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PTG 6 periodo

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL - UNIDERP 
Centro de Educação a Distância 
SINTEC – PAU DOS FERROS 
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
6º PERÍODO
ANDRESSA CARVALHO PESSOA RA: 
DEYVISON RAFAEL FERNANDES ALVES RA:
 LIDIANE FERNANDES DA SILVA OLIVEIRA RA: 
MARIA LEIDIANE DA SILVA RA: 23601646 
MARIA MANUELA SILVA PEIXOTO RA: 2360165906
MOSANIELE FERREIRA DOS SANTOS RA: 2360164201
VANESSA VIANA DE AQUINO RA: 
 PORTFÓLIO INTERDISCIPLINAR
DISCIPLINAS NORTEADORAS: DIREITO E LEGISLAÇÃO, PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL, PLANOS E PROJETOS DE INTERVENÇÃO SOCIAL, COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS E POLÍTICAS ESPECIAIS.
Pau dos Ferros – RN
2020
ANDRESSA CARVALHO PESSOA RA: 
DEYVISON RAFAEL FERNANDES ALVES RA:
 LIDIANE FERNANDES DA SILVA OLIVEIRA RA: 
MARIA LEIDIANE DA SILVA RA: 23601646
MARIA MANUELA SILVA PEIXOTO RA: 2360165906
MOSANIELE FERREIRA DOS SANTOS RA: 
VANESSA VIANA DE AQUINO RA: 
PORTFÓLIO INTERDISCIPLINAR
DISCIPLINAS NORTEADORAS: DIREITO E LEGISLAÇÃO, PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL, PLANOS E PROJETOS DE INTERVENÇÃO SOCIAL, COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS E POLÍTICAS ESPECIAIS.
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro de Educação a Distância - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota nas disciplinas de – Direito e Legislação, Participação e Controle Social, Planos e Projetos de Intervenção Social, Competências Profissionais e Políticas Especiais.
Tutora EaD: Thalita Pereira Cardoso Santos.
Pau dos Ferros – RN
 2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................05
2. MARCO REGULATÓRIO NO ÂMBITO INTERNACIONAL E NACIONAL QUE ASSEGURAM OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.............................
2.1. Inclusão na Seguridade Social: Previdência, Saúde e Assistência Social 
3. LUTAS SOCIAIS HISTÓRICAS DE PARTICIPAÇÃO....................................................
3.1. Conferencias Nacionais e formação dos Conselhos de direito da pessoa com deficiência 
4. INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO............................................................
4.1. Possibilidades e limites acerca da Lei 13146/15
5. CONCLUSÃO..................................................................................................................
6. REFERENCIAS BIBIOGRAFICAS..................................................................................
	“Uma sociedade para ser inclusiva tem que acolher todos os indivíduos respeitando suas diferenças, particularidades e limitações.”
	
Sassaki RK.
1. INTRODUÇÃO
Supera-se hoje o viés assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar a indivíduos com deficiência a inclusão efetiva. Estes passarão a ser sujeitos do próprio destino, e não mais meros beneficiários de políticas de assistência social. O direito de ir e vir, o de trabalhar e o de estudar são a mola-mestra da inclusão de qualquer cidadão.
A contratação de pessoas com deficiência deve ser vista como qualquer outra contratação, eis que se esperam do trabalhador, em quaisquer condições, profissionalismo, dedicação e assiduidade; enfim, atributos ínsitos a qualquer empregado. Não se quer assistencialismo, e sim oportunidades e acessos.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos deixa claro que todas as pessoas devem ser tratadas igualmente, independente de qualquer deficiência que possam ter. A mesma Declaração também assegura que pessoas deficientes devem ter todos os tipos de necessidades especiais levadas em consideração no desenvolvimento econômico e social.
No caso específico do Brasil, a Constituição Federal define como meta a busca do bem-estar de todos, sem qualquer tipo de discriminação. O objetivo maior que o Estado e a população devem ter em relação ao tratamento de pessoas com deficiência é o de assegurar-lhes, no maior grau possível, o gozo dos direitos comuns a todos os cidadãos. A deficiência não pode ser, em hipótese alguma, motivo para discriminação, ofensa e tratamento degradante. 
Recentemente entrou em vigor no Brasil o Estatuto da Pessoa com Deficiência, também chamado de Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015). Influenciado por normas internacionais, o principal objetivo da lei é garantir e promover, sempre pautada pelos princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais pela pessoa com deficiência, viabilizando a inclusão e a cidadania. 
Considera-se pessoa com deficiência, segundo o art. 2º do Estatuto, aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
O ato de incluir é amplo, pressupõe a inserção da pessoa com deficiência na vida social com igualdade de direitos, garantias e obrigações. É direito humano e fundamental, com previsão infraconstitucional, constitucional e internacional, de responsabilidade do Estado, da sociedade, da família, de todos. Incluir é permitir à pessoa com deficiência vivência plena, sem qualquer tipo de discriminação ou preconceito.
Assim, a acessibilidade é um direito da pessoa com deficiência e é obrigação de toda a sociedade e os assistentes sociais tem grande relevância nesse processo, de inclusão e defesa dos direitos da pessoa com deficiência, pois o Serviço Social é uma profissão de caráter sócio-político, crítico, investigativo e interventivo, que se utiliza desse instrumental científico para análise no conjunto de desigualdades sociais.
 
 
2. DESENVOLVIMENTO
3. LUTAS SOCIAIS HISTORICAS DE PARTICIPAÇÃO 
3.1.Conferências Nacionais e formação dos conselhos de direitos da pessoa com deficiência 
Considerando o processo histórico acerca dos direitos das pessoas com deficiência na luta por autonomia, igualdade de direitos dentro do âmbito da sociedade como, sujeitos de direitos, busca-se retratar o movimento Inicial voltado para o fortalecimento da ideia de direitos voltados a pessoa com deficiência.
De acordo com as ideias de LOPES (2007) “ a deficiência é uma das características integrantes da diversidade humana. O grande desafio é justamente construir esse panorama novo pautado no respeito à diferença e aceitação das pessoas com deficiência”. Esse contexto traz a visão da concretização da Declaração Universal dos Direitos do Homem que afirma de forma Inviolável “direitos inerentes à todo ser humano Independente de sua nacionalidade, sexo, idade, raça, credo ou condição pessoal ou social”.
A partir dos anos 50,medidas que garantissem uma inclusão efetiva foram sendo elaboradas e no decorrer dos anos foram se intensificando as medidas sobre o assunto desenvolvidas em sessões e reuniões. Em 1982 a ONU aprovou o plano de ação Mundial voltado a pessoa com deficiência, cuja base de seus objetivos são os mesmos traçados pelo Ano Internacional, primeiro grande acontecimento que ocorreu no ano de 1981 com a temática: participação e igualdade. Essa iniciativa teve também eixos de prevenção, reabilitação e oportunidades.
Então os resultados foram apresentados na 61° assembleia geral da ONU que aprovou o texto final da convenção e do protocolo no dia 13 de dezembro de 2006.
I CONFERÊNCIA NACIONAL:
A I Conferência Nacional foi realizada no ano de 2006, em Brasília, marcando mais uma conquista do processo em busca da mobilização e concretização dos direitos da pessoa com deficiência. Seu principal objetivo foi traçar novas ações e discussões abrangendo a presença das pessoas com deficiência no Brasil, como sujeitos de plenos direitos e acessibilidade que possibilitassem uma autonomia perante a sociedade.
II CONFERÊNCIA NACIONAL:
Em dezembro de 2008, foirealizada em Brasília a II Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Deficiência trazendo o tema: “Inclusão, participação e desenvolvimento-um novo jeito de avançar”. Neste momento o movimento já contava com objetivos validados pela convenção internacional realizada pela ONU, na ocasião tiveram discussões de mesa redonda com temas que fundamentavam a busca por mais ampliação dos direitos acessibilidade e inclusão.
III CONFERENCIA NACIONAL:
Realizada em dezembro de 2012, a III Conferência dos Direitos da Pessoa com Deficiência veio com o tema: “Um olhar através da convenção sobre os direitos da pessoa com deficiência da ONU- novas perspectivas e desafios”. Como o tema já explica os debates priorizaram a necessidade e comprometimento com a promoção da inclusão da acessibilidade como valores integrais da justiça social. Apresentando como base eixos como educação, esporte, cultura e lazer, trabalho e reabilitação profissional, acessibilidade, comunicação, saúde, segurança entre outros pontos de importante aquisição para os deficientes.
IV CONFERÊNCIA NACIONAL:
Em abril de 2016 ocorreu em Brasília a 4ª Conferência Nacional da pessoa com deficiência. Essa foi a construção do resultado de diversas conferências regionais, o que trouxe um olhar sobre as especificidades e barreiras regionais. Apresentou o tema: “ Os desafios na implementação da política da pessoa com deficiência. A transversalidade como radicalidade dos direitos humanos”.
Outra questão de relevante nesta IV Conferência é que ela faz parte da Conferência Conjunta dos Direitos Humanos, ao final a então Presidente da República assinou cinco decretos, sendo que dois deles estão transcritos no que se direciona diretamente as pessoas com deficiência.
CONADE
Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência-CONADE, teve um processo de construção por meio da mobilização da sociedade civil e em específico das pessoas voltadas à política para a pessoa com deficiência.
Sua constituição é da seguinte forma:
“O CONADE foi criado no âmbito do Ministério da Justiça (MJ) em 1º de junho de 1999 através do Decreto 3.076/1999. Em dezembro do mesmo ano o Decreto 3.298/1999, que instituiu a Política Nacional para Inclusão da Pessoa com Deficiência revogou o decreto 3.076/1999, mas manteve o CONADE ligado ao MJ. Em 2003 a Lei 10.683 de 28/05/ 2003 que dispõe sobre a organização da presidência da república e dos ministérios trouxe em seu artigo 24 a menção do CONADE como parte da estrutura do governo vinculada então Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Em março de 2010 foi editada a medida provisória nº.483 alterando a lei 10.683, que atualizou o nome CONADE, necessária por conta da ratificação da Convenção sobre os Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, da ONU. Dessa forma o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência passou a ser Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência”. (Fonte: CONADE)
O CONADE é um conselho gestor com deliberação sobre as mesmas diretrizes de direcionadas para a pessoa com deficiência no Brasil, integrante da estrutura básica da Secretaria dos Direitos Humanos da presidência da república.
Portanto, ele é um espaço de representação, discussão de políticas públicas para a pessoa com deficiência onde se discute a ampliação e acima de tudo a garantia dos direitos já conquistados e vigentes.
O conselho é composto por um total de 76 representantes envolvendo titulares e suplentes, entre eles estão 19 representantes do governo e 19 representantes da sociedade civil (entre entidades e os segmentos dos trabalhadores).
4. INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO
4.1. Possibilidades e limites acerca da Lei 13146/15
 A Organização Internacional do Trabalho (OIT) em sua 159 convenção, realizou a 69ª Conferencia em Genebra no dia 1º de junho de 1983. A convenção determinou que todos os países membros deveriam considerar a finalidade de reabilitação profissional e permitir que a pessoa com deficiência, seja ela qual for, obtenha e conserve um emprego, progrida e se promova, para que haja a inserção ou reinserção dessa pessoa na sociedade.
A convenção 159 da OIT de 1983, foi ratificada por meio do Decreto nº 129, de 18 de maio de 1991, sendo, portanto, a Lei no Brasil desde esta data (Ministério do Trabalho e Emprego-Brasil, 2007).
Segundo Art. 16, da Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015 (Estatuto da pessoa com deficiência) os serviços de habilitação e reabilitação para a pessoa com deficiência estão garantidos nos incisos: 
I - Organização, serviços, métodos, técnicas e recursos para atender às características de cada pessoa com deficiência;
II - Acessibilidade em todos os ambientes e serviços;
III - tecnologia assistida, tecnologia de reabilitação, materiais e equipamentos adequados e apoio técnico profissional, de acordo com as especificidades de cada pessoa com deficiência;
IV - Capacitação continuada de todos os profissionais que participem dos programas e serviços.
Mesmo diante do disposto legal, a desigualdade ainda existe, causada pela limitação (própria da deficiência), associada ao preconceito, o qual gera a exclusão social.
Atualmente algumas empresas implementam cursos de capacitação para que os funcionários (PCDs) possam ser capacitados e exercer suas funções no local de trabalho, facilitando o aprendizado e garantindo a formação. No entanto, com a capacitação dada pelas empresas, que são obrigadas por Lei a contratar pessoas com deficiência, cada indivíduo poderá ser visto pelo seu potencial de trabalho, podendo ainda ter a possibilidade de progredir profissionalmente.
Não basta apenas criar as leis para que pessoas com deficiência possam ser incluídas no mercado de trabalho, é necessário que essas leis sejam respeitadas e/ou cumpridas. Direitos como o acesso ao transporte público, acessibilidade, meios de comunicação, etc. Cabe ressaltar, que a inclusão no mercado de trabalho, implicará na interação com os demais funcionários da empresa.
Na Lei 13.146 de 06 de julho de 2015, em seu art. 17, os serviços do SUS, Sistema Único de Saúde e do SUAS, Sistema Único de Assistência Social, deverão promover ações de forma articulada para garantir a pessoa com deficiência e sua família a aquisição de informações, orientações e forma de acesso as políticas públicas disponíveis, para propiciar sua plena participação social.
De acordo com o Estatuto da pessoa com deficiência, todas as pessoas com deficiência tem direito ao processo de habilitação e reabilitação, objetivando desenvolver potencialidades, habilidades, talentos, aptidões físicas, sensoriais, cognitivas, psicossociais, atitudinais, profissionais e artísticas, contribuindo para a conquista da autonomia da PCD e sua participação social em igualdade de condições e oportunidades.
Por tanto, as Leis voltadas para a pessoa com deficiência vieram para garantir os seus direitos, como sujeitos de direitos garantidos pela constituição federal de 1988, não havendo nenhum tipo de discriminação ou preconceito. A forma de penalidade administrativa das empresas por meio do Ministério do Trabalho e Emprego é a forma de está garantindo as pessoas com deficiência o seu direito estar trabalhando para promover a sua subsistência.
REFERENCIAS:
BRASIL. Lei 13. 146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil 03/ ato2015-2018//2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 03 de abril de 2020. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção do Trabalho A inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812CCDAEDE012CD0A2B79F70B3/inclusao_pessoas_defi12_07.pdf. Acesso em: 03 de abril de 2020.
LOPES, Mais Vanessa Carvalho de Figueiredo. Convenção sobre os direitos da pessoa com deficiência da ONU. In: Deficiência no Brasil uma abordagem integral dos direitos da pessoa com deficiência. Organização de Maria Aparecida Gurgel, Waldir Macieira da Costa Filho, Lauro LuizGomes Ribeiro. Florianópolis. Ed: Obra Jurídica, 2007.
_________Resolução N.1 de 15 de outubro de 2010. SECRETARIA DE DIREIROS HUMANOS CONSELJO NACIONAL DOS DIREIROS HUMANOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. Disponível em:
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/conade/sobre-o-conade/regimento-interno> acesso em 06 de abril de 2020
OIT – Organização Internacional do Trabalho. Convenção 159, art. 1, de 1983. Relativa à Reabilitação Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0129.htm. Acesso em: 03 de abril de 2020.

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