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Os primeiros estudos acerca da origem da vida ocorreram ainda no período clássico. Aristóteles propôs que a vida surgia espontaneamente de qualquer matéria orgânica existente. Para o filósofo, as folhas das árvores que caíam nos rios transformavam-se em cisnes; a carne podre deixada ao relento gerava larvas e girinos; e sapos surgiam espontaneamente em poças de água ou do lodo presente em pequenos lagos. Essa teoria em que a vida surgia espontaneamente ficou conhecida tanto como “Teoria da Geração Espontânea”, como Abiogênese. Além de Aristóteles, Descartes e, posteriormente, Isaac Newton também eram adeptos dessa teoria. Eles acreditavam que todo indivíduo era dotado de um “princípiovital” ou “princípio ativo”. Este princípio era encontrado no ambiente ou em qualquer matéria orgânica e esse princípio era fundamental para sua existência. Apesar de muitos adeptos, outros pesquisadores não concordavam com a teoria e, a partir do século XVII, alguns cientistas tentaram comprovar com procedimentos específicos a veracidade da Abiogênese. Entre os experimentos, dois se destacaram: O experimento realizado por Francesco Redi e o experimento realizado por Louis Pasteur. Francesco Redi era um cientista italiano que buscou testar se a teoria da Abiogênese era de fato válida. Para isso, ele tentou comprovar uma das hipóteses dada por Aristóteles: A de que vermes surgiam espontaneamente na carne deixada no ambiente. Redi utilizou-se de frascos de vidro em que ele colocou carne crua ou restos de animais mortos. Alguns vidros ele vedou com gaze e outros ele deixou aberto. Ele observou nos vidros abertos que as moscas presentes no ambiente pousavam sobre a carne e, posteriormente, surgiam as larvas. Nos vidros vedados as moscas eram impedidas de pousar sobre a carne e as larvas não apareciam. Redi concluiu que, ao pousar na carne, as moscas depositam seus ovos de onde surgem as larvas, comprovando que a vida só se origina de outra pré-existente e refutando a "teoria da geração espontânea” que começou a perder credibilidade. Experimento de Redi FarmaBlogueira https://querobolsa.com.br/enem/historia-geral/periodo-classico-e-helenistico https://querobolsa.com.br/enem/filosofia/aristoteles https://querobolsa.com.br/enem/filosofia/rene-descartes Experimento de Pasteur Em 1745, o cientista John Needhan, adepto da teoria da abiogênese, inferiu que fervendo caldos nutritivos destruía o "princípio vital" existente no meio, impossibilitando a geração de vida espontânea posteriormente. Pasteur refutou completamente a teoria da Abiogênese no século XIX. O cientista utilizou caldos nutritivos e os depositou em uma garrafa específica chamada “Balão do tipo Pescoço de Cisne”. Ao ferver o caldo, o pescoço do balão era retirado. Posteriormente, notava-se o aparecimento dos micro-organismos no caldo. Ao repetir o experimento sem a retirada do “pescoço de Cisne”, os micro-organismos não apareciam. Pasteur concluiu que os micro-organismos que surgiam no caldo eram provenientes do próprio ar que entrou em contato com o caldo depois da retirada do pescoço de cisne. Pasteur não só refutou a teoria da Abiogênese, como ainda comprovou que não havia "princípio vital" responsável por gerar vida espontaneamente presentes em matérias orgânicas. Dessa forma, ficou comprovado que a vida não surge espontaneamente, mas sempre é descendente de uma vida anterior
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