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Fontes e Subdivisões do Direito Financeiro e o Plano Plurianual

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1. O direito financeiro consiste no ramo do direito público que estuda as finanças do Estado em sua estreita relação com a sua atividade financeira. Ou seja, é o conjunto de regras e princípios que estuda a atividade financeira do Estado, compreendida esta como receita, despesa, orçamento e crédito públicos.
Tem estreita relação com a ciência das finanças. Esta consiste na atividade pré-normativa, que alcança os âmbitos econômico, social, político ou estatístico, servindo-lhe de norte no sentido de estabelecer as regras que regerão a atividade financeira do Estado. Ou seja, o desenvolvimento das normas do direito financeiro está estribado também na ciência das finanças, que oferece o caráter informativo, teórico e especulativo daquela. Assim, enquanto a ciência das finanças se preocupa com o estudo da atividade financeira do Estado em seu sentido teórico e especulativo, o direito financeiro estuda seu aspecto jurídico. Logo, quando da elaboração do orçamento público, por exemplo, a ciência das finanças oferece importante auxílio ao ente político, fornecendo dados e os meios para que o legislador escolha a decisão política acertada.
 
Explique sobre as fontes do Direito Financeiro, bem como suas subdivisões
 Reposta:
A principal fonte do Direito Financeiro é a Constituição Federal, sendo que se nomeia Constituição Financeira, tendo em vista o tamanho de sua importância. Nela estão os valores, princípios e regras fundamentais do Direito Financeiro. É o conjunto de normas que se relacionam na Constituição que permite dizer sobre um sistema constitucional de Direito Financeiro. 
Logo abaixo a constituição, estão as leis complementares. Em diversos dispositivos constitucionais está previsto o tratamento de temas de Direito Financeiro por leis complementares, um importante exemplo, o art. 165, § 9º, CF estipula, no seu inciso I, a elaboração e aprovação de leis orçamentárias através de leis complementares e, no inciso II, sobre gestão financeira e patrimonial da Administração Pública. Para mais, possui uma alteração recente, de 2015, no seu inciso III, o qual indica que a lei complementar disporá sobre critérios para execução equitativa das despesas do § 11 do art. 166.
Diante disso, é possível concluir que, as leis complementares tratam de assuntos de interesse nacional, com a pretensão de atribuir um padrão. Por esse motivo, é importante ressaltar novamente a existência do debate sobre a existência de uma relação direta entre lei complementar e norma geral no Direito Financeiro.
Leis ordinárias de fontes do Direito Financeiro veiculadas por leis orçamentárias, os principais exemplos são a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a Lei Orçamentária Anual (LOA) e o Plano Plurianual (PPA). É importante relembrar que não há uma hierarquia entre lei ordinária e lei complementar, segundo o entendimento majoritário, somente competências distintas. 
Resoluções do Senado a CF/88 atribui, nos incisos V a IX do art. 52, a competência para tratar de alguns temas via resoluções. Dessa forma, a competência do Senado é de relevância fundamental para limites de endividamento, operações de crédito e garantia. Os decretos de execução orçamentária e programação financeira são exemplos de fontes anualmente estabelecidas. Eles definem como ocorrerá a execução do orçamento. Além disso, os decretos de contingenciamento estabelecem quais as despesas que não serão executadas momentaneamente. 
Para finalizar, existem normas infra legais que também são importantes fontes para o Direito Financeiro, com destaque às Portarias do Tesouro Nacional, as quais determinam regras de contabilidade pública, demonstração financeira, gestão da dívida, entre outras normas relevantes para o operador de finanças públicas.
2. __________________ estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública relativas às despesas de capital e aos gastos correntes delas derivados. É publicizado na forma de lei e editado a médio prazo.
De qual Instrumento de Planejamento o texto acima fala? Complete a resposta com o tempo de vigência deste instrumento, o tipo de lei que o aprova, o limite de entrega da Federal para o Congresso Nacional, sua data limite para aprovação e sua importância para as outras leis orçamentárias.
 Resposta: 
Plano Plurianual o tempo de vigência desta lei é quatro anos, iniciando-se no segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado.
De acordo com o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. Ou seja, devem ser analisados e votados pelo Poder Legislativo.
PPA é a lei maior, que dita as diretrizes para se seguir nos próximos 4 anos. Logo, quaisquer emendas ao projeto de LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. Nessa mesma linha de raciocínio, as emendas ao projeto de LOA somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o PPA e com a LDO.
3. Para que o poder público possa desempenhar suas funções com critério, é necessário que haja um planejamento orçamentário consistente, que estabeleça com clareza as prioridades da gestão.
O orçamento possui uma grande relevância na gestão pública, tendo em vista sua utilização para organizar os recursos, do ponto de vista administrativo, gerencial, contábil e financeiro. O modelo orçamentário brasileiro é definido pela Constituição Federal de 1988 do Brasil.
Discorra um texto sobre a LOA e a LDO, citando pelo menos 3 características de cada Lei Orçamentária.
 Resposta: 
 A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento
.Além disso, a LDO disporá também sobre, equilíbrio entre receitas e despesas, critérios e forma de limitação de empenho, normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos, demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas.
A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente.
Já a LOA A lei orçamentária anual ira cobrir o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, o orçamento da seguridade social (Saúde, Previdência Social e Assistência Social), abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
4. Os princípios constitucionais tributários estão intimamente relacionados à necessidade de existir um limite para que a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal sigam de maneira correta as imposições legais necessárias ao funcionamento harmônico do Estado.
Com base nesse conceito, é possível vislumbrar a importância dos princípios no sistema jurídico pátrio, já que possibilitam o correto e exato entendimento dos segmentosnormativos que o compõe.
Os princípios constitucionais tributários estão intimamente relacionados à necessidade de existir um limite para que a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal no exercício de suas atribuições, sigam de maneira correta as imposições legais necessárias ao funcionamento harmônico do Estado.
Com isso, é possível constatar que tais princípios constitucionais possuem como função precípua, a limitação do poder de tributar dos entes públicos, ou seja, estão diretamente ligados a ideia de uma competência tributária não absoluta, limitada sempre, às normas da Constituição Federal.
Discorra um texto explicando no que consiste o princípio da irretroatividade bem como a sua principal exceção.
Resposta:
O princípio da irretroatividade proíbe que os entes cobrem tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Portanto, determina a irretroatividade da lei tributária. Em outras palavras: a lei nova que institua ou aumente tributos somente é aplicada aos fatos geradores futuros.
O princípio da irretroatividade tributária possui duas exceções previstas no artigo 106 do Código Tributário Nacional:
a) A lei tributária retroagirá quando for interpretativa. Lei tributária interpretativa é aquela promulgada para explicar uma lei anterior. A lei deve ser materialmente interpretativa.
b) A lei tributária retroagirá quando for mais benéfica para o contribuinte em matéria de infração, desde que o ato não tenha sido definitivamente julgado. Neste caso existem duas condições: lei mais benéfica e matéria de infração, e um pressuposto: ato não definitivamente julgado. Lei tributária mais benéfica em relação a pagamento de tributos não retroage.
5. A atividade financeira do Estado é representada pelas ações que o Estado desempenha objetivando à obtenção dos recursos necessários ao seu sustento e a respectiva realização de gastos voltados a execução das necessidades públicas.
O Estado desempenha a Atividade Financeira para garantir a obtenção de Recursos que precisa para prover a sua autonomia financeira e política.
Neste sentido, a atividade financeira deve se preocupar com o Orçamento Público bem como Formas, condições e limites de obtenção de receitas e de realização de despesas.
 
Depois de ler o texto acima, cite quais as os elementos essenciais da Atividade Financeira do Estado e explique cada um deles.
Resposta:
O Direito Financeiro que pode ser conceituado como a disciplina jurídica que regula a atividade financeira do Estado, sob o ponto de vista jurídico tem como objetivo principal a realização do bem comum, através da satisfação das necessidades coletivas; e como objeto o tratamento jurídico do fenômeno contábil das receitas e despesas públicas, o que é feito com a regulamentação da receita e da despesa pública, de forma tal que não se afaste do bem jurídico tutelado, que vem a ser o tesouro público.
O Estado, para atender às necessidades públicas, precisa obter dinheiro e programar os gastos. A isto se dá o nome de atividade financeira do estado, que é exercida através dos elementos essências, a receita pública que é a obtenção de dinheiro pelo Estado, despesa pública é o emprego dos recursos para viabilizar os fins do Estado (fins políticos), ou seja, todo o dispêndio previsto no orçamento para atender uma finalidade de interesse público, o orçamento público conceituado como um instrumento de planejamento e execução das Finanças públicas. Na atualidade o conceito está intimamente ligado à previsão das Receitas Públicas e fixação das Despesas públicas. E o credito público que a doutrina tem um entendimento fundamental que está incluído dentre os diversos meios pelos quais o Estado pode dispor para obtenção de recursos.

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