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Micoses superficiais, cutâneas e subcutâneas, sistêmicas ou profundas e oportunistas

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Mico 19:30 l 14/05/2020 
Micoses superficiais, cutâneas e subcutâneas, sistêmicas ou profundas e oportunistas 
De acordo com os tecidos e órgãos atingidos, as micoses são classificadas em superficiais, cutâneas, subcutâneas, 
sistêmicas/profunda ou oportunista. Os locais que mais favorecem o crescimento de fungos são aqueles que têm 
temperatura de 20-35°C, pH ácido (evita competitividade com bactérias) e principalmente nutrientes. 
MICOSES SUPERFICIAIS 
As micoses superficiais (ou propriamente dita) são mais estéticas do que doenças inflamatórias que exigem 
tratamento. Determinam alterações apenas na camada mais superficial do estrato córneo, sem induzir resposta 
inflamatória no hospedeiro. As mais conhecidas são: Pitiríase versicolor (Malassezia sp), Piedra branca 
(Trichosporum sp), Piedra negra (Piedraia hortae) e Tínea nigra (Phaeoannellomyces werneckii). 
Os agentes das micoses superficiais ou saprofitárias (sem 
queratina) têm como hábitat principal o homem; são originadas 
por micro-organismos da própria microbiota normal, Malassezia 
furfur (Ptiríase versicolor), ou adquiridos no ambiente, 
microbiota transitória, Piedraia hortae (Piedra negra). 
Pitiríase Versicolor – levedura que compõe a microbiota normal 
97% dos indivíduos normais. Couro cabeludo e outras áreas 
cobertas por pelos são reservatórios (92% fungo no tronco). 
Dependendo de fatores ambientais, essa levedura pode ser 
transportada pelo corpo, e costuma se alojar em locais que não 
contêm tanto pelo: maior frequência nos braços, tronco e 
região da cintura (predileção pelas áreas cobertas do corpo (> produção e excreção de gordura)). Assintomáticas e 
raramente com prurido. Aspecto estético desagradável. O aumento da levedura se dá por meio de alta sudorese, 
altos índices de ácidos graxos ou, inclusive, fatores genéticos. Agente etiológico: Malassezia furfur – levedura 
lipodependente – ou Pityrosporum orbiculare (forma oval) ou P. ovale (forma cilíndrica). 
 
O diagnóstico laboratorial se dá: 1. No exame direto vê-se as leveduras com brotamentos em colarete, associados ou 
não a hifas tortuosas; 2. O meio de cultura é ágar Sabouraud com fonte de lipídeos (enriquecido com azeite de 
oliva). 
É assintomática, exceção às formas eritematosas (pruriginosas). Lesões hipo ou hiperpigmentadas (versicolor) estão 
presentes. Localização: tórax, pescoço, abdome, face. Levemente descamativa. O tratamento é tópico: 
 
MALASSEZIOSE  Doença sistêmica causada por Malassezia sp. Fungemia e septicemia em crianças de baixo peso 
ou adultos imunossuprimidos. Não é um quadro comum! Acontece principalmente em pessoas que fazem uso de 
cateter para alimentação parenteral, derivada de má higienização ou contaminação no local de inserção do cateter. 
Tinea Negra – agente etiológico: Hortaea werneckii. É rara entre as micoses superficiais, considerada doença de 
zonas tropicais e temperadas – ocorrência relatada nas Américas do Sul e Norte, África e Ásia. É uma doença 
assintomática, de fungo filamentoso demácio (com pigmentação) geofílico, amplamente distribuído na natureza. 
Acomete principalmente a palma da mão e o grupo mais atingido são mulheres. 
Altas temperaturas favorecem a proliferação (25 a 30°C) em restos vegetais, esgotos e solos (o agente sobrevive em 
condições de alta salinidade). 
O diagnóstico laboratorial se desenvolve da seguinte maneira: a coleta dos raspados de pele deve ser submetida ao 
exame direto somente com potassa, onde se observa hifas curtas, ramificadas, septadas e em diversos tons de 
castanho. O material deve ser semeado em três tubos e incubado de 1 a 3 semanas e a colônia tem coloração negra 
ou verde oliva com textura glabrosa, de relevo cerebriforme e coloração negra. Fungo filamentoso que pode se 
tornar leveduriforme. 
O tratamento se dá por Iodo e antifúngicos de uso tópico e, ainda, recidivas ocorrem apenas se houver reexposição 
ao agente. 
Piedras – caracterizam-se pela presença de nódulos irregulares, aderentes ao pelo e, geralmente, visíveis a olho nu. 
Podem ser: 
A) Piedra negra: Infecção fúngica crônica e assintomática da cutícula do pelo, causada por Piedraia hortae. São 
anamórficos, de crescimento lento e possuem artroconídios de coloração castanha. São fungos encontrados 
em regiões tropicais e subtropicais (endêmico na Amazônia). 
 
B) Piedra branca: Infecção fúngica crônica e assintomática da cutícula do pelo. O agente infeccioso é 
Trichosporum sp (dimórfico), sendo que T. inkin = pelo pubiano e T. ovoides = cabelo e que não compromete 
a pele vizinha à infecção. Tem caráter assintomático, benigno e de baixo contágio que acomete pelos 
axilares, pubianos, perianais, barba e bigode. São mais frequentes em adultos jovens e aparece em climas 
tropicais e temperados, sendo encontrado frequentemente na Europa, Oriente e EUA. 
Os aspectos clínicos da doença são: 
 Nódulos aderidos ao pelo de coloração branco-amarelada e de aspecto fusiforme e consistência 
mucilaginosa; 
 Facilmente destacadas do pelo ao toque e são observadas na parte mediana do pelo; 
 Infecções superficiais como onicomicoses e otomicoses. 
No laboratório se observam hifas hialinas septadas e artroconídeos. O material deve ser semeado em três tubos 
(Sab-C, Sab e SabC+C, pois espécies como T. cutaneum, T. inkin e T. asteróides não crescem em meio com 
clicloeximida), incubar por 2 a 5 dias. 
TRICOSPORONOSE  Infecção fúngica ocasionalmente fatal (alta morbidade e mortalidade, além de difícil 
tratamento). Acomete imunocomprometidos, neutropênicos, em quimioterapia, portadores de doenças 
hematológicas e AIDS, e se trata da migração do fungo para o ambiente sanguíneo. 
O tratamento se dá por uso tópico de medicamentos. 
------- 
MICOSES CUTÂNEAS 
Quanto às micoses cutâneas, são superficiais que acometem a pele, os pelos e as unhas. Causadas por dermatófitos, 
leveduras do gênero Candida e fungos filamentosos não dermatófitos hialinos ou demácios, além de leveduras 
exógenas. Terão denominações diferentes de acordo com os órgãos acometidos. 
Fungos dermatófitos são aqueles capazes de degradar a queratina (queratinofílicos). São 45 espécies, agrupadas em 
três grandes gêneros: Trichophyton spp, Epidermophyton spp e Microsporum spp. São fungos filamentosos 
queratinofilicos, hialinos, septados, passíveis de colonizar e causar lesões clínicas. 
Tinea Capitis Microspórica – Lesão única. Regiões Sul e 
Sudeste = M. canis; regiões Norte e Nordeste = T. 
tonsurans. Fungo dermatófio zoofílico ou geofílico. 
Tinea Capitis Tricofítica – Múltiplas lesões. Fungo 
dermatófio antropofílico. 
Tinea capitis favosa – Comprometimento do folículo 
piloso com alopecia cicatricial definitiva. Agente 
causador: Trichophyton schoenleinii. 
Transmissão por meio de utensílios como escovas, 
travesseiros, brinquedos e telefones, que podem ser 
reservatórios. Em alguns casos pode haver Lesão kerion de Celse, que é uma lesão purulenta, com edema e rubor; 
contém processo inflamatório pouco doloroso e geralmente sem febre. 
 
Onicomicose – lesões de unha. Pode acometer diferentes alturas da unha. Homens tendem a ter micoses nas unhas 
do pé, devido ao constante uso de meias (umidade) e falta de raios ultravioleta (sol).; mulheres têm com mais 
frequência essa micose nas unhas das mãos, por conta das lixas 
de manicure. Os fungos causadores são dermatófiros. Pode 
acometer mãos, pés, corpo no geral, barba ou genitálias. 
Existe uma doença denominada Tinha imbricada, crônica, 
influenciada por fatores genéticos. Lesões escamosas e 
imbricadas, formando desenhos bizarros. É causada por T. 
concentricum. 
A contaminação pode ser direta ou indireta. Principalmente 
gatos são reservatórios (30-80%). A patogenia da doença se 
apresenta da seguinte maneira: 
 
GÊNEROS E ESPÉCIES DAS MICOSES CUTÂNEAS E SUPERFICIAIS 
Gênero EPIDERMOPHYTON: espécie patogênica  E. floccosum 
Possui grande quantidade de macroconídeos piriformes em cachos oudedos de luva, não apresentando 
microconídeos. O aspecto da colônia é pulverulenta ou algodonosa, branca amarelada ou amarelo limão. 
Gênero MICROSPORUM: espécies mais importantes  Microsporum canis, M. gypseum e M. audouinii. 
Muitos macroconídeos e poucos microconídeos presentes na configuração morfológica dos fungos. 
 
 
Gênero TRICHOPHYTON: principais espécies  T. mentagrophytes, T. rubrum e T. tonsurans. 
Produzem numerosos microconídeos piriformes ou esféricos e escassos macroconídeos multi-septados com paredes 
lisas. 
 
 
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MICOSES SUBCUTÂNEAS

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