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HEMOGRAMA E HEMATOPOIESE

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1 ISADORA RODRIGUES – 6° PERÍODO – UNIT/AL 
 
REVISANDO HEMOGRAMA E HEMATOPOIESE 
O hemograma é o exame que estuda os componentes celulares do sangue através de uma análise 
qualitativa e quantitativa. Proporciona a avaliação dos três componentes principais do sangue periférico: 
eritrócitos (série vermelha), leucócitos (série branca) e plaquetas (série plaquetária). 
IMPORTANTE!!! As células sanguíneas são formadas a partir de uma única célula precursora (célula-tronco). De 
acordo com o estímulo a que for exposta, a célula-tronco pode se diferenciar em plaquetas, hemácias ou 
qualquer um dos tipos de leucócitos. 
 
ERITROGRAMA 
Eritrograma é a seção do hemograma que avalia a série vermelha, ou seja, as hemácias e o tecido 
eritroblástico da medula óssea que lhes dá origem. Tem como função identificar, quantificar e, desse modo, 
ajudar na investigação diagnóstica de alterações dessas células. Estuda a: 
• Contagem de hemácias 
• Dosagem de hemoglobina (Hb) 
• Hematócrito (HT); 
• Indices hematimétricos: 
➢ Volume corpuscular médio (VCM); 
➢ Hemoglobina corpuscular média (HCM); 
➢ Concentração hemoglobínica corpuscular média (CHCM) 
➢ Amplitude de distribuição das hemácias (RDW) 
• Além disso, casos especiais examina microscopicamente a morfologia eritrocitária. 
 
2 ISADORA RODRIGUES – 6° PERÍODO – UNIT/AL 
CONTAGEM DE HEMÁCIAS (ERITRÓCITOS) 
O número de hemácias de um indivíduo varia, principalmente, de acordo com a idade e o gênero, sendo 
que os homens apresentam valores maiores que as mulheres. Essa diferença está relacionada com a fisiologia 
hormonal, uma vez que os andrógenos aumentam a sensibilidade do tecido eritroblástico à eritropoetina e os 
estrógenos desestimulam a eritropoese. 
Deve ser interpretada no contexto do eritrograma completo, nunca devendo ser usada como parâmetro 
único parâmetro para o diagnóstico de anemia. Quando os valores são inferiores aos VR, diz-se que há 
oligocitemia e, quando se apresentam superiores, denomina-se poliglobulia. Algumas das condições que 
podem causar tais alterações são: 
• Neoplasias mieloproliferativas e desidratação grave → Elevação da contagem de hemácias; 
• Anemias → Diminuição da contagem de hemácias. 
DOSAGEM DE HEMOGLOBINA (HB) 
A dosagem da hemoglobina é um dado fundamental para o diagnóstico de estados anêmicos ou 
eritrocitoses (aumento) e seus valores variam de acordo com o sexo do indivíduo. A Hemoglobina existe nos 
glóbulos vermelhos e serve para transportar Oxigênio e Dióxido de Carbono. A dosagem de hemoglobina é um 
importante parâmetro na avaliação de anemias, perdas de glóbulos vermelhos e metabolismo da hemoglobina. 
Algumas das condições que podem causar alterações: 
• Anemias → Diminuição dos valores de Hb; 
• Grandes altitudes, baixa pressão de oxigênio, doença pulmonar ou cardíaca avançadas e neoplasias 
mieloproliferativas → Elevação dos valores de Hb. 
HEMATÓCRITO (HT) 
Corresponde à concentração de eritrócitos numa certa quantidade de sangue total. Correlaciona-se 
melhor que a contagem de eritrócitos com a viscosidade sanguínea sendo, portanto, o parâmetro mais utilizado 
para avaliar alterações volêmicas. Seus valores são apresentados em porcentagem e também diferem em 
relação ao sexo. O valor do hematócrito costuma ser 3 vezes maior que a dosagem da hemoglobina. Alterações 
que aumentem esse valor são chamadas de macrocitose ou microcitose. 
• Aumento do número de hemácias e redução do volume do plasma (desidratação) → Elevação dos 
valores de Ht; 
• Anemia, quando reduz a produção ou aumenta a destruição de hemácias, e quando há perda de 
sangue por hemorragia → Redução dos valores de Ht. 
VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO (VCM) 
O VCM representa o valor médio do volume dos eritrócitos. É calculado dividindo-se o hematócrito pelo 
número de eritrócitos presentes nesse volume. Apresenta os mesmos valores em ambos os sexos. Valores acima 
do limite são denominados como macrocitose, e abaixo desse limite como microcitose. Pode estar 
artificialmente aumentado devido a leucocitose pronunciada, numerosas plaquetas grandes, crioaglutininas, 
intoxicação por metanol, hiperglicemia acentuada e reticulocitose pronunciada. Ou pode estar falsamente 
diminuído na hemólise in vitro ou fragmentação dos eritrócitos. 
 
3 ISADORA RODRIGUES – 6° PERÍODO – UNIT/AL 
• Hemácias maiores que o tamanho habitual à custa de anemia por deficiência de vitamina B12 ou ácido 
fólico → Elevação dos valores de V.C.M; 
• Hemácias menores que o tamanho habitual (microcíticas), indicando, por exemplo, condições como 
anemia por deficiência de ferro, talassemia e doenças crônicas → Redução dos valores de V.C.M. 
AMPLITUDE DE DISTRIBUIÇÃO DOS ERITRÓCITOS (R.D.W) 
A partir da curva gerada pelos valores da curva de VCM o computador mede o coeficiente de variação 
da curva e fornece-o nos resultados, com a denominação de RDW. Valores mais baixos que a referência indicaria 
eritrócitos muito mais homogêneos, mas este tipo de situação não costuma ser vista. Já valores mais altos 
indicam excessiva heterogeneidade volumétrica dos eritrócitos, situação denominada de anisocitose. 
O RDW é particularmente útil no diagnóstico diferencial das anemias por deficiência na síntese da 
hemoglobina. Observe os exemplos e a tabela a seguir: 
• Ex. 1: na anemia ferropriva há prejuízo na formação da 
hemoglobina devido à deficiência de ferro, no entanto, podem haver 
períodos de maior absorção e, por este motivo, são encontrados 
tanto eritrócitos microcíticos quanto macrocíticos caracterizando 
uma anisocitose precoce; 
• Ex. 2: nas anemias sideroblásticas, em que há um defeito na síntese 
do heme que varia de eritrócito a eritrócito, o RDW é extremamente 
elevado, configurando uma anisocitose acentuada; 
 
HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (HCM) 
Expressa a quantidade média de hemoglobina que existe dentro de uma hemácia. Ajuda a classificar a 
anemia como hipocrómica – quando há um baixo nível de HCM – e hipercrómica – quando há um alto nível de 
HCM. Quando os valores estão acima de 34 picogramas no adulto, isso indica hipercromia, de forma que a 
hemácia fica mais escura que o normal devido à grande quantidade de hemoglobina por hemácia, o que pode 
acontecer devido ao consumo elevador de álcool, uso de alguns medicamentos ou alterações de tireoide. É 
comum também que sejam observadas hemácias maiores que o normal, o que pode ser indicativo de anemia 
megaloblástica, que acontece devido à deficiência de vitamina B12 e ácido fólico. 
Quando os valores estão abaixo de 26 picogramas no adulto, é indicativo de hipocromia, em que a 
hemácia apresenta cor mais clara que o normal devido à menor concentração de hemoglobina por hemácia, o 
que pode ser devido à anemia ferropriva devido à falta de ferro, e a talassemia, que é um tipo de 
anemia genética. É comum também que sejam notadas hemácias menores que o normal, conhecidas como 
hemácias microcíticas, sendo importante que sejam avaliados os outros parâmetros do hemograma e o 
resultado de outros exames que possam ter sido indicados para que se possa identificar a causa a hipocromia 
e microcitose. 
CONCENTRAÇÃO HEMOGLOBÍNICA CORPUSCULAR MÉDIA (CHCM) 
Demonstra a concentração média de hemoglobina nos eritrócitos. É calculada pela média da quantidade 
de hemoglobina (HCM) dividida pelo volume médio dos eritrócitos (VCM). Assim como no VCM, a medida do 
CHCM também gera uma curva contendo a distribuição dos valores, ou seja, um histograma do CHCM, do qual 
 
4 ISADORA RODRIGUES – 6° PERÍODO – UNIT/AL 
podemos extrair o desvio-padrão denominado HDW, que indica a variação de coloração celular, ou a 
quantidade de hemoglobina por célula. Condições com HDW aumentado são denominadas hipercromia, já com 
HDW diminuído denominamos hipocromia. 
• Esferocitose, coma hiperosmolar e hemoglobinopatias → Hipercromia; 
• Anemia ferropriva → Hipocromia. 
IMPORTATE!!! 
 
LEUCOGRAMA 
É a seção do hemograma que inclui a avaliaçãodos glóbulos 
brancos e compreende as contagens global e diferencial dos leucócitos. Os 
leucócitos representam as células sanguíneas de defesa e estão, em sua 
grande maioria, concentrados na medula óssea (90%). Destes 10% dos 
leucócitos circulantes, apenas 40% estão disponíveis na corrente 
sanguínea, estando os outros 60% concentrados nos tecidos periféricos. 
Os leucócitos são compostos por neutrófilos, linfócitos, monócitos, 
eosinófilos e basófilos e podem ser classificados em granulócitos e 
agranulócitos. 
 
NEUTRÓFILOS 
Representam o tipo de leucócito mais comum no adulto e, junto com os eosinófilos e os basófilos, 
constituem os granulócitos (apresentam núcleos irregulares e contêm grânulos citoplasmáticos específicos). 
São constituídos por células maduras e jovens. Os neutrófilos maduros são os polimorfos nucleares (PMN) e 
são chamados de segmentados, pois seus núcleos sofrem seguidas segmentação durante o processo de 
maturação. 
Os neutrófilos jovens são compostos por blastos, promielócitos, mielócitos, metamielócitos e bastões 
(ou bastonetes). Em condições normais, os bastões podem estar presentes no sangue sem associação com 
alguma patologia, visto que são as formas jovens mais “próximas” dos polimorfos nucleares. A presença de um 
 
5 ISADORA RODRIGUES – 6° PERÍODO – UNIT/AL 
percentual maior de células jovens indica que pode haver um processo infeccioso em curso. O aumento dos 
neutrófilos é denominado neutrofilia. 
IMPORTANTE!!! A neutrofilia é a expressão hematológica da resposta defensiva do organismo. Pode ocorrer, 
dentre outros casos, nas doenças infecciosas, doenças inflamatórias agudas e crônicas, IAM, as custas de 
fármacos, após traumas severos e etc. 
• Desvio à esquerda: presença de células sanguíneas imaturas presentes numa amostra de sangue 
periférico. Autores consideram desvio à esquerda como o aumento do número, absoluto ou percentual 
(> 10%), de neutrófilos bastões no sangue periférico. A causa mais comum do aparecimento do desvio 
à esquerda, associados à neutrofilia, são os casos de infecções, principalmente as bacterianas. Ocorre 
na fase aguda da infecção. 
• Desvio a direita: quando há aumento apenas dos segmentados. Desvio a direita ocorre 
normalmente em um estado infeccioso e até mesmo depois da melhora do paciente. Quando o paciente 
se encontra em uma infecção o organismo recruta células jovens para combater a infecção, após a 
melhora o recrutamento de células jovens acaba, mas essas células se tornam maduras, ocorrendo 
então um predomínio de segmentados no hemograma, ou seja, um predomínio de neutrófilos 
maduros. Esta condição geralmente representa bom prognóstico e está de acordo com a evolução 
fisiológica dos processos inflamatórios. 
LINFÓCITOS 
Representam o segundo tipo mais comum de glóbulos brancos e representam de 15 a 45% dos 
leucócitos no sangue. São as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento de 
tumores. Os linfócitos podem estar aumentados em processos virais ativos. Os linfócitos são as células atacadas 
pelo vírus HIV, esse é um dos motivos da AIDS causar imunossupressão e levar a quadros de infecções 
oportunistas. 
O aumento do número de linfócitos no sangue denomina-se linfocitose e frequentemente está associado 
a infecções virais. Já o número reduzido de linfócitos denomina-se linfopenia ou linfocitopenia e geralmente 
está associado a terapia farmacológica prolongada ou imunodeficiência. É importante que na história e no 
exame físico buscar evidências de infecções virais ou outras infecções recentes, documentar medicamentos e 
possíveis deficiências nutricionais e distúrbios sistêmicos subjacentes. 
IMPORTANTE!!! Linfócitos atípicos são um grupo de linfócitos com morfologia diferente que podem estar 
presentes no sangue em quadros de infecções por vírus (como mononucleose, gripe, dengue...), após uso de 
algumas drogas e em doenças auto-imunes (como lúpus, artrite reumatoide, síndrome de Guillain-Barré). 
MONÓCITOS 
Representam de 3 a 10% dos leucócitos circulantes e são ativados tanto em processos virais quanto 
bacterianos. Os monócitos são responsáveis pela fagocitose (em sua forma ativa – macrófago) e pela defesa do 
organismo. Estão elevados, principalmente, nas infecções crônicas, como a tuberculose. Os monócitos são 
produzidos na medula óssea e ficam poucas horas circulantes na circulação, e seguem para outros tecidos, onde 
sofrem processo de diferenciação, recebendo o nome de macrófago, que tem diferentes nomes de acordo com 
o tecido em que se encontra. 
O aumento no número de monócitos, também chamado de monocitose, normalmente é indicativo de 
infecções crônicas, como tuberculose, por exemplo. Quando os valores de monócitos estão baixos, condição 
 
6 ISADORA RODRIGUES – 6° PERÍODO – UNIT/AL 
chamada de monocitopenia, normalmente significa que o sistema imunológico está enfraquecido, como 
acontece em casos de infecções no sangue, tratamentos de quimioterapia e problemas na medula óssea, como 
anemia aplástica e leucemia. 
EOSINÓFILOS 
São os leucócitos responsáveis pelo combate às parasitoses e pelo mecanismo da alergia. Representa 
apenas de 1 a 5% dos leucócitos circulantes. Podem estar aumentados em processos alérgicos, processos 
asmáticos ou em casos de infecção intestinal por parasitas. 
• Eosinofilia: definida como contagem de eosinófilos no sangue periférico maior que 500/mm³, é uma 
condição relacionada a desordens hematológicas (eosinofilia primária ou clonal) ou não hematológicas 
(eosinofilia secundária ou reacional). Pode ser classificada em três subtipos de acordo com a gravidade: 
leve (eosinofilia < 1.500/mm³), moderada (eosinofilia entre 1.500-5.000/mm³) e severa (eosinofilia > 
5.000/mm³). Contagem de eosinófilos maior que 1.500/mm³ é denominada hipereosinofilia e pode estar 
associada a lesões de órgão-alvo. 
• Eosinopenia: pode acontecer no caso de infecções bacterianas agudas, como pneumonia ou meningite, 
por exemplo, já que são infecções bacterianas graves que costumam aumentar outros tipos de células 
de defesa, como os neutrófilos, o que podem diminuir a contagem absoluta ou relativa dos eosinófilos. 
BASÓFILOS 
São o tipo menos comum de leucócitos no sangue, representando apenas 0 a 2% dos glóbulos brancos 
circulantes. Podem estar elevados em processos alérgicos e/ou estados de inflamação crônica. A principal 
atividade desta célula, consiste em liberar heparina nas áreas de invasão do organismo. Busca evitar a formação 
de coágulos e permitir a fácil migração dos neutrófilos para a defesa contra a invasão. 
Os basófilos também liberam histamina no local da inflamação, que produz vasodilatação. Vai também 
aumentar o diâmetro dos poros dos capilares, facilitando a migração dos demais leucócitos. Os basófilos e os 
mastócitos tem um papel importante em alguns tipos de reações alérgicas. 
• Basofilia: é o aumento dos basófilos circulantes, o que é raro e pode estar relacionada a alergias, lipemia 
pós prandial, Policitemia vera e LMC. Também pode ser em consequência de uma Leucemia granulofílica 
basofílica, ou estar associada à eosinofilia; 
• Basopenia: é a diminuição de basófilos, na verdade não existe, uma vez que normalmente são raros os 
basófilos circulantes, portanto, um achado fisiológico. 
IMPORTANTE!!! Os basófilos desaparecem em processos infecciosos agudos. 
SE LIGA NO RESUMO 
Leucocitose e leucopenia designam, respectivamente, as contagens acima e abaixo dos limites de 
referência, e recebem diferentes denominações de acordo com o tipo de leucócito afetado: 1) neutrofilia 
corresponde ao aumento de neutrófilos; 2) eosinofilia indica o aumento de eosinófilos; 3) basofilia 
remete ao aumento dos basófilos; 4) linfocitose é o aumento de linfócitos e 5) monicitose o aumento de 
monócitos. Já a diminuição de leucócitos pode ser denominada neutropenia, eosinopenia, 
monocitopenia e linfocitopenia. 
https://pebmed.com.br/tag/eosinofilia/7 ISADORA RODRIGUES – 6° PERÍODO – UNIT/AL 
 
PLAQUETOGRAMA 
As plaquetas também são produzidas na medula óssea e derivam da fragmentação do citoplasma dos 
megacariócitos. Apresentam tempo de vida média variável entre nove e doze dias. São quantificadas por 
contadores automáticos, que também fornecem o volume plaquetário médio (VPM), dados similares aos 
obtidos para a série vermelha. Os valores de referência para a contagem de plaquetas são similares em ambos 
os sexos e independentes da idade. 
Trombocitopenia (ou plaquetopenia) designa contagens de plaquetas abaixo dos limites de referência, 
já trombocitose denomina as contagens acima dos valores de referência. Algumas das causas de ambas as 
condições podem ser vistas abaixo: 
• Plaquetas altas: o aumento no número de plaquetas pode acontecer devido a causas patológicas ou 
fisiológicas, com exercício intenso, trabalho de parto, altitude elevada, tabagismo, estresse ou uso de 
adrenalina; 
• Plaquetas baixas: pode acontecer devido ao uso de alguns medicamentos, anemia perniciosa, doenças 
auto-imunes, como o lúpus, e deficiências nutricionais. 
IMPORTANTE!!! A função hemostática das plaquetas mantém-se com contagens até, aproximadamente 
70.000/mm³, dessa forma, trombocitopenias até esse valor são praticamente assintomáticas. 
REDUÇÃO DAS LINHAGENS SANGUÍNEAS 
Como visto acima, a redução do número de apenas uma linhagem sanguínea, possui um termo específico 
para cada linhagem. A redução na série vermelha é chamada de anemia, enquanto que a redução do número 
de leucócitos é chamada de leucopenia e a redução no número de plaquetas é denominado trombocitopenia 
ou plaquetopenia. Quando existe a redução em duas linhagens sanguíneas, dizemos que o paciente apresenta 
uma bicitopenia. Já a redução nas três linhagens sanguíneas é chamada de pancitopenia. 
VALORES DE REFERÊNCIA 
 
 HEMOGRAMA 
ERITROGRAMA VALORES DE REFERÊCIA 
Eritrócito – quantidade total Homens: 4,5 a 6,5/mm³ 
Mulheres: 4 a 5/mm³ 
Hematócrito – percentagem de sangue representado pelas hemácias Homens: 40 a 54% 
Mulheres: 36 a 48% 
Hemoglobina – quantidade de hemoglobina Homens: 12,5 a 16,5 g/dL 
Mulheres: 11,5 a 15,5 g/dL 
Valor médio: 15,0 g/dL 
V.C.M – volume corpuscular médio das hemácias 80 – 98 fL 
H.C.M – concentração média da hemoglobina 27 a 33 pg por eritrócito 
 
8 ISADORA RODRIGUES – 6° PERÍODO – UNIT/AL 
C.H.C.M – concentração de hemoglobina corpuscular média 32 a 36 
R.D.W – avaliação quantitativa da variação da distribuição do volume das 
hemácias 
11 a 15% 
LEUCOGRAMA VALOR DE REFERÊNCIA 
Leucócitos – quantidade total de células de defesa 3600 a 11000/MM³ 
Segment.: 2000 a 7500/mm³ 
(63 a 66% dos leucos) 
Bastões: 100 a 400/mm³ (2 a 
4% dos leucos) 
Basófilos 0 a 220 
Eosinófilos 0 a 500 
Neutrófilos – inclui bastonetes até 10% 1500 a 7000 
Linfócitos 1000 a 4500/microL 
Monócitos 100 a 1000 
PLAQUETOGRAMA VALOR DE REFERÊNCIA 
Plaquetas – quantidade total 150.000 a 450.000/mm³ 
FORMAÇÃO DOS ERITRÓCITOS 
Eritropoiese é o processo de produção e de maturação dos glóbulos vermelhos (eritrócitos/hemácias) 
que ocorre na medula óssea através das células tronco hematopoiéticas. Em fetos ou pacientes com anemias 
graves esse processo ocorre no fígado ou baço (eritropoese extramedular). 
PROCESSO DE ERITROPOIESE 
Ocorre na medula óssea e é dividida em 03 etapas: 
Diferenciação: Onde uma célula pluripotente, sob estímulos específicos, se diferencia em linhagem mielóide. 
Essa linhagem mielóide pode formar os leucócitos, megacariocitos e os eritrócitos. Posteriormente, sob 
estímulo do Fator Estimulador de Colônia de granulócitos, IL-3 e na presença de Eritropoietina, a linhagem 
mielóide se diferencia em Eritrócitos. 
- A primeira célula da linhagem eritroide é o rubiblasto. 
• Muliplicação (Proliferação) – Ocorre uma série de mitoses sequenciais que vão transformar o 
rubriblasto em metarrubrícito, na seguinte sequência: 
 
 
• Maturação: Nessa fase o metarrubrícito vai se diferenciar em eritrócito que posteriormente, com adição 
de hemoglobina, se diferencia em eritrócito. 
 
 
Rubriblastos – Pró-rubriblastos – Rubrícito basofílico – Rubrícito policromático – Metarrubrícito 
Metarubrícito – Reticulócito – Eritrócito 
 
9 ISADORA RODRIGUES – 6° PERÍODO – UNIT/AL 
- Na fase de maturação acontecem uma série de mudanças conformacionais que envolvem enucleação, perda 
de DNA, e produção de hemoglobina. 
- A perda do núcleo caracteriza a maturação do metarrubrícito para o reticulócito. É essa perda do núcleo que 
faz a hemácia diminuir de tamanho e é estimulada pela presença de vitamina B12, folato/ácido fólico e vitamina 
B3. 
- Por esse motivo se eu tenho deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico, as hemácias continuam grandes, 
por isso dizemos que é uma anemia megaloblástica com macrocitose. 
- A afinidade à hemoglobina é mediada por Ferro, Cobre e B6. Esses compostos fazem com que a célula ganhe 
eosinofilia e se mature de reticulócito para eritrócito. 
- Ou seja, a presença de ferro faz com que o réticulocito aumente sua afinidade pela hemoglobina podendo 
assim se diferenciar em hemácia/eritrócito. 
- Essa hemoglobina faz a célula ficar eosinofílica, rosinha. Por esse motivo, se eu tenho deficiência de Ferro, a 
afinidade à hemoglobina é menor e consequentemente a eosinofilia é menor também, ou seja, a hemácia fica 
mais clara, hipocrômica. 
 
COMPONENTES IMPORTANTES PARA ERITROPOIESE 
Eritropoetina (EPO) 
Hormônio glicoproteico que regula a eritropoese. Possui sensibilidade à concentração de oxigênio no 
organismo ela atua estimulando as células mielóides para a produção de eritrócitos, auxiliando a maturação 
das células, síntese da hemoglobina e aumento da taxa de reticulócitos no sangue. É sintetizada nas células 
tubulares ou endoteliais peritubulares dos rins, também podem ser produzidas por células hepáticas ou 
macrófagos da medula óssea. 
Hemoglobina e Ferro 
A hemoglobina é uma proteína globular quaternária especializada no transporte de O2 pela corrente 
sanguínea,. A molécula da hemoglobina é formada por 4 subunidades polipeptídicas (globinas) ligadas ao grupo 
Heme, que possui um átomo de ferro – o responsável por se ligar ao O2 – e é responsável pela cor vermelha da 
hemoglobina. 
Vitamina B12 e ácido fólico 
 
10 ISADORA RODRIGUES – 6° PERÍODO – UNIT/AL 
Ambas vitaminas do complexo B, são importantes na formação do grupo Heme e na hematopoese – 
auxilia na produção dos glóbulos vermelhos e na manutenção do ferro no organismo. 
VALORES DE REFRÊNCIA DOS PRINCIPAIS EXAMES 
 
EXAMES DE SANGUE E SEUS VALORES DE REFERÊNCIA 
COLESTEROL HDL (“BOM”): ≥ 40 mg/dL 
LDL (“RUIM”): ≤ 130 mg/dL 
VLDL: até 30 mg/dL 
TRIGLICERÍDEOS VR: ≤ 150 mg/dL 
GLICEMIA EM JEJUM VR: ≤ 99 MG/dL 
UREIA ADULTO: 13-43 mg/dL 
CRIANÇA ATÉ 1 ANO: 9-40 mg/dL 
CRIANÇAS MAIORES DE 1 ANOS: 11-38 mg/dL 
CREATINA MULHERE: 0,5-1,1 mg/dL 
HOMEM: 0,6-1,12 mg/dL 
ÁCIDO ÚRICO MULHER: 2,4 -6 
HOMEM: 3,4-7 
TGO VR: 5-40 unidade/litro de soro 
TGP VR: 7-56 unidades/litro de soro 
PSA TOTAL: 4,0 ng/ml 
BILIRRUBINA DIRETA: até 0,3 mg/dL 
INDIRETA: até 0,8 mg/dL 
TOTAL: até 1,2 mg/dL 
D-DÍMERO VR: ≤ 300 ng/mL 
FERRITINA MULHER: 49 ng/ml 
HOMEM: 88 ng/ml 
FERRO MULHER: 65-165 µg/dL 
HOMEM: 75-175 µg/dL 
VITAMINA D VR: ≥ 20 ng/ml

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