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Interpretação de Hemograma

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Fechamento – Problema 2 Módulo Febre, Infamação e Infecção Hyana M. 
 1 
UNIME 2021 
hemograma 
 Hemograma é o exame utilizado para avaliar as três 
principais linhagens de células do sangue: hemácias, 
leucócitos e plaquetas. 
 Ele é utilizado para o diagnóstico de várias doenças, 
incluindo anemia, infecções e leucemia. 
 Se por algum motivo o médico desejar apenas o 
resultado da contagem de hemácias, ele deve solicitar 
um eritrograma. Se quiser os resultados apenas dos 
leucócitos, o exame a ser pedido é o leucograma. Caso 
ele só se interesse pelas plaquetas, deve solicitar 
um plaquetograma. 
 Então se o medico pediu um hemograma, é porque 
ele quer o resultado completo, com avaliação das 
hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos), 
leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. 
 
 
 
série vermelha: 
 Estuda: 
1. Contagem de hemácias - 
2. Dosagem de hemoglobina (Hb), 
3. Hematócrito (HT) 
4. Índices hematimétricos: 
 Volume corpuscular médio (VCM), 
 Hemoglobina corpuscular média (HCM), 
 Concentração hemoglobínica corpuscular média 
(CHCM) 
 Amplitude de distribuição das hemácias (RDW). 
CONTAGEM DE HEMÁCIAS: 
 O numero de hemácias de um indivíduo varia de acordo 
com a idade e gênero. 
 Os valores de referência (VR) são de: 
 MULHERES  4,1 – 5,4/mm³ 
 HOMENS  4,5 – 6,1/mm³ 
 Quando os valores são inferiores aos VR (valores de 
referencia), significa que há OLIGOCITEMIA. 
 E quando supera o VR, denomina-se POLIGLOBULIA. 
 A contagem de hemácias é obtida por meio de 
contadores automáticos e seu valor é menos utilizado 
na prática do que a dosagem de hemoglobina ou o valor 
do hematócrito. 
 Ou seja, ela deve ser interpretada no contexto do 
eritrograma, nunca deve ser usada como 
parâmetro isolado para o diagnostico de anemia. 
 
 
 
 
 
LEMBRAR: que estamos avaliando sangue periférico – o 
que esta circulando no sangue periférico. 
DOSAGEM DE HEMOGLOBINA (HB): 
 A dosagem de hemoglobina é um dado importante para 
o diagnostico de estados anêmicos ou eritrocitoses. 
 Os valores de referência (VR) são de: 
 MULHERES  11,5 – 15,5 g/dL 
 HOMENS  12,5 – 16,5 g/dL 
 Valor médio de 15,0 g/dL 
 Os valores podem alterar: 
 ↓ dos valores de Hb  Anemias 
 ↑ dos valores de Hb  Grandes altitudes; baixa 
pressão de oxigênio; doença pulmonar ou 
cardíaca... 
HEMATÓCRITO (HT): 
 Corresponde à concentração de eritrócitos numa certa 
quantidade de sangue total. 
 É o parâmetro mais utilizado para avaliar alterações 
volêmicas. 
 Os seus valores são apresentados por porcentagem. 
 Os valores de referência (VR) são de: 
 MULHERES  36 - 48% 
 HOMENS  40 – 54% 
OBS: valor do hematócrito costuma ser 3 vezes maior que 
a dosagem da hemoglobina. 
ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS: 
 É a junção das três variáveis (hemácias, hemoglobina e 
hematócrito) 
 
1. Volume Corpuscular Médio (VCM): 
 O volume globular médio (VGM) ou volume corpuscular 
médio (VCM) mede o tamanho das hemácias. 
VCM ↑ = indica hemácias macrocíticas – hemácias 
grandes 
 VCM ↓ = indica hemácias microcíticas – tamanho 
diminuído.
O hemograma é composto por: 
1. Série Vermelha – hemácias 
2. Serie Branca – leucócitos 
3. Serie plaquetária – plaquetas. 
Neoplasias 
mioloproliferativas; 
desidratação grave 
↑ contagem de 
hemácias 
 
Anemias 
 ↓ contagem de 
hemácias 
 
Fechamento – Problema 2 Módulo Febre, Infamação e Infecção Hyana M. 
 2 
UNIME 2021 
 Volume Corpuscular Médio (VCM): Considera-se normal 
de 80-100 fL. 
 Apresenta os mesmos valores em ambos os sexos. 
 
 Esse dado ajuda a diferenciar os vários tipos de anemia. 
 Por ex: anemias por carência de ácido fólico cursam 
com hemácias grandes, enquanto que anemias por 
falta de ferro se apresentam com hemácias 
pequenas. Existem também as anemias com 
hemácias de tamanho normal. 
 Ex: Alcoolismo é uma causa de VCM aumentado 
(macrocitose) sem anemia. 
 
2. Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): 
 É o peso da hemoglobina dentro das hemácias. 
 Apresenta valores de referência de 27 a 33 pg por 
eritrócito. 
 
3. Concentração Hemoglobínica Corpuscular Média 
(CHCM): 
 Avalia a concentração de hemoglobina dentro da 
hemácia. 
 Apresenta valores de referência entre 31 e 36 g/dL. 
 
 Assim como no VCM, a medida do CHCM também gera 
uma curva contendo a distribuição dos valores, ou seja, 
um histograma do CHCM, chamado de HDW - que indi-
ca a variação de coloração celular, ou a quantidade de 
hemoglobina por célula. 
 HDW ↑ - denominado hipercromia. 
 HDW ↓ - denominado hipocromia. 
 Anemia ferropriva pode levar a hipocromia. 
 
4. Amplitude de Distribuição das Hemácias (RDW): 
 É um subgrupo do VCM individual e é indispensável na 
avaliação da heterogeneidade volumétrica dos 
eritrócitos. 
 Índice que avalia a diferença de tamanho entre as 
hemácias. 
 Valor de referência do RDW o intervalo de 11 - 15%. 
 Valores mais altos indicam excessiva heterogeneidade 
volumétrica dos eritrócitos – essa situação é chamada 
anisocitose. 
 
 O RDW é particularmente útil no diagnóstico diferencial 
das anemias por deficiência na síntese da hemoglobina. 
 EX: Na anemia ferropriva há prejuízo na formação 
da hemoglobina devido à deficiência de ferro, no 
entanto, podem haver períodos de maior absorção 
e, por este motivo, são encontrados tanto 
eritrócitos microcíticos quanto macrocíticos 
caracterizando uma anisocitose precoce. 
 EX: Nas anemias sideroblásticas, em que há um 
defeito na síntese do heme que varia de eritrócito a 
eritrócito, o RDW é extremamente elevado, 
configurando uma anisocitose acentuada. 
 
 
E 
R 
I 
T 
R 
O 
G 
R 
A 
M 
A 
 
Contagem de Hemácias H: 4,5 a 
6,1/mm³ M: 4,1 a 5,4/mm³ 
Dosagem de Hemoglobina (Hb) H: 
12,5 a 16,5 g/dL M: 11,5 a 15,5 g/dL 
Hematócrito (Ht) H: 40 a 54% M: 36 a 
48% 
Volume Corpuscular Médio (VCM): 80 
a 98 fL 
Hemoglobina Corpuscular Média 
(HCM): 27 a 33 pg 
Concentração Hemoglobínica 
Corpuscular Média (CHCM): 31 a 36 
g/dL 
Amplitude de Distribuição dos 
Eritrócitos (RDW): 11 a 15% 
 
 
série branca: 
 O leucograma é a parte do hemograma que avalia os 
leucócitos, conhecidos também como células brancas 
ou glóbulos brancos. 
 O valor de referência do total de leucócitos em adultos 
varia de 4.000 a 11.000/mm³. 
 Quando os leucócitos estão ↑ - nome de leucocitose. 
Quando estão ↓ - chamamos de leucopenia. 
 Quando há aumento ou redução dos valores dos 
leucócitos é importante ver qual linhagem é 
responsável por essa alteração. 
 Qual das seis linhagens gera a alteração: 
neutrófilos, segmentados e bastões, linfócitos, 
monócitos, eosinófilos, basófilos. 
 Como neutrófilos e linfócitos são os tipos mais comuns 
de leucócitos, eles geralmente são os responsáveis pelo 
aumento ou diminuição da concentração total dos 
leucócitos. 
 Neutrófilos representam o tipo de leucócito mais 
comum no adulto e, junto com os eosinófilos e os 
basófilos, constituem os granulócitos (apresentam 
núcleos irregulares e contêm grânulos 
citoplasmáticos específicos). 
 Os neutrófilos maduros são os polimorfos 
nucleares (PMN) e são chamados de segmentados, 
pois seus núcleos sofrem seguidas segmentação 
durante o processo de maturação. 
 Os segmentados representam de 36 a 66% dos 
leucócitos e possui uma contagem absoluta de 
2000 a 7500/mm³. 
 Os neutrófilos jovens são compostos por blastos, 
promielócitos, mielócitos, metamielócitos e 
bastões (ou bastonetes). Em condições normais, os 
bastões podem estar presentes no sangue (VR: 2 a 
4% dos leucócitos e contagem absoluta de 100 a 
400/mm³), sem associação com alguma patologia, 
https://www.mdsaude.com/hematologia/anemia-ferropriva/
https://www.mdsaude.com/hematologia/anemia-ferropriva/
https://www.mdsaude.com/dependencia/efeitos-alcool/
Fechamento – Problema 2 Módulo Febre, Infamação e InfecçãoHyana M. 
 3 
UNIME 2021 
visto que são as formas jovens mais “próximas” dos 
polimorfos nucleares. 
 A presença de um percentual maior de células 
jovens indica que pode haver um processo 
infeccioso em curso. 
 O neutrófilo é o tipo de leucócito mais comum. 
Representa, em média, de 45% a 75% dos leucócitos 
circulantes. 
 Neutrofilia: é o termo usado quando há um aumento do 
número de neutrófilos. 
 Neutropenia: é o termo usado quando há uma redução 
do número de neutrófilos. 
 
 Os linfócitos são o segundo tipo mais comum de 
glóbulos brancos. Representam de 15 a 45% dos 
leucócitos no sangue. 
 Os linfócitos também são as células atacadas pelo vírus 
HIV. Este é um dos motivos da AIDS (SIDA) causar 
imunossupressão e levar a quadros de infecções 
oportunistas. 
 Linfocitose: é o termo usado quando há um aumento do 
número de linfócitos. 
 Linfopenia: é o termo usado quando há redução do 
número de linfócitos. 
 
 Monócitos representam de 3 a 10% dos leucócitos 
circulantes e são ativados tanto em processos virais 
quanto bacterianos. Os monócitos são responsáveis 
pela fagocitose (em sua forma ativa – macrófago) e pela 
defesa do organismo. 
 Os monócitos tipicamente se elevam nos casos de 
infecções, principalmente naquelas mais crônicas, como 
a tuberculose. 
 
 Os eosinófilos são os leucócitos responsáveis pelo 
combate de parasitas e pelo mecanismo da alergia. 
Apenas de 1 a 5% dos leucócitos circulantes são 
eosinófilos. 
 O aumento de eosinófilos ocorre em pessoas alérgicas, 
asmáticas ou em casos de infecção intestinal por 
parasitas. 
 Eosinofilia: é o termo usado quando há aumento do 
número de eosinófilos. 
 Eosinopenia: é o termo usado quando há redução do 
número de eosinófilos. 
 
 Os basófilos são o tipo menos comum de leucócitos 
no sangue. Representam de 0 a 2% dos glóbulos 
brancos. Sua elevação normalmente ocorre em 
processos alérgicos e estados de inflamação crônica. 
 Basofilia remete ao aumento dos basófilos. 
 
A diminuição de leucócitos pode ser denominada 
neutropenia, eosinopenia, monocitopenia e linfocitopenia. 
 
ATENÇÃO: Leucocitose e leucopenia, sendo avaliados como 
números isolados, não são passíveis de interpretação. É 
importante saber a partir de que tipo(s) celular(es) ocorreu 
o aumento ou a diminuição do número global. Por isso, a 
avaliação sempre deve ser baseada no leucograma completo. 
 As causas mais frequentes de leucocitose são as 
infecções. As infecções bacterianas cursam com 
neutrofilia acentuada, com aumento tanto de 
segmentados quanto de bastonetes, assim como o 
desaparecimento de eosinófilos circulantes. Nesses 
casos podem ser encontradas células jovens na 
circulação, as quais estão restritas à medula óssea 
em condições normais, caracterizando o desvio à 
esquerda. 
 Tabagismo e obesidade causam aumento, 
mutuamente aditivo, de aproximadamente 1.000 
leucócitos/mm³ (neutrófilos) na contagem. O café, 
em doses elevadas, causa leucocitose. A contagem 
não varia com o ciclo menstrual. 
Desvio à esquerda: 
 Desvio à esquerda corresponde ao aparecimento, no 
sangue periférico, de precursores granulocíticos (bas-
tonetes, mielócitos e metamielócitos), que 
normalmente se localizam na medula óssea. 
 Pode ser classificado como: 
1. Desvio escalonado (“respeita” o fluxo de produção 
sanguínea. Ex: quantidade de PMN (polimorfo nuclear) 
> quantidade de bastões > quantidade de 
metamielócitos...) 
2. Não escalonado (não obedece a maturação esperada. 
Ex: quantidade de blastos > quantidade de PMN). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEUCOGRAMA 4.000 a 
11.000/mm³ 
 
Neutrófilos Segmentados: 2.000 a 7500/mm³ (33 a 
66%) Bastões: 100 a 400 (2 a 4%) 
Linfócitos 600 a 4950/mm³ (15 a 45%) 
Monócitos 120 a 1100/mm³ (3 a 10%) 
Eosinófilos 40 a 550/mm³ (1 a 5%) 
Basófilos 0 a 220 (0 a 2%) 
https://www.mdsaude.com/pneumologia/sintomas-da-tuberculose/
Fechamento – Problema 2 Módulo Febre, Infamação e Infecção Hyana M. 
 4 
UNIME 2021 
serie plaquetaria: 
 As plaquetas são fragmentos de células responsáveis 
pelo início do processo de coagulação. Quando um 
tecido de qualquer vaso sanguíneo é lesado, o 
organismo rapidamente encaminha as plaquetas ao 
local da lesão. 
 As plaquetas se agrupam e formam um trombo, uma 
espécie de rolha ou tampão, que imediatamente 
estanca o sangramento. ex disso temos quando 
esprememos uma espinha e fica uma casquinha de sangue 
mais durinha, isso é um trombo tentando evitar a saída de 
sangue. 
 Graças à ação das plaquetas, o organismo tem tempo 
de reparar os tecido lesados sem que haja muita perda 
de sangue. 
 
 Os valores de referência das plaquetas varia entre 
150.000 a 450.000/mm³ por microlitro (uL). 
 Porém, até valores próximos de 50.000, o 
organismo não apresenta dificuldades em iniciar a 
coagulação. 
 Trombocitopenia: redução, abaixo dos valores de 
referência, do número de plaquetas no sangue. 
 Ex: infiltração leucêmica na medula óssea, aplasia 
de medula, medicamentos, infecções virais... 
 Trombocitose: aumento, acima dos valores de 
referência, do número de plaquetas no sangue. 
 Ex: anemia ferropriva, hemorragias agudas, 
leucemias, policetemia vera, infecções e 
inflamações crônicas, anemia hemolítica. 
 
ATENÇÃO: A dosagem de plaquetas é importante antes 
de cirurgias, para saber se o paciente não encontra-se sob 
elevado risco de sangramento, e na investigação dos 
pacientes com quadros de hemorragia ou com frequentes 
equimoses (manchas roxas na pele). 
Fração Plaquetária Imatura (IPF): 
 Plaquetas imaturas, ou seja, que acabaram de se 
desprender dos megacariócitos na medula óssea, 
possuem uma quantidade significativa de RNA, que 
pode ser evidenciada com um corante fluorescente, oq 
eu permite a identificação durante a contagem feita 
pelos contadores. 
 A fração plaquetária imatura apresenta valor de 
referência de 1,1 a 6,1%. 
 Um aumento da porcentagem de plaquetas imaturas 
pode indicar uma produção aumentada de plaquetas, 
distinguindo trombocitopenias por destruição periférica 
de trombocitopenias por falta de produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fechamento – Problema 2 Módulo Febre, Infamação e Infecção Hyana M. 
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UNIME 2021

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