)
Onde: i - intensidade pluviométrica em mm/h; 
Tr - tempo de recorrência em anos; 
t - tempo de duração da precipitação em minutos.
METODOLOGIA
Localização da área do projecto
O posto administrativo de Lionde localiza se no distrito de Chókwè está situado a Sul da província de Gaza, no curso médio do rio Limpopo, tendo como limites a Norte o rio Limpopo que o separa dos distritos de Massingir, Mabalane e Guijá, a Sul o distrito de Bilene e o rio Mazimuchope por distrito de Bilene, Chibuto e Xai-Xai, a Este confina com os distritos de Bilene e Chibuto e a Oeste com os distritos de Magude e de Massingir. A superfície do distrito1 é de 2.450 km2 e a sua população está estimada em 197 mil habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 80,3 hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 223 mil habitantes.
Figura 2. Ilustra o local de estudo
Fonte: Autor
Viabilidade do Projecto
Estudo de viabilidade para a área do projecto
O projeto tem viabilidade em simulação, pois trata-se do desenvolvimento de práticas, como projetar uma rede pluvial, e aplicações de técnicas já cursadas. Sob o aspecto econômico, a drenagem de água visa, em aumentar a vida média pela redução da mortalidade, aumentar a vida produtiva do indivíduo, quer pelo aumento da vida média quer pela redução do tempo perdido com doença, facilitar a instalação, inclusive de turismo, e consequentemente ao maior progresso das comunidades.
Aspectos ambientais
Para a execução do projecto deve-se ter em conta diversas características que serão alteradas na área de abrangência tendo em conta aspectos positivos e negativos na área de execução do projecto.
Não irá se verificar alterações significativas na área por se tratar de uma área degradada, a introdução de agentes melhoradores do solo/água irá alterar algumas propriedades do solo (químicas, físicas e biológicas).
O empreendimento não ira causar alterações no meio ambiente, pois ira melhorar através da instalação de valas de drenagem que iram remover a água em excesso na via pública, evitando erosão e degradação do solo. Apresentada uma melhoria significativa.
Aspectos financeiros
A análise financeira num projecto não deve ser deixada de lado, isto porque, é na base da análise financeira que são feitas as previsões, calculo de taxas de rentabilidade, custo de investimento, avaliação do projecto se esta de acordo com custo do projecto.
O plano financeiro deve demonstrar a viabilidade financeira de um projecto, isto é, provar que o projecto não corre o risco de ficar com insuficiência de fundos; a programação da entrada e da saída de fundos pode revelar-se essencial para a execução do projecto.
Necessidade do projecto
O processo da elaboração de projeto de drenagem consiste em criar redes para escoar as águas da chuva em um terreno. Podem ser feitos com tubos,com canais, valas, fossos ou túneis. Todos possuem a função de retirar o excesso de água presente na área e tornar o solo o mais aproveitável possível. 
Importância sanitário e social, a drenagem de aguas pluviais visa fundamentalmente, a controlar e prevenir doenças, implantar hábitos higiênicos na população como, por exemplo higiene do ambiente, facilitar a limpeza pública, eliminar o excesso de águas pluviais; propiciar conforto, bem-estar e segurança.
Procedimentos de execução do projecto
Para a materialização desse projecto baseou-se na revisão de literaturas sobre drenagem de aguas pluviais, dimensionamento e instalação de sistemas de drenagem de aguas pluviais, assim como, na recolha de dados de campo da área em estudo através de pesquisa de dados e também recorreu-se ao uso de softwares como o google earih para a obtenção do mapa da área de estudo. Dispensou-se os levantamentos topográfico detalhado, e executou-se o presente estudo de projecto executivo, tendo como bases alguns instrumentos e software topográficos e de engenharia civil.
Teste de infiltração
Segundo FAO SAFR (2002), a infiltração é influenciada pela textura do solo. Solos pesados têm baixas taxas de infiltração em virtude dos tamanhos de poros pequenos, enquanto os solos leves têm alta taxa de infiltração por causa de tamanhos de poros que são maiores. 
A taxa de infiltração é definida como a lâmina de água (volume de água por unidade de área) que atravessa a superfície do solo, por unidade de tempo. A taxa de infiltração pode ser expressa em termos de altura de lâmina d’água ou volume d’água por unidade de tempo (mm.h-1). Algumas taxas de infiltração típicas para diferentes tipos de solos estão apresentadas na tabela abaixo.
Tabela 1: Taxa de infiltração para os diferentes tipos de solo.
	Tipo de Solo
	Taxa de Infiltração (mm/hr)
	Areia
	˃30
	Franco-Arenoso
	30-20
	Franco-Limoso
	20-10
	Franco-Argiloso
	10-5
	Argiloso
	˂5
Fonte: FAO SAFR (2002).
Velocidade de Infiltração básica
Segundo Walker e Skogerboe (1987), velocidade de infiltração é a quantidade de água que atravessa a unidade de área da superfície do solo por unidade de tempo. Segundo Bernardo (2002), a classificação da velocidade de infiltração básica está apresentada na tabela 2.
Tabela 2: Classificação da velocidade de infiltração básica.
	Velocidade da infiltração básica
	Taxa de infiltração em cm/h
	VIB muito alta
	˃ 3,0
	VIB alta
	1,5-3,0
	VIB media
	0,5-1,5
	VIB baixa
	˂ 0,5
Fonte: Bernardo (2002).
Equações Representativas da Infiltração 
A equação a seguir, representa a taxa de infiltração de água no solo, correspondendo à variação da infiltração acumulada ao longo do tempo: 
 
Onde: TI - taxa de infiltração da água no solo, mm.h-1; 
I - infiltração acumulada, mm; e 
T - tempo, h.
A infiltração acumulada d’água no solo (I) pode ser descrita pôr várias equações, sendo que iremos apresentar as duas equações empíricas mais utilizadas:
Onde: I - infiltração acumulada (cm); 
k - constante dependente do solo; 
T - tempo de infiltração (min); e 
a - constante dependente do solo, variando de 0 a 1.
Parâmetros Hidrológicos
Estudo Hidrológico
Os estudos hidrológicos têm por objetivo fornecer as vazões máximas a serem adotadas para projeto, bem como de hidrogramas de cheias quando houver a necessidade de dimensionar ou analisar o efeito de reservatórios de detenção existentes (Fcth, 1999). No estudo hidrológico deve-se, no mínimo, determinar a chuva de projeto e calcular a vazão máxima.
Precipitação
Para a determinação da precipitação efectiva analisados dados históricos de precipitação fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), de modo a conhecer a maior precipitação registada.
Estudo de chuvas intensas
Neste trabalho foram usados os dados das estacões meteorológicos referentes ao distrito de Chókwè, considerando o período entre os anos de 1965 a 2015, que corresponde a 50 anos, coletados pelo, Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique (INAM). Os dados foram organizados com o objetivo de obter as precipitações máximas diárias anuais e, posteriormente, ordenados em ordem decrescente para a obtenção da frequência de excedência, constituindo uma série com 50 valores de precipitação máxima diária.
Determinação de chuvas intensas
Para a determinação ou calculo da chuva intensa, usou-se a seguinte equação de determinação de chuva intensa:
 Eq. (3.0)
Onde: i - intensidade pluviométrica em mm/h; 
TR - tempo de recorrência em anos; 
Td - tempo de duração da precipitação em minutos 
Período de Retorno
Para se decidir o grau de proteção conferido à população com a construção das obras de drenagem, deve-se determinar a vazão de projeto. Deve-se, também, conhecer a probabilidade P de o valor de uma determinada vazão ser igualado ou superado em um ano qualquer. (Cardoso, 1985), A vazão de projeto é imposta de tal forma que sua probabilidade P não exceda um determinado valor pré-estabelecido. Uma vez que a sociedade, através de seus representantes, é que deve decidir o risco aceitável pela comunidade e o quanto ela está disposta a pagar pela proteção conferida pelas obras, a escolha do período de retorno é um critério definido em esferas políticas.
A aplicação de métodos puramente econômicos para o estabelecimento do período de retorno é limitada pela impossibilidade de levar em conta aspectos que não podem ser expressos em termos monetários, por motivos éticos. Além disso, a relação benefício custo é de difícil quantificação. (Cardoso, 1985) Quanto maior o período de retorno adotado, maior será a proteção conferida à população; por outro lado não só o custo, como também o porte das obras e sua interferência no ambiente urbano2 serão maiores. Tal fato, comumente, leva os poderes decisórios a escolher períodos de retorno pequenos, imprimindo uma falsa sensação de segurança na população, encorajando-a, de certa forma, a ocupar áreas impróprias.
Tempo de concentração 
Este tempo e compreendido com base nas relações entre precipitações de diferentes durações estabelecidas pela Cetesb (1986) foram estimadas as chuvas máximas com duração de 5 min, 10 min, 15 min, 20 min, 25 min, 30 min, 60 min e 120 min, segundo recomendações feitas no ‘’ relatório dos estudos para controle da erosão’’. (KLAMT, 2014)
A adoção de qualquer destas fórmulas deve ser precedida de análise cuidadosa para evitar, por exemplo, o equívoco de utilizar em áreas urbanas fórmulas originalmente desenvolvidas para áreas rurais. Em áreas urbanas, o tempo de concentração pode ser dividido em duas parcelas: um tempo inicial (ti), tempo para chuva atingir a primeira boca de lobo ou sarjeta, e um tempo t de translação na rede de drenagem (sarjetas, bueiros, galerias, canais, etc.), isto é, a equação 4.0 a seguir demostra isso:
 
Onde: A é a área de drenagem da bacia em km2
Fórmula de Kirpich. Para ser utilizada em bacias não maiores que 0,5 km2 e declividades entre 3 e 10%. Apresentada na equação a seguir: Eq. (4.1)
Onde: L é o comprimento do talvegue e S é sua declividade. Esta fórmula foi obtida para bacias com canais bem definidos e declividades altas. No entanto, o fato de ter sido desenvolvida para bacias tão pequenas, parece indicar que reflete o escoamento do primeiro tipo.
Fórmula da Federal Aviation Agency. 
Usada em bacias pequenas, com predominância de escoamento de superfície, pois foi especificamente desenvolvida para drenagem de aeroportos. 
Onde: C é o coeficiente de escoamento do método racional.
 Fórmula da Onda Cinemática
Deduzida teoricamente a partir da equação de Chézy com coeficiente de Manning sob a suposição de precipitação de intensidade constante com duração igual ao tempo de concentração. É aplicável a bacias pequenas nas quais o escoamento sobre a superfície é predominante.
Onde: n é o coeficiente de rugosidade de Manning e I é a intensidade de precipitação.
Calculo Hidráulicodos parâmetros e componentes do sistema
Cálculo de caudais pluviais
Método para determinação de caudais pluviais
Método racional - coeficiente c de Escoamento Superficial (RUNOFF)
Segundo (KLAMT, 2014), o coeficiente de escoamento superficial ou coeficiente de deflúvio, ou ainda coeficiente de "run-off" é definido como a razão entre o volume de água escoado superficialmente, que é registrado em certa seção, e o volume de água precipitado na bacia contribuinte. O coeficiente de escoamento superficial depende das seguintes características: Tipo de solo, Tipo de cobertura, Tipo de ocupação, Tempo de retorno e Intensidade de precipitação.
Tabela 3: valores de coeficiente de escoamento “C”
	Zonas
	Coeficiente C
	Edificação muito densa
	0,7- 0,95
	Edificação não muito densa
	0,60-0,70
	Edificação com poucas superfícies livres
	0,50-0,60
	Edificação com muita superfícies livres
	0,25-0,50
	Subúrbios com algumas edificações
	0,10-0,25
Fonte: Autor (2020)
O método racional, aplicado à determinação de caudais de ponta pluviais, pode ser expresso pela seguinte equação:
Onde, Qp - caudal de ponta (m3/s) C - coeficiente (-) I - intensidade de precipitação (m3/(ha.s)) A - área da bacia de drenagem (ha) 
No método racional a relação Qp/I é linear (assim como a relação Qp/A). A variável de entrada é a intensidade de precipitação I(tc,T) e o operador de transformação é representado por C x A.
Método racional generalizado 
Uma das maiores dificuldades do método racional consiste na previsão de caudais de ponta em bacias com baixas percentagens de áreas impermeáveis. Efetivamente, o método racional, na sua simplicidade de aplicação, não permite, nesses casos, qualquer grau de rigor (Costa, 1983). Em áreas livres, os coeficientes C podem variar bastante, correndo-se o risco de, subjetivamente, subestimar-se (ou sobrestimar-se) o caudal de ponta várias vezes. Daí a razão de certos autores recomendarem a aplicação do método racional apenas para o cálculo de caudais de ponta pluvial em zonas urbanas. 
Costa 1956 deduz que a fórmula racional é apenas um caso particular de uma fórmula mais geral, aplicável a bacias com qualquer percentagem de áreas impermeáveis. Aquele autor propõe a expressão:
Em que v1 e v (m3) representam, respetivamente, o volume correspondente à parte ascendente do hidrograma e o volume total do mesmo, t (hr) a duração da precipitação de projecto, tc (hr) o tempo de concentração da bacia e γ o coeficiente de regolfo.
O quociente 2v1/v reflecte a percentagem de água precipitada que não sofre atraso ou efeito de armazenamento superficial e que, efetivamente, contribui para o caudal de ponta. O quociente t/tc exprime, em termos quantitativos, o facto do escoamento nas linhas de água principais ser muito mais rápido do que nas linhas de água secundárias ou sobre o terreno, o que faz com que, no momento em que se regista o caudal de ponta, não esteja realmente a contribuir toda a bacia. O coeficiente de regolfo γ reflecte o facto do regime de escoamento estabelecido não ser uniforme e criarem-se efeitos de regolfo (movimento gradualmente variado) que atrasam o escoamento e amortecem os caudais máximos. 
O quociente 2 v1/v que exprime um efeito de retenção e armazenamento, é mínimo em bacias naturais, onde toma o valor 0,65 (Costa 1983). Em bacias totalmente impermeáveis este quociente iguala a unidade. O quociente t/tc, que exprime o desfasamento entre o fim da chuvada e o instante em que se verifica o caudal de ponta, é também mínimo para bacias naturais, onde toma o valor 0,7 (Costa 1983). Em bacias totalmente impermeáveis ou altamente canalizadas, admite-se que tal factor iguale a unidade.
O modo como este método é tabelado e apresentado torna a sua aplicação bastante simples e expedita.
Dimensionamento hidráulico dos componentes
O método racional é largamente utilizado na determinação da vazão máxima de projeto para bacias pequenas (< 2 km2). Os princípios básicos dessa metodologia são: r a duração da precipitação máxima de projeto é igual ao tempo de concentração da bacia. Admite-se que a bacia é pequena para que essa condição aconteça, pois, a duração é inversamente proporcional à intensidade. r adota um coeficiente único de perdas, denominado C, estimado com base nas características da bacia. r não avalia o volume da cheia e a distribuição temporal das vazões. A equação do modelo é definida por:
Em que: 
Qp= vazão de projeto  (m3/s);
A= Área de drenagem  (km2); 
Tp= tempo de pico do hidrograma (horas); Pe= precipitação efetiva acumulada  (mm).
DIMENSIONAMENTO
DIMENCIONAMENTO DO SISTEMA DE DRENAGEM
Estudo de Chuvas intensivas 
Os dados foram organizados com o objetivo de obter as precipitações máximas diárias anuais e, posteriormente, ordenados em ordem decrescente para a obtenção da frequência de excedência, constituindo uma série com 50 valores de precipitação máxima diária.
A chuva de projeto pode ser obtida de trabalhos como BACK (2002) ou pode ser determinada com a análise de série de dados observados próximos a área em estudo. Neste trabalho foram usados os dados nos estacões meteorológicos referentes ao distrito de Chókwè, considerando o período entre os anos de 1965 a 2015, que corresponde a 50 anos, coletados pelo, Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique (INAM), referente ao período de 1965 a 2015. Foram determinadas as séries de máximas anuam de precipitação com duração de um dia (Tabela 4). 
Tabela 4. Série de máximas anuais e chuva (mm) de Chokwe.
	Ano
	Max
	Ano
	Max
	Ano
	Max
	1965
	62,23
	1982
	47,49
	1999
	101,94
	1966
	75,76
	1983
	49,27
	2000
	67,59
	1967
	145,36
	1984
	102,15
	2001
	102,33
	1968
	57,30
	1985
	92,52
	2002
	64,36
	1969
	81,59
	1986
	72,93
	2003
	88,33
	1970
	29,59
	1987
	56,66
	2004
	74,83
	1971
	80,75
	1988
	56,48
	2005
	76,85
	1972
	139,01
	1989
	81,78
	2006
	120,88
	1973
	92,03
	1990
	79,18
	2007
	87,03
	1974
	101,81
	1991
	64,7
	2008
	56,63
	1975
	116,43
	1992
	72,17
	2009
	33,51
	1976
	123,16
	1993
	93,82
	2010
	107,18
	1977
	63,44
	1994
	78,79
	2011
	74,18
	1978
	64,67
	1995
	59,84
	2012
	76,57
	1979
	105,96
	1996
	88,91
	2013
	99,71
	1980
	92,52
	1997
	70,03
	2014
	80,66
	1981
	72,93
	1998
	76,08
	2015
	49,68
Fonte: Autor (2019
A determinação de chuvas intensas pode ser escrita da seguinte forma:
Estudo Hidrológico 
Os estudos hidrológicos têm por objetivo fornecer as vazões máximas a serem adotadas para projeto, bem como de hidrogramas de cheias quando houver necessidade de dimensionar ou analisar o efeito de reservatórios de detenção existentes (FCTH, 1999). No estudo hidrológico deveu-se, no mínimo, determinar a chuva de projeto e calcular a vazão máxima.
 Para a determinação da precipitação efectiva analisados dados históricos de precipitação fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), de modo a conhecer a maior precipitação registada, dados referentes a 1965 a 2015 onde verificou-se que a precipitação media da cidade de chokwe e de 419,6 mm no ano de 1967.
Grafico 1: Gráfico de precipitação de chokwe.
Tabela 5: Altura da chuva em (mm) estimada para cidade de Chokwe.
	
	
	T - Período de Retorno (anos)
	
	
	
	Duração
	100
	50
	25
	20
	15
	10
	5
	2
	24 horas
	243,2
	223,9
	204,5
	198
	190
	178,3
	157
	126,3
	120 min
	127,7
	117,6
	107,5
	104,1
	99,8
	93,6
	82,7
	66,3
	60 min
	102,1
	94
	85,9
	83,2
	79,8
	74,9
	66,2
	53,1
	30 min
	75,6
	69,6
	63,6
	61,6
	59,1
	55,4
	49
	39,3
	25 min
	68,8
	63,3
	57,8
	56,1
	53,7
	50,4
	44,6
	35,7
	20 min
	61,2
	56,4
	51,5
	49,9
	47,8
	44,9
	39,7
	31,8
	15 min
	52,9
	48,7
	44,5
	43,1
	41,3
	38,8
	34,3
	27,5
	10 min
	40,8
	37,6
	34,3
	33,3
	31,9
	29,9
	26,5
	21,2
	5 min
	25,7
	23,7
	21,6
	20,9
	20,01
	18,8
	16,7
	13,3
TR: Tempo de retorno, em anos. P/dia: precipitação de um dia, em mm.
Cálculo da vazão do projeto
Área do projecto = =38,27660ha
CÁLCULOS DA DETERMINAÇÃO DAS EQUAÇÕES DA VELOCIDADE DE INFILTRAÇÃO BÁSICA 
Tabela 6: válida para o levantamento de dados de Infiltração
	Hora 
	Tempo (min) 
	
T acumulado (min) 
	Leitura da régua(cm) 
	Reposição (cm) 
	Infiltração (cm) 
	I acumulada (cm) 
	9:35 
	0 
	0 
	20 
	
	0 
	0 
	9:40 
	5 
	5 
	19 
	
	1 
	1 
	9:45 
	5 
	10 
	18 
	
	1 
	2 
	9:50 
	5 
	15 
	16 
	
	2 
	4 
	9:55 
	5 
	20 
	13 
	
	3 
	7 
	10:00 
	5 
	25 
	11.2 
	
	1.8 
	8.8 
	10:05 
	5 
	30 
	10 
	
	1.2 
	10 
	10:10 
	5 
	35 
	8 
	
	2 
	12 
	10:15 
	10 
	45 
	7 
	
	1 
	13 
	10:25 
	10 
	55 
	6.5 
	17 
	0.5 
	13.5 
	10:35 
	10 
	65 
	16 
	
	1 
	14.5 
	10:45 
	10 
	75 
	15 
	
	1 
	15.5 
	10:55 
	10 
	85 
	14 
	
	1 
	16.5 
	11:05 
	10 
	95 
	13 
	
	1 
	17.5 
	11:15 
	10 
	105 
	12 
	
	1 
	18.5 
	11:25 
	10 
	115 
	10 
	
	0 
	18.5 
	11:35 
	10 
	125 
	10 
	
	0 
	18.5 
	11:45 
	10 
	135 
	10 
	
	0 
	18.5 
	11:55 
	10 
	145 
	10 
	
	0 
	18.5 
	12:05 
	10 
	155 
	10 
	
	0 
	18.5 
	12:15 
	10 
	165 
	10 
	
	0 
	18.5 
	Total 
	
	165 
	
	
	
	18.5 
Tabela 7: Cálculo dos parâmetros das equações de infiltração.
	T acumulada 
(min) 
	I acumulada (cm) 
	X=log Tac 
	Y=Log 
Iac 
	X.Y 
	X^2 
	0 
	0 
	
	
	
	
	5 
	1 
	0.69897 
	0 
	0 
	0.48856 
	10 
	2 
	1 
	0.30103 
	0.30103 
	1 
	15 
	4 
	1.17609 
	0.60206 
	0.70808 
	1.38319 
	20 
	7 
	1.30103 
	0.8451 
	1.0995 
	1.69268 
	25 
	8.8 
	1.39794 
	0.94448 
	1.32033 
	1.95424 
	30 
	10 
	1.47712 
	1 
	1.47712 
	2.18189 
	35 
	12 
	1.54407 
	1.07918 
	1.66633 
	2.38415 
	45 
	13 
	1.65321 
	1.11394 
	1.84159 
	2.73311 
	55 
	13.5 
	1.74036 
	1.13033 
	1.96719 
	3.02886 
	65 
	14.5 
	1.81291 
	1.16137 
	2.10546 
	3.28665 
	75 
	15.5 
	1.87506 
	1.19033 
	2.23194 
	3.51585 
	85 
	16.5 
	1.92942 
	1.21748 
	2.34904 
	3.72266 
	95 
	17.5 
	1.97772 
	1.24304 
	2.45839 
	3.91139 
	105 
	18.5 
	2.02119 
	1.26717 
	2.56119 
	4.08521 
	115 
	18.5 
	2.0607 
	1.26717 
	2.61126 
	4.24648 
	125 
	18.5 
	2.09691 
	1.26717 
	2.65715 
	4.39703 
	135 
	18.5 
	2.13033 
	1.26717 
	2.6995 
	4.53832 
	145 
	18.5 
	2.16137 
	1.26717 
	2.73882 
	4.67151 
	155 
	18.5 
	2.19033 
	1.26717 
	2.77553 
	4.79755 
	165 
	18.5 
	2.21748 
	1.26717 
	2.80993 
	4.91724 
	Total 
	
	34.4622 
	20.6986 
	38.3794 
	62.9366 
Tabela 8: Cálculos de Infiltração.
	Equação 
	Resultado 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	1,8542
VIB= Alta 
Dados do sistema de rede de drenagem a ser implantado 
Tabela.9: Dados do sistema de rede de drenagem (composição dos drenos).
	Drenos
	Comprimento
	Base maior
	Base menor
	Altura
	Folga
	Inclinação
	Cota Terreno
	Taludes
	1
	200
	1
	0,5
	0,8
	0,16
	0,006
	29
	0,5
	2
	400
	1
	0,5
	0,8
	0,16
	0,006
	28
	0,5
	3
	300
	1
	0,5
	0,8
	0,16
	0,006
	27
	0,5
	4
	200
	1
	0,5
	0,8
	0,16
	0,006
	30
	0,5
	5
	400
	1
	0,5
	0,8
	0,16
	0,006
	30
	0,5
	6
	300
	1
	0,5
	0,8
	0,16
	0,006
	30
	0,5
	7
	900
	1
	0,5
	0,8
	0,16
	0,005
	31
	0,5
	8
	900
	1
	0,5
	0,8
	0,16
	0,005
	31
	0,5
	9
	900
	1,6
	1
	1,40
	0,28
	0,002
	29-27
	0,67
Fonte: Autor (2020)
DESENHOS E MAPAS
Mapa do Posto Administrativo de Lionde
Figura 2: Mapa do local de implantação do projecto.
Fonte: Software Google Earth, 2020.
Perfil dos drenos do sistema
Figura 3: Perfil dos drenos de campo 1 a 4.
Figura 3.1: Perfil dos drenos de campo 5 a 8.
Desenho ilustrativo da disposição dos drenos do sistema no campo
Figura 4: Deposição dos drenos no campo.
Corte transversal do perfil dos drenos
Figura 5: Corte transversal Perfil dos drenos e/ou vista frontal dos drenos.
Orientacao do fluxo de água dos dreno 
Figura 6: Mapa e orientação dos drenos da área de estudo 
Fonte: Autor (2020)
Figura 7: Orientação dos drenos no 6º-Bairro 
Fonte: Autor (2020) 
Tabela10: Legenda dos símbolos usados para o Layout.
	Legenda
	Símbolo
	Nome
	
	Dreno principal 
	
	Dreno secundário 
	
	Sentido do escoamento do tereno 
	
	Bacia de retenção da água pluvial 
Fonte: Autor (2020)
ORÇAMENTO DO PROJECTO
Os custos de construção foram estimados com base nas quantidades dos trabalhos, equipamentos previstos realizar ou aplicar na execução do projecto, tendo resultado em Custo total estimado de construção do sistema de drenagem num valor de 23 338 722,20 Mts.
Os preços unitários dos trabalhos e dos equipamentos foram arredondados por excesso para ter em conta a situação da distância, com implicações nos custos de transporte para o local do projecto. Ao custo total foi incluído um valor adicional de 15% de imprevistos para ter em conta possível falta de inclusão de qualquer trabalho. 
Os elementos que serviram de base para avaliação dos custos de construção e/ou implementação do projecto, acima referido serão apresentados nos anexos. 
RECOMENDAÇÕES DE IMPLEMENTAÇÃO
Aspectos construtivos e especificações técnicas
As presentes especificações técnicas deverão ser anexos ao Caderno de Encargos que servir de documento do concurso e execução da obra.
Levantamentos Topográficos
Antes do início dos trabalhos é obrigatório realizar um levantamento topográfico detalhado para elaboração dos perfis longitudinal dos drenos, que nos permitam definir as cotas do fundo dos drenos. A piquetagem do levantamento topográfico nas linhas previstas para construção dos drenos será a uma equidistância de 20 metros.
Construção de drenos
Os drenos de campo têm comprimentos variados e serram construídos de acordo com os desenhos apresentados no capítulo de desenhos e mapas (perfil de drenos), a construção deles irá servir para drenar no interior do bairro alimentando uma rede de valas colectoras em terra e desta para vala de drenagem principal existente na margem sudoeste, que serve de limite da área do projecto.
Abertura das valas de drenagem
O leito das valas deve ser regular, com um declive uniforme não superior 5%, isento de pedras, e que o produto de escavação deve ser removido nas margens.
Aquedutos/Pontes
A construção do sistema de drenagem superficiais abertos é não revestido, serram construídas em tubos de manilhas de betão diâmetro 1.40 m, com um comprimento não inferior a 3,50 metros, reforçados nas secções transversais com alvenaria e terão um aterro central para permitir via de acesso residencial.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
· AUGUSTO, D. L. Concepção, Modelagem e Detalhamento de um Reservatório de Detenção em Praça, como Alternativa Para o Controle de Cheias na Bacia do Rio Guerenguê. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil), COPPE/UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.
· BERNARDO SALASSIER. 2002. Manual de irrigação. 6a Edição Revisitada e ampliada. Editora UVF;
· BRITO, R.; 2005; Apontamentos de Projectos de Irrigação; Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal. Universidad Eduardo Mondlane; Maputo; Moçambique.
· FAO, 1989; (FAO. Irrigation and Drainage. Paper 45); 138p-Rome;
· MINISTÉRIO DAS CIDADES. Programa Drenagem Urbana Sustentável: Manual para Apresentação de Propostas. Brasília - DF: Secretaria de Saneamento Ambiental, 2007.
· TUCCI, C.E.M., GENZ, F., Medidas de controlo de inundações in: Estudos Hidros sedimentológicos do Alto Paraguai, IPH/MMA, 1994.
· WALKER, W. R. 1987. SKOGERBOE, G. V. Surface irrigation: theory and practice. New Jersey: Prentice-Hall.386p.
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· Lima, Luiz, A 2010, DRENAGEM DE TERRAS AGRICOLAS, UFLA. Disponível em http://www.uflaeng.br consultado no dia 20 de Outubro de 2020.
· Relatório do Ministério para a Coordenação da acção ambiental, 2011.
ANEXOS
Precipitacao Chokwe
1965	1966	1967	1968	1969	1970	1971	1972	1973	1974	1975	1976	1977	1978	1979	1980	1981	1982	1983	1984	1985	1986	1987	1988	1989	1990	1991	1992	1993	1994	1995	1996	1997	1998	1999	2000	2001	2002	2003	2004	2005	2006	2007	2008	2009	2010	2011	2012	2013	2014	2015	62.32500000000001	75.758333333333141	145.358333333334	57.300000000000004	81.591666666666697	29.591666666666665	80.758333333333155	139.00833333333375	92.024999999999991	101.80833333333315	90.016666666666694	111.95833333333319	116.43333333333331	123.15833333333306	63.441666666666428	64.666666666666671	105.95833333333317	47.491666666666475	49.266666666666545	102.14999999999999	92.51666666666666672.924999999999997	56.658333333333331	56.474999999999987	81.783333333333289	79.183333333333096	64.166666666666657	72.166666666666671	93.816666666666663	78.791666666666814	59.841666666666434	88.908333333333289	70.033333333333289	76.083333333333258	101.91666666666681	67.591666666666697	102.33333333333319	64.358333333333078	88.333333333333258	74.833333333333258	76.850000000000009	120.88333333333318	87.024999999999991	56.633333333333333	33.508333333333333	107.17499999999998	74.183333333333096	76.566666666666663	99.708333333333258	80.658333333333076	49.68333333333333	
22 de outubro de 2020
2
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