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ROTEIRO	DE	ATIVIDADE	PRESENCIAL	2 
 
Disciplina:	Bioética	e	Biossegurança	 
Unidades	Temáticas	do	Material	Didático:3	e	4 
Professor(a):	Suellen	Laís	Vicentino	Vieira 
 
Nome:	Ana	Paula	Da	Silva	Faria 
Grupo:	Bianca	De	Brito	Mafra,	Aline	
Reis	Bombardi,	Kamilla	Barea	Villa. 
 
ORIENTAÇÕES	PARA	CONSTRUÇÃO	DO	ROTEIRO		 
Atividade	 
Realização de um case, baseado em fatos que foram vivenciados no ano 
de 2020 com a pandemia do Coronavírus. 
Conteúdos 
Esta atividade contempla as unidades 3 e 4, com os principais conteúdos 
abordados: Equipamentos de proteção individual, comissão de controle 
de infecção hospitalar, biossegurança. 
Objetivo da atividade 
Desenvolver o senso crítico e reflexivo acerca de um assunto de 
crise; Atuar em equipe; Desenvolver ações de prevenção, promoção, 
proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto 
coletivo, Desenvolver a liderança, apoio do trabalho em grupo e 
organização. 
Importância do Conteúdo 
A presente atividade busca desenvolver o senso crítico e reflexivo do 
aluno, para a atuação ágil, coletiva e individualmente, frente a uma 
situação de emergência de saúde. 
Contextualização e preparação para o estudo 
Vivemos em mundo repleto de seres humanos, animais, objetos, plantas e 
... microrganismos. Os microrganismos são seres microscópicos, podendo 
ser causadores de doenças ou não. Alguns são até bons para o organismo 
humano como os probióticos, bactérias que fazem parte da microbiota 
intestinal, auxiliando nos processos de digestão, trânsito intestinal, 
produção de substância importantes para o organismo humano, como a 
vitamina K e ajudando na proteção contra agentes causadores de 
doenças. Alguns microrganismos ainda auxiliam na produção de 
substâncias como antibióticos, insulina, hormônios, na área de 
biotecnologia, outros servem para a produção de alimentos como 
queijos, cervejas, iogurtes entre outros. Enfim, várias funcionalidades 
positivas temsido empregado o uso de microrganismos. Porém, temos o 
lado ruim desses animálculos, os microrganismos que causam doenças. 
Entre estes estão os vírus, seres de vida intracelular obrigatórios, ou seja, 
precisam da célula do hospedeiro para se replicarem, pois sozinhos são 
incapazes. Os vírus apresentam diversas características peculiares, entre 
elas a capacidade de mutação, que é a alteração nas informações 
genéticas do vírus, que os permitem serem mais infecciosos, se 
adaptarem ao meio e sobreviverem (TRABULSI et al., 2008; MURRAY et 
al., 2006; TORTORA, 2005). As histórias das epidemias e pandemias pelo 
mundo, causadas por vírus são antigas. A maior delas foi a de gripe 
espanhola, com mais de 50 milhões de mortes no mundo entre 1918 e 
1920. A última do século 20 havia sido a da gripe de Hong Kong, em 1968, 
com 1 milhão de vítimas fatais (BBC, 2020).Falando de dados mais atuais, 
em 2009 tivemos uma pandemia de H1N1, sendo somente no Brasil, 
notificados mais de 53.797 casos (MS, 2019). Agora em 2019 um novo 
vírus, o coronavírus, que surgiu na China, alastrando-se rapidamente por 
todo o mundo, provocando grandes taxas de morbidade e mortalidade. 
Até fevereiro de 2021, somente o Brasil já possuía mais de 9,3 milhões de 
casos confirmados com mais de 200 mil óbitos (MS, 2021). O 
novo coronavírus, causador da COVID-19 e o H1N1 apresentam 
similaridades quanto às formas de transmissão e ambos são vírus que 
atacam o sistema respiratório podendo levar pacientes debilitados ou 
com outras comorbidades a óbito. Os estabelecimentos de saúde têm 
trabalhado contra o relógio para o atendimento dos pacientes infectados, 
suspeitos, na prevenção da transmissão, além dos pacientes com outras 
enfermidades. Trabalho árduo, penoso, oneroso, cansativo, porém muito 
gratificante, principalmente quando se tem a cura do paciente. Vários 
países adotaram práticas como o isolamento social para evitar a 
disseminação rápida do vírus, visto que os sistemas de saúde não estão 
preparados para uma alta demanda de doentes. Ao se pensar em 
trabalhar em ambientes de saúde, principalmente hospitais, situações 
incomuns e assustadoras podem ocorrer a qualquer momento, e os 
profissionais de todos os setores devem estar preparados para 
improvisos e adaptações, sendo os gestores o ponto chave para que o 
fluxo continue da melhor forma possível. Tendo em vista a situação vivida 
com o COVID-19, leia o caso problema abaixo, e você se colocando no 
papel de gestor de um hospital resolva os casos problemas. Boa sorte… 
bons estudos…! 
 
Descrição	da	atividade 
CASO	PROBLEMA:	 
 
Um hospital com 200 leitos sendo 20 disponíveis em Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI) deve-se preparar urgentemente pois a menos de um mês 
um novo vírus da gripe H1N1 está se alastrando pelo país (Brasil). Já 
foram notificados na cidade vizinha a sua 20 casos em um único dia 
(distância de 80Km). Até o momento nenhum caso foi notificado em sua 
cidade. Você deve se preparar para o atendimento de pacientes infectados 
com o novo vírus. É necessário que uma comissão interna de controle seja 
montada, para atuar conjuntamente com a comissão de controle de 
infecção hospitalar (CCIH). Aparentemente o novo vírus se mostrou tão 
agressivo quanto o n-CoV-2019 e o H1N1, da qual alguns clínicos já estão 
dizendo que pode ser uma mutação entre os dois vírus. 
Nos casos já notificados no país foram relatadossintomatologias de febre 
alta (acima de 38º C), dor de garganta, tosse seca evoluindo para 
produtiva (com secreção), falta de ar, e casos graves ocorreram 
pneumonia. Os dados do país mostram, em 15 dias 3600 casos 
distribuídos em 20 cidades, 10 óbitos devido a severidade dos casos. Não 
há nenhum curado até o momento. Sabendo a proximidade de casos 
próximos a sua cidade, o tempo corre contra você e o hospital. Então 
agora vamos trabalhar a todo vapor!!! 
 
Em grupos de até cinco integrantes (se possível de cursos distintos) 
resolver as questões propostas baseado no caso problema apresentado: 
 
QUESTÕES: 
 
A) Monte um plano de estratégia, levantando quais os profissionais 
devem ser solicitados para uma comissão extra pensando em atender 
essa nova epidemia (até quatro integrantes), caso considere importante 
uma quantidade maior de componentes da comissão extra, justifique a 
solicitação (Obs. pesquise quais os profissionais de compõem uma CCIH). 
Dos profissionais que você escolher, justifique sua escolha. 
 
Resposta: O hospital é de médio porte por se enquadrar na faixa de 200 a 
399 leitos. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) deve 
estar diretamente subordinada à Administração Superior do hospital, o 
que favorecerá a comunicação e resolução imediata dos problemas 
referentes às infecções. Para hospitais de médio e grande porte a 
comissão CCIH deve ser composta pelos seguintes profissionais: 
 
 
- Administrador do hospital 
- Enfermeiro 
- Médico clínico e/ou cirurgião 
- Bacteriologista 
- Sanitarista ou Epidemiologista 
- Secretária 
 
O número de componentes de uma CCIH depende de fatores como o tipo 
de hospital, o número de leitos, a taxa de ocupação e a taxa de infecção. É 
importante a representação da Enfermagem, pois compreende mais de 
50% do pessoal hospitalar. Para maior dinamismo e eficácia dos 
trabalhos, principalmente pela situação de proeminente 
epidemia/pandemia, torna-se importante ter profissionais responsáveis 
por cada setor de atuação da CCIH, como o setor normativo 
(Administrador do hospital), setor informativo e de estatística 
(Sanitarista ou Epidemiologista), setor executivo e fiscalizador (Médico 
clínico e/ou cirurgião) e o setor laboratorial (Bacteriologista) 
A demanda intensa de trabalho também justifica a inclusão de uma 
Secretária exclusiva para organização e disponibilidade das 
documentações a serem geradas. 
 
 
B)Sabendo que é importante conhecer o histórico da doença, realize uma 
pesquisa sobre como ocorre a contaminação pelo vírus padrão do H1N1 e 
o COVID-19, como pode ocorrer a prevenção e controle da disseminação 
da doençapara poder fazer inferência como o novo vírus. 
Resposta: em 2009 os casos leves de H1N1 foram autolimitados e 
apresentaram sintomas como os de uma gripe comum e incluíam: febre, 
tosse, cefaleia, dores no corpo, dor de garganta, coriza e náuseas. Vômitos 
e diarreias foram mais comuns quando comparada à uma influenza 
sazonal. A maioria dos pacientes se recuperavam em um período de uma 
semana sem tratamento. A transmissão do vírus influenza ocorre de 
pessoa para pessoa de forma direta ou indireta, por meio de secreções 
respiratórias de pessoas infectadas. As complicações mais graves incluem 
pneumonia viral associada a lesões pulmonares graves, que podem 
resultar em insuficiência respiratória e, às vezes, colapso circulatório e 
insuficiência renal. 
A COVID-19 ou Síndrome Respiratória Aguda Grave é uma patologia 
respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2 (coronavírus). Essa 
enfermidade possui alto índice de transmissibilidade, a qual pode ocorrer 
por contato próximo entre indivíduos, contato com superfícies ou objetos 
que contenha o SARS-CoV-2 ou gotículas respiratórias produzidas quando 
uma pessoa infectada sintomática ou assintomática tosse ou espirra. O 
período de transmissão ocorre antes do aparecimento de sinais ou 
sintomas até 7 dias após estes. O espectro clínico da infecção 
por coronavírus é muito amplo, podendo variar de sintomas leves, como 
um simples resfriado, até mais graves como uma pneumonia severa e 
óbito. Os principais sintomas ocasionados pelo COVID-19 são: febre, tosse 
e/ou falta de ar. Outros sintomas como fadiga, dor muscular, confusão 
mental, dor de cabeça, dor de garganta são menos comuns. O COVID-19 
apresenta um período médio de incubação de 5 a 12 dias e logo após 
surge os primeiros sintomas. Pode haver pessoas assintomáticas. 
Mas idosos e portadores de comorbidade como diabetes mellitus, 
hipertensão arterial sistêmica, cardiopatias, doenças imunodepressoras e 
doenças respiratórias são considerados pertencentes ao grupo de risco 
por apresentarem com maior frequência mau prognóstico. As 
complicações mais frequentemente observadas até o momento foram 
sepse, seguida por insuficiência respiratória, insuficiência cardíaca e 
choque séptico. 
Apesar de serem vírus diferentes nas duas doenças aqui discutidas, a 
sintomatologia, as complicações e a transmissão são semelhantes, 
havendo a piora dos casos na presença de comorbidades e fatores de 
risco. Entretanto alguns detalhes podem auxiliar na formulação de 
hipóteses de diagnóstico como o período de incubação entre as duas 
doenças, no qual se tem um tempo de 2 a 14 dias para 
H1N1 enquanto que o COVID-19 necessita de 3 a 7 dias para o início dos 
sintomas. Além disso, em relação ao quadro clínico, é menos comum que 
os pacientes com SARSCoV-2 apresentem rinorreia e sintomas 
gastrointestinais, o que é encontrado naqueles afetados pelo 
H1N1. O H1N1 acomete mais frequentemente os mais jovens, uma vez 
que a faixa etária de maior incidência foi de 5 a 19 anos em 2009, o que 
não se assemelha ao COVID-19 que apresenta idades próximas de 47 anos 
como as mais acometidas. 
Considerando as especificidades de cada doença, apesar dos sintomas 
principais serem semelhantes, é importante o preparo da equipe 
hospitalar para efetuar todas as medidas preventivas, 
independentemente da idade, como forma de prevenção e controle da 
disseminação da nova doença. 
 
 
C)Faça um levantamento dos EPIs e EPCs que serão necessários para o 
atendimento da epidemia no hospital. 
Resposta: 
EPIs: jalecos, luvas, máscaras, óculos de proteção, toucas e propés. 
Materiais descartáveis. 
EPCs: providenciar quartos de isolamento, com pressão negativa e com 
seis a doze trocas de ar por hora; portas fechadas; ante sala; 
equipamentos devem ser de uso exclusivo do local de isolamento. 
Para as análises de amostras clínicas, o laboratório deve ter lava-olhos, 
chuveiros de emergência, extintores de incêndio, câmara de fluxo 
laminar, cabine de segurança de uso geral e materiais de primeiros 
socorros. 
 
 
D)Monte um plano de estratégia para o treinamento dos colaboradores 
do hospital para que eles se preparem para o recebimento de pacientes 
infectados. (objetivo: proteger os colaboradores, evitar a 
disseminação intra hospitalar e extra hospitalar). 
Resposta: A CCIH tem um importante papel para desenvolver as 
atividades de ensino e educação continuada. Nessa situação de preparo 
dos colaboradores para enfrentamento da pandemia, o plano estratégico 
de treinamento contemplará ações para atuação na prevenção de 
controle da infecção hospitalar, como cursos específicos e elaboração de 
manuais informativos com os temas de isolamento de pacientes, 
precauções e coleta microbiológica. 
Propõe-se o estabelecimento de uma campanha com duas vertentes, a 
interna e a externa. Serão desenvolvidas atividades para o 
aprimoramento dos próprios servidores utilizando orientações, 
treinamentos e elaboração de manuais informativos para o atendimento 
de outras instituições preocupadas com o problema das infecções 
hospitalares e com a organização de uma estrutura voltada para o seu 
controle. 
 
 
Referências 
 
BRASIL,	Ministério	da	Educação.	Estrutura	organizacional	dos	
hospitais	sob	gestão	da	EBSERH:diretrizes	técnicas,	2013.	71p. 
 
HORR,	L.;	ORO,	I.	M.;	LORENZINI,	A.;	SILVA,	L.	M.	Comissão	de	
controle	de	infecção	hospitalar.	Revista	Brasileira	de	Enfermagem,	
v.	31,	p.	182-192,	1978. 
 
MENDONÇA,	L.	G.;	LIMA,	J.	G.	P.;	FENATO,	A.	J.;	SENA,	H.	R.	V.;	PAULA,	
M.	F.;	ANDRADE,	F.	A.;	RABELO,	M.	R.	G.;	AMÂNCIO,	N.	F.	G.	Perfil	do	
COVID-19	e	do	H1N1:	aspectos	epidemiológicos	e	
clínicos.	Brazilian	Journal	of	Health	Review,	v.	4,	p.	854-873,	2021. 
 
SILVA,	M	F.	I.;	SANTOS,	B.	M.	O.	Estudo	histórico	-	organizacional	da	
comissão	de	controle	de	infecção	hospitalar	de	um	hospital	
universitário.	Medicina,	v.	34:	p.	170-176,	2001.

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