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Sustentabilidade_e_Meio_Ambiente

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Sustentabilidade e 
Meio Ambiente 
Sustentabilidade e 
Meio Ambiente 
1ª edição
2019
Autoria
Parecerista Validador
Aloísio André dos Santos
Homero Nunes Pereira
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte
desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos
direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
4
Sumário
Sumário
Unidade 1
1. Biodiversidade ............................................................7
Unidade 2
2. Sustentabilidade .......................................................28
Unidade 3
3. Desenvolvimento Sustentável .................................44
Unidade 4
4. Recursos, Exploração e Esgotamento ....................60
Unidade 5
5. Pobreza e Superpopulação ......................................77
Unidade 6
6. Consciência Ecológica ..............................................92
Unidade 7
7. Pegada Ecológica e Biocapacidade ..................... 108
Unidade 8
8. Globalização Ambiental ........................................ 123
5
Palavras do professor
Inicialmente, a proposta é compreender a importância da biodiversidade 
e dos ecossistemas para a nossa vida, assim como identificar os biomas 
brasileiros e as ameaças à biodiversidade no Brasil e no mundo. Em 
seguida, serão abordados os conceitos de sustentabilidade ambiental, 
social e econômica, de modo a compreender as relações entre o homem 
e o ambiente e as consequências da interação, vislumbrando as atitudes 
sustentáveis como forma de contribuir para a preservação do meio 
ambiente.
Ao longo da disciplina, serão tratadas as contradições entre 
sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, estudando os 
indicadores de sustentabilidade, assim como as tecnologias para o 
desenvolvimento sustentável. Na prática, o desenvolvimento tecnológico, 
embora necessário para a evolução da humanidade, ocasiona sérios 
problemas ao meio ambiente e, por isso, precisa ser debatido nas esferas 
ambiental, social e econômica.
Nesta disciplina, será oportunizado reconhecer os efeitos danosos do mau 
uso de recursos naturais e os custos associados ao meio ambiente frente 
ao desmatamento, agropecuária, mineração e outras ações do homem 
no meio ambiente. Dessa forma, poderemos estabelecer as relações 
entre ciência, tecnologia, sociedade e meio ambiente, bem como as 
questões relacionadas à pobreza, concentração de recursos econômicos, 
superpopulação e poluição.
Evidenciar a consciência ambiental também será foco de estudo na 
disciplina, por meio da educação ambiental indisciplinar, dando ênfase 
ao consumo e consumismo e a própria consciência ecológica. Também 
será promovida a conscientização sobre a importância da preservação 
ambiental para a sustentabilidade das sociedades e do planeta, 
explicitando pegada ecológica e biocapacidade. 
Por fim, ao final da disciplina, serão contextualizadas as questões ambientais 
em relação ao modo de vida contemporâneo, consumo, preservação e 
impactos ambientais, estudando a influência do aquecimento global, 
efeito estufa e os acordos internacionais sobre o meio ambiente.
6
Objetivos da disciplina
• Explicar o conceito de biodiversidade.
• Diferenciar ecossistemas e biomas.
• Identificar biomas brasileiros.
• Explicar as ameaças e as ações de conservação da biodiversidade.
• Explicar o conceito de sustentabilidade.
• Identificar os três tipos de sustentabilidade.
• Diferenciar sustentabilidade de desenvolvimento sustentável.
• Identificar tecnologias utilizadas para o desenvolvimento 
sustentável.
• Investigar os efeitos do mau uso dos recursos naturais.
• Explicar as relações entre ciência, tecnologia, sociedade e meio 
ambiente.
• Explicar o conceito de educação ambiental.
• Contrastar consumo e consumismo.
• Explicar o conceito de biocapacidade e de pegada ecológica.
• Analisar os efeitos do aquecimento global no meio ambiente.
• Investigar a influência dos acordos internacionais sobre o meio 
ambiente.
7
 1Unidade 11. Biodiversidade
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade, compreenderemos o conceito de biodiversidade e a 
importância de sua conservação frente às ameaças provenientes dos 
seres humanos ao longo dos séculos. Assim, teremos a oportunidade 
de entender a importância da biodiversidade para a preservação dos 
ecossistemas e dos biomas. Entenderemos que os ecossistemas são 
compostos também por ambientes não vivos (clima, terra, sol, solo, clima, 
atmosfera). Poderemos compreender que os ecossistemas são os alicerces 
da biosfera e determinam a saúde de todo o sistema terrestre. Em um 
ecossistema e bioma, cada organismo tem seu próprio nicho ou papel a 
desempenhar. Por fim, aprenderemos a diferença entre ecossistemas e 
biomas, assim como quais são os biomas brasileiros e as especificidades 
de cada um. Vamos lá?
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar o conceito de biodiversidade.
• Diferenciar ecossistemas de biomas.
• Identificar biomas brasileiros.
• Analisar as ameaças do homem à biodiversidade.
8
Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Introdução da unidade
A Organização das Nações Unidas (ONU) designou o período entre 2011 e 2020 como a Década das Nações 
Unidas sobre Biodiversidade. Na biodiversidade, cada espécie, não importa quão grande ou pequena seja, tem um 
papel importante a desempenhar no ecossistema. Várias espécies vegetais e animais dependem umas das outras 
e as diversas espécies garantem a sustentabilidade natural para todas as formas de vida. Uma biodiversidade 
saudável e sólida pode recuperar-se da variedade de desastres que encontramos na atualidade, como terremotos, 
tsunamis, furacões, entre outros.
Na atualidade, os seres humanos são a causa mais perigosa de destruição da biodiversidade da Terra, o que 
ocasiona a destruição do habitat pelo desmatamento, superpopulação, poluição e aquecimento global. Espécies 
que são fisicamente grandes e aquelas que vivem em florestas ou oceanos são mais afetadas pela redução do 
habitat.
Nesse sentindo, podemos notar que a biodiversidade, crucial para o bem-estar da vida na Terra, está sob a ameaça 
de muitos fatores relacionados às atividades humanas. Há uma necessidade urgente de tomar medidas para 
proteger a magnífica biodiversidade do nosso planeta, de forma a criarmos políticas econômicas para manter a 
biodiversidade da Terra e tomar medidas apropriadas para proteger habitat e espécies. 
Por isso, é importante para nós, enquanto seres humanos e responsáveis pela conservação dos nossos recursos 
naturais, entendermos os conceitos de biodiversidade, ecossistemas e biomas, de forma a procurar meios que 
mitiguem as ameaças utilizando recursos de maneira sustentável e em equilíbrio.
1.1 Biodiversidade 
Biodiversidade ou diversidade biológica é um termo que descreve a variedade de seres vivos na Terra, em suma, 
é descrito como grau de variação da vida.
Figura 1 – Biodiversidade
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
9
Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
A diversidade biológica engloba microrganismos, plantas, animais e ecossistemas, como recifes de corais, 
florestas, florestas tropicais, desertos, entre outros. A biodiversidade também se refere ao número ou abundância 
de diferentes espécies que vivem dentro de uma região particular, além de representar a riqueza dos recursos 
biológicos disponíveis para a humanidade.
Segundo Barbosa e Viana, “etimologicamente, a palavra biodiversidade significa diversidade da vida (do grego 
bios, que significa vida), ou seja, a variedade e a multiplicidade de seres vivos que há em nosso planeta” (BARBOSA; 
VIANA, 2014, p. 29).
Para Dias, a biodiversidade:
É uma medida da variedade entre os ecossistemas, espécies, populações de uma mesma espécie e 
da diversidade genética. A biodiversidade natural é umacomponente de ecossistemas saudáveis, 
e cada vez mais se reconhece que o nosso continuo acesso aos recursos do planeta, incluindo ar 
limpo, água e solo, depende dessa diversidade biológica (DIAS, 2015, p. 165).
As decisões humanas que influenciam a biodiversidade afetam o bem-estar do homem. Logo, a biodiversidade é 
a base dos serviços ecossistêmicos aos quais o bem-estar humano está intimamente ligado. 
Apesar de muitas ferramentas e fontes de dados, a biodiversidade continua difícil de quantificar com precisão. De 
fato, segundo Rosa et al., “o avanço tecnológico permitiu e exigiu a amplificação e intensificação da complexidade 
dos efeitos da ação do homem sobre o meio ambiente” (ROSA et al., 2012, p. 157).
Mas respostas precisas raramente são necessárias para elaborar um entendimento efetivo de onde a biodiversidade 
está, como ela está mudando no espaço e no tempo, os motivadores responsáveis por tais mudanças, as 
consequências de tais mudanças para os serviços ecossistêmicos e bem-estar humano e as opções de resposta.
Idealmente, para avaliar as condições e tendências da biodiversidade, é necessário medir a abundância de 
todos os organismos no espaço e no tempo, usando taxonomia (como o número de espécies), características 
funcionais (por exemplo, tipo ecológico, como plantas fixadoras de nitrogênio, como leguminosas versus 
plantas que não fixam nitrogênio) e as interações entre espécies que afetam sua dinâmica e função (predação, 
parasitismo, competição e facilitação, como polinização, por exemplo, e quão fortemente tais interações afetam 
os ecossistemas). Ainda mais importante, seria estimar também a rotatividade da biodiversidade, não apenas 
estimativas pontuais no espaço ou no tempo. 
Existem três elementos essenciais relacionados à biodiversidade:
1. Genética: os seres vivos são formados por genes que contêm as características de cada espécie.
2. Sistema ecológico: quando as espécies, que podem ser iguais ou não, se unem e formam comunidades e, 
por meio de interação com o meio onde vivem, formam um ecossistema e os biomas.
3. Espécies ou diversidade orgânica: evoluções de determinados animais que possuem características em 
comum.
Recentemente, um novo aspecto foi adicionado: diversidade molecular (variedade nas sequências de DNA dentro 
da população). 
Distribui-se de forma desigual a biodiversidade, variando globalmente e dentro das regiões. Os fatores que 
influenciam a biodiversidade incluem temperatura, altitude, precipitação, solos e sua relação com outras 
espécies. Por exemplo, a biodiversidade oceânica é 25 vezes menor que a diversidade terrestre.
A biodiversidade também aumenta sua forma à medida que se move dos polos para os trópicos.
10
Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Figura 2 – Biodiversidade terrestre
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Resultado de 3,5 bilhões de anos de evolução, a biodiversidade sempre esteve sujeita a 
períodos de extinção, sendo que a etapa mais recente e mais destrutiva foi a do Holoceno, 
que ocorreu devido ao impacto dos seres humanos no meio ambiente.
Saiba mais
1.1.1 Importância da biodiversidade
A produtividade do ecossistema aumenta devido à biodiversidade, pois cada espécie, independentemente do 
tamanho, tem um papel importante a desempenhar. Por exemplo: um maior número de espécies de plantas 
significa uma maior variedade de culturas; uma maior diversidade de espécies garante sustentabilidade natural 
para todas as formas de vida; ecossistemas saudáveis podem resistir e se recuperar melhor de uma variedade de 
desastres. Assim, enquanto dominamos este planeta, ainda precisamos preservar a diversidade na vida selvagem. 
A biodiversidade tem várias funções na Terra. Entre elas, podemos destacar:
• Manter o equilíbrio do ecossistema: reciclando e armazenando nutrientes, combatendo a poluição e 
estabilizando o clima, protegendo os recursos hídricos, formando e protegendo o solo e mantendo o 
equilíbrio ecológico.
11
Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
• Fornecer recursos biológicos: fornecimento de medicamentos e produtos farmacêuticos, alimentos para 
a população humana e animais, plantas ornamentais, produtos de madeira, reprodutores e diversidade 
de espécies, ecossistemas e genes.
• Trazer benefícios sociais: recreação e turismo, valor cultural e educação e pesquisa.
De acordo com Barbosa e Viana:
A importância da biodiversidade em nosso ambiente nos propicia inúmeros benefícios, que vão 
além dos interesses econômicos e sociais e que apesar de aparentemente irrelevantes, tendem 
a desaparecer em um desenvolvimento que não priorize a sustentabilidade das atividades 
produtivas e das ações humanas (BARBOSA; VIANA, 2014, p. 31).
Para a maioria dos aspectos de nossas vidas, a biodiversidade é importante. Valorizamos a biodiversidade por 
vários motivos, alguns utilitários, outros intrínsecos. Isso significa que valorizamos a biodiversidade tanto pelo que 
ela proporciona aos humanos quanto pelo valor que ela tem por si só. Os valores utilitaristas incluem as muitas 
necessidades básicas que os seres humanos obtêm da biodiversidade, como alimentos, combustível, abrigo e 
remédios. Além disso, os ecossistemas fornecem serviços cruciais, como polinização, dispersão de sementes, 
regulação do clima, purificação da água, ciclagem de nutrientes e controle de pragas agrícolas. 
Podemos valorizar a biodiversidade pelo modo como ela molda quem somos, nossos relacionamentos uns com 
os outros e as normas sociais. Esses valores relacionais fazem parte do senso individual ou coletivo de bem-estar, 
responsabilidade e conexão com o meio ambiente. 
Os diferentes valores colocados sobre a biodiversidade são importantes porque podem influenciar as decisões 
de conservação que as pessoas tomam todos os dias. Nesse sentindo, podemos destacar que a biodiversidade é 
ainda importante porque tem relação com as seguintes áreas:
• Alimentação: a biodiversidade fornece variedade de alimentos para o planeta. 80% da oferta de alimentos 
destinados a humanos vêm de 20 tipos de plantas e 40.000 espécies dessas plantas são destinadas à 
comida, roupa e abrigo.
• Saúde humana: nesse âmbito, a biodiversidade desempenha um papel importante na descoberta de 
medicamentos (retirados da natureza, responsáveis pelo uso de 80% da população mundial) e recursos 
medicinais.
• Indústria: a biodiversidade fornece muitos materiais industriais (fibra, óleo, corantes, borracha, água, 
madeira, papel e alimentos) por meio de fontes biológicas.
• Cultura: a biodiversidade aumenta as atividades recreativas, como a observação de pássaros, a pesca, etc. 
1.2 Ecossistemas
Um ecossistema inclui todos os seres vivos (plantas, animais e organismos) em uma determinada área, interagindo 
uns com os outros e também com seus ambientes não vivos (clima, terra, sol, solo, clima, atmosfera). Ele é o 
alicerce da biosfera e determina a saúde de todo o sistema terrestre. Nele, cada organismo tem seu próprio nicho 
ou papel a desempenhar.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Figura 3 – Ecossistemas
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Considere uma pequena poça na parte de trás de sua casa. Nela, você pode encontrar 
todos os tipos de seres vivos, de microrganismos a insetos e plantas. Estes podem depender 
de coisas não vivas, como água, luz solar, turbulência na poça, temperatura, pressão 
atmosférica e até mesmo nutrientes na água para a vida. Essa interação muito complexa 
e maravilhosa dos seres vivos e de seu ambiente tem sido a base do fluxo de energia e da 
reciclagem de carbono e nitrogênio. Sempre que um "estranho" (coisa viva ou fator externo, 
como aumento de temperatura) é introduzido em um ecossistema, pode ser desastroso para 
esse ecossistema. Isso ocorre porque o novo organismo (ou fator) pode distorcer o equilíbrio 
natural da interação e potencialmente prejudicar ou destruir o ecossistema.
De acordo com Barbosa e Viana:
Os ecossistemas são constituídos porfatores bióticos e abióticos, bem como pela biocenose, 
cujos conceitos básicos são os seguintes:
Fatores bióticos: são as relações que acontecem entre os seres vivos, como os processos da cadeia 
alimentar, da reprodução ou da competição.
Fatores abióticos: são todos os fatores que compõem o ambiente, ou seja, suas condições físicas 
e químicas, por exemplo, a luz, o solo, a umidade ou os compostos orgânicos.
Biocenose: é o conjunto dos seres vivos presentes nos ecossistemas, como animais, vegetais e os 
microrganismos (BARBOSA; VIANA, 2014, p. 20).
13
Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Geralmente, os membros bióticos de um ecossistema, juntamente com seus fatores abióticos, dependem uns 
dos outros. Isso significa que a ausência de um membro ou de um fator abiótico pode afetar todas as partes do 
ecossistema. Infelizmente, os ecossistemas foram destruídos e até mesmo destruídos por desastres naturais, 
como incêndios, inundações, tempestades e erupções vulcânicas. As atividades humanas também contribuíram 
para a perturbação de muitos ecossistemas e biomas.
Ecossistemas vêm em tamanhos indefinidos. Eles podem existir em uma pequena área, como debaixo de uma 
rocha, um tronco de árvore em decomposição ou uma lagoa em sua aldeia. Também podem existir em grandes 
formas, como uma floresta inteira. 
Tecnicamente, a Terra pode ser chamada de um enorme ecossistema. Para simplificar, classificam-se os 
ecossistemas em três escalas principais:
1. Micro: um ecossistema de pequena escala, como uma lagoa, poça, tronco de árvore, sob uma rocha.
Figura 4 – Micro ecossistema
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
2. Meso: um ecossistema de média escala, como uma floresta ou um grande lago.
Figura 5 – Meso ecossistema
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
3. Bioma: um ecossistema muito grande ou uma coleção de ecossistemas com fatores bióticos e abióticos 
semelhantes, como uma floresta tropical inteira com milhões de animais e árvores, com muitos corpos d'água 
diferentes correndo por eles.
Figura 6 – Bioma
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Os limites do ecossistema não são marcados (separados) por linhas rígidas. Eles são frequentemente separados 
por barreiras geográficas, como desertos, montanhas, oceanos, lagos e rios. Como essas fronteiras nunca são 
rígidas, os ecossistemas tendem a se misturar. É por isso que um lago pode ter muitos pequenos ecossistemas 
com suas próprias características únicas, o que é chamado de "ecótono". 
Os ecossistemas podem ser colocados em dois grupos. Se o ecossistema existe em um corpo d’água, como um 
oceano, água doce ou poça, ele é chamado de ecossistema aquático. Já aqueles que existem fora dos corpos 
d'água são chamados de ecossistemas terrestres. 
Para entender os níveis de pertencimento em um ecossistema, vamos considerar o a escala a seguir:
Indivíduo, espécie, organismo
Um indivíduo é qualquer coisa viva ou organismo. Indivíduos não se reproduzem com indivíduos de outros 
grupos. Animais, ao contrário de plantas, tendem a ser muito definidos com esse termo, porque algumas plantas 
podem cruzar com outras plantas férteis. Exemplo: um peixe dourado que vive em seu ambiente e só se reproduz 
por meio de contato com a sua mesma espécie (ou seja, peixes dourados), gerando uma população. 
Na atualidade, a melhor definição para espécie é a proposta em 1942 pelo biólogo Ernst Mayr, que definiu 
espécies como agrupamentos de populações naturais intercruzantes, reprodutivamente isoladas de outros 
grupos semelhantes.
15
Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Para você saber mais sobre o conceito de espécie e organismo, acesse o site Mundo Educação, 
depois Biologia, Biologia Evolutiva e Espécie Biológica.
Saiba mais
População 
Compõe um grupo de indivíduos de uma determinada espécie que vive em uma área geográfica específica em 
um determinado momento (por exemplo, o peixe dourado citado e sua família e outros peixes da sua espécie). 
Uma população inclui indivíduos da mesma espécie, mas podem ter diferentes composições genéticas, como 
cor/cabelo/olho/cor, entre si e outras populações.
Comunidade
Compreende todas as populações em uma área específica em um determinado momento. Uma comunidade inclui 
populações de organismos de diferentes espécies. Por exemplo, o peixe dourado está inserido na comunidade 
salmões, caranguejos e outros peixes diferentes que coexistem em um local definido. Uma grande comunidade 
geralmente inclui biodiversidade.
Quando consideramos todos os diferentes biomas, cada um misturando-se com o outro, com todos os seres 
humanos vivendo em muitas áreas geográficas diferentes, formamos uma enorme comunidade de seres 
humanos, animais e plantas, e microrganismos em seus habitats definidos.
Ecossistema 
Incluem mais do que uma comunidade de organismos vivos (bióticos) interagindo com o meio ambiente 
(abiótico). Nesse caso, os peixes e demais indivíduos dependem de outros fatores abióticos, como rochas, água, 
ar e temperatura. 
Bioma
Em termos simples, é um conjunto de ecossistemas que compartilham características semelhantes com seus 
fatores abióticos adaptados a seus ambientes.
Biosfera
É a soma de todos os ecossistemas estabelecidos no planeta Terra, sendo um componente vivo do sistema 
terrestre. 
Por causa da atividade humana, há muitos ecossistemas em perigo, por isso é muito importante que nos tornemos 
conscientes da conservação do ecossistema em que vivemos. 
Vejamos algumas ações que podemos fazer pelo nosso ecossistema:
• reduzir a quantidade de combustível e recursos utilizados em casa e no trabalho;
• combater o desperdício e reciclar;
• usar produtos amigáveis ao meio ambiente, feitos para serem ambientalmente seguros;
16
Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
• respeitar seu ambiente;
• saber usar a água;
• utilizar meios urbanos de transporte, como ônibus ou trens, embora o melhor seja a bicicleta.
1.3 Biomas
Os biomas são definidos como as principais comunidades do mundo, classificadas de acordo com a 
vegetação predominante e caracterizadas por adaptações de organismos àquele ambiente particular. Eles são 
frequentemente definidos por fatores abióticos, como clima, relevo, geologia, solos e vegetação. São áreas 
ecológicas muito grandes na superfície da terra, com fauna e flora (animais e plantas) se adaptando ao seu 
ambiente.
Figura 7 – Bioma: Pantanal
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Embora de certa forma possa parecer um ecossistema gigantesco, um bioma não é um ecossistema. Analisando 
mais de perto, perceberemos que plantas ou animais em qualquer bioma têm adaptações especiais que 
possibilitam a existência deles na área, logo podemos encontrar muitas unidades de ecossistemas dentro de um 
bioma. 
17
Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Os biomas mudaram algumas vezes durante a história da vida na Terra. Mais recentemente, as atividades 
humanas alteraram drasticamente essas comunidades. Assim, a conservação e preservação dos biomas deve ser 
uma grande preocupação para toda a humanidade.
Existem cinco categorias principais de biomas na Terra: deserto, aquático, floresta, pastagem, tundra, no entanto, 
conforme destacado por Townsend et al. (2010), alguns geógrafos acreditam na existência de muitos mais. Ainda 
segundo o autor:
A perspectiva do cientista é tão importante quanto o sistema estudado; os “detalhistas” tendem 
a desconfiar de generalizações amplas e enfatizam a diversidade do mundo natural, enquanto 
os “generalistas” restringem a diversidade a um mínimo de categorias facilmente mapeáveis 
(TOWNSEND et al., 2010, p. 147).
Nas categorias de biomas, existem muitos ecossistemas muito bem definidos. Vejamos detalhadamente cada 
uma das categorias de biomas:
Deserto
Pode ser quente e seco, semiárido, litorâneo e frio. Cobre cerca de um quinto da superfície da Terra e ocorre 
onde a precipitação é inferior a 50 cm/ano.Embora a maioria dos desertos, como o Saara do Norte da África e os 
desertos do sudoeste dos EUA, México e Austrália, ocorra em baixas latitudes, outro tipo de deserto, deserto frio, 
ocorre na bacia e na área de alcance de Utah e Nevada e em partes da Ásia Ocidental. 
A maioria dos desertos tem uma quantidade considerável de vegetação especializada, bem como animais 
vertebrados e invertebrados especializados. Os solos costumam ter nutrientes abundantes, porque precisam 
apenas de água para se tornarem muito produtivos e terem pouca ou nenhuma matéria orgânica. Os distúrbios 
são comuns, na forma de incêndios ocasionais ou, em climas frios, chuvas repentinas, infrequentes, mas intensas, 
que causam inundações.
Aquático
Pode ser de água doce (lagos e lagoas, rios e riachos, zonas úmidas) ou marinho (oceanos, recifes de corais e 
estuários). A água é o elo comum entre os cinco biomas e constitui a maior parte da biosfera, cobrindo quase 
75% da superfície da Terra. 
As regiões aquáticas abrigam numerosas espécies de plantas e animais, grandes e pequenos. Na verdade, é aqui 
que a vida começou há bilhões de anos, quando os aminoácidos começaram a se unir. Sem água, a maioria das 
formas de vida seria incapaz de se sustentar e a Terra seria um lugar árido e deserto. Embora as temperaturas da 
água possam variar amplamente, as áreas aquáticas tendem a ser mais úmidas, e a temperatura do ar, no lado 
mais frio.
Florestas
Compõem esse bioma as florestas tropicais, temperadas e boreais (também chamada de taiga). 
As florestas ocupam aproximadamente um terço da área terrestre da Terra, são responsáveis por mais de dois 
terços da área foliar das plantas terrestres e contêm cerca de 70% do carbono presente nos seres vivos. No 
entanto, as florestas estão se tornando grandes vítimas da civilização à medida que as populações humanas 
aumentaram nos últimos milhares de anos, trazendo problemas de desmatamento, poluição e uso industrial 
para esse importante bioma.
Pastagem
Composta pelas as savanas e os campos temperados. Elas são caracterizadas como terras dominadas por 
gramíneas, em vez de grandes arbustos ou árvores. Nas épocas do Mioceno e do Plioceno, que duraram cerca de 
18
Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
25 milhões de anos, as montanhas se elevaram no oeste da América do Norte e criaram um clima continental 
favorável aos pastos. Florestas antigas declinaram e as pastagens se tornaram difundidas. Após a Idade do Gelo 
do Pleistoceno, as pradarias se expandiram à medida que os climas mais quentes e secos prevaleceram em todo 
o mundo.
Tundra
Tundra vem da palavra finlandesa tunturia, que significa planície sem árvores. É conhecida por suas paisagens 
moldadas pelo gelo, temperaturas extremamente baixas (a mais fria de todos os biomas), pouca precipitação, 
nutrientes pobres e estações de crescimento curtas. 
O material orgânico predominantemente morto funciona como um pool de nutrientes. Os dois principais 
nutrientes são nitrogênio e fósforo. O nitrogênio é criado pela fixação biológica e o fósforo é criado pela 
precipitação. 
A tundra é separada em dois tipos: tundra ártica (localizada em latitudes próxima à região do Ártico) e tundra 
alpina (localizada em regiões de altitudes elevadas, como cadeias montanhosas).
Os biomas desempenham um papel crucial na manutenção da vida na Terra. Por exemplo, o bioma aquático abriga 
milhões de espécies de peixes e a origem do ciclo da água. Também desempenha um papel muito importante na 
formação do clima. Os biomas terrestres fornecem alimentos, enriquecem o ar com oxigênio e absorvem dióxido 
de carbono e outros gases ruins do ar. Eles também ajudam a regular o clima e assim por diante.
Em resumo, um bioma é uma grande área ecológica na superfície da Terra, com grupos de plantas e animais 
distintos, adaptados a esse ambiente específico.
1.4 Biomas brasileiros
O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em termos de biodiversidade. 
A Floresta Amazônica, conhecida como pulmão do mundo, é reconhecida como a região mais diversificada 
do mundo. No entanto, o Brasil esconde muitos biomas mais ricos que a floresta tropical, mas muito mais 
desconhecidos e com um alto grau de problemas que afetam sua conservação.
O Brasil, segundo recentes publicações científicas, é o país com a flora mais rica do mundo, com 46.100 espécies 
de plantas, fungos e algas descritas, sendo 43% endêmicas. Esse número aumenta a cada ano, já que muitas 
biodiversidades brasileiras ainda são desconhecidas. De fato, estima-se que 20.000 espécies ainda não tenham 
sido descritas. Botânicos descrevem cerca de 250 novas espécies de plantas a cada ano no Brasil. Outro fato 
surpreendente é que 57% das 8.900 espécies de plantas de sementes no Brasil são endêmicas, ou seja, são 
restritas ao local. Estas e outras conclusões estão nos estudos publicados pela Rodriguésia – Revista do Jardim 
Botânico do Rio de Janeiro, de dezembro de 2015.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
A classificação dos biomas brasileiros pouco mudou desde a primeira tentativa de classificar 
a vegetação brasileira em domínios florísticos elaborados por Martius em 1824, que deram 
nomes de ninfas gregas aos cinco domínios detectados. Ele escolheu os Nayades, ninfas de 
lagos, rios e fontes para chamar a Amazônia. Para o cerrado, ele levou os Oreades, ninfas das 
montanhas, companheiros de Diana, a deusa de caça. Ele nomeou a Mata Atlântica sob as 
Dryades, as ninfas protegiam os carvalhos e as árvores em geral. Ele considerou as florestas 
de pampas e araucárias sob o domínio de Napeias, ninfas de vales e prados e, finalmente, 
Hamadryades, protetores de ninfas, cada um de uma árvore em particular, foram usados 
para designar a caatinga.
Saiba mais
No Brasil, atualmente existem seis tipos de biomas. Veja:
1. Amazônia
A área da bacia amazônica é a maior floresta do mundo e o bioma mais biodiverso do Brasil. Essa área ocupa 
quase 50% do país e está seriamente ameaçada, devido ao desmatamento causado pelas indústrias madeireiras 
e pela soja.
A origem da diversidade amazônica permanece um mistério. Recentes estudos científicos explicam que a 
ascensão dos Andes, que começou há pelo menos 34 milhões de anos, originou essa riqueza biológica. Os Andes 
foram formados pelo colapso da placa tectônica americana sob a placa oceânica do Pacífico. Esse processo 
geológico mudou o regime de ventos na área, afetando os padrões de precipitação no lado leste dos Andes. 
Isso também mudou a direção do Rio Amazonas, que antes voou para o Oceano Pacífico e, devido à elevação da 
cadeia de montanhas, foi redirecionado para o Oceano Atlântico.
Figura 8 – Bioma: Amazônia
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Esses fenômenos geológicos e climáticos originaram a formação de uma grande área de zonas úmidas na parte 
oriental dos Andes, causando o aparecimento de muitas espécies novas. 
A Amazônia é uma floresta tropical fechada com um solo arenoso, pobre em nutrientes e com uma vegetação 
rasteira inexistente. Existem milhares de espécies de plantas, sendo 55% delas encontradas na área.
É a maior diversidade de plantas do mundo. Botânicos registram 46 mil espécies e identificam 
em média 250 por ano no Brasil, de acordo com a revista Pesquisa Fapesp, disponível no link: 
http://revistapesquisa.fapesp.br/2016/03/21/a-maior-diversidade-de-plantas-do-
mundo/.
Saiba mais
2. Floresta Atlântica
É uma floresta tropical que cobre a região costeira do Brasil e, portanto, é caracterizada por ventos úmidos vindos 
do mar e relevos íngremes. É composta de uma variedade de ecossistemas, uma grande variedade de altitudes, 
latitudes e climas que vão desde florestas estacionais semideciduais até campos abertos nas montanhas e 
florestas de araucárias no sul.
Figura 9 – Bioma: Mata Atlântica
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Emboramuito menos conhecida do que a Floresta Amazônica, a Floresta Atlântica possui a maior diversidade 
de angiospermas, pteridófitas e fungos do país, com um alto nível de endemismo (50% de suas espécies são 
exclusivas). Mas está em um nível pior de conservação. De fato, até a chegada dos europeus, era a maior floresta 
tropical do mundo. Atualmente, permanece apenas 10% do seu comprimento original, devido à pressão 
antrópica. Uma das primeiras explorações desse bioma foi o pau-brasil (Caesalpinia echinata), valorizada por sua 
madeira e pelo corante vermelho de sua resina, que deu nome ao país. O pau-brasil foi então seguido por outros 
impactos humanos, como cana-de-açúcar, cultivo de café e mineração de ouro. Mas foi só no século XX que a 
degradação do meio ambiente se agravou, já que as principais capitais econômicas e históricas, como São Paulo, 
Rio de Janeiro e Salvador, estão dentro de seu domínio.
3. Cerrado
É o segundo maior bioma da América do Sul, cobrindo aproximadamente 22% do Brasil. É considerada a savana 
mais rica do mundo em termos de número de espécies. Contém um alto nível de espécies endêmicas e é 
considerado um dos hotspots globais no que diz respeito à biodiversidade. 
Está em áreas do interior do Brasil com duas estações bem marcadas (chuva e seca). Inclui diferentes tipos de 
habitats, como campo sujo, campo limpo ou cerradão.
Figura 10 – Cerrado: Chapada dos Veadeiros
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
É composto de pequenas árvores com raízes profundas e folhas com tricomas e uma vegetação rasteira composta 
por juncos e gramíneas. Os solos do Cerrado são arenosos e pobres em nutrientes, com cores avermelhadas e alto 
teor de ferro.
4. Caatinga
É o único bioma exclusivamente brasileiro e ocupa 11% do país. Seu nome vem de uma língua nativa do Brasil, 
o tupi-guarani, e significa floresta branca. No entanto, esse bioma é o mais desvalorizado e pouco conhecido, 
devido à sua aridez. 
O clima da caatinga é semiárido e os solos são pedregosos. A vegetação é estepe e savana e é caracterizada por 
uma grande adaptação à aridez (vegetação xerófita), muitas vezes espinhosa. 
As caatingas perdem as folhas durante a estação seca, deixando uma paisagem cheia de troncos esbranquiçados.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Figura 11 – Caatinga
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
O status de conservação da caatinga também é crítico. Cerca de 80% da caatinga já é antropizada. O principal 
motivo para essa degradação é a indústria de alimentos e mineração.
5. Pampa
É um bioma que ocupa um único estado no Brasil, o Rio Grande do Sul, cobrindo apenas 2% do país. 
O bioma pampa está muito bem representado no Uruguai e no norte da Argentina. Ele inclui uma grande 
diversidade de paisagens, que vão desde planícies, montanhas e afloramentos rochosos, mas os mais típicos são 
campos de grama com colinas e árvores isoladas próximas a cursos de água.
Figura 12 – Pampa
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
A região dos pampas tem um patrimônio cultural muito típico, compartilhado com os habitantes dos pampas 
da Argentina e do Uruguai e desenvolvido pelos gaúchos. As atividades econômicas mais desenvolvidas são a 
agropecuária, que veio junto com a colonização ibérica, deslocando grande parte da vegetação nativa.
6. Pantanal
É uma estepe inundada que ocupa a planície aluvial do Rio Paraguai e seus afluentes. É, portanto, uma planície 
úmida que inunda durante a estação chuvosa, de novembro a abril. Essas inundações favorecem uma alta 
biodiversidade. Ocupa apenas 1,75% do território brasileiro e é, portanto, o bioma menos extenso do país. 
Quando ocorrem enchentes, emerge muita matéria orgânica, pois a água carrega todos os vestígios de vegetação 
e animais em decomposição, favorecendo a fertilização do solo.
Figura 13 – Pantanal
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Campos de gramíneas configuram a paisagem típica do Pantanal. Áreas não inundadas são ocupadas por 
arbustos e até árvores. Cerca de 2.000 espécies diferentes de plantas foram catalogadas no Pantanal. Algumas 
das mais representativas são as palmeiras e macrófitas aquáticas.
O Pantanal contém uma alta diversidade de peixes (263 espécies), anfíbios (41 espécies), répteis (113 espécies), 
aves (650 espécies) e mamíferos (132 espécies), sendo a arara-azul, o jacaré e a onça preta suas mais emblemáticas 
espécies. 
Depois da Amazônia, o Pantanal é o segundo bioma mais preservado do Brasil, já que 80% de sua extensão 
mantém sua vegetação nativa. No entanto, a atividade humana também gera um grande impacto, especialmente 
em atividades agrícolas.
Pesca e criação de gado são as atividades econômicas mais desenvolvidas no Pantanal. As usinas hidrelétricas 
também ameaçam o equilíbrio ecológico do meio ambiente, porque se o regime de enchentes for quebrado, a 
vida selvagem será afetada.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
1.5 Conservação e ameaças
Ao longo do último século, os seres humanos passaram a dominar o planeta, causando rápida mudança nos 
ecossistemas e perda maciça de biodiversidade em todo o planeta. Embora a Terra já tenha experimentado 
mudanças e extinções, hoje elas estão ocorrendo em um ritmo sem precedentes. 
As principais ameaças diretas à biodiversidade incluem perda e fragmentação de habitat, uso insustentável de 
recursos, espécies invasoras, poluição e mudanças climáticas globais. 
As causas subjacentes da perda de biodiversidade, como a crescente população humana e o consumo excessivo, 
são muitas vezes complexas e derivam de muitos fatores inter-relacionados.
A boa notícia é que está ao nosso alcance mudar nossas ações para ajudar a garantir a sobrevivência das espécies 
e a saúde e integridade dos sistemas ecológicos. Entendendo as ameaças à biodiversidade e como elas se 
desenvolvem no contexto, podemos estar mais bem preparados para gerenciar os desafios da conservação. Os 
esforços de conservação das últimas décadas fizeram uma diferença significativa no estado da biodiversidade na 
atualidade. 
Mais de 100.000 áreas protegidas, incluindo parques nacionais, refúgios de vida silvestre, reservas de caça e áreas 
marinhas protegidas, administradas tanto por governos quanto por comunidades locais, fornecem habitat para a 
vida selvagem e ajudam a manter o desmatamento sob controle. 
Proteger o habitat não é suficiente, outros tipos de ações de conservação, como a restauração, a reintrodução 
e o controle de espécies invasoras, tiveram impactos positivos. Tais atitudes foram fortalecidas por esforços 
contínuos para melhorar as políticas ambientais nas escalas local, regional e global. Finalmente, as escolhas de 
estilo de vida de indivíduos e comunidades podem ter um grande efeito sobre seus impactos na biodiversidade 
e no meio ambiente. Embora não possamos evitar todos os impactos negativos sobre a biodiversidade, com o 
conhecimento podemos trabalhar para mudar a direção e a forma de nossos efeitos sobre o resto da vida na Terra.
Há uma série de questões que ameaçam a biodiversidade do nosso planeta, desde a mudança climática até 
espécies invasoras. 
A seguir, argumentaremos sobre algumas das maiores ameaças que a biodiversidade enfrenta hoje, bem como o 
que o mundo pode fazer (e está fazendo) para mantê-las sob controle.
Mudança climática
As mudanças no clima ao longo da história do nosso planeta, naturalmente, alteraram a vida na Terra a longo 
prazo. Os ecossistemas vieram e se foram e as espécies rotineiramente são extintas. Mas a rápida mudança 
climática provocada pelo homem acelera o processo, sem propiciar a ecossistemas e espécies o tempo de 
adaptação. Por exemplo, o aumento da temperatura oceânica e a diminuição do gelo marinho do Ártico afetam 
a biodiversidade marinha e podem alterar as zonas de vegetação, com implicações globais. 
Amorim (2015) afirma que o clima é um importante fator de distribuição de espécies, o que causa a aclimatação 
forçada de determinadosgrupos. A não adaptação climática, consequentemente, ocasiona a extinção de várias 
espécies. 
Os indivíduos podem tomar várias medidas para combater a mudança climática, como reduzir a emissão de 
carbono, promover a educação e contatar autoridades eleitas. Governos e cidades internacionais podem liderar 
o movimento de combate às mudanças climáticas. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 
de 2015, em Paris, foi o ponto inicial.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Desmatamento
O desmatamento é uma causa direta de extinção e perda de biodiversidade. Estima-se que 18 milhões de acres de 
floresta são perdidos a cada ano, em parte devido à extração de madeira e outras práticas humanas, destruindo 
os ecossistemas dos quais muitas espécies dependem. 
As florestas tropicais, em particular, como a Amazônia, detêm uma alta porcentagem das espécies conhecidas no 
mundo, mas as próprias regiões estão em declínio, devido aos seres humanos.
As soluções para o desmatamento estão principalmente na política. Empresas e corporações podem adotar 
melhores práticas e se recusarem a usar fornecedores de madeira e papel que contribuem para o desmatamento. 
Na mesma linha, consumidores conscientes podem se recusar a patrocinar empresas que fazem e pressionar 
os varejistas que empregam métodos de fabricação insustentáveis. Indivíduos também podem participar da 
preservação da Terra por meio de instituições de caridade e corporações privadas. Em última análise, no entanto, 
os governos internacionais precisam promulgar leis de proteção florestal mais fortes e científicas.
Superexploração
A superexploração refere-se à caça excessiva, a sobrepesca e ao excesso de colheita, que contribuem grandemente 
para a perda de biodiversidade, matando numerosas espécies ao longo dos últimos cem anos. 
A caça furtiva e outras formas de caça aumentam o risco de extinção. A extinção de um predador de ponta 
– ou um predador no topo de uma cadeia alimentar – pode resultar em consequências catastróficas para os 
ecossistemas. Por outro lado, o excesso de colheita de determinados alimentos pode influenciar o aumento de 
animais e contribuir, também para o aumento da caça em determinadas regiões.
A conservação e a conscientização contínua em torno da superexploração, especialmente a caça furtiva e a 
pesca excessiva, são fundamentais. Os governos precisam aplicar ativamente as regras contra tais práticas (caça 
e pesca excessiva). Já os indivíduos podem estar mais conscientes do que comem e compram. Outras soluções, 
como a remoção de subsídios concedidos à pesca em grande escala, podem ajudar também no controle dessas 
práticas.
Espécies invasoras
A introdução de espécies não nativas em um ecossistema pode ameaçar a vida selvagem endêmica (como 
predadores ou competidores por recursos naturais, frutas, por exemplo), afetar a saúde humana e perturbar as 
economias. As soluções frente a essa prática (introdução de novas espécies) incluem a criação de sistemas para 
prevenir a introdução de espécies invasoras, em primeiro lugar, o monitoramento efetivo de novas infestações e 
a erradicação rápida de novos invasores detectados.
Poluição
Desde a queima de combustíveis fósseis (liberando substâncias químicas perigosas na atmosfera e, em alguns 
casos, esgotando os níveis de ozônio) até despejar 19 bilhões de quilos de plástico no oceano a cada ano, a 
poluição perturba completamente os ecossistemas da Terra. Embora não necessariamente causem a extinção, os 
poluentes têm o potencial de influenciar os hábitos das espécies. Por exemplo, a chuva ácida, que normalmente 
é causada pela queima de combustíveis fósseis, pode acidificar corpos menores de água e solo, afetando 
negativamente as espécies que vivem lá, alterando os hábitos de reprodução e alimentação.
Para combater a poluição atmosférica e hidrológica, podemos optar pela reciclagem, a conservação de energia 
em casa e o uso de transporte público. 
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 1 - Biodiversidade
Conclui-se que, ao longo dos anos, o meio ambiente vem sofrendo com ameaças vindas dos seres humanos, 
como desmatamento, poluição das rios e lagoas, aumento do consumo, caça e pesca descontrolada, entre 
outros. Isso faz a humanidade repensar as suas ações de conservação e preservação da biodiversidade.
Síntese da unidade
Nesta unidade, observamos que a biodiversidade tem três elementos essenciais: genética; sistema ecológico; 
espécies. Vimos também que, recentemente, um novo aspecto foi adicionado: diversidade molecular. A 
biodiversidade é distribuída de forma desigual, isso varia globalmente e dentro das regiões. Os vários fatores 
que influenciam a biodiversidade incluem temperatura, altitude, precipitação, solos e sua relação com outras 
espécies. Ela aumenta a produtividade do ecossistema, em que cada espécie, não importa quão pequena, tem 
um papel importante a desempenhar. Por exemplo, um maior número de espécies de plantas significa uma maior 
variedade de culturas; uma maior diversidade de espécies garante sustentabilidade natural para todas as formas 
de vida; ecossistemas saudáveis podem resistir e se recuperar melhor de uma variedade de desastres.
Aprendemos que é importante valorizarmos a biodiversidade por vários motivos, alguns utilitários, outros 
intrínsecos. Isso significa que valorizamos a biodiversidade tanto pelo que ela proporciona aos humanos quanto 
pelo valor que ela tem por si só. 
Vimos também que um ecossistema inclui todos os seres vivos (plantas, animais e organismos) em uma 
determinada área, interagindo uns com os outros e também com seus ambientes não vivos (clima, terra, sol, 
solo, clima, atmosfera). Os limites do ecossistema não são marcados (separados) por linhas rígidas. Já um bioma, 
em termos simples, é um conjunto de ecossistemas que compartilham características semelhantes com seus 
fatores abióticos adaptados a seus ambientes. Eles são definidos como as principais comunidades do mundo, 
classificadas de acordo com a vegetação predominante e caracterizadas por adaptações de organismos àquele 
ambiente particular. São áreas ecológicas muito grandes na superfície da terra, com fauna e flora (animais e 
plantas) se adaptando ao seu ambiente. Os biomas são frequentemente definidos por fatores abióticos, como 
clima, relevo, geologia, solos e vegetação. 
Nas cinco categorias de biomas (deserto, floresta, aquático, pastagem e tundra), existem muitos sub-biomas, sob 
os quais existem muitos ecossistemas mais bem definidos. Nesse sentindo, compreendemos que o Brasil é um 
dos países mais ricos do mundo em termos de biodiversidade. A Floresta Amazônica, conhecida como pulmão 
do mundo, é reconhecida como a região mais diversificada do mundo. No entanto, o Brasil esconde muitos 
biomas mais ricos que a floresta tropical, mas muito mais desconhecidos e com um alto grau de problemas que 
afetam sua conservação. Por fim, entendemos que há uma série de questões que ameaçam a biodiversidade 
do nosso planeta, desde a mudança climática até espécies invasoras, e que as causas subjacentes da perda de 
biodiversidade, como a crescente população humana e o consumo excessivo, são muitas vezes complexas e 
derivam de muitos fatores inter-relacionados.
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Considerações finais
Nesta unidade, tivemos a oportunidade de compreender a importância 
da biodiversidade para o ser humano. Concluímos que um bioma não é 
um ecossistema, embora de certa forma possa parecer um ecossistema 
gigantesco. Ao estudar a biodiversidade, percebemos que plantas ou 
animais em qualquer bioma têm adaptações especiais que possibilitam 
a existência deles na área, logo podemos encontrar muitas unidades de 
ecossistemas dentro de um bioma. Por fim, concluímos que os biomas 
brasileiros, importantes na biodiversidade do planeta, abrigam milhares 
de espécies e necessitam de maior comprometimento do ser humano 
quanto à sua conservação e que as escolhas de estilo de vida de indivíduos 
e comunidades podemter um grande efeito sobre seus impactos na 
biodiversidade e no meio ambiente.
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 2Unidade 22. Sustentabilidade
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade, iremos compreender a importância da Sustentabilidade 
e os seus três pilares: ambiental, econômico e social. Veremos ainda a 
relação da Sustentabilidade Ambiental com o Consumo Verde, e como 
as empresas e consumidores podem contribuir para a diminuição dos 
impactos do homem ao meio ambiente. Entenderemos a Sustentabilidade 
Social e como podemos trabalhar as ações sociais sustentáveis. Por 
fim, analisaremos as atitudes sustentáveis valiosas e simples que muito 
contribuem para a sustentabilidade.
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar o conceito de Sustentabilidade.
• Distinguir os tipos de Sustentabilidade.
• Identificar ações sociais e atitudes sustentáveis.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 2 - Sustentabilidade
Introdução da unidade
Uma sociedade sustentável baseia-se na igualdade de acesso a cuidados de saúde, alimentação, água potável, 
transporte, moradia, educação, empregos entre outros. Nesta sociedade ideal, a humanidade deve viver sempre 
em harmonia com o meio ambiente, de forma a conservar os recursos naturais para a geração atual e futura, 
garantindo assim, condições de vida para os filhos, netos, bisnetos e por assim em diante. Em meio a toda a 
incerteza em torno do futuro, a promessa da ciência brilha intensamente, sendo esperado, pelos otimistas, que as 
novas tecnologias e toda a infraestrutura urbana (casas, rodovias, parques, saneamento) se voltem para práticas 
sustentáveis, fornecendo à população melhores condições de vida.
A sustentabilidade é um conceito amplo que oferece aos estudantes uma discussão e entendimento sobre a 
maioria dos aspectos do mundo, desde as questões voltadas para a tecnologia, os negócios empresariais até 
os recursos disponibilizados no meio ambiente. Quando falamos em Sustentabilidade, pensamos em consumo 
verde, fontes renováveis de energia e desenvolvimento sustentável, de forma a garantir o equilíbrio entre os 
ecossistemas em todo o planeta. Sendo assim, a sustentabilidade está relacionada à proteção do ambiente 
natural, à saúde e à ecologia humana, permitindo que possamos inovar sem comprometermos a vida das futuras 
gerações.
2.1 Sustentabilidade
Sustentabilidade tem sido frequentemente definida como os sistemas biológicos que perduram e permanecem 
diversificados e produtivos, ou seja, como a biodiversidade se mantem em equilíbrio. Entretanto, a definição de 
Sustentabilidade do século XXI vai muito além desses parâmetros estreitos. Atualmente, refere-se à necessidade 
de desenvolver os modelos sustentáveis necessários para a sobrevivência da raça humana e do planeta Terra. 
Para avançar nos princípios da sustentabilidade, a Comissão Brundtland pediu uma “declaração universal” 
de normas para promover o desenvolvimento sustentável. Essa meta foi realizada com a Carta da Terra, uma 
“declaração de consenso global sobre ética e valores para um futuro sustentável”. Desenvolvida em um período 
de dez anos com ampla consulta global, a Carta da Terra foi formalmente endossada por muitas organizações. 
Ela dá continuidade ao entendimento da Comissão Brundtland sobre as conexões entre justiça social, bem-estar 
ambiental e segurança econômica.
Ao que se refere à Sustentabilidade, falamos em equilíbrio homem-natureza e foi por meio do Relatório da 
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1987, das Nações Unidas que se observou que 
o desenvolvimento sustentável deveria atender às necessidades do presente sem comprometer o bem-estar 
das futuras gerações. Já no ano de 2000 a Carta da Terra melhorou a definição de sustentabilidade, incluindo a 
questão de se ter uma sociedade global, e conforme destacado por Brasil (2018):
para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu 
compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações, respeitando os acordos 
internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um 
instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento. 
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo 
compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, 
e a alegre celebração da vida (BRASIL, 2018).
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 2 - Sustentabilidade
De fato, de acordo com Lieber e Leber (2014, p. 767):
conceituar adequadamente sustentabilidade tem sido um desafio imposto em diferentes 
disciplinas, não apenas na educação. Biólogos, sociólogos, antropólogos, economistas e mesmo 
linguistas, entre outros, vêm promovendo debates em diferentes condições, tanto em termos de 
intradisciplinaridade como de interdisciplinaridade. A questão se agrava quando a sustentabilidade 
se define como uma condição, como desenvolvimento sustentável, sem qualificar-se enquanto 
objeto (LIEBER E LIEBER, 2014, p. 767).
Definimos então “Sustentabilidade” como o estudo sobre o funcionamento dos sistemas naturais, assim como 
a sua diversidade e produção podem permanecer em equilíbrio. É a capacidade de melhorar a qualidade da vida 
humana enquanto se vive dentro da capacidade de sustentação dos ecossistemas de apoio da Terra, conforme 
definido pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), cujo trabalho é impulsionado pelo 
fato de que os padrões globais de produção e consumo estão destruindo a natureza a taxas persistentes e 
perigosamente altas. A sustentabilidade diz respeito ao fato de vivermos em harmonia com os recursos naturais, 
de forma a proteger e preservá-los de danos e destruição.
Figura 14 – Sustentabilidade: harmonia
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
A Sustentabilidade significa, então, estabilizar a relação atualmente perturbadora entre os dois sistemas mais 
complexos da Terra - a cultura humana e o mundo vivo. Sustentabilidade não se trata apenas de questões 
voltadas ao meio ambiente, mas também sobre a saúde da sociedade, como vivemos, alimentamos, trabalhamos 
e, consequentemente, quais os efeitos dessas ações em longo prazo, e ainda, como podemos melhorar e tornar 
o mundo mais sustentável.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 2 - Sustentabilidade
A sustentabilidade é um conceito complexo, e uma definição aceita e citada vem da Comissão Mundial sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU: “desenvolvimento sustentável é um desenvolvimento que atende 
às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias 
necessidades”.
Para conhecer um pouco mais sobre as Organizações das Nações Unidas (ONU), você pode 
acessar o site da ONUBR. Você encontrará também informações sobre Sustentabilidade e 
Desenvolvimento Sustentável, assim como diferentes inciativas e projetos voltados para 
a área, como, por exemplo: “Empresas brasileiras criam campanha digital sobre metas de 
desenvolvimento sustentável da ONU”.
Fonte: EMPRESAS..., 2018.
Saiba mais
A Sustentabilidade, então, é focada em um princípio simples: a permanência do homem na Terra tem dependência 
direta e indireta dos recursos naturais, e alcançar a Sustentabilidade é criar e manter as condições para que haja 
o equilíbrio entre homem-natureza e, com isso, deixar para as gerações futuras um mundo melhor para se viver.
Hoje, a maioria dos usos e referências à Sustentabilidade enfatizam as dimensões 
econômicas, ambientais e sociais simultâneas do conceito. Por exemplo, as empresas falam 
sobre pessoas, planeta e lucros (ou, alternativamente, capital humano, capital natural e 
capital financeiro). Da mesma forma, os educadores em sustentabilidade comumente se 
referem aos três “Es” da sustentabilidade: Economia, Ecologia e Equidade. Nesse sentido, 
é possível equilibrarmos a questão social, econômica e ambiental de forma a termos um 
desenvolvimento sustentável?
A Sustentabilidade pode serdefinida como o desenvolvimento físico e práticas operacionais institucionais que 
atendem às necessidades dos usuários atuais sem comprometer a capacidade de as gerações futuras atenderem 
às suas próprias necessidades, particularmente no que diz respeito ao uso e desperdício de recursos naturais. 
As práticas sustentáveis apoiam a saúde e a vitalidade ecológicas, humanas e econômicas. A sustentabilidade 
presume que os recursos são finitos e devem ser usados de maneira conservadora e sábia, visando às prioridades 
e consequências em longo prazo das formas como os recursos são usados.
 
32
Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 2 - Sustentabilidade
2.1.1 Os três pilares da sustentabilidade
Segundo Brasil (2018), no ano de 2005, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social identificou três áreas 
centrais (pilares da sustentabilidade) que contribuem para o desenvolvimento sustentável. 
A sustentabilidade pode, então, ter diferentes significados para diferentes pessoas no contexto da responsabilidade 
social corporativa. Uma das melhores definições foi delineada na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento 
Social de 2005, que apresentou a sustentabilidade como uma integração de fatores econômicos, sociais e 
ambientais.
Assim, uma maneira de olhar para a sustentabilidade é considerar esses três pilares. Nesse sentido, empresas têm 
buscado uma abordagem equilibrada para objetivos sociais, ambientais e econômicos em longo prazo.
2.1.2 Sustentabilidade econômica
A sustentabilidade econômica é usada para definir estratégias que promovam a utilização de recursos 
socioeconômicos para sua melhor vantagem. Um modelo econômico sustentável propõe uma distribuição 
equitativa e uma alocação eficiente de recursos. A ideia é promover o uso desses recursos de forma eficiente 
e responsável, proporcionando benefícios de longo prazo e estabelecendo rentabilidade. É mais provável que 
um negócio lucrativo permaneça estável e continue operando de um ano para o outro. As iniciativas sociais 
têm um impacto no comportamento do consumidor e no desempenho dos funcionários, enquanto iniciativas 
ambientais, como a eficiência energética e a mitigação da poluição, podem ter um impacto direto na redução do 
desperdício.
Figura 15 – Sustentabilidade econômica
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 2 - Sustentabilidade
O bom de adotar uma abordagem total para a sustentabilidade é que, se você se concentrar em questões sociais 
e ambientais, a lucratividade geralmente será seguida. 
Sustentabilidade econômica é então motivar empresas e organizações a observar e obedecer às diretrizes de 
sustentabilidade, além de suas exigências legislativas normais. Deve também inspirar uma pessoa a fazer a sua 
parte, seja por meio de ações individuais, como priorizar o consumo verde ou até mesmo investir os recursos 
financeiros em projetos sustentáveis (horta comunitária, reciclagem) ou até mesmo em ações coletivas na 
comunidade e ambiente de trabalho, priorizando a caminhada, economia de papel e não utilização de copos 
descartáveis.
2.1.3 Sustentabilidade social
A sustentabilidade social é um aspecto frequentemente negligenciado, uma vez que as discussões sobre 
desenvolvimento sustentável geralmente se concentram nos aspectos ambientais ou econômicos. Porém, todas 
essas três dimensões da sustentabilidade devem ser abordadas para que se alcance o melhor resultado possível. 
A sustentabilidade social se institui quando os processos, os sistemas, as estruturas e os relacionamentos 
dão suporte às gerações de hoje e do futuro para criar ambientes saudáveis, habitáveis e sustentáveis, sendo, 
portanto, justas, diversificadas, democráticas e que possam proporcionar uma boa qualidade de vida. Logo, a 
Sustentabilidade Social possibilita a criação de lugares sustentáveis que promovam o bem-estar das pessoas (em 
todos os locais – em casa, nos parques, na rua, no trabalho), combinado o arranjo ou o layout do mundo físico, 
real, com o mundo social (infraestrutura de apoio - amenidades sociais, espaços urbanos, ações de engajamento 
do cidadão junto aos espaços entre outros).
Figura 16 – Sustentabilidade social
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 2 - Sustentabilidade
O aspecto social da sustentabilidade concentra-se então em equilibrar as necessidades do indivíduo com as 
necessidades do grupo. Diferentes empresas fazem isso de maneiras diversas, com alguns dos programas de 
sustentabilidade corporativa mais bem-sucedidos adotando uma abordagem que combina com suas missões 
corporativas, tais como, portões abertos (promovendo a participação da comunidade na empresa); inclusão 
digital (promovendo cursos de informática para familiares e sociedade); projetos antitabagismo e de saúde 
familiar (também no ambiente da empresa ou em espaços cedidos pelos órgãos públicos).
As iniciativas sociais podem incluir: programas de treinamento de habilidades específicas do 
mercado; doações de alimentos sustentáveis; iniciativas de segurança do trabalhador e de 
empoderamento das mulheres; abordagem sobre os impactos da comunidade decorrentes 
de suas operações, incluindo escassez de água, saúde e bem-estar das comunidades em 
torno de suas fábricas e gestão de terras que honre os direitos de uso da população local; 
esforços sociais e comunitários por meio de doações voluntárias; programas de assistência 
e recuperação de desastres; introdução de tecnologias de economia de energia em escolas, 
clínicas médicas e instalações de idosos.
Saiba mais
Sustentabilidade social significa manter o acesso aos recursos básicos sem comprometer a qualidade de vida. 
Trata-se de educar e incentivar pessoas a contribuir na Sustentabilidade Ambiental e educá-las sobre os efeitos 
da proteção ambiental.
2.1.4 Sustentabilidade ambiental
O objetivo da sustentabilidade ambiental é preservar os recursos naturais e desenvolver fontes alternativas de 
energia, o que reduz a poluição e também os danos no meio ambiente. No entanto, a grande questão é como 
equilibrar o impacto e danos ao meio ambiente com a crescente necessidade de industrialização para suprir os 
padrões de consumo da sociedade moderna.
A sustentabilidade ambiental ocorre quando processos, sistemas e atividades reduzem o impacto ambiental de 
instalações, produtos e operações de uma organização. Daly (1989), referindo-se à sustentabilidade ambiental, 
propõe que:
1. Para recursos renováveis, a taxa de colheita não deve exceder a taxa de regeneração.
2. Para poluição, as taxas de geração de resíduos de projetos não devem exceder a capacidade de assimilação 
do meio ambiente.
Para recursos não renováveis, o esgotamento desses recursos deve exigir desenvolvimento comparável de 
substitutos renováveis para esse recurso.
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Figura 17 – Sustentabilidade ambiental 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
As iniciativas ambientais podem incluir: o aumento das importações de fábricas verdes e amarelas; metas 
de desperdício zero; redução de sacolas plásticas e iniciativas para reduzir a emissão de gás carbônico; uso 
sustentável da água; reciclagem de equipamentos eletrônicos e equipamentos de telecomunicações, reduzindo 
o uso de energia; soluções mais eficientes e ecológicas para uso da frota de veículos.
2.2 Sustentabilidade ambiental e consumo verde
A sustentabilidade ambiental expressa, então, como deveríamos estudar e proteger os ecossistemas, a qualidade 
do ar, a sustentabilidade de nossos recursos naturais, nos concentrando nos componentes que enfatizam nosso 
meio ambiente.
Os consumidores dizem que querem comprar produtos ecologicamente corretos e reduzir seu impacto no meio 
ambiente, mas quando chegam à caixa registradora, acabam atraídos por outros produtos não tão ecológicos. 
Embora as peculiaridades individuais sejam a base de algumas dessas decisões, as empresas podem fazer muito 
mais para ajudar pessoas em potencial a se tornaremconsumidores sustentáveis.
O impulso de Consumo Verde está se espalhando mais rápido e organizações de todos os tipos estão lançando 
campanhas ecológicas - desde diminuir o fluxo de veículos nas grandes cidades, iniciativas para vender alimentos 
orgânicos, até a construção de edifícios verdes. Os consumidores também estão recebendo a ideia de ser mais 
verde e se sentem preocupados, por exemplo, com a mudança climática que vem ocorrendo principalmente 
desde os anos 2000. Preocupam-se com a elevação dos mares, o declínio da qualidade do ar, o encolhimento dos 
habitats dos animais, o prolongamento das secas e a criação de novas doenças.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 2 - Sustentabilidade
O que é consumo verde?
Barbosa e Campbell (2006) consideram o consumo como fugaz que, embora seja um pré-
requisito para a reprodução física e social de qualquer sociedade humana, de acordo com 
Batinga e Pinto (2016) “curiosamente, só se toma conhecimento dele quando o mesmo é 
considerado supérfluo ou ostentatório”. Ainda segundo os autores, na visão de Slater (2002):
o caráter elusivo do consumo se daria em virtude de que, definido como um 
processo social, o consumo conecta questões das nossas vidas cotidianas com 
questões centrais da nossa sociedade e época. Dessa forma, ele se relaciona 
tanto com a forma com a qual devemos ou queremos viver quanto com as 
questões relativas à forma de como a sociedade é ou deveria ser organizada, 
sem falar da estrutura material e simbólica dos lugares em que vivemos e a 
forma como nele vivemos (SLATER, 2002).
Fique atento!
Nessa linha de pensamento, citamos o consumo verde, consumo sustentável, o consumo ético, o consumo 
ecologicamente correto, consumo responsável, entre outros. Segundo Batinga e Pinto (2016), esses tipos 
de consumo possuem diferença, o consumo verde refere-se aos critérios de escolha, levando-se em conta a 
variável ambiental, tendendo a optar por produtos que não agridam o meio ambiente, podendo também ser 
compreendida como consumo ecologicamente correto. O consumo verde tende a ser associado a uma atitude 
mais coletiva, a partir das relações estabelecidas entre as empresas e a sociedade como um todo.
Os consumidores querem agir de maneira ecologicamente correta, mas esperam que as empresas liderem o 
caminho, ou seja, as corporações devem liderar, por exemplo, a questão da mudança climática. Para fazer 
isso, as empresas precisam desenvolver mais e melhores produtos em conformidade com o meio ambiente. 
As corporações podem colher múltiplos benefícios, tornando-se verdes. Elas podem reduzir seu consumo de 
energia, diminuir seus riscos, enfrentar ameaças competitivas, melhorar suas marcas e aumentar suas receitas. 
Para perceber o verdadeiro potencial do mercado verde, as empresas devem incentivar os consumidores a 
modificar os seus comportamentos. Isso requer a remoção dos obstáculos entre as possíveis intenções e ações 
dos consumidores verdes.
Existem barreiras para o consumo verde em todas as etapas da compra. Primeiro, os consumidores precisam 
estar cientes de que um produto existe antes de comprá-lo. No entanto, muitos nem sequer sabem sobre as 
alternativas verdes em muitas categorias de produtos. Em seguida, os consumidores devem acreditar na 
qualidade dos produtos, porque muitos acreditam que os produtos verdes são de qualidade inferior aos produtos 
mais tradicionais. Os consumidores devem, então, decidir se um produto está à altura de sua reputação verde. 
No entanto, muitos são céticos quanto às alegações ambientais, pois, em parte, desconfiam das corporações e 
da mídia. Finalmente, os consumidores devem decidir se um produto vale o custo e o esforço necessário para 
comprá-lo. Entretanto, os consumidores muitas vezes acreditam que os preços dos produtos verdes são muito 
altos e têm dificuldade em encontrá-los.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 2 - Sustentabilidade
Para aumentar o consumo verde, as empresas devem remover essas cinco barreiras - a saber: 
falta de consciência, percepções negativas, desconfiança, preços altos e baixa disponibilidade. 
Em outras palavras, eles devem aumentar a conscientização dos consumidores sobre os 
produtos verdes, melhorar a percepção dos consumidores sobre a qualidade dos produtos 
ecológicos, fortalecer a confiança dos consumidores, baixar os preços dos produtos verdes e 
aumentar a sua disponibilidade.
A importância de cada barreira varia de acordo com o produto, a indústria e a geografia. Em outras palavras, 
as empresas precisam levar os clientes ao longo de todo o processo de compra - desde o conhecimento de 
produtos ecologicamente corretos, a consideração de seus prós e contras, até o pagamento dos produtos para 
que os mesmos tenham ciência que a produção é realmente sustentável, ou seja, não há utilização de processos 
contrários ao “sustentável”, como por exemplo, a contaminação da água por meio de resíduos da produção. 
Entender essas barreiras é o primeiro passo para o crescimento dos consumidores verdes.
Figura 18 – Produtos ecologicamente corretos
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 2 - Sustentabilidade
2.3 Sustentabilidade social – ações sociais sustentáveis
A sustentabilidade social é muito mais qualitativa do que quantitativa. Ele aborda as maneiras pelas quais os 
membros de uma comunidade vivem suas vidas e interagem uns com os outros. Entrelaça a manutenção de 
necessidades humanas básicas junto com o exercício de liberdades políticas, econômicas e sociais. Pense nisso 
como a diferença entre uma sociedade sobrevivente e uma sociedade próspera. Em uma sociedade sobrevivente, 
as pessoas têm comida, abrigo e água suficientes para satisfazer às suas necessidades básicas, considerando que, 
em uma sociedade próspera, essas necessidades são suplementadas por nutrição, educação, liberdade e outros 
fatores que melhoram a saúde e o bem-estar da sociedade. 
Os elementos centrais da sustentabilidade social são:
Equidade - oportunidades e resultados equitativos são fornecidos e barreiras são quebradas para todos na 
comunidade. Isso é especialmente importante no que diz respeito aos membros mais pobres e mais vulneráveis. 
Diversidade - deve ser promovido e incentivado dentro da comunidade. 
Coesão Social - processos, sistemas e estruturas são fornecidos para promover a conectividade e inclusão dentro 
e fora da comunidade. 
Qualidade de Vida - as necessidades básicas dos membros da comunidade são satisfeitas e uma boa qualidade 
de vida (saúde, educação, segurança, emprego, moradia, etc.) é assegurada em âmbitos individual, de grupo e 
comunitário. 
Democracia e governança - a comunidade é governada por processos democráticos que formam estruturas de 
governança abertas e responsáveis. 
Maturidade - os indivíduos da comunidade aceitam a responsabilidade de crescimento e melhoria consistentes.
Cada um desses elementos é importante para garantir a sustentabilidade social de uma comunidade. Ao fornecer 
a todos os mesmos serviços e oportunidades, nossa cidade crescerá e se desenvolverá na comunidade sustentável 
que imaginamos que seja. Como os três pilares da sustentabilidade estão interligados, incorporar o pilar social 
em nossa comunidade ajudará a apoiar iniciativas ambientais e econômicas no futuro. A consulta pública é um 
excelente exemplo disso. É uma estratégia que promove a inclusão social e o desenvolvimento sustentável. 
Ao consultar os membros do público sobre seus medos e preocupações sobre um tópico como a mudança 
climática, por exemplo, podemos entender melhor como lidar com essas questões. Lembre-se de que a mudança 
climática e outros problemas ambientais afetam desproporcionalmente as pessoas mais pobres e grupos 
minoritários, apesar do fato de que essas pessoas raramente são a causa desses problemas. Ao incluir essas 
pessoas na discussão estratégica, podemos fornecer a elas serviços e locais seguros em caso de emergência. 
Para que uma sociedade seja verdadeiramentesustentável, ela deve atender às necessidades sociais e prestar 
atenção às oportunidades econômicas dentro dos limites impostos pelos ecossistemas e pelo meio ambiente. 
Infelizmente, existe a percepção de que existe um trade-off entre sucesso econômico e ação ambiental ou social. 
Podemos ver isso refletido nas corporações que se recusam a pagar a seus trabalhadores um salário digno ou 
disputam abertamente provas irrefutáveis de que suas ações prejudicam o meio ambiente. Essas empresas estão 
felizes em continuar conduzindo seus negócios como de costume, já que são capazes de transferir o custo de seus 
negócios para seus trabalhadores e a comunidade do entorno; protegendo assim os seus resultados financeiros.
 
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 2 - Sustentabilidade
Os benefícios da sustentabilidade social 
Os membros de uma comunidade fornecem uma riqueza de origens educacionais, culturais e econômicas, e 
utilizá-las como um recurso só irá beneficiar o local a longo prazo. Proporcionar às pessoas uma alta qualidade 
de vida, moradia e serviços a preços acessíveis e bairros saudáveis e bem planejados permite que a cidade atraia 
novos investimentos e migrantes. Isso agrega valor econômico à região, criando empregos e impulsionando o 
crescimento em direção a densidades ideais, permitindo que serviços como trânsito, água e saneamento, saúde 
e educação sejam fornecidos de uma maneira mais econômica. 
Esse tipo de desenvolvimento e crescimento sustentáveis permite à cidade formar fortes conexões entre 
comunidades urbanas e rurais e equilibrar o desenvolvimento territorial. Isso proporciona a todos os residentes 
maior acesso a mercados e empregos, cadeias seguras de fornecimento de alimentos, serviços ecológicos e 
planejamento territorial bem regulado. À medida que o clima muda, é dever da cidade proteger seus cidadãos e 
ajudá-los a se tornarem resistentes contra desastres cotidianos e riscos climáticos. O principal mecanismo pelo 
qual isso é realizado é reduzir a vulnerabilidade dos cidadãos a esses riscos. A vulnerabilidade é reduzida através 
da provisão de serviços básicos universais, construção de edifícios bem regulados, infraestrutura ecológica eficaz, 
como drenagem de águas pluviais, sistemas de alerta precoce e gerenciamento eficaz de desastres e serviços de 
emergência.
2.4 Atitudes sustentáveis - atitudes valiosas e simples
Os valores de sustentabilidade são frequentemente expressos por meio de atitudes e comportamentos específicos 
e uma maneira importante de promover o desenvolvimento humano é trabalhar as atitudes sustentáveis. Levar 
a sustentabilidade a sério exige que reavaliemos nossas ideias sobre crescimento, equidade social, consumo e 
melhor padrão de vida, esse indicador putativo de bem-estar social. 
De fato, como destacado por Rosa et al. (2012, p. 19) a ação do homem sobre a natureza vem provocando um 
desequilíbrio no meio ambiente, segundo a autora, a poluição das águas, por exemplo:
é consequência principalmente de atividades humanas (antrópicas) como: lançamento de 
efluentes domésticos e industriais sem tratamento prévio. Condições geoquímicas específicas, 
como chuvas e atividade vulcânica, também podem elevar a concentração de alguns compostos 
em determinado ecossistema podendo causar problemas locais (poluição natural) (ROSA, et al., p. 
19).
Podemos dizer então que a sustentabilidade é limitada em ambos os extremos do rendimento econômico. No 
ponto de partida, ela é limitada pela disponibilidade de recursos e, no ponto final, pela acumulação dos produtos 
de seu uso: desperdício, perda e poluição. O consumo e os sistemas de distribuição de material, os processos que 
ligam esses dois extremos, vão ao cerne da questão. A escala do consumo global, tanto público quanto privado, 
depende do tamanho da população e da intensidade do uso de recursos.
Nesse sentido, por meio de ações simples podemos trabalhar a sustentabilidade, como, por exemplo, usar menos 
o carro e, sempre que possível, optar pelo transporte sustentável, como andar de bicicleta ou usar o transporte 
público com mais frequência. No caso de viagens de longa distância, os trens são mais sustentáveis do que os 
aviões, o que causa uma grande quantidade de CO2 emitido na atmosfera.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 2 - Sustentabilidade
Vejamos mais algumas ações simples que contribuem para a sustentabilidade:
1) Coloque em prática os 3 Rs da sustentabilidade.
Reduza (reduce): consuma menos, com mais eficiência. 
Reutilização (reuse): aproveite os mercados de segunda mão, dê uma nova vida aos itens que você não usa mais 
ou encontre algo que alguém tenha se livrado daquilo que você precisa. Você estará economizando dinheiro e 
reduzindo seu consumo. Trocar também é uma solução prática. 
Reciclar (recycle): embalagens, resíduos de eletrônicos etc.
Figura 19 – 3Rs
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), dos 5.561 municípios brasileiros, menos 
da metade (2.751) declaram ter planos de gestão integrada de resíduos. Para mudar esse 
cenário e caminhar para uma política de lixo zero, que consiste no máximo aproveitamento 
e correto encaminhamento dos resíduos recicláveis e orgânicos, especialistas de todo o 
mundo debateram o tema no Congresso Internacional Cidades Lixo Zero, realizado nesta 
semana, em Brasília.
Fonte: MARTINS, 2018.
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Sustentabilidade e Meio Ambiente | Unidade 2 - Sustentabilidade
2) Reduza seu consumo de carne (o gado é um dos maiores contaminadores da atmosfera) e aumente seu 
consumo de frutas e verduras. Coma alimentos locais e sazonais: leia o rótulo e coma alimentos produzidos na 
região, evite as importações que geram mais emissões devido ao transporte.
3) Na medida do possível, evite qualquer coisa que possa ser incendiado com facilidade. Se você quiser comprar 
madeira, escolha a madeira com uma certificação ou selo mostrando sua origem sustentável. Plante uma árvore! 
Ao longo de sua vida, pode absorver até uma tonelada de CO2. 
4) Cobre dos governantes a promoção de energia renovável e medidas regulatórias, como rotular adequadamente 
os produtos (método de pesca usado, rótulos que especificam origens do produto, se são ou não transgênicos, 
etc.).
5) Pense globalmente, aja localmente. Suas ações são necessárias na luta contra as mudanças climáticas. Você 
consegue pensar em alguma outra coisa para fazer? Compartilhe!
6) O plástico nunca irá desaparecer completamente. Todos os anos, a vida marinha é afetada por meio da ingestão 
de plástico pelas aves marinhas, peixes, focas, tartarugas e muitos outros. Podemos começar a minimizar os 
impactos ao meio ambiente reduzindo os resíduos de plástico ao substituir, por exemplo, as sacolas plásticas 
pelas reutilizáveis ao fazer compras, ou não utilizando garrafas plásticas de água, sacos e canudos descartáveis e 
evitando produtos feitos ou embalados em plástico.
7) A conservação da água também é crítica, principalmente pelo fato de que a população da Terra aumenta a 
cada ano. Podemos economizar água tomando banhos mais curtos, consertando vazamentos, não poluindo os 
rios e escolher aparelhos (máquinas de lavar) de baixo fluxo de água. 
8) Devemos manter o carro em boas condições de uso, assim como as nossas residências, melhorando a 
eficiência energética. Devemos utilizar a luz natural para consumir menos lâmpadas, sempre priorizando as de 
baixo consumo. 
A sustentabilidade exige que os seres humanos aprendam a viver em harmonia com o meio ambiente. Fatores 
importantes, como tamanho da população humana, robustez da biosfera, estoque de recursos, suprimento de 
alimentos e qualidade ambiental devem permanecer equilibrados, em escala global. Esse estado de equilíbrio 
deve durar o tempo suficiente para que não seja apenas um pontinho na curva do crescimento insustentável. 
Mesmo que não possamos realmente atingir esse equilíbrio, devemos nos mover nessa direção se a humanidade 
e o ecossistema quiserem sobreviver.
Se as empresas

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