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Cerebelo e Aparelho vestibular

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S5P1 – Cerebelo e Sistema vestibular (orelha interna) 
 
 Compreender a anatomia e a fisiologia do sistema 
cerebelar. 
 Entender a relação da endolinfa com o cerebelo. 
 Relacionar as disfunções do cerebelo com problemas na 
fala/marcha/vertigem. 
 
VISÃO GERAL DO CEREBELO 
 
 
 
Relações anatômicas – extremidades: 
 
 Tenda do cerebelo: dobramento da dura-máter que 
cobre o cerebelo superiormente 
 Fossa posterior (osso occipital): onde o cerebelo fica 
repousado 
 Tronco encefálico: processo expansivo do cerebelo 
pode afetar (comprimir) o tronco 
 Folhas e fissuras: na estrutura superficial do cerebelo as 
folhas e fissuras também compõem a sua anatomia. 
 
 
ANATOMIA DO CEREBELO 
 
VISÃO EXTERNA 
 
O cerebelo é dividido em: vérmis e nos hemisférios 
cerebelares direito e esquerdo. A superfície do cerebelo 
apresenta sulcos na direção transversal, que delimitam 
lâminas finas, denominadas folhas do cerebelo. Os lobos 
são delimitados pelas fissuras do cerebelo. 
O cerebelo possui 17 lóbulos e oito fissuras. Os mais 
importantes são os lóbulos: nódulo, flóculo e tonsila; e 
dentre as fissuras: posterolaterias e prima. 
 
 
 
 
O cerebelo possui uma organização somatotópica, onde 
o corpo está representado três vezes, separado pelas 
fissuras, e assim recebendo nomes: lobo anterior, 
posterior e flóculo-nodular. Esta divisão também pode ser 
longitudinal: hemisférios laterais, paraverme, verme e 
lóbulo flóculo-nodular. 
 
 
 
VISÃO INTERNA 
 
Internamente, o cerebelo é constituído pelo corpo 
medular (no centro, formado por substância branca) e 
revestidas externamente pelo córtex cerebelar 
(substância cinza). 
No interior do corpo medular existem quatro pares de 
núcleos de substância cinzenta, que são os núcleos 
centrais do cerebelo: denteado, interpósito (subdividido 
em emboliforme e globoso) e o fastigial. Deles saem todas 
as fibras eferentes do cerebelo. 
No córtex cerebelar distinguem-se as seguintes camadas: 
 
• molecular: a camada molecular é formada por fibras de 
direção paralela e contém dois tipos de neurônios, as 
células estreladas e as células em cesto. 
• média (células de Purkinje): A camada média é formada 
por uma fileira de células de Purkinje. 
• granular: a camada granular é constituída, principalmente, 
por numerosas células granulares (células pequenas com 
pouco citoplasma) que possuem muitos dentritos e um 
axônio que atravessa a camada média e se bifurca na 
camada molecular, constituindo as fibras paralelas, que se 
dispõe no eixo da folha cerebelar. Essas fibras paralelas 
irão estabelecer sinapse com as células de Purkinje, assim 
cada célula granular tem comunicação com um grande 
número de células de Purkinje. 
 
COMUNICAÇÕES 
 
O cerebelo irá se comunicar com o resto do sistema 
nervoso pelos pedúnculos, no total, ele possui três: 
pedúnculo cerebelar superior, médio e inferior. 
 
 
 
 
 
DIVISÃO FUNCIONAL DO CEREBELO 
 
Definição funcional: Centro integrador 
Várias vias e sistemas têm contato com o cerebelo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASPECTOS FUNCIONAIS 
 
As principais funções do cerebelo são: manutenção do 
equilíbrio e postura, controle do tônus muscular, controle 
dos movimentos voluntários, aprendizagem motora e 
funções cognitivas específicas. 
 
Manutenção do equilíbrio e postura: O vestibulocerebelo 
promove contração adequada dos músculos axiais e 
proximais dos membros, de modo a manter o equilíbrio e 
postura. 
Controle do tônus muscular: Mantido, principalmente, 
pelos núcleos denteado e interposto. A perda do tônus é 
um dos sintomas de descerebelização. 
Controle dos movimentos voluntários: O cerebelo controla 
o planejamento (pelo cerebrocerebelo) de movimentos e 
faz correção do movimento já em execução (pelo 
espinocerebelo). 
Aprendizagem motora: Há evidencias de que fibras 
olivocerebelares, que chegam ao córtex como fibras 
trepadeiras e fazem sinapse diretamente com as células 
de Purkinje, possam modular sua excitabilidade nesta 
conexão, e assim, modificar as respostas por tempo 
prolongado aos estímulos, criando um padrão de atividade 
apropriado. 
 
DEFINIÇÃO FUNCIONAL: FILOGENÉTICA 
 
 
 
 Arquicerebelo: região mais antiga, conexão muito 
próxima com o sistema vestibular. 
 Paleocerebelo: reflexos posturais. 
 Neocerebelo: região mais nova, responsável por 
participar do planejamento motor e da coordenação 
mais fina/ movimentos finos. 
 
VASCULARIZAÇÃO 
 
Origem nas artérias: 
- Artéria basilar 
- Artérias vertebrais 
 
 
 
 
 
Vascularização: Importante na investigação de avc 
cerebelares 
 
PATOLOGIAS CEREBELARES 
 
As síndromes cerebelares podem ser divididas em três, 
de acordo com a divisão funcional: síndromes do vestíbulo, 
do espino e do cerebrocerebelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As etiologias podem ser bem variadas e se comportar de 
maneira diferentes. As principais são: 
 
 
 
 
 
A ORELHA: EQUILÍBRIO 
 
A informação sensorial proveniente da orelha interna e 
dos proprioceptores presentes nas articulações e nos 
músculos comunica ao nosso encéfalo a localização das 
diferentes partes do nosso corpo, umas em relação às 
outras, e em relação ao meio externo 
A nossa sensação de equilíbrio é mediada por células 
pilosas, as quais revestem o aparelho vestibular cheio de 
líquido da orelha interna. Estes receptores não neurais 
respondem a mudanças na aceleração rotacional, vertical 
e horizontal, e no posicionamento. A função das células 
pilosas é similar à das células da cóclea, mas a gravidade e 
a aceleração, em vez de as ondas sonoras, é que 
fornecem a força que move os estereocílios. As células 
pilosas vestibulares possuem um único cílio longo, 
chamado de cinocílio, localizado em um lado do feixe ciliar. 
O cinocílio estabelece um ponto de referência para a 
direção da curvatura. 
Quando os cílios se curvam, os filamentos de ligação entre 
eles abrem e fecham canais iônicos. O movimento em 
uma direção provoca a despolarização das células pilosas; 
com o movimento na direção oposta, elas hiperpolarizam. 
Isso é similar ao que ocorre nas células pilosas cocleares. 
 
 
 
APARELHO VESTIBULAR 
 
O aparelho vestibular, também chamado de labirinto 
membranoso, é uma série intrincada de câmaras 
interconectadas cheias de líquido. 
Em seres humanos, o aparelho vestibular é composto de 
dois órgãos otolíticos semelhantes a sacos – o sáculo e o 
utrículo – juntamente com três canais semicirculares, os 
quais se conectam ao utrículo em suas bases. 
 
 
 
 
Os órgãos otolíticos nos informam a aceleração linear e a 
posição da cabeça. Os três canais semicirculares detectam 
a aceleração rotacional em várias direções. 
O aparelho vestibular, assim como o ducto coclear, é 
preenchido com endolinfa com alta concentração de K e 
baixa de Na, secretada pelas células epiteliais. Do mesmo 
modo que o líquido cerebrospinal, a endolinfa é secretada 
continuamente e drenada da orelha interna para o seio 
venoso da dura-máter do encéfalo. 
Se a produção de endolinfa exceder a taxa de drenagem, 
o acúmulo de líquido na orelha interna pode aumentar a 
pressão de líquido dentro do aparelho vestibular. Acredita-
se que o acúmulo excessivo de endolinfa contribui para a 
doença de Ménière, uma condição marcada por episódios 
de vertigem e náuseas. Se o órgão espiral (de Corti) no 
ducto coclear é danificado pela pressão de líquido dentro 
do aparelho vestibular, isso pode resultar em perda 
auditiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIAS DE EQUILÍBRIO 
 
As células pilosas vestibulares, assim como as da cóclea, 
estão tonicamente ativas e liberam neurotransmissor nos 
neurônios sensoriais primários do nervo vestibular (um 
ramo do nervo craniano VIII, o nervo vestibulococlear). 
Esses neurônios sensoriais fazem sinapse nos núcleos 
vestibulares do bulbo ou vão, sem fazer sinapse, 
diretamente para o cerebelo, um importante local de 
processamento do equilíbrio. Vias colaterais seguem do 
bulbo para o cerebelo ou ascendem através da formação 
reticular e do tálamo. 
Existem algumas viaspouco definidas do bulbo para o 
córtex cerebral, entretanto a maior parte da integração 
do equilíbrio ocorre no cerebelo. Vias descendentes dos 
núcleos vestibulares seguem para neurônios motores 
envolvidos com a movimentação dos olhos. Essas vias 
ajudam a manter os olhos fixos em um objeto enquanto 
a cabeça gira. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Machado, ABM. Neuroanatomia funcional. 3 ed. SP. 
Atheneu. 2013. 
Netter. Rubin, Michael. Neuroanatomia Essencial. Elsevier. 1 
ed. 2008. 
SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem 
Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017.

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