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BIOESTATÍSTICA EPIDEMIOLÓGICA ATV 1

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Em estatística, um dos parâmetros mais importantes é a análise da confiabilidade, baseada nos 
níveis de confiança necessários. Em estudos clínicos é comum que se admita um nível de 
confiança de 95%, com valor de p equivalente a 0,05. Compreender corretamente esse valor e 
a sua intepretação é essencial em bioestatística, não apenas para realizar estudos científicos, 
mas também para analisar resultados em artigos e trabalhos publicados. A partir dos conceitos 
apresentados, considere três situações. 
Estudo 1: valor-p calculado em 0,015; em nível de confiança 98%. 
Estudo 2: valor-p calculado em 0,7; em nível de confiança 95%. 
Estudo 3: valor-p calculado em 0,02; em nível de confiança 95%. 
Em qual(is) estudo(s) o valor-p é considerado “bom” e em qual(is) “ruim”? Justifique sua 
resposta. 
 
“Bioestatística é um conjunto de métodos especialmente apropriado ao tratamento de dados 
numéricos afetados por uma multiplicidade de causas”. (Jorge Udny Yule) 
Para entender o que é um valor-p, é necessário considerarmos que a hipótese nula é formulada 
antes da realização do experimento. Ou seja, na maioria das análises, um alfa de 0,05 é usado 
como ponto de corte para significância. Se o valor -p for menor que 0,05, devemos rejeitar a 
hipótese nula de que não há diferença entre as médias e concluir que existe uma diferença 
significativa. Se for maior que 0,05 não é possível concluir que existe uma diferença 
significativa 
O valor -p considerado bom rejeita a hipótese nula, e ruim quando o valor-p que aceita essa 
hipótese. 
Na presente questão podemos dizer que o Estudo 2 apresenta valor-p "bom", enquanto que os 
Estudos 1 e 3 possuem valor-p "ruim". Isso porque, o nível de confiança do estudo 2 é igual a 
95%. 
Definindo que valores -p iguais ou maiores que 0,05 (100% - 95%), rejeita a hipótese nula e 
aceita a hipótese variável. Visto que, no estudo 2, o valor -p calculado é 0,7, portanto, acima de 
0,05%, recusando a hipótese nula, nesse caso, considerado um bom valor. 
Diferente, dos estudos 1 e 3, em que os valores ficaram abaixo do valor-p aceitável. 
 No estudo 1 com nível de confiança igual a 98%, o valor-p aceitável seria 0,02, mas os dados 
apontam um valor-p de 0.015, com um desvio padrão de 1,5%, nesse caso rejeitamos a hipótese 
nula e aceitamos a hipótese alternativa de há associação entre as variantes; enquanto que no 
estudo 3 o nível de confiança é de 95% cujo valor-p aceitável seria 0,05, mas os dados mostram 
um desvio padrão de 0,02, nesse caso, não há associação entre as variáveis.

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