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Doença trofoblástica gestacional

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Medicina Ana Catarina Dutra Rebelo
 Doença trofoblástica gestacional 
 Generalidades 
- A DTG se refere a um espectro de tumores 
placentários associados com a gravidez. 
- Tumores molares e tumores não molares 
(neoplasia trofoblástica gestacional/ 
maligna). 
- A melhoria e maior rapidez no diagnóstico 
reduziu as complicações e melhorou os 
prognósticos. 
- 1 a 2 casos por 1000 gestações. 
- Fatores de risco: mulheres entre 36 e 40 
anos, adolescentes (risco moderado) e 
acima de 40 anos (maior risco). Gravidez 
molar anterior, uso de ACO e histórico de 
abortamento anterior. 
 Revisão anexos embrionários e placenta 
 
 
 Gravidez molar 
 Mola hidatiforme (MH) 
- Anormalidades nas vilosidades coriônicas, 
que consistem na proliferação trofoblástica 
e edema do estroma viloso. 
- Podem ser completas ou parciais. 
• Mola hidatiforme completa: há ausência de 
elementos embrionários (como feto e 
âmnio). Se mostra como uma massa de 
vesículas transparentes de variados 
tamanhos, há degeneração hidrópica e 
e de m a v i l o s o , a u s ê n c i a de va s o s 
sanguíneos vilosos e proliferação de 
epitélio trofoblástico em diferentes graus. 
- Geralmente diploides de origem materna, 
o espermatozoide fecunda o ovócito 
“vazio”, ocorrendo androgênese. Pode 
haver também fecundação dispérmica de 
um ovócito vazio. 
- Maior potencial maligno. 
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Medicina Ana Catarina Dutra Rebelo
• Mola hidatiforme parcial: há algum 
elemento do tecido fetal e alterações 
hidatiformes focais e menos avançadas. 
Apresenta-se com edema levemente 
progressivo no estroma das vilosidades 
coriônicas avasculares e circulação 
fetoplacentária com funcionalidade. 
- Geralmente triploides: dois conjuntos 
haploides paternos com um materno. 
- Fertilização dispérmica do ovócito. 
- Podem ser tetraploides/ em mosaico. 
- Quanto maior o nível de beta-HCG após a 
evacuação molar, maior risoc de doença 
persistente. 
 Quadro clínico 
- Amenorreia de duração variável + 
sangramento irregular por volta da 16 
semana. 
- O sangramento pode ocorrer antes do 
abortamento molar espontâneo ou durar 
meses. 
- Maior volume uterino. 
- Hiperêmese. 
- Hipertensão induzida pela gestação no 1 e 
2 trimestre. 
- Eliminação de vesículas hidrópicas pela 
vagina junto ao sangue. 
- Presença de cistos tecaluteínicos. 
- Crescimento uterino rápido com ausência 
de BCF. 
- Alta quantidade de Beta-HCG, pode causar 
aumento de tiroxina livre sérica com 
d i m i n u i ç ã o d o T S H , c a u s a n d o 
hipert ireoidismo, que deixa de se 
manifestar após o tratamento. 
- Pode haver pré-eclâmpsia precoce antes 
da 24 semana. 
- Embolização trofoblástica: pode causar 
doença trofob lás t i ca pers i s ten te / 
metástase franca e embolia pulmonar. 
 Diagnóstico 
- USG + altos níveis de Beta-HCG. 
- Análise histopatológica do material 
evacuado para confirmar diagnóstico. 
⇢ Se não for tratado, há evacuação 
espontânea por volta da 16 semana. 
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Medicina Ana Catarina Dutra Rebelo
• MH parcial 
- Imagens císticas na placenta + razão entre 
dimensões tranversa e anteroposterior do 
saco gestacional > 1,5. 
- Pode-se confundir os sintomas com os do 
abortamento incompleto. 
- Na USG acha-se placenta hidrotrópica 
espessada com tecido fetal, espaços 
císticos focais dentro da placença tipo 
“queijo suíço”. 
• MH completa 
- Na USG aparece como massa uterina 
ecogênica complexa com edema hidrópico 
difuso, com vários ecos anecoicos e 
ausência de feto. 
 Tratamento 
- Encaminh amento para centros de 
referência. 
- Evacuação da mola e seguimento regular 
para moritorizar surgimento da doença 
trofoblástica persistente. 
- Avaliar se há complicações. 
- Exames: 
⇢ Em casos de suspeita de embolia 
pulmonar e metástase pulmonar: oximetria 
digital + gasometria arterial e TC de tórax. 
⇢ Eletrocardiograma pré-operatório. 
• Tratamento 
- Aspiração uterina bimanual (AMIU). 
- Vácuo-aspiraçnao elétrica. 
- Utilização de ocitocina em casos de úteros 
muito aumentados, para diminuir o risco 
de perfuração uterina. 
- Histerectomia para algumas pacientes que 
não desejam mais engravidar. 
• Pós tratamento 
- Evitar gravidez por pelo menos 6 meses. 
- U s o d e A C O , n ã o u t i l i z a r D I U 
(contraindicado). 
- Acompanhamento da dosagem de Beta-
HCG até a sua normalização (3 resultados 
normais consecutivos). 
- Dosar Beta-HCG mensalmente por 6 
meses. 
- Se houver elevação ou platô perseistentes: 
d o e n ç a trofo b l á s t i c a g e s ta c i o n a l 
persistente. 
 Neoplasia trofoblástica 
 gestacional 
- Tumores que invadem o miométro e tem 
alto potencial de metástase. 
- Podem ser: mola invasora, coriocarcionma, 
tumor trofoblástico de sítio placentário e 
tumor trofoblástico epitelioide. 
- Muitas vezes sucedem a mola hidatiforme, 
abortamento, gravidez normal ou ectópica. 
 Mola invasora 
- Origem de molas parciais ou completas. 
Exame neurológico Exame de fundo de olho
Aferição da PA Raio X de tórax
Hemograma Nitrogênio ureico no sangue
Creatinina TGO e TGP, fosfatase alcalina 
e Gama GT
Tipagem sangúinea Exames da tireoide e 
coagulograma
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Medicina Ana Catarina Dutra Rebelo
- Alta invasividade. 
- Baixo potencial de metástase ampla. 
- Crescimento trofoblástico excessivo com 
extensa invasão tecidual pelas células 
trofoblásticas e vilosidades. 
- Ocorre penetração no miométrio e pode 
alcançar o peritônio, paramétrio e cúpula 
vaginal. 
 Carcinoma gestacional 
- Do epitélio coriônico, altamente invasivo. 
- Pode se desenvolver de gestações molares. 
- Massa de crescimento rápido, que invade 
miométrio e vasos causando necrose. 
- Q u a n d o h á d e s e n v o l v i m e n t o n o 
endométrio, geralmente se desprende e 
sangra, podendo causar infecções. 
- Pode ocorrer metástase precoce por via 
hematogênica, por afinidade das células 
trofoblásticas com os vasos sanguíneos. 
- Podem se implantar em: pulmões e vagina. 
Porém podem acometer ainda a vulva, rins, 
fígado, ovários, cérebro. 
- Podem haver cistos tecaluteínicos. 
 Tumor trofoblástico de sítio placentário 
- No local de implantação. 
- Principal sintoma é o sangramento. 
- É resistente à quimioterapia. 
- Podem surgir após meses ou anos após a 
gestação. 
- Muitas pacientes apresentam metástase ao 
diagnóstico. 
 Tumor trofoblástico do tipo epitelioide 
- A partir da tranformação neoplásica do 
tecido trofoblástico intermediário do tipo 
coriônico. 
- Semelhante ao tumor trofoblástico de sítio 
placentário, porém com células menores e 
menor pleimorfismo nuclear. 
- Tratamento com histerectomia. 
 Quadro clínico 
- Sangramento irregular + subinvolução 
uterina após gestação. 
- Sangramento pode ser contínuo ou 
intermitente, podendo haver hemorragia. 
- Pode ocorrer perfuração miometrial com 
sangramento intraperitoneal. 
- Metástase em locais próximos. 
- Pode haver metástase e desaparecimento 
do tumor uterino. 
 Diagnóstico 
Sangramento persistente incomum + 
dosagem de beta-HCG. 
- Considerar curetagem diagnóstica. 
- Beta-HCG persistente alto ou crescente 
após gestação. 
- Exame pélvico completo. 
- Hemograma, provas de função hepática e 
renal, raio x de tórax. 
- Exames de imagem do cérebro, pulmões, 
abdome e pelve.Tratamento 
• Estadiamento 
1) Até 6 - baixo risco ⇢ agente monoterápico 
⇢ MTX ou ACTD. 
2 ) > 7 ⇢ A l t o r i s c o ⇢ e s q u e m a 
quimioterápico ⇢ EMA-CO ou EP-MA 
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