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Recife, 2013 Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia Ivanda Maria Martins Silva Volume 1 Orientações para Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Licenciatura em Letras a Distância Universidade Federal Rural de Pernambuco Reitora: Vice-Reitor: Pró-Reitor de Administração: Pró-Reitor de Atividades de Extensão: Pró-Reitora de Ensino de Graduação: Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Pró-Reitor de Planejamento: Pró-Reitor de Gestão Estudantil: Maria José de Sena Marcelo Brito Carneiro Leão Gabriel Rivas de Melo Delson Laranjeira Mônica Maria Lins Santiago José Carlos Batista Dubeux Júnior Romildo Morant de Holanda Severino Mendes de Azevedo Júnior Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia Diretor Geral e Acadêmico: Coordenadora Geral da UAB: Vice-Coordenadora Geral da UAB: Coordenadora de Cursos de Graduação: Coordenador de Produção de Material Didático: Coordenador Pedagógico: Francisco Luiz dos Santos Marizete Silva Santos Juliana Regueira Basto Diniz Sônia Virgínia Alves França Rafael Pereira de Lira Domingos Sávio Pereira Salazar Produção Gráfica e Editorial Capa: Ilustração de Capa: Projeto de Editoração: Diagramação: Ilustrações: Rafael Lira e Igor Leite <editar> Rafael Lira e Italo Amorim Italo Amorim Hayhallyson Santos, Mário França e Moisés de Souza <SILVA, Ivanda Maria Martins>. Orientações para Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Licenciatura em Letras a Distância / Ivanda Maria Martins Silva – Recife: Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia, UFRPE, 2014. 1ª edição. 1. Trabalho de Conclusão de Curso. 2. Educação a Distância. I. Título. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Sumário Palavrinhas Iniciais .......................................................................................................... 5 A construção do Projeto de Pesquisa ............................................................................ 7 1º Desafio: seleção do tema. Eu vou pesquisar sobre o que mesmo? ...................... 9 Eixo 1: Gêneros Textuais e Ensino de Língua Portuguesa .............................................11 Eixo 2: Leitura e Ensino de Língua Portuguesa ..............................................................11 Eixo 3: Produção Textual e Ensino de Língua Portuguesa ..............................................12 Eixo 4: Análise Linguística e Ensino de Língua Portuguesa ............................................14 Eixo 5: Literatura, Letramento e Ensino ..........................................................................15 2º Desafio: a formulação do problema de pesquisa................................................. 18 3º Desafio: a construção dos objetivos. Para que irei realizar esta pesquisa? ................................................................................................................. 20 Delineando o Objetivo geral ............................................................................................20 Delineando os Objetivos específicos ...............................................................................22 Recapitulando ..................................................................................................................23 4º Desafio: a revisão da literatura. Quais são os autores que irão subsidiar a minha pesquisa? .................................................................................... 23 Você sabe elaborar citações em trabalhos científicos? ...................................................26 Como elaborar citações diretas? .....................................................................................27 E as citações indiretas? Como ficam? .............................................................................28 5º Desafio: a seleção da metodologia. Como eu vou desenvolver esta pesquisa? ......................................................................................................... 29 Refletindo sobre pesquisas quantitativas e qualitativas ..................................................30 A coleta de dados ............................................................................................................31 Selecionando os sujeitos da pesquisa .............................................................................31 Definindo local e momentos da pesquisa ........................................................................32 Selecione as técnicas de coleta de dados .......................................................................32 6º Desafio: planejamento do cronograma de pesquisa. Quando eu irei realizar esta pesquisa? ...................................................................................... 34 7º Desafio: a organização das referências. Como referenciar os textos lidos? ............................................................................................................. 34 8º Desafio: Envio do seu projeto de pesquisa para o professor orientador do TCC .................................................................................................... 36 Palavrinhas Finais .......................................................................................................... 38 Referências ..................................................................................................................... 39 Biografia da Autora ........................................................................................................ 41 5 Palavrinhas Iniciais Olá, cursista! Seja bem vindo(a)! Convidamos você para realizar a leitura atenta deste guia de orientações para a realização do TCC/Trabalho de Conclusão de Curso. Este guia foi produzido especialmente para você, estimado(a) licenciando(a) de Letras, que enfrentou vários desafios para chegar até essa etapa em sua formação profissional. Ao iniciar a construção do TCC/Trabalho de Conclusão de Curso, você poderá se sentir angustiado(a) com o volume de leituras e atividades propostas para que consiga pesquisar e desenvolver seu trabalho final de conclusão de curso. É natural se sentir um pouco sozinho(a), atônito(a), mas certamente você enfrentará mais esse desafio e conquistará sucesso em seus percursos de aprendizagem. Você encontrará orientações iniciais para o planejamento de sua pesquisa, visando à elaboração do projeto para a futura organização do TCC. Lembre-se! Você não estará sozinho nessa jornada. Estaremos sempre juntos(as), tutores(as), professores(as), orientadores(as), coordenações, sempre apoiando você nessa jornada rumo ao conhecimento. Forte abraço! Bons estudos e sucesso sempre! Ivanda Maria Martins Silva Professora autora 7 Capí tu lo 1 A construção do Projeto de Pesquisa Bate-papo Então, vamos lá? Vamos iniciar o processo de construção do Projeto de Pesquisa! A primeira etapa para a construção do TCC/Trabalho de Conclusão de Curso é organizar o seu projeto de pesquisa. Antes de iniciar a pesquisa, é muito importante planejar todas as etapas que irão direcionar a sua investigação. Compare, por exemplo, o ato de pesquisar à ação de fazer compras em um supermercado. Imagine que você decide ir ao supermercado sem uma lista de compras e começa a fazer sua pesquisa pelos produtos de forma desordenada, ou seja, primeiro, você entra na seção de frios e escolhe um queijo, depois vai até a seção de produtos de limpeza e seleciona um sabão em pó. Depois, você se lembra que precisa voltar até a seção de frios, porque se esqueceu de comprar manteiga. Já imaginou? Agora, pense: se você tivesse realizado o planejamento de suas compras,colocando tudo em uma lista com os produtos necessários, será que não seria mais fácil? Certamente seria sim, não é mesmo? Então, o exemplo da lista de compras pode nos ajudar na construção de mapas conceituais para irmos organizando nossas ideias. O mapa conceitual é uma estratégia interessante para irmos associando ideias afins, tendo como base eixos temáticos norteadores. Você pode facilmente realizar uma pesquisa na internet sobre mapas conceituais e irá encontrar vários exemplos. Também veja a dica de leitura para você aprender a fazer mapas conceituais usando as ferramentas do Word. 8 Hiperlink Como fazer um mapa conceitual no Microsoft Word Por Vanessa Lopes http://tecnologia.umcomo.com.br/articulo/como-fazer-um-mapa-conceitual-no-microsoft- word-1893.html Viu como é fácil? Não há segredo! Voltemos, então, para nosso exemplo da lista de compras e vamos tentar organizar nosso mapa conceitual para realizarmos a nossa feira no supermercado com sucesso. Veja que o mapa conceitual a seguir é organizado por eixos temáticos que representam as seções do supermercado onde vamos encontrar os produtos que desejamos comprar. Então, vamos lá? Figura 1 – Mapa conceitual do Supermercado. Viu como ficou mais fácil organizar as nossas compras no supermercado? Agora, que tal comparar essa situação das compras no supermercado ao ato de pesquisar? 9 De olho na dica Pesquisar exige planejamento de todas as etapas que serão importantes para a organização de sua investigação. Veja as etapas listadas na tabela a seguir: Planejamento da Pesquisa (o Projeto) Seleção do Tema Sobre o que pesquisar? Elaboração do Problema de Pesquisa Qual o problema de pesquisa? Justificativa Por quê? Quais as motivações para a realização da pesquisa? Objetivos Para quê? Quais são os objetivos da pesquisa, possíveis metas a serem alcançadas? Revisão da Literatura Que autores irão subsidiar a fundamentação teórica da pesquisa? Metodologia Como a pesquisa será realizada? Quais serão os procedimentos metodológicos? Cronograma Quando? Qual a previsão temporal para a realização da pesquisa? Referências Que fontes de pesquisa foram referenciadas na fundamentação teórica? Tabela 1 – Organização das etapas de pesquisa Puxa! São muitas etapas, não é verdade? Que tal conhecermos cada uma dessas etapas de modo mais detalhado? Vamos lá? 1º Desafio: seleção do tema. Eu vou pesquisar sobre o que mesmo? Você está matriculado(a) na disciplina TCC/Trabalho de Conclusão de Curso e precisa fazer inicialmente seu projeto de pesquisa (já pensado antes em Metodologia da Pesquisa Aplicada ao Ensino de Língua e Literatura). Então, é importante que você reveja suas ideias iniciais e tente selecionar um tema de pesquisa para realização de 10 seu TCC. É fundamental que você considere suas leituras prévias, sua experiência profissional na docência, suas descobertas nas disciplinas do curso, suas investigações e regências no estágio curricular supervisionado, suas experiências com a prática como componente curricular (PCCC/Projetos Interdisciplinares). Você só conseguirá escrever com sucesso se você conhecer e se aproximar do seu tema de pesquisa. Por isso, é muito importante que você realize uma pesquisa exploratória na internet sobre alguns assuntos de seu interesse e que estejam relacionados às possíveis temáticas do seu curso. Lembrete Lembre-se de consultar o Regulamento do TCC do Curso de Licenciatura em Letras. Observe o Art. 6 quando aborda a seleção temática a seguir: Art. 6º Os eixos do ensino de língua portuguesa, tais como: oralidade, leitura, produção textual, análise linguística e literatura, deverão ser priorizados, quando da seleção temática para a organização do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). (Regulamento do TCC do Curso de Licenciatura em Letras a distância da UFRPE, 2013). Então, viu que é simples! Basta selecionar, por exemplo, um eixo temático macro (oralidade, leitura, produção textual, análise linguística e literatura) e depois você vai tentando delimitar um pouco mais esse eixo. Orientações de Estudos Revisite seu plano de pesquisa elaborado em Metodologia da Pesquisa Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa e Literatura e tente selecionar seu tema de pesquisa para o TCC. Pode ser o mesmo tema já iniciado em seu plano de pesquisa, elaborado no 7º período ou você pode ajustar o tema, em função de suas demandas atuais e em conformidade com as orientações do seu orientador. É importante que agora a delimitação temática seja efetivada com a ajuda do professor orientador do TCC. Cada professor terá um espaço virtual de orientação para apoiar suas pesquisas. Sucesso e boa sorte! 11 Bom, para ir ajudando você neste processo de seleção temática, que tal dar uma olhadinha nas possibilidades de temas de pesquisa listados a seguir? Eixo 1: Gêneros Textuais e Ensino de Língua Portuguesa Estudos e pesquisas sobre gêneros textuais estão sendo amplamente requisitados quando se aborda o ensino de língua portuguesa/ literatura. As diversas concepções sobre gêneros e textos, além de reflexões sobre suportes, linguagens e situações comunicativas de circulação e usos dos gêneros e tipos textuais são pontos importantes em estudos que abordam esse eixo temático. 1.1. Gêneros textuais e ensino de língua portuguesa Promover uma reflexão geral (macro) sobre o ensino de língua portuguesa na educação básica, considerando os gêneros textuais (de modo amplo) como alternativas para motivar a aprendizagem dos alunos para os eixos de língua portuguesa. 1.2. A representação dos gêneros textuais nos livros didáticos de Língua Portuguesa Analisar a representação de gêneros textuais nos livros didáticos de Língua Portuguesa, considerando a diversidade de gêneros e as atividades propostas para leitura e/ou produção textual. 1.3. Análise de gêneros discursivos da oralidade Estudar os gêneros discursivos da oralidade, tendo em vista reflexões sobre representações em livros didáticos, bem como na prática docente do professor de língua portuguesa e literatura. Eixo 2: Leitura e Ensino de Língua Portuguesa A leitura revela-se como um grande eixo temático que vem sendo amplamente estudado, sob diversas perspectivas. As dificuldades dos educandos em relação às práticas de leitura e os desafios dos docentes acerca do ensino de estratégias de leitura na escola são aspectos importantes na contextualização dessa rede temática. 2.1. Leitura de histórias em quadrinhos em sala de aula Abordar as histórias em quadrinhos, tendo em vista o eixo da leitura para o ensino de língua portuguesa. Pesquisar as histórias 12 de Maurício de Sousa no portal turma da Mônica. Neste portal, está disponível a Máquina de Quadrinhos, ferramenta que possibilita a criação de histórias em quadrinhos. 2.2. Leitura de imagens: telas de pinturas na dinâmica de sala de aula Os alunos não têm o hábito de ler imagens. Seria importante abordar a relevância da leitura de imagens na formação de leitores críticos. Pode-se trabalhar com pintores clássicos que representam traços culturais (Portinari, Tarsila do Amaral, etc.). Por exemplo, a representação da seca em telas de Portinari poderia gerar a ideia de projetos didáticos na escola, articulando a leitura sob um olhar interdisciplinar. 2.3. O ensino da leitura: a magia das capas de revistas Abordar a diversidade de capas de revistas em meio impresso e digital, a estrutura das capas. Trabalhar com os elementos da comunicação (emissor, canal, código, receptor....) a fim de o aluno perceber que cada revista tem um interlocutor específico. Articular a leitura de capas de revistas à criticidade. 2.4. Escolarização das práticas de leitura Estudar o processo de escolarização das práticas de leitura, tendo em vista as funções das atividades de leitura em sala de aula. 2.5. Estratégias metodológicas na formação de leitores: pedagogia da leitura Investigar estratégias metodológicas recorrentes em sala de aulana formação de leitores, tendo em vista a análise de atividades direcionadas às práticas de leitura na escola. Eixo 3: Produção Textual e Ensino de Língua Portuguesa A produção textual tem se revelado como importante tema para pesquisa na área do ensino de língua portuguesa, em função da problemática em relação à motivação dos alunos para as práticas de letramento. Várias são as reflexões sobre dificuldades dos discentes da educação básica quanto à produção de textos, tendo em vista a diversidade de textos, gêneros e suportes. Além disso, é importante compreender as relações entre enunciador (autor) e enunciatários (leitores) no 13 processo de interação por meio das práticas de produção textual. 3.1. Fábulas: dinâmicas de leitura e produção textual A fábula é um gênero importante, pois funciona como espécie de alegoria da sociedade. Também revela ensinamentos, por meio da moral da história. Abordar a estrutura do texto narrativo para as práticas de leitura e produção textual. 3.2. Trabalhando com notícias de jornais em sala de aula Os alunos não têm o hábito de ler jornais. As notícias de jornais podem se transformar em um recurso lúdico para se abordar o ensino de língua portuguesa. Pode-se estimular a criação de notícias a partir de temas importantes dentro da própria escola. 3.3. O papel do blog nas atividades de produção textual na escola A escola precisa trabalhar com os gêneros digitais em sala de aula.Vários alunos estão nas redes sociais e muitos já têm blogs. A produção de textos pode ser importante quando articulada às demandas da internet (do ciberespaço), no sentido de motivar os alunos. Pode-se trabalhar com a construção do blog da turma, por exemplo, a fim de o aluno manter interação com os colegas e com o professor dentro e fora da escola. 14 3.4. Mural de recados do Facebook: dinamizando a escrita no ensino médio Aqui seria importante abordar o uso pedagógico da rede social Facebook para as praticas de produção textual no ensino médio. A rede social pode ser usada como estímulo à pesquisa e a produção escrita. Há também outra rede (skoob.com.br) que trabalhar com mural de livros online. 3.5. A autobiografia nas práticas de escrita em sala de aula Motivar os alunos à prática da escrita na escola, tendo em vista as características do gênero biografia, sobretudo autobiografia. 3.6. Letramento digital e ensino de língua portuguesa: dos livros impressos aos e-books Analisar práticas de letramento digital, considerando a leitura e a escrita em novos suportes tecnológicos. 3.7. Redação ou produção textual: desafios para o ensino médio Abordar distinções entre ensino da redação e ensino da produção textual, tendo em vista os desafios para o ensino médio na preparação dos estudantes para o ENEM. Eixo 4: Análise Linguística e Ensino de Língua Portuguesa O ensino crítico-reflexivo da gramática tem se revelado como grande desafio para os docentes da educação básica. A análise linguística, 15 em sintonia com a análise textual e as questões dos tipos de textos e gêneros, vem transformando o ensino de língua portuguesa de modo mais significativo. 4.1. Tirinhas: como motivar a aprendizagem da análise linguística? Trabalhar com a análise linguística (pode ser pontuação), por meio das tirinhas. Pode-se pesquisar na internet tirinhas que são publicadas em jornais, revistas. 4.2. Gramática textual na escola: usos e reflexões Discutir como a gramática textual poderia ser abordada de modo eficaz na escola, considerando principais desafios para o ensino da análise linguística na educação básica. 4.3. O papel da análise linguística nos livros didáticos de Língua Portuguesa Analisar o tratamento da análise linguística nos livros didáticos de língua portuguesa. De que modo o livro didático aborda noções gramaticais? 4.4. Diversidade linguística: contribuições da sociolinguística para o ensino da análise linguística Considerar a diversidade linguística como objeto de estudo da Sociolinguística, analisando de que modo as contribuições da Sociolinguística podem apoiar o estudo da análise linguística. Eixo 5: Literatura, Letramento e Ensino Estudos no campo da literatura, discutindo o processo de escolarização da leitura literária e as práticas de letramento literário, têm se destacado no cenário das pesquisas na área de Letras. O ensino da literatura vem sendo alvo de interesse de pesquisadores que investigam propostas de se trabalhar o letramento literário de forma crítica no contexto escolar, considerando questões sobre gêneros literários, períodos e estilos literários, perspectivas intersemióticas para análise e ensino da literatura, além de outros subtemas importantes. 5.1. Contos de fadas: fantasias e releituras Poderia abordar releituras de contos de fadas, trabalhando com a intertextualidade, para motivar o eixo da oralidade, por exemplo, a contação de histórias. Aqui seria importante destacar que os 16 contos de fadas podem estimular a imaginação dos leitores, a criação de mundos possíveis e, muitas vezes, essa capacidade imaginativa dos alunos não está sendo devidamente abordada na escola. Pode-se trabalhar com contos clássicos e possíveis releituras (em filmes ou outros textos). 5.2. Poemas, rimas e brincadeiras: contribuições para o letramento literário Focalizar o conceito de letramento literário e utilizar poemas para crianças, a fim de estimular o caráter lúdico em atividades de leitura e produção. José Paulo Paes é um autor que trabalha muito com poemas para crianças. 5.3. Literatura infantojuvenil em sala de aula Abordar a prática do letramento literário, por meio da literatura infantojuvenil, considerando estratégias didáticas para motivar a leitura de obras infantojuvenis no ensino fundamental. 5.4. Contação de histórias: descobrindo o imaginário da literatura infantojuvenil Enfatizar a contação de histórias na formação do leitor crítico, considerando o universo ficcional da literatura infantojuvenil. 5.5. Desafios para o ensino da Literatura brasileira Realizar pesquisa sobre o ensino de literatura brasileira, considerando questões sobre currículo, recursos didáticos e materiais didáticos, articulando com a prática docente. 5.6. Literatura e outras linguagens: perspectivas intersemióticas Pesquisas sobre interfaces entre literatura e outras linguagens, outros campos semióticos (literatura e cinema, literatura e pintura, 17 literatura e fotografia, etc.). 5.7. Literatura e expressões inter/multiculturais Pesquisas sobre literatura e suas conexões com expressões inter/multiculturais, refletindo sobre representações sociais, étinicorracais, etc. 5.8. Literatura, mídias e tecnologias digitais Análise das influências tecnológicas nas práticas de leitura e escrita de obras literárias em novos suportes tecnológicos. Discutir o futuro do livro impresso e suas conexões com os livros digitais, analisando as implicações no campo do ensino da literatura na eudcação básica. Uma pausa para reflexão “Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias.” (Pablo Neruda) Ufa! Viu quantas possibilidades de temas de pesquisa? Agora, é importante que você compreenda que essa lista é apenas uma sugestão, ok? Você pode ter pensado em um tema completamente diferente dos apresentados. Não há problema. A lista temática foi inserida apenas para que você tenha uma ideia das possibilidades que a pesquisa na área de Letras oferece, sobretudo, considerando o ensino de língua/ 18 literatura na educação básica. Orientações de Estudos Selecione seu tema de pesquisa, observe as orientações de seu orientador e continue pesquisando sobre o tema selecionado. Então... Agora, é o momento de embarcarmos em outra viagem: a formação do problema de pesquisa. Preparado(a) para mais este desafio? 2º Desafio: a formulação do problema de pesquisa O problema de pesquisa é a chave de sua investigação.O problema de pesquisa pode surgir em função de uma determinada necessidade, de uma curiosidade a respeito de algo, ou ainda, de uma problemática para a qual se busca uma possível solução. Nesse sentido, podemos dizer que um problema de pesquisa é um questionamento sobre determinada situação que necessita de discussão, investigação, decisão ou solução. Para tentar encontrar possíveis respostas para tal questionamento, é preciso realizar uma profunda reflexão acerca do objeto de estudo, com apoio de uma revisão da literatura. Mas, você pode estar se perguntando: Que características devem ser apresentadas no problema de pesquisa? Que passos devo seguir para formular o problema de minha pesquisa? Então, veja as dicas a seguir: 1. Tente fazer o mapa conceitual de sua pesquisa, refletindo sobre a rede temática que será a chave para a sua investigação. Observe o exemplo que demos do mapa conceitual para você realizar compras no supermercado. Tente fazer o mesmo com seu possível tema de pesquisa. 2. Descreva o problema de pesquisa, de forma clara e simples, e procure destacar as palavras-chaves. 19 3. Elabore o problema de pesquisa de modo conciso, procurando ater-se, aproximadamente, a um parágrafo. Transforme seu tema em um questionamento que dará origem ao seu problema de pesquisa. 4. Procure responder, para você mesmo(a), por que o problema de pesquisa formulado merece uma investigação? Não se esqueça! Para realizar a pesquisa, você precisa procurar informações relacionadas com o problema a ser resolvido. Lembre-se: quando você formular o problema de sua pesquisa considere o seu conhecimento prévio e atual do assunto. Formule o problema de forma espontânea, apresentando uma descrição do mesmo, de maneira clara, explicando como você chegou a ele, contextualizando-o e procurando responder, de modo especial, à questão principal: “O quê você pretende pesquisar?” Que tal observar o exemplo a seguir? João é um estudante do Curso de Licenciatura em Letras a distância e precisa elaborar seu problema de pesquisa. O tema de pesquisa que João selecionou é: Tema de Pesquisa: A intertextualidade na motivação de práticas de letramento literário no ensino fundamental (6º ao 9º anos). Com base nesse tema, João está formulando o seguinte problema de pesquisa: Problema de pesquisa: De que modo a intertextualidade poderá se transformar em um instrumento importante na motivação das práticas de letramento literário do aluno do ensino fundamental (6º ao 9º anos), considerando a intertextualidade como processo de absorção e transformação de intertextos, especialmente na obra Romeu e Julieta, de Maurício de Sousa? Viu como foi simples? Você acha que João está no caminho certo? Provavelmente com esse planejamento inicial, João não correrá o risco de se perder no meio da pesquisa, não é mesmo? Que tal agora você tomar a mesma iniciativa de João? Pense em seu tema e em seu problema de pesquisa e já comece a rabiscar suas ideias. 20 Vá exercitando, então... Escreva seu TEMA DA PESQUISA: Formule o seu PROBLEMA DA PESQUISA: 3º Desafio: a construção dos objetivos. Para que irei realizar esta pesquisa? Você já parou para pensar na importância dos objetivos em uma pesquisa? Ainda não? Então, é bom você começar a se preocupar com os objetivos de sua pesquisa. Observe que a elaboração dos objetivos da pesquisa precisa considerar a especificidade do tema que você pretende investigar. Os objetivos irão orientar os aspectos cruciais que você irá abordar, a partir de seu tema de pesquisa selecionado, bem como de acordo com o problema de pesquisa. É importante que você reflita sobre o objetivo geral e os objetivos específicos de sua pesquisa para que consiga realizar a investigação com sucesso. Então, que tal debatermos um pouco sobre o desenho do objetivo geral e dos objetivos específicos para o planejamento da pesquisa? Vamos lá? Delineando o Objetivo geral Em uma pesquisa, os objetivos respondem a possíveis questionamentos, como, por exemplo: 1. Para que realizar essa pesquisa? 2. Qual a finalidade principal para desenvolver a pesquisa? 21 O objetivo geral está ligado a uma visão global e abrangente do tema. Normalmente, o objetivo geral é elaborado, tendo em vista dimensões mais amplas que precisam estar articuladas aos objetivos mais específicos. Voltemos à história de João, nosso pesquisador. Observe novamente o tema e o problema de pesquisa, os quais foram planejados inicialmente por João. Tema de Pesquisa: A intertextualidade na motivação de práticas de letramento literário no ensino fundamental (6º ao 9º anos). Problema de pesquisa: De que modo a intertextualidade poderá se transformar em um instrumento importante na motivação das práticas de letramento literário do aluno do ensino fundamental (6º ao 9º anos), considerando a intertextualidade como processo de absorção e transformação de intertextos, especialmente na obra Romeu e Julieta, de Maurício de Sousa? Agora, João precisa começar a pensar no objetivo geral de sua pesquisa. Diante desse desafio, o pesquisador propõe o seguinte objetivo geral: Objetivo Geral: Estudar a intertextualidade na literatura infanto-juvenil, sobretudo, na obra de Maurício de Sousa (Romeu e Julieta), como recurso motivador das práticas de letramento literário no ensino fundamental (6º ao 9º anos). Viu como é simples! Basta pensar no tema e tentar direcionar a 22 pesquisa para uma determinada ação que se pretende realizar. Agora, entram em cena os objetivos específicos: Delineando os Objetivos específicos Os objetivos específicos apresentam caráter mais concreto, palpável. Esses objetivos propiciam, por um lado, a concepção do objetivo geral e, por outro, a aplicação do objetivo geral em situações particulares. A especificação dos objetivos de uma pesquisa deve responder às perguntas: Para quê? Para quem? Você sabe como redigir os objetivos? É muito importante que os objetivos sejam claros, concisos, redigidos com os verbos no infinitivo, por exemplo: estudar, investigar, analisar, descrever, caracterizar, determinar, buscar, aplicar, avaliar, classificar, descrever, distinguir, enumerar, reconhecer, explicar, etc. No caso de João, os objetivos específicos foram pensados da seguinte forma: 1. Realizar estudo comparativo entre a obra Romeu e Julieta, de Maurício de Sousa e o clássico Romeu e Julieta, de Shakespeare, considerando o processo de adaptação e transformação do intertexto para a linguagem em quadrinhos. 2. Avaliar a recepção e o horizonte de expectativas dos alunos do ensino fundamental (sobretudo, 6º ao 9º anos), quando da leitura da obra de Maurício de Sousa, tendo em vista as características do gênero HQ (Histórias em quadrinhos). 3. Investigar principais dificuldades dos alunos no processo de leitura literária, oportunizando a ampliação de práticas de letramento literário na escola. 4. Organizar atividades de produção textual, no sentido de o discente criar novas versões para a história de Romeu e Julieta, percebendo a natureza e as características do texto narrativo literário e considerando a diversidade de linguagens, suportes e mídias para circulação dos textos. Pronto! João já pensou em seu tema, seu problema de pesquisa, e agora já organizou o objetivo geral e os objetivos específicos para iniciar a sua investigação. Que tal seguir os passos de João? Veja as dicas a seguir e boa sorte!! 23 Recapitulando 1. Uma vez delimitados o seu tema e o seu problema de pesquisa, é necessário definir quais objetivos você pretende alcançar com a sua pesquisa. Tente pensar no objetivo geral e nos objetivos específicos, detalhando-os, de forma concisa e precisa. 2. Nesta etapa de seu planejamento é muito importante que você defina claramente os termos e o enfoque que está utilizando no seu Projeto de Pesquisa. Para tanto, observe os passos descritos a seguir: • Retome o seu Projeto de Pesquisa, nos itens que já foram elaborados. •Dê uma lida mais atenta e procure identificar os seus objetivos, ou seja, que resultados pretende alcançar. • Lembre-se que nessa nossa proposta você tem sempre a possibilidade de refazer o seu Projeto de Pesquisa, no sentido de aperfeiçoá-lo. • Continue lendo e pesquisando textos que poderão subsidiar o seu trabalho de pesquisa. As leituras continuam fundamentais para sedimentar o seu trabalho. 4º Desafio: a revisão da literatura. Quais são os autores que irão subsidiar a minha pesquisa? Chegamos à etapa da elaboração da revisão da literatura. Você já ouviu falar nesse assunto? Ainda não? Não se preocupe, são tantos 24 termos que às vezes ficamos confusos. Referencial teórico, aporte teórico, revisão da literatura, pressupostos teóricos, revisão da bibliografia,... Ufa, parece que não termina nunca, não é mesmo? O fato é que não importa a terminologia, mas é preciso ler muito sobre o seu tema de pesquisa para consolidar a sua revisão da literatura, ou seja, a parte de seu trabalho que irá revelar principais autores e abordagens que irão fundamentar sua investigação. Assim, a revisão da literatura irá dar conta de TUDO o que você conseguir pesquisar em livros, artigos, teses, monografias, dissertações, manuscritos, sites, ou seja, tudo que tenha relevância para o seu projeto. É importante considerar autores que deem respaldo a sua abordagem, tendo em vista o que você pretende analisar. Tente fazer um recorte teórico, selecionando, por exemplo, três autores e suas respectivas abordagens que consigam alimentar e fundamentar sua pesquisa. Pense em autores de base que revelem conhecimento sobre o seu objetivo de estudo. Vale lembrar que: a Revisão da Literatura não é uma mera menção “Fulano disse, sicrano descobriu, beltrano recomenda...” Cada obra, ideia ou autor citados merecem ser comentados criticamente por você. Revele as conexões entre os autores citados e as abordagens de base para a fundamentação de sua pesquisa. O formato da construção da Revisão da Literatura não é fixo. Você pode desenvolver a Revisão da Literatura da maneira que lhe parecer mais coerente com sua pesquisa. Mas, mantenha o espírito e propósito desta seção: você demonstra que conhece a bibliografia pertinente, sabe separar o que é relevante do que não é e usar os autores como seus aliados na construção do seu caso. Voltando para o caso de nosso pesquisador, João, a pesquisa aponta para a necessidade de construir uma revisão da literatura que apresente autores para as categorias: ● Estética da Recepção: para tratar dessa categoria teórica, João poderia pesquisar autores, como Wolfgand Iser e Hans Robert Jauss. Veja algumas das obras que João poderia ler para realizar sua pesquisa: 1. ISER, W. “A interação do texto com o leitor”. in : LIMA, Luiz Costa. (Org. ) A literatura e o leitor. Rio de Janeiro: Paz e 25 Terra, 1979. 2. ISER, W. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. São Paulo: Ed. 34, 1996. 3. JAUSS, H. Literatura Como Provocação. Vega, 1993. 4. JAUSS, H. História da Literatura como Provocação à Ciência Literária. São Paulo: Ática, 1994. ● Intertextualidade: para fundamentar a questão da intertextualidade, João poderia recorrer aos seguintes autores: 1. HUTCHEON, L. Uma teoria da paródia: ensinamentos das formas de arte do século XX. Trad. Teresa Louro Pérez. Lisboa: Edições 70, 1985. 2. JENNY, L. et alii. Intertextualidades. Poétique: revista de teoria e análise literárias. Trad. Clara Crabbé Rocha. Coimbra: Almeidina, 1979. 3. KRISTEVA, J. Introdução à semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974. ● Gênero Histórias em Quadrinhos: como João irá trabalhar com o gênero HQ, é importante também referenciar autores que abordam esse subtema: 1. CIRNE, Moacy. Quadrinhos, sedução e paixão. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. 2. McCLOUD, Scott. Desvendando os quadrinhos. São Paulo: M. Books, 2005 ● Literatura na escola: também é importante destacar que a pesquisa de João requer uma discussão sobre o papel da literatura na escola, visto que o pesquisador irá tratar de questões relativas à leitura literária e às práticas de letramento literário. Nesse sentido, seria interessante se João também pesquisasse sobre o letramento literário e as características do texto literário. Assim, a proposta de leitura seria: 1. COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Editora Contexto, 2009. Você percebeu que a construção da Revisão da Literatura requer o aprofundamento de suas leituras e pesquisas? Então, não perca mais tempo! Comece rapidinho a pesquisar tudo o que você conseguir para facilitar a construção de sua Revisão da Literatura. Observe a dica a seguir: 26 Você sabe elaborar citações em trabalhos científicos? Em trabalhos científicos devemos ter sempre a preocupação de fazer referências precisas às ideias, frases ou conclusões de outros autores, isto é, citar a fonte (livro, revista e todo tipo de material produzido gráfica ou eletronicamente) de onde são extraídos esses dados. As citações podem ser: ● Diretas, quando se referem à transcrição literal de uma parte do texto de um autor, conservando-se a grafia, pontuação, idioma, etc, devem ser registradas no texto entre aspas. ● Indiretas, quando são redigidas pelo(s) autor(es) do trabalho a partir das ideias e contribuições de outro autor, portanto, consistem na reprodução do conteúdo e/ou ideia do documento original; devem ser indicadas no texto com a expressão: conforme ... (sobrenome do autor). Dica Importante! Pesquisar autores e abordagens é uma tarefa importante na construção de sua Revisão da Literatura! LEMBRE-SE! Pesquisar não é simplesmente COPIAR E COLAR. O plágio é CRIME, pois atenta contra as leis de direitos autorais. Você precisa saber elaborar citações, com base nas pesquisas realizadas. As citações fundamentam e melhoram a qualidade científica do trabalho, portanto, elas têm a função de oferecer ao leitor condições de comprovar a fonte das quais foram extraídas as ideias, frases ou conclusões, possibilitando-lhe ainda aprofundar o tema/assunto em discussão. Têm ainda como função, acrescentar indicações bibliográficas de reforço ao texto. As fontes podem ser: ● Primárias: quando é a obra do próprio autor que é objeto de estudo ou pesquisa. ● Secundárias: quando se trata da obra de alguém que estuda o pensamento de outro autor ou faz referência a ele. Conforme a ABNT (NBR 6023), as citações podem ser registradas tanto em notas de rodapé chamadas de Sistema Numérico, como no 27 corpo do texto, chamado de Sistema Alfabético. De olho na dica Na elaboração de sua Revisão da Literatura, tente priorizar o Sistema Alfabético para as citações. Como elaborar citações diretas? Vamos começar pelas citações curtas. Citações Curtas: as citações curtas, com até 3 linhas, deverão ser apresentadas no texto entre aspas. A referência ao autor poderá estar no texto ou ao final da citação, neste caso, usa-se o sobrenome do autor entre parênteses e em letras maiúsculas. Veja os exemplos a seguir: Exemplo 1: É neste cenário, que “[...] a AIDS nos mostra a extensão que uma doença pode tomar no espaço público. Ela coloca em evidência de maneira brilhante a articulação do biológico, do político, e do social.” (HERZLICH e PIERRET, 1992, p.7). Exemplo 2: Segundo Paulo Freire (1994, p. 161), “[...] transformar ciência em conhecimento usado apresenta implicações epistemológicas porque permite meios mais ricos de pensar sobre o conhecimento [...]”. Exemplo 3: Nóvoa (1992, p.16) se refere à identidade profissional da seguinte forma: “A identidade é um lugar de lutas e conflitos, é um espaço de construção de maneiras de ser e de estar na profissão.” Agora, você precisa conhecer um pouco mais sobre as citações longas. Citações longas: as citações longas, com mais de 3 linhas, deverão ser apresentadas em destaque (normalmente, usa-se o itálico), separadas do texto por um espaço. O trecho transcrito é feito emespaço simples de entrelinhas, fonte tamanho 10, com recuo de 4 cm da margem esquerda. Ao final da transcrição, faz-se a citação. 28 Observe os exemplos a seguir: Exemplo 1: As autoras apontam que: [...] para compreender o desencadeamento da abundante retórica que fez com que a AIDS se construísse como ‘fenômeno social’, tem- se freqüentemente atribuído o principal papel à própria natureza dos grupos mais atingidos e aos mecanismos de transmissão. Foi construído então o discurso doravante estereotipado, sobre o sexo, o sangue e a morte [...]. (HERZLICH e PIERRET, 1992, p.30). Exemplo 2: A escolha do enfoque qualitativo se deu porque concebemos a pesquisa qualitativa na linha exposta por Franco (1986, p.36), como sendo aquela que: [...] assentada num modelo dialético de análise, procura identificar as múltiplas facetas de um objeto de pesquisa (seja a avaliação de um curso, a organização de uma escola, a repetência, a evasão, a profissionalização na adolescência, etc.) contrapondo os dados obtidos aos parâmetros mais amplos da sociedade abrangente e analisando-os à luz dos fatores sociais, econômicos, psicológicos, pedagógicos, etc. [...]. E as citações indiretas? Como ficam? No caso das citações indiretas, é importante reproduzir a ideia do(a) autor(a) consultado(a) sem, contudo transcrevê-la literalmente. Nesse caso, as aspas ou o itálico não são necessários, todavia, citar a fonte é indispensável. Veja os exemplos: Exemplo 1: De acordo com Freitas (1989), a cultura organizacional pode ser identificada e aprendida através de seus elementos básicos tais como: valores, crenças, rituais, estórias e mitos, tabus e normas. Exemplo 2: A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida através de seus elementos básicos tais como: valores, crenças, rituais, estórias 29 e mitos, tabus e normas. Existem diferentes visões e compreensões com relação à cultura organizacional. O mesmo se dá em função das diferentes construções teóricas serem resultantes de opções de diferentes pesquisadores, opções estas que recortam a realidade, detendo-se em aspectos específicos (FREITAS, 1989). Exemplo 3: A expressão latina apud (citado por, conforme, segundo) é utilizada quando se faz referência a uma fonte secundária. Observe: É na indústria têxtil de São Paulo que temos o melhor exemplo da participação da família na divisão do trabalho. A mulher, neste setor, tem uma participação mais ativa na gestão dos negócios e os filhos um envolvimento precoce com a operação da empresa da família. (DURAND apud BERHOEFTB, 1996, p.35). Viu como é fácil? Você pode pesquisar e realizar vários tios de citações para organizar a sua Revisão da Literatura. Só não vale COPIAR E COLAR, sem dizer a fonte pesquisada, ok? Vamos, então, ao próximo desafio? 5º Desafio: a seleção da metodologia. Como eu vou desenvolver esta pesquisa? Nessa etapa do planejamento de sua pesquisa, é muito importante refletir sobre o recorte metodológico. Em outros termos, você precisa pensar em COMO desenvolver a pesquisa. Alguns questionamentos são relevantes, como: Que tipo de pesquisa pretendo desenvolver? Quais os dados que serão analisados? Onde a pesquisa será realizada? Quais os procedimentos metodológicos a serem utilizados? Quantos sujeitos e quantos instrumentos de coleta serão utilizados? Onde encontrar as respostas sobre o tema que estuda? Quem pode tê-las? Que fenômenos ou fatos expressam essa realidade? Em que contexto obtê-los? Ao selecionar a metodologia, você precisa decidir sobre o tipo de dados importantes para o estudo: dados quantitativos, dados qualitativos, ou uma combinação, uma complementaridade entre eles? 30 Refletindo sobre pesquisas quantitativas e qualitativas Os dados quantitativos remetem a elementos mensuráveis, passíveis de tratamento numérico e análise estatística. Você pode realizar uma pesquisa de natureza quantitativa, buscando investigar quantos alunos estão matriculados no ensino fundamental de uma determinada escola e quantos destes revelam dificuldades na aprendizagem das práticas de leitura literária, por exemplo. Assim, você poderia aplicar um questionário, instrumento de coleta de dados, para obter as informações que procura e depois levantar gráficos, com base em dados estatísticos. Esses dados podem dimensionar o universo que estamos investigando. Muitas pesquisas podem ficar por aí. Neste caso, diremos que foi feito um levantamento de dados. No entanto, diante dos dados quantitativos, você ainda pode buscar construir significações para a problemática estudada. Você pode querer ouvir professores e alunos sobre as principais dificuldades de leitura literária. Nesse sentido, você pode focalizar as visões e concepções dos professores, ou ainda analisar depoimentos de alunos sobre as dificuldades nas práticas de leitura realizadas na escola. Ao entrar no campo das significações e do sentido, você pode mergulhar num mundo de subjetividade muito importante, de onde pode buscar respostas fundamentais para entender todo o processo e os resultados esperados para a pesquisa. Estamos diante de uma pesquisa que busca qualificar os dados e não apenas quantificar estatisticamente. 31 Na abordagem qualitativa, esperamos que os sujeitos participantes do estudo colaborem com suas reflexões, dúvidas, sugestões, apontando dificuldades, facilidades, desafios, perspectivas, acervos, experiências, de modo que suas percepções e experiências contribuam para o conhecimento do tema, sua natureza, problemática, possibilidades de abordagem, análise e interpretação, estudos já realizados, resultados e dificuldades encontrados por outros pesquisadores. Nesse tipo de investigação, o que menos interessa é a quantidade (embora você possa, complementarmente, agrupar respostas por proximidades e convergências). Na pesquisa qualitativa, a natureza das respostas dos sujeitos participantes é o eixo principal da análise dos dados. Desse modo, o pesquisador fica muito interessado nas respostas, nas opiniões, nas concepções e crenças dos sujeitos participantes. Diante das respostas dos sujeitos, o pesquisador realiza interpretações e a subjetividade surge como um ponto importante nas análises. Saiba Mais As abordagens quantitativas e qualitativas podem combinar-se dialogicamente, embora, seja importante considerar que são dimensões distintas e inconfundíveis. A coleta de dados Após selecionar o tipo de abordagem (se quantitativa ou qualitativa, ou ainda, uma mescla dos dois tipos), é hora de selecionar as técnicas e instrumentos de coleta de dados mais convenientes para sua pesquisa. Lembrete A escolha dos caminhos metodológicos tem relação direta com O QUE você investiga. Na hora de escolher os instrumentos de coleta de dados, considere a natureza do fenômeno, o objetivo de sua pesquisa, a abordagem metodológica definida. Selecionando os sujeitos da pesquisa Você já parou para pensar nos sujeitos participantes de sua pesquisa? Defina agora quem participará do seu estudo: se a totalidade 32 (universo) dos indivíduos que possuem as características definidas, ou se apenas uma amostra deles. Definindo local e momentos da pesquisa É fundamental que você reflita sobre onde e quando irá coletar dados. Pense no trabalho de campo, ou seja, momento em que, como pesquisador, você entra em contato direto com as pessoas estudadas. Se sua pesquisa será realizada em uma escola, por exemplo, você precisa entrevistar a Direção e solicitar permissão para iniciar a coleta de dados. Organize um documento de livre consentimento e solicite a assinatura dos sujeitos envolvidos na pesquisa. Planeje, também, quando a pesquisa será realizada, ou seja, tente organizar o seu cronograma com a programação das etapas da pesquisa e o tempo previsto para cada ação que será desenvolvida. Selecione as técnicas de coleta de dados Existem vários tipos de técnicas que poderão ajudar a sua coleta de dados. Veja a seguir alguns tipos.Observação A observação é utilizada para obter informações sobre fatores explícitos e implícitos de determinados aspectos da realidade estudada. A observação costuma ser compreendida como ponto de partida da pesquisa. Há vários tipos de observação, como os descritos a seguir: ● Observação sistemática: ocorre em situação controlada, com propósito pré-estabelecido pelo pesquisador. ● Observação assistemática: ocorre de modo espontâneo, informal, em estudos exploratórios, de modo que as descobertas ocorram de modo casual, sem planejamento rígido por parte do pesquisador. ● Observação participante: o pesquisador se insere no grupo e confunde-se com ele, participando das atividades, exercendo influência e sendo influenciado. ● Observação não participante: o pesquisador presencia o fato, mas não interfere, permanecendo como espectador. 33 Dica Importante! Se sua pesquisa irá utilizar a observação, é preciso que você realize um registro cuidadoso de suas observações, por meio de notas de campo, diários de campo, formulários, registros em vídeo ou áudio, fichas de observação, etc. Entrevista A entrevista pode ser um instrumento importante na coleta de dados, dependendo do tipo de pesquisa que se pretende realizar. Antes de realizar a entrevista, é fundamental realizar um planejamento, refletindo sobre o objetivo principal e os assuntos que serão abordados. Análise de Conteúdo Com base no material coletado durante a pesquisa, você pode optar pela análise de conteúdo, visando interpretar os dados coletados. A análise de conteúdo requer meticulosa e sistemática identificação, descrição e classificação do conteúdo evidente de comunicação. Na análise de conteúdo, o interesse maior do pesquisador está na captação das ideias e seus significados. É importante eleger unidades de análise, ou seja, quais elementos se considera como fundamentais para a qualidade do próprio estudo e seus resultados. Questionários Os questionários também são instrumentos importantes na coleta de dados, pois permitem abordar aspectos objetivos e subjetivos sobre sujeitos participantes da pesquisa. Os questionários devem estar de acordo com os objetivos da pesquisa. É preciso ter cuidado com a redação das perguntas apresentadas nos questionários, pois a clareza e a precisão são indispensáveis. Você poderá variar as perguntas quanto ao formato, com perguntas fechadas ou abertas. Alguns pesquisadores preferem as perguntas fechadas pela eficácia na coleta de dados, classificação e análise, mas lembre-se: as perguntas fechadas não substituem as abertas. 34 6º Desafio: planejamento do cronograma de pesquisa. Quando eu irei realizar esta pesquisa? A organização do cronograma é uma etapa muito importante no planejamento de sua pesquisa. A partir da definição das atividades do projeto, sua relação com outras ações e seu encadeamento lógico, deve ser preparado um cronograma geral para todo o período de execução da pesquisa. O cronograma é a disposição gráfica das épocas em que as atividades serão realizadas e permite uma rápida visualização da sequência em que devem acontecer. Veja o exemplo a seguir: Atividades Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Pesquisa bibliográfica X Leitura do referencial teórico xxxxxxxxx xxxxxxxxx xxxxxxxxx xxxxxxxxx Redação Parcial do TCC X Redação Final do TCC X Apresentação do TCC em evento no polo X Figura 2 – Exemplo de cronograma. 7º Desafio: a organização das referências. Como referenciar os textos lidos? Ufa!! Estamos chegando ao final do planejamento da pesquisa. Agora, é importante saber referenciar todas as fontes bibliográficas que serviram de apoio teórico-científico para o desenvolvimento do seu projeto de pesquisa. As referências devem ser apresentadas de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas). As Referências devem surgir em ordem alfabética, usando-se espaçamento simples entre cada uma das entradas com o sobrenome dos autores. 35 Veja exemplos a seguir: Um Autor SCHÜTZ, Edgar. Reengenharia mental: reeducação de hábitos e programação de metas. Florianópolis: Insular, 1997. 104 p. Dois Autores SÓDERSTEN, Bo; GEOFREY, Reed. International economics. 3. ed. London: MacMillan, 1994. 714 p. Três Autores NORTON, Peter; AITKEN, Peter; WILTON, Richard. Peter Norton: a bíblia do programador. Tradução: Geraldo Costa Filho. Rio de Janeiro: Campos, 1994. 640 p. Mais de três Autores BRITO, Edson Vianna, et al. Imposto de renda das pessoas físicas: livro prático de consulta diária. 6. ed. atual. São Paulo: Frase Editora, 1996. 288 p. Autor Entidade Coletiva (Associações, Empresas, Instituições). Obras de cunho administrativo ou legal de entidades independentes, entrar diretamente pelo nome da entidade, em caixa alta, por extenso, considerando a subordinação hierárquica, quando houver. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico e Geográfico. Anuário astronômico. São Paulo, 1988. 279 p. Livros DINA, Antonio. A fábrica automática e a organização do trabalho. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1987. 132 p. Dicionários AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da Língua Portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Delta, 1980. 5 v. AUTOR. Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas ou volumes. Categoria (Grau e área de concentração) - Instituição, local. Dissertação de Mestrado RODRIGUES, M. V. Qualidade de vida no trabalho. 1989. 180 f.. Dissertação (Mestrado em Administração) - Faculdade de Ciências 36 Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1989. Artigo de Revista AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da Revista, (abreviado ou não) Local de Publicação, Número do Volume, Número do Fascículo, Páginas inicial-final, mês e ano. ESPOSITO, I. et al. Repercussões da fadiga psíquica no trabalho e na empresa. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, v. 8, n. 32, p. 37-45, out./dez. 1979. Artigo de Jornal AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Jornal, Local de Publicação, dia, mês e ano. Número ou Título do Caderno, seção ou suplemento e, páginas inicial e final do artigo. OLIVEIRA, W. P. de. Judô: Educação física e moral. O Estado de Minas, Belo Horizonte, 17 mar. 1981. Caderno de esporte, p. 7. Artigos de Periódicos (On-line) AUTOR. Título do artigo. Título da publicação seriada, local, volume, número, mês ano. Paginação ou indicação de tamanho. Disponível em: <Endereço.>. Acesso em: data. MALOFF, Joel. A internet e o valor da “internetização”. Ciência da Informação, Brasília, v. 26, n. 3, 1997. Disponível em: <http://www. ibict.br/cionline/>. Acesso em: 18 maio 1998. Artigos de Jornais (On-line) AUTOR. Título do artigo. Título do jornal, local, data de publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginação correspondente. Disponível em: <Endereço>. Acesso em: data. TAVES, Rodrigo França. Ministério corta pagamento de 46,5 mil professores. Globo, Rio de Janeiro, 19 maio 1998. Disponível em:<http://www.oglobo.com.br/>. Acesso em: 19 maio 1998. 8º Desafio: Envio do seu projeto de pesquisa para o professor orientador do TCC Puxa, você chegou à finalização do planejamento de sua pesquisa! 37 Parabéns por ter conseguido chegar até aqui. Lembrete O planejamento é sempre um processo que precisa ser revisto e reavaliado continuamente para que sua pesquisa se desenvolva com sucesso. É hora de seguir em frente, apresentar seu projeto ao orientador, ficar atento(a) às dicas de orientação e continuar caminhando em direção à construção do TCC. 38 Palavrinhas Finais Olá, estimado(a) cursista! Esperamos que você tenha aproveitado as orientações sobre o planejamento de sua pesquisa. Agora, já com seu projeto de pesquisa melhor organizado, é hora de iniciar a elaboração de seu TCC/Trabalho de Conclusão de Curso. Imagine que você precisa atravessar a ponte até conseguir chegar ao outro lado da margem. Metaforicamente, a ponte representa todas as fases da pesquisa que você precisa vivenciar, enquantoque o outro lado da margem seria a conclusão do seu TCC. Figura 3 – A Ponte de Charing Cross, Londres, 1906. André Derain (França, 1880-1954). Galeria Nacional de Arte, Washington, D.C. Domínio Público. Vamos continuar conversando um pouco mais sobre a organização de seu TCC no próximo módulo de aprendizagem. Sinta-se já convidado(a) e até lá! Abraços, Ivanda Martins Professora Autora 39 Referências AQUINO, Italo de Souza. Como escrever artigos científicos: sem arrodeio e sem medo da ABNT . 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 126 p. BARROS, Aidil Jesus da Silveira, LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia: um guia para a iniciação científica. 2. ed. São Paulo: Makron, 2000. 121 p. FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (Org.). A pesquisa em educação e as transformações do conhecimento: Ivani Fazenda (org.). 9.ed. Campinas, SP: Papirus, 2007. 159 p FIGUEIREDO, Antônio Macena de; SOUZA, Soraia Riva Goudinho de. Como elaborar projetos, monografias, dissertações e teses: da redação científica à apresentação do texto final. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. xix, 284 p. ISBN 9788537507834 (broch.). LIMA et al. Pesquisa e Prática Pedagógica: Metodologia do Trabalho Científico. Material Didático para EAD. Secretaria de educação a distância (SEAD/UECE), 2010. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. xvi, 297 p. MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. São Paulo: Atlas, 2000. PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construção do conhecimento científico: do planejamento aos textos, da escola à academia. 4.ed. São Paulo: Respel, 2010. 260 p. PEREIRA, José Matias. Manual de metodologia da pesquisa científica. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2010. ix, 154 p. Sites para pesquisas ● CEEL- Centro de Estudos em Educação e Linguagem http://www.ufpe.br/ceel/ceel-livros-para-download.html ● Programa de Pós-graduação em Letras UFPE http://www.pgletras.com.br/ 40 ● SCIELO - portal de revistas online http://www.scielo.org/php/index.php ● Google books - portal de livros online http://books.google.com/ ● Google acadêmico http://scholar.google.com.br/ ● Biblioteca digital monografias UNB http://bdm.bce.unb.br/handle/10483/1 ● Revista ao pé da Letra- UFPE http://www.revistaaopedaletra.net/ 41 Biografia da Autora Ivanda Maria Martins Silva Olá, pessoal! Sou Ivanda Maria Martins Silva, professora da UFRPE. Tenho Doutorado em Letras (UFPE), Mestrado em Letras (UFPE), Especialização em Literatura Brasileira (UFPE) e Especialização em Educação a Distância (UnB). Atuo na Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia (UAEADTec) como docente e Coordenadora do Curso de Licenciatura em Letras a distância da UFRPE. Também sou docente no Mestrado Profissional do Programa de Pós-graduação em Tecnologia e Educação a Distância da UFRPE. Tenho experiência nas áreas de Educação a Distância, Letras/ Linguística, com publicações sobre: Educação a Distância, letramento digital, ensino de literatura. Atualmente desenvolvo pesquisas sobre materiais didáticos para Educação a Distância. Adoro escrever materiais didáticos para EAD e espero que tenham gostado da leitura.
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