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DEFINIÇÃO Os linfonodos são órgãos encapsulados constituídos por tecido linfoide (linfócitos, células dendríticas, macrófagos e plasmócitos) e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto de vasos linfáticos. FUNÇÃO O sistema linfático transporta um líquido claro (linfa), que contém as células imunes, os linfócitos, que, por sua vez, nos protegem contra antígenos estranhos ao nosso organismo. Os linfonodos recebem a linfa trazida pelos ductos coletores das várias regiões do organismo. A linfa alcança o sistema circulatório pelos troncos linfáticos e pelo ducto torácico. Eles funcionam como filtros da linfa, removendo partículas estranhas antes que a linfa retorne ao sistema circulatório sanguíneo. LOCALIZAÇÃO DOS LINFONODOS Pré-auriculares – à frente da orelha. Retroauriculares – superficiais, sobre o processo mastóide. Occipitais – na base do crânio, posteriormente. Amigdalianos (ou angulares) – no ângulo da mandíbula. Submandibulares – situados a meio caminho entre o ângulo e a ponta da mandíbula. Submentonianos – na linha média, alguns centímetros atrás da ponta da mandíbula. Cervicais anteriores – superficiais e anteriores ao esternocleidomastoideo. Cervicais posteriores – ao longo da borda anterior do trapézio, e posterior ao esternocleidomastoideo. Cervicais superficiais e profundos – respectivamente anteriores e posteriores ao esternocleidomastoideo. Supraclaviculares – profundos, no ângulo formado entre a clavícula e o esternomastoideo. Axilares; Epitrocleares; Mediastinais; Inguinais; Poplíteos. CADEIAS DE LINFONODOS Isabella Alvarenga – T4C LINFONODOS E SUAS DRENAGENS AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS • Localização; • Tamanho; • Formato; • Delimitação (isolados ou fundidos); • Mobilidade; • Temperatura; • Consistência (pétrea ou elástica); • Hipersensibilidade, flutuação; • Fistulização. • Pequenos; • Móveis; • Isolados; • Indolores; • Consistência fibroeslática EXAME FÍSICO Observação do tamanho dos linfonodos, da sua simetria, coloração da pele na região e se há fistulização. Para a palpação dos gânglios linfáticos é necessário utilizar as pontas dos dedos indicador e médio, deslocando a pele sob os tecidos subjacentes em cada região. Use movimentos rotatórios suaves. O paciente deve estar relaxado, com o pescoço discretamente fletido para frente e, se necessário, um pouco inclinado para o lado examinado (de forma que a musculatura do lado examinado esteja relaxada). Durante a palpação, deve ser avaliadas as seguintes características: • oval ou redondo; • : comprometimento localizado (definir o número de linfonodos em um mesmo grupo) ou generalizado (três ou mais grupos linfonodais comprometidos – definir em casa um o número de linfonodos palpáveis); • fibroelástica ou pétrea; • em centímetros, é necessário que o examinador saiba previamente o tamanho da sua polpa digital para, então comparar e definir o tamanho do linfonodo; • doloroso ou não; Isabella Alvarenga – T4C • móvel a palpação ou aderentes aos planos profundos; • em relação ao outros linfonodos; • presente ou ausente; • presença de sinais: edema, calor, rubor e dor. Em alguns grupos de linfonodos, devem ser utilizadas técnicas especiais de palpação para melhorar a avaliação: Para manter a musculatura cervical relaxada, facilitando a palpação, deve-se pedir para o paciente fletir ligeiramente a cabeça para o lado em que está ocorrendo a palpação. : O paciente deve estar sentado e deve apoiar o membro superior no ombro do examinador que está em pé, em frente a ele. O examinador, a seguir, realizará a palpação da seguinte maneira: 1. Palpará, com a mão esquerda, a axila direita do paciente e após trocar o membro apoiado, palpará, com a mão direita sua axila esquerda. Outra maneira de realizar a palpação dos linfonodos axilares é, em vez de apoiar o braço do paciente no ombro, segurá- lo com a mão que não realizará a palpação. Realizada com o paciente deitado com deslizamento circular ou linear com os dedos em extensão. IMPORTANTE • Aumento de número de linfócitos e macrófagos durante reposta de antígenos; • Infiltração por células inflamatórias; • Proliferação maligna in situ de linfócitos e macrófagos; • Infiltração de células malignas metastáticas; • Infiltração de linfonodos por macrófagos repletos de metabólitos nas doenças genéticas. OBSERVAÇÕES CLÍNICAS Quando apenas o lado esquerdo está acometido (presença de linfonodo pétreo), também conhecido como sinal de Troisier, dá-se o nome de linfonodo de Virchow, que sugere metástase de tumor do trato gastrointestinal, já que somente o lado esquerdo está relacionado com o ducto torácico. O comprometimento dos linfonodos inguinais está relacionado com doenças sexualmente transmissíveis, moléstias anais e infeções repetidas dos membros inferiores. • Alteração no tamanho, na consistência ou no número. • Pode ser localizada ou generalizada. Isabella Alvarenga – T4C • supraclaviculares: metástases, TGI, linfomas (SPE – Gânglio Virchow – Metástase de tumor de TGI); Cervicais: rubéola, toxoplasmose; Auriculares: infecções de conjuntivas e olhas; Axilares: neoplasia de mama, linfomas; Inguinais bilaterais: DST; • : câncer, hipersensibilidade, infecção, doenças reumáticas, atipias, granulomatose e outras. (CHICAGO). DIAGNÓSTICOS DAS DOENÇAS RELACIONADAS A LINFONODOS • Exame físico; • Imagem: Radiografia; Ultrassonografia; Tomografia computadorizada; Ressonância magnética; • Amostragem: Aspiração por agulhas; Biópsia por agulhas; Biópsia excisional. • Idade do paciente; • Localização do linfonodo acometido; • Sintomas sistêmicos associados; • História da infecção, trauma, medicamentos, viagens recentes, neoplasias prévias; • Presença de dor ou inflamação; • Tamanho; • Consistência. Isabella Alvarenga – T4C
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