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ATIVIDADE DE BIOQUÍMICA CLÍNICA

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ATIVIDADE DE BIOQUÍMICA CLÍNICA 
Aluno: Laíle Roberta 
Profª: Juanita Rocha 
 
DIABETES MELITO: HIPERGLICEMIA CRÔNICA E SUAS 
COMPLICAÇÕES 
 
Leandro Tadeu Ferreira
1
, Israel Hideo Saviolli
1
, Vitor Engrácia Valenti
1
, Luiz Carlos de 
Abreu
1 
 
A diabetes mellitus é um distúrbio metabólico que ocorre proveniente da falha no 
processo de excreção ou reconhecimento do hormônio insulina. Os autores do presente 
artigo tiveram como objetivo discutir sobre os danos sistêmicos causados em uma 
espécie de efeito cascata a partir das desordens propiciadas pela diabetes mellitus. 
Classificada em diferentes tipos, sendo as principais DM do tipo 1 e 2, a DM do tipo se 
caracteriza pela destruição das células do pâncreas responsáveis por produzir e excretar 
o hormônio insulina, bem como o glucagon, responsáveis por manter a homeostasia 
metabólica do açúcar no organismo humano. Esse processo de destruição, conhecido 
como condição autoimune ocorre em resposta a um processo de reconhecimento de 
corpo estranho por parte do sistema imunológico quanto aos receptores celulares. 
Células do sistema imune destroem as células betas das ilhotas pancreáticas impedindo 
que o ocorra o controle metabólico da síntese de açúcar no corpo. 
Na Diabetes Mellitus do tipo 2, ocorre a produção e excreção normal do hormônio 
insulina, entretanto ele se torna resistente quanto a identificação e captação do açúcar no 
sangue, não exercendo sua função da maneira correta. Em ambos os casos citados, 
ocorre como consequência à hiperglicemia crônica, caracterizada pelo acúmulo de 
açúcar na corrente sanguínea. 
A hiperglicemia crônica pode acarretar em diferentes complicações que vão desde 
complicações macro e microvasculares, até outros distúrbios metabólicos em uma 
espécie de efeito cascata. As complicações macro vasculares causam macro angiopatias 
em consequências a alterações morfológicas nos grandes vasos e artérias coronárias, 
podendo causar doenças arteriais como hipertensão, doenças vasculares e AVC's. Essas 
lesões ocorrem em resposta a danos celulares e teciduais presentes nesses sítios, no qual 
a estrutura intracelular desse tecido sofre alterações por meio das diferentes modulações 
proteicas e lipídicas, propiciando alterações morfológicas. Essas alterações fazem com 
que ocorra um aumento no volume do LDL e com isso ocorre à degradação do tecido 
que reveste o vaso por meio da deposição desses compostos na parede das artérias. Esse 
processo citado ocasiona na formação de placas de aterosclerose, que ao comprometer 
os vasos sanguíneos também propicia o aumento da pressão sanguínea decorrente da 
força obtida pela passagem obstruída, bem como a oclusão arterial que também pode 
causar o que se chama de angina, caracterizado pela dor aguda na região do tórax ou 
sítio atingido, obstruindo por total a passagem de sangue nas artérias causando a falta de 
irrigação tecidual, e com isso o infarto agudo do miocárdio e, por conseguinte a morte 
súbita, levando ao aparecimento de cardiopatias e o aumento dos riscos de 
desenvolvimento de doenças cardíacas. Alterações nos capilares também afetam a 
funcionalidade de diferentes órgãos e tecidos, como retina, glomérulo e nervos motores 
e sensitivos, bem como alterações metabólicas como o aumento de excreção de 
hormônios contra insulínicos em resposta ao acúmulo daquela substância na corrente 
sanguínea, a fim de tentar manter a homeostasia. Alterações no processo cíclico e 
bioquímico de glioneogênese fazem com que ocorre o aumento da oxidação dos ácidos 
graxos e consequentemente uma acidose metabólica decorrente do aumento da 
conversão do acetil-CoA em corpos cetônicos. Frente à identificação e diagnóstico 
dessa condição está o analista clínico, que em laboratório tem a responsabilidade de por 
meio de marcadores bioquímicos identificar quaisquer alterações sofridas pelo 
individuo analisado. É explícito que a condição de hiperglicemia crônica é sistêmica e 
pode acarretar em uma serie de complicações que podem levar rapidamente um 
indivíduo a óbito, por esse motivo é imprescindível que o analista clínica responsável 
seja capacidade para identificação precoce e quaisquer condições que possam propiciar 
um falso negativo, a fim de evitar o tratamento errôneo e melhorar tanto o prognóstico 
quanto a qualidade de vida do paciente.

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