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Roteiro de estudos histologia - Tecido Cartilaginoso

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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
 
TECIDO CARTILAGINOSO 
 
Referência bibliográfica: 
- Capítulo 7 – Tecido Cartilaginoso. In: JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 12ª edição, 2013. 
 
Objetivos: 
• Conhecer a estrutura histológica das cartilagens. 
• Identificar os diferentes tipos de cartilagens. 
• Classificar o tecido cartilaginoso de cada órgão. 
• Descrever as características das cartilagens. 
 
PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS DO TECIDO CARTILAGINOSO 
- O tecido cartilaginoso é uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida 
- Possuem células, os condrócitos, e abundante material extracelular, que constitui a matriz. 
As cavidades da matriz, ocupadas pelos condrócitos, são chamadas lacunas. 
- Uma lacuna pode conter um ou mais condrócitos 
FUNÇÃO: 
 Suporte de tecidos moles 
 Reveste superfícies articulares, em que absorve choques 
 Facilita o deslizamento dos ossos nas articulações 
 É essencial para a formação e o crescimento dos ossos longos, na vida intrauterina e depois 
do nascimento 
- As funções do tecido cartilaginoso dependem principalmente da estrutura da matriz, que é 
constituída por colágeno mais elastina, em associação com macromoléculas de 
proteoglicanos (proteínas + glicosaminoglicanos), ácido hialurônico e diversas 
glicoproteínas 
CARACTERÍSTICAS: 
- Como o colágeno e a elastina são flexíveis, a consistência firme das cartilagens se deve às 
ligações eletrostáticas entre os glicosaminoglicanos sulfatados e o colágeno, e à grande 
quantidade de moléculas de água presas a esses glicosaminoglicanos (água de solvatação), o que 
confere turgidez à matriz 
- O tecido cartilaginoso não contém vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do conjuntivo 
envolvente (pericôndrio) 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 
 
- As cartilagens que revestem a superfície dos ossos nas articulações móveis não têm pericôndrio 
e recebem nutrientes do líquido sinovial das cavidades articulares. Em alguns casos, vasos 
sanguíneos atravessam as cartilagens, indo nutrir outros tecidos 
- O tecido cartilaginoso é também desprovido de vasos linfáticos e de nervos 
TIPOS DE TECIDO CARTILAGINOSO EXISTENTES NO ORGANISMO. EXEMPLOS DE 
LOCALIZAÇÃO DE CADA UM DOS TIPOS DE CARTILAGENS 
- De acordo com as diversas necessidades funcionais do organismo, as cartilagens se diferenciam 
em 3 tipos: 
1. Cartilagem hialina  mais comum e cuja matriz contém delicadas fibrilas constituídas 
principalmente de colágeno tipo II 
2. Cartilagem elástica  possui poucas fibrilas de colágeno tipo II e abundantes fibras elásticas 
3. Cartilagem fibrosa  apresenta matriz constituída principalmente por fibras de colágeno tipo 
I 
CARTILAGEM HIALINA: 
- É o tipo mais frequentemente encontrado no corpo 
humano 
- A fresco, a cartilagem hialina é branco-azulada e 
translúcida 
- Forma o primeiro esqueleto do embrião, que 
posteriormente é substituído por um esqueleto ósseo 
- Entre a diáfise e a epífise dos ossos longos em 
crescimento observa-se o disco epifisário, de cartilagem 
hialina, que é responsável pelo crescimento do osso em 
extensão 
- No adulto, a cartilagem hialina é encontrada 
principalmente na parede das fossas nasais, traqueia e 
brônquios, na extremidade ventral das costelas e 
recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos 
(articulações com grande mobilidade) 
- A cartilagem hialina é formada, em 40% do seu peso 
seco, por fibrilas de colágeno tipo II associadas a ácido 
hialurônico, proteoglicanos muito hidratados e 
glicoproteínas. Outro componente importante da matriz da cartilagem hialina é a glicoproteína 
estrutural condronectina, uma macromolécula com sítios de ligação para condrócitos, fibrilas 
colágenas tipo II e glicosaminoglicanos. Assim, a condronectina participa da associação do 
arcabouço macromolecular da matriz com os condrócitos 
- Em torno dos condrócitos existem zonas estreitas, ricas em proteoglicanos e pobres em colágeno. 
Essas zonas mostram basofilia, metacromasia e reação PAS mais intensas do que o resto da 
matriz, sendo inapropriadamente chamadas de cápsulas, porque inicialmente se acreditava que 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 
 
constituíssem uma parede envolvendo as células. A basofilia da matriz da cartilagem se deve à 
existência dos glicosaminoglicanos que contêm radicais sulfato 
- Sofre calcificação durante a formação de osso endocondral, durante o processo de 
envelhecimento 
FUNÇÕES: 
 Resiste à compressão 
 Proporciona uma superfície lisa e de baixo atrito para as articulações 
 Proporciona um suporte estrutural no sistema respiratório (laringe, traqueia e brônquios) 
 Forma a base para o desenvolvimento do esqueleto fetal e a formação adicional de osso 
endocondral e crescimento do osso 
PRINCIPAIS TIPOS DE CÉLULAS PRESENTES: 
 Condroblastos 
 Condrócitos 
 
CARTILAGEM ELÁSTICA: 
- É encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na 
tuba auditiva, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe 
- É semelhante à cartilagem hialina, porém inclui, além das fibrilas de 
colágeno (principalmente do tipo II), uma abundante rede de fibras 
elásticas, contínuas com as do pericôndrio 
- A elastina confere a esse tipo de cartilagem uma cor amarelada, 
quando examinada a fresco 
- As fibras de elastina podem ser demonstradas por seus corantes 
usuais, como a orceína 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 
 
- Como a cartilagem hialina, a elástica apresenta pericôndrio e cresce principalmente por aposição 
- A cartilagem elástica é menos sujeita a processos degenerativos do que a hialina 
- Não sofre calcificação 
FUNÇÕES: 
 Proporciona suporte flexível aos tecidos moles 
PRINCIPAIS TIPOS DE CÉLULAS PRESENTES: 
 Condroblastos 
 Condrócitos 
CARTILAGEM FIBROSA: 
- A cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem é um tecido com 
características intermediárias entre o conjuntivo denso e a 
cartilagem hialina 
- É encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos em que 
alguns tendões e ligamentos se inserem nos ossos, e na sínfise 
pubiana 
- A fibrocartilagem está sempre associada a conjuntivo denso, 
sendo imprecisos os limites entre os dois 
- Muito frequentemente, os condrócitos formam fileiras 
alongadas 
- A matriz da fibrocartilagem é acidófila, por conter grande 
quantidade de fibras colágenas 
- A substância fundamental (ácido hialurônico, proteoglicanos e 
glicoproteínas) é escassa e limitada à proximidade das lacunas 
que contêm os condrócitos, região em que forma cápsulas basófilas, metacromáticas e PAS-
positivas 
- Na cartilagem fibrosa, as numerosas fibras colágenas (tipo I) constituem feixes que seguem uma 
orientação aparentemente irregular entre os condrócitos ou um arranjo paralelo ao longo dos 
condrócitos em fileiras 
- Na fibrocartilagem não existe pericôndrio 
- Sofre calcificação do calo fibrocartilaginoso durante o reparo ósseo 
FUNÇÕES: 
 Resiste à deformação em caso de estresse 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 
 
PRINCIPAIS TIPOS DE CÉLULAS PRESENTES: 
 Condrócitos 
 Fibroblastos 
TECIDO QUE FORMA O PERICÔNDRIO, FUNÇÕES E LOCALIZAÇÃO DESTA 
ESTRUTURA 
- Todas as cartilagens hialinas, exceto as cartilagens articulares, são envolvidas por uma camada 
de tecido conjuntivo, denso na sua maior parte, denominado pericôndrio 
- Além de ser uma fonte de novos condrócitos para o crescimento, o pericôndrio é responsável pela 
nutrição, oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos da cartilagem, porque nele estão 
localizados vasos sanguíneos e linfáticos, inexistentes no tecido cartilaginoso 
- O pericôndrio é formado por tecido conjuntivo muito rico em fibras de colágeno tipo I na parte 
mais superficial, porém gradativamente mais rico em células à medida que se aproxima da 
cartilagem. Morfologicamente, as células do pericôndriosão semelhantes aos fibroblastos, porém 
as situadas mais profundamente, isto é, próximo à cartilagem, podem facilmente multiplicar-se por 
mitoses e originar condrócitos, caracterizando-se assim, funcionalmente, como condroblastos. 
NUTRIÇÃO DAS CÉLULAS DA CARTILAGEM ARTICULAR 
- As diartroses são as articulações dotadas de grande mobilidade; geralmente são as que unem os 
ossos longos 
- Nas diartroses existe uma cápsula que liga as extremidades ósseas, delimitando uma cavidade 
fechada, a cavidade articular. Esta cavidade contém um líquido incolor, transparente e viscoso, o 
líquido sinovial, que é um dialisado do plasma sanguíneo contendo elevado teor de ácido 
hialurônico, sintetizado pelas células da camada sinovial 
- O deslizamento das superfícies articulares que são revestidas por cartilagem hialina, sem 
pericôndrio, é facilitado pelo efeito lubrificante do ácido hialurônico 
- O líquido sinovial é uma via transportadora de substâncias entre a cartilagem articular (avascular) 
e o sangue dos capilares da membrana sinovial. Nutrientes e O2 passam do sangue para a 
cartilagem articular e CO2 difunde-se em sentido contrário 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 
 
COLÁGENO EXISTENTE NA MATRIZ CARTILAGINOSA 
 Matriz extracelular da cartilagem hialina  fibrilas colágenas do tipo II e monômeros de 
agrecam 
 Matriz extracelular da cartilagem elástica  fibrilas colágenas do tipo II, fibras elásticas e 
monômeros de agrecam 
 Matriz extracelular da fibrocartilagem  fibras colágenas dos tipos I e II, monômeros e 
proteglicanos agrecam e versicano 
GRUPOS ISÓGENOS 
- As peças cartilaginosas crescem por dois mecanismos: 
1. Crescimento intersticial – ocorre por divisão mitótica dos condrócitos. 
2. Crescimento por aposição – ocorre por acréscimo de condrócitos pelo pericôndrio que 
reveste a peça 
- No crescimento intersticial, devido à consistência semirrígida da matriz, as células resultantes 
de uma divisão tendem a permanecer próximas entre si. Elas formam pequenos grupos de células 
denominados grupos isógenos, resultantes da divisão de uma única célula. Portanto, constituem 
pequenos clones de condrócitos. 
- Entre os grupos isógenos existe matriz extracelular 
FUNÇÃO DOS CONDRÓCITOS 
- Os condrócitos são células secretoras de colágeno, principalmente do tipo II, proteoglicanos e 
glicoproteínas, como a condronectina 
- O funcionamento dos condrócitos depende de um balanço hormonal adequado. A síntese de 
proteoglicanos é acelerada por tiroxina e testosterona, e diminuída por cortisona, hidrocortisona e 
estradiol. O hormônio do crescimento, produzido pela hipófise, promove a síntese de 
somatomedina C pelo fígado. A somatomedina C aumenta a capacidade sintética dos 
condroblastos e também a multiplicação dessas células, estimulando o crescimento das cartilagens 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 
 
 
NUTRIÇÃO E OXIGENAÇÃO DOS CONDRÓCITOS 
- Uma vez que as cartilagens são desprovidas de capilares sanguíneos, a oxigenação dos 
condrócitos é deficiente, vivendo essas células sob baixas tensões de oxigênio 
- A cartilagem hialina degrada a glicose principalmente por mecanismo anaeróbio, com formação 
de ácido láctico como produto final. Os nutrientes transportados pelo sangue atravessam o 
pericôndrio, penetram a matriz da cartilagem e alcançam os condrócitos mais profundos. Os 
mecanismos dessa movimentação de moléculas são principalmente a difusão através da água de 
solvatação das macromoléculas e o bombeamento promovido pelas forças de compressão e 
descompressão exercidas sobre as cartilagens. A falta de capilares sanguíneos limita a espessura 
máxima das cartilagens 
SOMATOMEDINA E CRESCIMENTO DAS CARTILAGENS 
- O hormônio do crescimento, produzido pela hipófise, promove a síntese de somatomedina C pelo 
fígado 
- A somatomedina C aumenta a capacidade sintética dos condroblastos e também a multiplicação 
dessas células, estimulando o crescimento das cartilagens 
HISTOGÊNESE DAS CARTILAGENS 
- No embrião, os esboços das cartilagens surgem no mesênquima 
- A primeira modificação observada consiste no arredondamento das células mesenquimatosas, 
que retraem seus prolongamentos e, multiplicando-se rapidamente, formam aglomerados. As 
células assim formadas têm citoplasma muito basófilo e recebem o nome de condroblastos 
- Em seguida, inicia-se a síntese da matriz, o que afasta os condroblastos uns dos outros. A 
diferenciação das cartilagens ocorre do centro para a periferia, de modo que as células mais 
centrais já apresentam as características de condrócitos, enquanto as mais periféricas ainda são 
condroblastos típicos 
- O mesênquima superficial forma o pericôndrio 
 
 
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CRESCIMENTO DAS CARTILAGENS 
- O crescimento da cartilagem se deve a dois processos: 
1. O crescimento intersticial, por divisão mitótica dos condrócitos preexistentes 
2. O crescimento aposicional, que se faz a partir das células do pericôndrio 
- Nos dois casos, os novos condrócitos formados logo produzem fibrilas colágenas, proteoglicanos 
e glicoproteínas, de modo que o crescimento real é muito maior do que o produzido pelo aumento 
do número de células 
- O crescimento intersticial é menos importante e quase só ocorre nas primeiras fases da vida da 
cartilagem. À medida que a matriz se torna cada vez mais rígida, o crescimento intersticial deixa de 
ser viável e a cartilagem passa a crescer somente por aposição 
- Células da parte profunda do pericôndrio multiplicam-se e diferenciam-se em condrócitos, que são 
adicionados à cartilagem. A parte superficial das cartilagens em crescimento mostra transições 
entre as células do pericôndrio e os condrócitos 
REGENERAÇÃO DAS CARTILAGENS 
- A cartilagem que sofre lesão regenera-se com dificuldade e, frequentemente, de modo 
incompleto, salvo em crianças de pouca idade 
- No adulto, a regeneração ocorre pela atividade do pericôndrio 
- Quando há lesão de uma cartilagem, células derivadas do pericôndrio invadem a área destruída e 
dão origem a tecido cartilaginoso que repara a lesão. Quando a área destruída é extensa, ou 
mesmo, algumas vezes, pequena, o pericôndrio, em vez de formar novo tecido cartilaginoso, forma 
uma cicatriz de tecido conjuntivo denso

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