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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP ANA PAULA MARTINS EST AMB E SANEAMENTO URBANO SÃO PAULO 2015 1. REENGENHARIA A reengenharia é um sistema administrativo criado no início da década de 90 por Michael Hammer e James Champy. Ela é muito utilizada para manter as empresas competitivas no mercado, mantendo-as com foco no alcance de objetivos e metas, transformando seus processos e atividades de negócio, através do “rompimento” com costumes obsoletos. Suas primeiras aplicações foram realizadas em empresas dos Estados Unidos. O QUE É REENGENHARIA? Basicamente, o sistema administrativo denominado reengenharia pode ser definido como: “(…) um redesenho de processos, que envolve a readequação dos processos empresariais, estruturas organizacionais, sistemas de informação e valores da organização, objetivando uma guinada nos resultados dos negócios da organização”. – Stair e Reynolds (2002, p.39) A utilização desta ferramenta de gestão deve sempre primar por repensar e reinventar os procedimentos principais da organização, tais como: serviço prestado ao cliente, desenvolvimento de novos produtos, cultura organizacional, etc.. Com o objetivo claro de aumentar a produtividade, através da redução de custos e do aumento do grau de satisfação do cliente. COMO UTILIZA-LÁ? Como dito anteriormente, a reengenharia questiona toda a forma de trabalhar de uma organização, gerando uma redefinição total de processos. Por este motivo, a sua utilização e implementação precisa passar primeiro por um processo de definição de estratégia e recolhimento de informações sobre necessidades e expectativas dos stakeholders, a fim de mapear os processos que requerem melhorias. Feito isso, os gestores poderão vislumbrar quais são os pontos que devem ser otimizados e os que serão descartados, caso não tenham valor real para a organização. De forma simples e objetiva, a metodologia de implementação de processos de reengenharia pode-se estruturar em quatro fases, são elas: • Preparação: Listar todos os processos da organização, selecionar aqueles que serão redefinidos e viabilizar os recursos necessários para esta atividade; • Planejamento: Garantir os recursos necessários: tempo, dinheiro e pessoas; estruturar as equipes de trabalho e distribuir as tarefas entre seus membros; • Implementação: Analisar os processos selecionados (responsável, envolvidos, pontos fracos e pontos fortes), reinventar o processo, avaliar o impacto das mudanças e implementá-lo; • Avaliação: Medir e comunicar os resultados obtidos, controlar o processo como um todo e gerir o impacto das alterações efetuadas em outros processos. Segundo José Carlos Rodrigues Junior afirma em seu artigo, a reengenharia introduz mudanças significativas em três níveis gerenciais da organização, são eles: operacional, de gestão de processos e de gestão de negócios. Veja abaixo cada um deles detalhadamente: • Operacional – as pessoas passam a trabalhar em equipes multifuncionais e as relações hierárquicas, que geralmente criam conflitos são eliminadas. O excesso de hierarquias, com grande diluição de responsabilidade, torna o processo decisório lento e burocratizado; • Gestão de processos – neste nível, ocorrem as maiores mudanças no que tange a aplicação das inovações tecnológicas. Os processos são todos integrados e informatizados; • Gestão de negócios – neste nível ocorrem as maiores mudanças na empresa. Rompem-se as barreiras com clientes e fornecedores, e todos integrados, repensam os negócios, e até criam novos negócios e produtos. Já as melhorias obtidas pela utilização desta ferramenta podem ser observadas em três níveis gerais: redução de custos, redução de tempo das atividades e melhoria da qualidade dos serviços prestados. Isto se deve, principalmente, ao aumento da eficiência nos processos e atividades do negócio. http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/reengenharia/10086/ CRÍTICAS A REENGENHARIA As mudanças geradas pelo processo de reengenharia criam resistências por parte dos colaboradores que já estão acostumados a trabalhar de uma determinada forma. Isto gera uma grande dificuldade para a organização, que precisa driblar esta resistência e fazer com que seus colaboradores entendam os reais benefícios deste novo sistema. Outra crítica à reengenharia é a sua possível relação com os processos de downsizing, que visam a uma reestruturação interna da empresa através, basicamente, da redução do número de colaboradores nas organizações. Isto gera muita insegurança por parte dos trabalhadores e um olhar de desconfiança por parte dos críticos de plantão. http://www.sobreadministracao.com/downsizing-o-que-e-e-como-funciona/ 2. RESIDUOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção Civil As soluções tecnológicas para a reciclagem de Reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção Civil – RSCC variam em função do tipo de resíduo a ser tratado. Neste tópico, a tecnologia apresentada se refere aos resíduos definidos pela Resolução Brasileira do CONAMA como sendo os Resíduos da Construção Civil Classe A e os resíduos equivalentes Nr. 17 01 definidos pela Lista Europeia de Resíduos que englobam os seguintes resíduos: • De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; • De construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; • De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras; Os resíduos coletados podem então ser processados e transformados em matéria prima na própria fonte de geração ou em uma usina de reciclagem. O processo de reciclagem é demonstrado na figura abaixo: Após a coleta seletiva, os resíduos passam por um processo de trituração. Nesta fase, as frações se encontram misturadas e os resíduos têm pouco valor agregado. Somente após a granulagem, ou seja, a separação das frações é que se pode dar uma destinação adequada aos novos materiais. De acordo com o tamanho da fração, os resíduos serão classificados em areia, brita, pedrisco, bica corrida e outros e a partir disso, poderão ser comercializados como matéria prima secundária. Em um terceiro momento, a matéria prima poderá servir para fabricar produtos de base para a construção civil como tijolos, blocos de cimento, britas,… http://www.portalresiduossolidos.com/classificacao-dos-residuos-da-construcao-civil-no-brasil/ http://www.portalresiduossolidos.com/classificacao-dos-residuos-da-construcao-civil-no-brasil/ https://dre.pt/application/dir/pdf1sdip/2004/03/053B00/11881206.pdf TIPOS DE USINAS DE RECICLAGEM As Usinas de reciclagem de RCC podem ser divididas em 3 categorias de acordo com a sua mobilidade. Vejamos: a) Usinas Fixas Usinas Fixas são construídas em um terreno com uma área que varia em função da capacidade de processamento da usina, ou seja, quanto maior a capacidade, maior será a área necessária para se construir. Um exemplo deste tipo de usina pode ser visto na figura abaixo: Usina de Reciclagem Fixa de Resíduos Sólidos da Construção Civil Precisam da preparação de um fundamento onde serão instaladas. Sua instalação até o momento de operação leva em torno de 30 dias. São as versões economicamente mais acessíveis do mercado, contudo as mais limitadas em se tratando de competitividade comercial. b) Usinas Móveis As usinas móveis são construídas em um único bloco normalmente com o tamanho variando entre 1 container de 20” e 40” de acordo com sua capacidade de processamento. Podem ser utilizadas em um empreendimento fixo ou mesmo ser alugadapara obras em diferentes locais. De acordo com o fabricante, essas usinas podem ser facilmente transportadas em caminhões do tipo Roll On Roll Off como mostrado na figura abaixo: Usina móvel de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil com Granulador (Peneira Móvel) A grande vantagem deste modelo é que o empreendedor poderá levar todo o empreendimento para regiões onde seu serviço se faça necessário. Se aproveitado da maneira correta, o empreendimento pode ser altamente lucrativo e extremamente versátil. INVESTIMENTOS EM RECICLADORAS Aconselha-se fazer uma análise de viabilidade econômica através da elaboração de um Plano de Negócios especifico que leve em consideração as características e peculiaridades regionais além dos valores aplicados no mercado para escolher os produtos a se fabricar assim como, definir o tipo de tecnologia a ser utilizada. http://www.portalresiduossolidos.com/plano-de-negocios-setor-de-residuos-solidos/ 3. DESASTRE NO MAR DE ARAL (RUSSIA) O Mar de Aral é um corpo de água situado a aproximadamente 600 km do Mar Cáspio. Em seu interior havia mais de 1.100 ilhas, separadas por lagoas e estreitos apertados, que deram ao mar seu nome. Na língua cazaque, Aral significa 'ilha'. No presente, a Kok Aral, a maior de todas as ilhas (que é agora uma península) dispersas pelo Mar de Aral, separa a parte nordeste, chamada Pequeno Aral, da parte sudoeste, chamada Grande Aral. Esta forma a fronteira natural entre Cazaquistão e Uzbequistão, que partilham entre si o lago. As duas partes ligam-se através estreito de Berg. O Mar de Aral era, até 1960, o quarto maior lago do mundo, cobrindo uma área de 66 mil quilômetros quadrados, com um volume estimado de mais de 1.000 km cúbicos. Região do Mar de Aral que virou deserto. Foto: Daniel Prudek / Shutterstock.com O Aral e toda a bacia do lago ganhou notoriedade mundial como uma das maiores degradações ambientais do Século XX causadas pelo homem. É referida como a “Chernobil Calada”, uma catástrofe silenciosa que evoluiu lentamente, quase imperceptivelmente, ao longo das últimas décadas. É certo que esta morte trágica do Mar de Aral começou em 1960, ano em que os projetistas de Moscou inauguraram o Projeto do Mar de Aral, um ambicioso programa econômico que visava a conversão de terrenos baldios no cinturão do algodão da União Soviética. Os projetistas atribuíram à Ásia central o papel de fornecedor de matérias- http://www.infoescola.com/hidrografia/mar-caspio/ http://www.infoescola.com/hidrografia/mar-caspio/ http://www.infoescola.com/hidrografia/mar-de-aral/ http://www.infoescola.com/hidrografia/mar-de-aral/ http://www.infoescola.com/historia/uniao-sovietica/ http://www.infoescola.com/historia/uniao-sovietica/ http://www.infoescola.com/hidrografia/mar-de-aral/ http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/04/mar-de-aral.jpg primas, conduzindo a uma redução substancial de semeaduras de colheitas tradicionais como a alfafa e plantas que se cultivavam para fornecer óleo vegetal. Pomares e árvores de amoras foram arrancados para permitir plantar mais algodão. O desejo de expandir a produção de algodão para as terras desertas aumentou a dependência da Ásia central da irrigação, especialmente do Uzbequistão. O Mar de Aral e os seus afluentes pareciam ser uma fonte inesgotável de água. Foram abertos canais de grande extensão para espalhar as águas por todo o solo desértico. A área irrigada aumentou a sua superfície em menos de uma década para 6,9 milhões de hectares; metade dessas terras produziam algodão e a outra metade arroz, trigo, milho, frutas, legumes e forragens para o gado. A agricultura de regadio constituiu um sucesso brilhante. As quotas de produção do algodão e de outros produtos eram realizadas ou excedidas ano após ano. A bacia do Mar de Aral tornou-se o principal fornecedor do país de produtos frescos. As complicações surgiram porque a contração do Aral e as consequências da irrigação tinham sido tratadas como questões sem importância pelas autoridades até 1970. Não foi o projeto em si, mas antes os métodos agrícolas mal concebidos e mal geridos que destruíram a economia, saúde e ecologia da bacia do Mar de Aral, afetando milhões de pessoas. Numerosos canais e barragens foram construídos precipitadamente. Por altura de 1978, uma extensa rede de canais de irrigação estendeu-se pelos desertos para matar a sede ao algodão ao longo de 7,7 milhões de hectares, principalmente no Uzbequistão. Os canais principais e secundários foram escavados na areia sem terem sido instaladas ligações tubulares, e não se procedeu à cimentação. Também não se prestou importância à drenagem dos solos. Menos de 10% da água absorvida era diretamente benéfica para a colheita, o restante desaparecia no solo arenoso ou evaporava-se. Foram estes programas largamente ineficazes que eram adotados para satisfazer a enorme procura de água que, por fim, resultaram na secagem do Mar de Aral. Imaginava-se que a resultante descida de nível poderia ser remediada com projetos ambiciosos de desvio de rios no norte da Rússia. Esses projetos nunca se realizaram e o lago continuou a secar ano após ano. O resultado foi catastrófico, e a irrigação que fez florescer o deserto e aumentar os rendimentos, pôs em marcha uma desastrosa cadeia de acontecimentos logo detectados na descida dos níveis de água e no declínio da pesca. A partir de meados dos http://www.infoescola.com/plantas/arroz/ http://www.infoescola.com/hidrografia/mar-de-aral/ anos 80, em plena glasnost (abertura), a situação do Aral ganhou atenção junto a muitos observadores estrangeiros, como exemplo de calamidade ambiental. Desde então os cientistas pressionam de modo mais enérgico pela sua salvação. Infelizmente a essa altura, este já estava reduzido a um terço do seu tamanho original. Isso apesar de sua situação já ser conhecida da agenda dos políticos da Federação por mais de 30 anos. O futuro do Aral é incerto. A única coisa certa é que o lago é agora cenário de uma catástrofe ambiental à medida que o nível de água declina e o ecossistema se degrada, provocando um ambiente de deterioração e condições de vida e de saúde precárias para os povos que vivem nas margens do lago. Seja qual for o futuro, esta situação certamente abriu os olhos aos governos do mundo. É um forte aviso à comunidade internacional e ilustra a rapidez – em menos de 20 anos – como uma tragédia humanitária e ambiental pode ameaçar toda uma região e a sua população. A destruição do Mar de Aral é exemplo clássico de desenvolvimento não-sustentado. http://www.infoescola.com/biologia/ecossistema/ 4. GEOTECNOLOGIA X ENGENHARIA Este texto apresenta considerações sobre tendências e desafios no campo das aplicações do conhecimento das geociências, abordando aspectos relacionados ao uso da geotecnologia no monitoramento de processos geológicos naturais e induzidos, prevenção de riscos, recuperação de áreas degradadas, construção de obras civis, aproveitamento de recursos hídricos e mineração. Discute-se, em especial, a partir de observações gerais acerca do panorama mundial, as perspectivas da geotecnologia no contexto do Estado de São Paulo em face do desafio do desenvolvimento sustentável. Panorama mundial de tendências no campo da geotecnologia, compreendendo em especial as múltiplas aplicações das geociências para a solução de problemas de engenharia e o aproveitamento de recursos naturais, particularmente os recursos hídricos, minerais e energéticos, encontra-se hoje fortemente influenciado pelo debate globalmente difundido em torno da crescente degradação ambiental do planeta e do desafio de alcançar um desenvolvimento verdadeiramente sustentável para a sociedade humana. A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em junho de1992 na cidade do Rio de Janeiro, tinha o objetivo de elaborar estratégias que pudessem interromper e reverter os efeitos da degradação em curso, reduzindo as ameaças a sobrevivência da humanidade e, ainda, tornando viável o desenvolvimento e interrompendo o ciclo causal e cumulativo entre subdesenvolvimento, condições de pobreza e problemas ambientais. A Agenda 21, principal produto da Conferência, avalia que a crescente demanda por recursos naturais tem gerado competição e conflitos que resultam na degradação do solo, indicando que a solução desse problema exige uma abordagem integrada do uso do solo, focalizando a tomada de decisões e a consideração simultânea das questões ambientais, sociais e econômicas. Surge, então, talvez até como esboço de um novo paradigma para a humanidade, a busca da qualidade de vida como referência existencial, em um contexto no qual os investimentos e as proposições de projetos de engenharia e uso de recursos naturais começam a deixar de ser analisados apenas pelo seu car·ter tradicionalmente desenvolvimentista, passando a ser concebidos e avaliados sob a perspectiva de sua efetiva contribuição à sustentabilidade ambiental, social e econômica, tanto sob o ponto de vista local quanto regional e global. De fato, as geociências se adaptam a essa tendência geral e começam a direcionar parte significativa de suas pesquisas e aplicações para o desafio do desenvolvimento sustentável, procurando dar respostas as demandas correlatas. A realização do 31o International Geological Congress, evento quadrienal que reuniu cerca de 5 mil geocientistas de 120 países em agosto de 2000 na cidade do Rio de Janeiro, reflete claramente essa tendência, porque teve como foco principal o tema Geologia e Desenvolvimento Sustentável: Desafios para o Terceiro MilÍnioî. Cordani (1998), ao discutir o papel das geociências na construção de um mundo sustentável, a partir de um panorama global, identifica importantes áreas de contribuição: monitoramento contínuo dos processos que comprem o sistema Terra; pesquisa, gerenciamento e suprimento de recursos minerais; pesquisa, gerenciamento e suprimento de recursos energéticos; conservação e gerenciamento de recursos hídricos; conservação e gerenciamento de recursos dos solos agricultáveis; e redução de desastres naturais. Nesse contexto, as demandas em geotecnologia no Estado de São Paulo, sejam públicas ou privadas, estão hoje associadas, sobretudo as necessidades de caracterização, avaliação e solução de problemas decorrentes da intensificação das relações continuadas entre intervenções humanas e o meio físico geológico, tanto na construção de obras de engenharia como na utilização de recursos hídricos e minerais, sob a perspectiva da sustentabilidade. MONITORAMENTO DE PROCESSOS E PREVENÇÃO DE RISCOS O cenário da situação ambiental do território paulista evidencia o modo inadequado e insustentável pelo qual o meio físico tem sido historicamente ocupado e utilizado no Estado. Problemas como erosão laminar na agricultura, que ocorre em amplas áreas do oeste paulista, erosão linear (sulcos, ravinas e boçorocas) em diversas cidades médias e grandes (como Bauru, Casa Branca e Franca), assoreamento de cursos e corpos d’agua (como demonstram os canais dos rios Tietê e Pinheiros na cidade de São Paulo), enchentes e inundações (como em São Paulo, Piracicaba e Presidente Prudente), subsidências e colapsos de terrenos (como em Cajamar e ApiaÌ), recalque de fundações de edifícios (como em Santos), escorregamentos em encostas ocupadas por habitações (como nos municípios da Baixada Santista, Litoral Norte e Vale do Paraíba), entre outros, são manifestações que notabilizam um quadro de deseconomias e severas ameaças a qualidade de vida da população e, portanto, ao desenvolvimento sustentável do Estado de São Paulo. Diante disso, o perfil de perspectivas para atender a essas demandas no Estado inclui a necessidade de desenvolvimentos tecnológicos dirigidos ao monitoramento de processos geológicos, entre os quais, pelas características do meio físico e o histórico de ocupação territorial, destacam-se os processos erosivos e os escorregamentos induzidos por diferentes formas de uso do solo, como obras civis e urbanização. Em obras civis, por exemplo, È o caso de reservatórios hidrelétricos, cuja formação tende a produzir efeitos que precisam ser monitorados continuamente, como a dinâmica de erosão e assoreamento, elevação e oscilação do lençol freático e sismicidade induzida. Tais desenvolvimentos inclinamse em contemplar métodos e técnicas de avaliação e controle desses processos, bem como de análise e gerenciamento de ·reas de risco. Outro aspecto relevante diz respeito aos diversos fenômenos de afundamento de terrenos em áreas ocupadas sobretudo por habitações ou indústrias, relacionados com a ocorrência de processos crsticos (abrangendo regiões de domínio de rochas carbonáticas, como no setor noroeste da Região Metropolitana de São Paulo e no alto vale do rio Ribeira) ou com problemas de contração/expansão de maciços terrosos e, ainda, decorrentes da presença de solos colapsáveis que provocam recalques diferenciados nas fundações de obras.
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