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Plano de Aula: Jornalismo Político JORNALISMO ESPECIALIZADO - CCA0798 Título Jornalismo Político Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 9 Tema Especificidades do Jornalismo Político Objetivos Gerais Conhecer a evolução do jornalismo político no Brasil Compreender os aspectos éticos envolvidos no exercício do jornalismo político Específicos Identificar os diferentes momentos históricos do jornalismo político no país Analisar a complexidade da relação com a fonte nos espaços de poder Justificar a necessidade de conhecimentos de história e ciência política Identificar os espaços de atuação profissional do jornalista político Estrutura do Conteúdo HISTÓRICO Antes do jornalismo profissional moderno, a imprensa em geral era partidária e ideológica, identificada. Isso porque a publicação de periódicos, já nos primórdios da imprensa, passou a ser controlada pelos governantes, através de sistemas de concessão, o que significava que licenças para publicação eram concedidas aos partidários dos monarcas. Esse jornalismo vigorou também no Brasil, onde até 1808 tipografias eram proibidas de existir pela metrópole portuguesa. Nesse ano, em que a família real se instala na colônia em função do avanço de Napoleão Bonaparte na Europa, foi lançada a Gazeta do Rio de Janeiro, jornal oficial da Corte de D. João VI, rodado na Imprensa Régia, detentora do monopólio de impressão na colônia. Havia publicações contra a corrente, como o Correio Braziliense, oposicionista editada pelo jornalista Hipólito José da Costa. Não se pode ignorar a agitação política do período, com diversos movimentos político-ideológicos, como guerras, revoltas e revoluções, que mobilizam especialmente as elites que constituíam até então a minoria leitora de jornais, numa época anterior à universalização da educação. Nesse cenário, os jornais são verdadeiras tribunas políticas, em que artigos de opinião sobrepõem-se às notícias. A situação começa a mudar ainda no século XIX, principalmente nos Estados Unidos, com a urbanização das cidades e a alfabetização, que criarão um novo público para os jornais, e o avanço tecnológico da imprensa, com equipamentos como a rotativa e a linotipia, que aumentarão a tiragem dos jornais e reduzirão os custos de sua produção, tornando a publicação mais acessível. Tem-se então um processo inicial de profissionalização do jornalismo, com a adoção de novas técnicas jornalísticas, como a entrevista, e um conteúdo mais noticioso. No Brasil, aquele jornalismo opinativo e partidário perdura ainda até pelo menos a década de 50, especialmente na cobertura política. Segundo Franklin Martins: Até algumas décadas atrás, os jornais, em sua maioria, tinham um caráter quase partidário. E dirigiam-se também a um leitor razoavelmente partidarizado. Para um e para outro, a opinião era tão ou mais importante que a notícia. O leitor comprava o jornal esperando encontrar uma cobertura afinada com seu viés político ou, pelo menos, não muito distante dele. Já o jornal buscava cativar o leitor atendendo a essa expectativa. (MARTINS, 17) Nessas ocasiões, jornais influentes como O Globo, O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil, e os hoje extintos Correio da Manhã e Diário Carioca, entre outros, passavam ao largo de um tratamento imparcial na cobertura jornalística da campanha, quando não eram francamente engajados. Em seu livro Jornalismo Político, Franklin Martins mostra como os jornais entraram em campanha nas eleições presidenciais de 1950, polarizada entre Getúlio Vargas e o brigadeiro Eduardo Gomes. A maioria torcia abertamente pelo brigadeiro: ?Velada ou ostensivamente, todos tinham candidato e queriam derrotar Getúlio, o que ficava claro em suas páginas, inclusive na cobertura noticiosa (MARTINS, 15). Vivia-se então um período democrático e pluripartidário, pós-Revolução de 30, que deu início à chamada Era Vargas (período em que Getúlio governou ditatorialmente o país por 15 anos, entre 30 e 45) e pré-Golpe de 64, que instaurou a ditadura militar e silenciou a imprensa e os partidos. Naquela época, havia no Brasil, no eixo RJ-SP, uma multiplicidade de jornais importantes, todos eles mais ou menos politicamente engajados. Falando sobre a imprensa carioca entre as décadas de 50 e 60, Franklin Martins mapeia as posições dos jornais no espectro político nacional: O JB e o Correio [da Manhã] eram tidos como liberais, situados no centro do espectro político. O Globo era mais conservador. O Diário Carioca e o Diário de Notícias eram próximos da UDN [partido político União Democrática Nacional], mas tomaram distância de sua ala mais reacionária, o lacerdismo. A Tribuna de Imprensa pertencia ao próprio Carlos Lacerda e era furiosamente antigetulista e, depois, antijuscelinista. Já a Última Hora era trabalhista, quase de esquerda. A Imprensa Popular era vinculada ao Partido Comunista, embora o PCB estivesse na ilegalidade. O Dia, A Notícia e a Luta Democrática eram jornais populares, os dois primeiros ligados a Adhemar de Barros e, depois, a Chagas Freitas, do PSP, o último ao udenista Tenório Cavalcanti. (MARTINS, 17). Não é possivel comparar esse comportamento da imprensa brasileira na primeira metade do século XX com o tipo de explicitação de apoio político praticado hoje pela imprensa estrangeira, principalmente americana, em decisões eleitorais. De um lado tem-se uma militância quase panfletária, expressa em manchetes, chamadas, fotos e charges e no tom geral da cobertura. De outro, uma postura empresarial que declara apoio a determinado candidato, mas cujo engajamento se restringe às páginas editoriais (opinativas), não comprometendo a isenção da cobertura jornalística da campanha. O quadro geral da imprensa no Brasil começou a mudar no final da década de 50, quando as redações dos jornais se profissionalizam e se modernizam, assumindo caráter mais empresarial. Reformas gráficas e adoção de novas técnicas de apuração e redação, com a introdução do lead e da pirâmide invertida, importados do jornalismo objetivo formatado nos Estados Unidos, impõem um tratamento pretensamente imparcial à informação, que se distingue claramente da opinião. O texto perde o tom panfletário e doutrinário, muitas vezes virulento e apaixonado, que marcava a imprensa partidária, ganhando em clareza, imparcialidade e objetividade. A modernização da imprensa se seguiu mais tarde, porém, um período de perdas para o jornalismo político, em função da censura imposta à imprensa no período da ditadura militar (1964-1985). A cobertura política foi uma das mais prejudicadas, uma vez que não desfrutava de liberdade para publicar temas incômodos ao regime. Contudo, o jornalismo brasileiro mudou radicalmente e, no processo de modernização, muitos daqueles jornais partidários desapareceram por não conseguirem se sustentar diante da elevação dos custos de operação de uma redação moderna. Os grandes jornais que sobreviveram atingiram uma tiragem impensável para os veículos do passado, alcançando um público amplo e plural, não partidarizado. Segundo Franklin Martins: Essa mudança de estratégia teve enorme impacto na alma e na cara dos jornais. Na alma: eles tiveram de deixar claro para o leitor que vendem informação, e não opinião embrulhada em notícia. Daí a necessidade de isenção na cobertura jornalística, ou pelo menos da busca da isenção. Na cara: os jornais passaram a cobrir áreas que antes eram desprezadas, criando editorias ou cadernos voltados para segmentos específicos, como entretenimento, cultural, mulheres, jovens, crianças, carro, trabalho, turismo, informática etc. (MARTINS, 19). O noticiário político já não pode se limitar à mera reprodução dos fatos e às declarações dos políticos e autoridades. Mas não se trata de reabilitar a opinião do passado. Esta, entretanto, está encontrando um espaço propício na internet, graças às suas possibilidades de segmentação, que se abre para uma imprensa especializada e, inclusive, partidarizada. No entanto, deve-se ressaltar a função social do jornalismo, com abertura ideológica ounão. Jornalismo demanda apuração e ética técnica. O PODER O jornalismo político é um dos mais desafiadores para o repórter. É o território do poder, disputado avidamente por grupos conflitantes, em que se travam batalhas de influência e jogos de interesses cujos prêmios são cargos, indicações, mandatos, poder e influência. Nesse meio de ambições e vaidades, a informação é moeda de troca e vale ouro para todos os envolvidos e mais ainda para o jornalista. Área em que se transita constantemente entre declarações oficiais e bastidores dos centros de decisão, exige conhecimento, perspicácia, sensibilidade e habilidade do jornalista para garimpar informação genuína, e não especulação, boato, manipulação ou contra-informação. Na política, todos estão interessados em alcançar e se manter no poder. Esse é o espaço das articulações, das negociações, das artimanhas, manobras e estratégias. O jornalista político deve saber transitar nesse meio com independência, ética e responsabilidade, consciente de que seu compromisso é com a sociedade. O jornalista político deve acompanhar de perto a atuação dos dirigentes políticos nas instâncias legislativa, executiva e judiciária. Isso significa cobrir as sessões nas Câmaras Municipais, nas Assembleias Legislativas e na Câmara e no Senado, além de monitorar as ações de prefeitos e secretários, de governadores e suas equipes, do presidente e de seu ministério. É preciso ainda acompanhar as movimentações dos partidos e os trabalhos dos tribunais eleitorais e de justiça. No entanto, a política se faz principalmente nos bastidores, e esses não estão sempre acessíveis ao jornalista que, entretanto, pode vir a saber o que se passou em reuniões fechadas, encontros reservados e outras instâncias sigilosas através de fontes que participaram desses eventos, na verdade, é a versão que interessa a um político ou grupo político. Circulando nos centros de poder, o jornalista político desfruta de acesso privilegiado a lideranças e governantes, parlamentares, ministros e até ao presidente. É importante manter esse canal aberto com o poder, mas, no jornalismo político a relação com a fonte é ainda mais complexa que em outras editorias. Não se pode perder de vista que a política gira em torno de interesses que fazem parte do jogo da democracia, mas do qual o jornalista deve manter distância, preservando a necessária independência do repórter, uma vez que sua principal missão é defender o interesse público. Grande parte dos movimentos no tabuleiro de xadrez da política se dá nos bastidores, como já dito. Isso faz com que o relato em off (de off the records, isto é, sem registro) assuma um papel importante no jornalismo político. Ocorre quando uma fonte passa uma informação ao jornalista sob a condição de não ser identificada na reportagem. Este é um expediente legítimo de se obter informação, mas deve-se tomar alguns cuidados ao se recorrer a ele. Franklin Martins recomenda não banalizá-lo, reservando-o para informações realmente importantes. E, principalmente, o off deve ser verificado. Vemos, portanto, que a política vai muito além do que está aparente. Há toda uma movimentação nos bastidores que é preciso trazer à tona. E há também, no palco mesmo de ações, muito jogo de cena, balões de ensaio e toda sorte de dissimulação e estratagema que é necessário decifrar. Para conseguir captar o sentido das coisas, entender o que se passa e identificar tendências, a fim de traçar um quadro claro do jogo político e apresentá-lo ao público comconhecimento e domínio, como lembra o Franklin Martins o jornalista deve: 1 Acumular um nível de informação que ultrapassa o fato-notícia. Ou seja, reunir conteúdo suficiente para compreender o contexto em que o fato ocorreu e dimensionar seu alcance e desdobramentos. Com essa ?informação de fundo? (background information), o jornalista é capaz de oferecer uma notícia ampliada, contextualizada e até mesmo interpretada. Assim, a notícia da aprovação de determinada lei municipal ou federal não se limitaria ao registro do placar de sua votação entre os vereadores ou congressistas, mas resgataria o histórico de sua tramitação, com os percalços e resistências enfrentados e as articulações envolvidas, além de prever seu impacto na sociedade e no próprio jogo político. 2 Conhecer as regras do jogo. O jornalista político tem que saber como funcionam os mecanismos do poder e as engrenagens das instituições: as casas legislativas, o Executivo e o Judiciário. Isso significa compreender os processos de tramitação de leis e projetos, os quóruns necessários para sua aprovação e para a instalação de comissões de inquérito, como são eleitos os presidentes das casas legislativas, as prerrogativas de prefeitos, governadores e presidente e inúmeras outras questões. Além disso, é preciso ter algum conhecimento sobre a Constituição brasileira. 3Conhecer a história política do Brasil. O jornalista que cobre a área precisa ter conhecimentos mínimos sobre a história do país e formar um repertório básico principalmente sobre sua história política recente, do século XX em diante. Pode-se buscar esse conhecimento em cursos livres ou oficinas, em livros e filmes. Para uma formação mais acadêmica e especializada, há cursos de pós-graduação em ciência política que proporcionam a aquisição de conhecimentos de teoria política clássica e contemporânea e de história política brasileira, além de discutir a ética no jornalismo político e o papel político do jornalismo e suas relações com o poder. Os poderes 1 - Município, estado e União: - O poder público se manifesta em três esferas: o município, o estado e a União, cada qual com determinadas competências, previstas na Constituição Federal. - No Brasil, os estados e os municípios são autônomos. Por isso, têm constituições e leis próprias, de acordo com a cultura, a economia e as necessidades de sua população. Com base nessas leis, se organizam e administram os seus serviços. 2 - As funções de cada um: - A União faz as leis de interesse geral do país; os estados, as leis de interesse regional; e os municípios, as leis de interesse local. - União: faz as leis e executa tarefas que interessam ao país como um todo. - Estados: tratam de assuntos de interesse regional. Ex: organização interna e estrutura administrativa; programas de desenvolvimento regional; segurança pública (atuação das Polícias Civil e Militar); gerenciamento do transporte intermunicipal de passageiros, entre outros. - Municípios: têm competência exclusiva sobre assuntos de interesse local como a instituição e cobrança de tributos municipais; a ordenação do trânsito dentro da cidade; o estabelecimento de normas para o uso e a ocupação do solo (envolvendo loteamentos, construções, compra e venda de imóveis); a criação, organização e extinção de distritos. - As leis federais, estaduais e municipais estão em pé de igualdade e devem ser respeitadas por todos, se produzidas como manda a Constituição Federal. Se a lei municipal diz, por exemplo, que é proibido estacionar em determinado lugar, isso vale para todo mundo: até para carros dos governos estadual ou federal. 3 - Distribuição da arrecadação: - Cada ente da Federação tem suas tarefas. E, naturalmente, dinheiro próprio para fazer aquilo que é de sua competência. - A Constituição Federal determina as fontes de arrecadação de recursos da União, dos estados e dos municípios. A fonte principal são os tributos, como os impostos e as taxas. - Alguns impostos da União e dos estados, como o Imposto de Renda e o ICMS, têm parte de sua arrecadação repassada para outros entes - estados e municípios. - Além das fontes tributárias próprias e dos repasses, União, estados e municípios possuem outras fontes de receita, complementares, provenientes, por exemplo, de empréstimos, convênios, da exploração de atividades econômicas, do aluguel de imóveis e equipamentos, etc. PODEREXECUTIVO - As atribuições: - Cabe ao Poder Executivo propor e administrar as políticas públicas - em harmonia com a independência dos poderes Legislativo e Judiciário. - Manter o regime federativo, a segurança pública interna e externa, - Atender as necessidades físicas, econômicas, sociais, educacionais e intelectuais da população, preservando a democracia, as liberdades individuais, a independência e a soberania nacionais. - O presidente da República é também o comandante supremo das Forças Armadas. - Linha sucessória presidencial: - Presidente - Vice-presidente - Presidente da Câmara dos Deputados - Presidente do Senado Federal - Presidente do Supremo Tribunal Federal PODER LEGISLATIVO - Fazem parte do PoderLegislativoa Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado Federal. Têm com função básica fiscalizar o Executivo e apresentar projetos de interesse da cidade, estado ou país. - Funções do legislador: - Legislar, fiscalizar e representar politicamente seus eleitores. - Propor e discutir leis que deverão ser votadas e aprovadas em plenário. - Fiscalizar os atos do Poder Executivo, analisar os gastos deste poder e, ainda convocar os secretários de Executivo e para prestar esclarecimentos sobre suas atividades. - Fiscalizar o Poder Judiciário. - Como surge uma lei? - Quando um legislador apresenta um projeto, ele é analisado primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde é avaliado para saber se nenhuma de suas proposições contradiz a Constituição Federal, Estadual ou a Lei Orgânica municipal. - Se passar pela CCJ, o texto ainda é analisado em uma comissão afim. Exemplo: se o projeto prevê modificações nos hospitais, passa pela Comissão de Saúde. - Também é verificado se há recursos financeiros para a lei ser colocada em prática e, principalmente, se não repete ou contradiz uma lei já existente. - Os projetos podem ser aprovados por maioria simples ou maioria qualificada, quando somente com dois terços dos votos é possível a aprovação. - Tipos de sessão: - Sessão Ordinária: tem este nome porque é realizada a partir de uma ordem numérica, de segunda a quinta-feira. - Sessão Extraordinária: convocada quando há assuntos de grande relevância que precisam ser discutidos ou projetos que precisam ser votados, que não puderam entrar nos debates das sessões ordinárias. Os parlamentares, quando são convocados, já sabem dos assuntos que essa sessão deverá tratar. - Sessão Solene: Realizada para debater temas de interesse público, comemorar datas importantes e/ou para prestar homenagens a categorias profissionais e movimentos sociais organizados. Época de funcionamento do Legislativo: - Os trabalhos legislativos têm início em 15 de fevereiro e vão até 30 de junho; e de 1º de agosto a 15 de dezembro. - Mediante convocação extraordinária, o Congresso pode funcionar em outro período, mas deliberando apenas sobre matérias para as quais foi convocado. Tribunal de Contas (TCE): - Faz parte do Poder Legislativo e tem como função apresentar um relatório anual sobre as contas dos municípios e do Estado. - O tribunal não julga. Apenas aponta as falhas, que devem ser investigadas pelos vereadores ou deputados estaduais. - Os responsáveis pela punição, no caso de um parecer negativo das contas públicas, são os legisladores. - O Tribunal de Contas da União (TCU) fiscaliza o governo nacional. - Congresso Nacional: - É composto pela Câmara dos Deputados (cujos membros representam a população em geral) e pelo Senado Federal (que representa as unidades da Federação). - Tem atribuições deliberativas e de fiscalização. - Dispõe sobre matérias relacionadas a tributos, orçamentos, planos nacionais, telecomunicações, finanças, câmbio, moeda, tratados, acordos, além de autorizar o presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, julgar anualmente as contas do Presidente. - Câmara dos Deputados: - É composta por 513 deputados eleitos pelo sistema proporcional à população de cada estado e do Distrito Federal, com mandato de quatro anos. - A Constituição de 1988 determinou que nenhuma unidade federativa poderá ter menos de oito ou mais de 70 representantes. Os estados do Acre e Mato Grosso do Sul, por exemplo, têm oito deputados. São Paulo é o único que preenche a cota máxima de 70. - Senado Federal: - Tem 81 parlamentares. Os estados e o Distrito Federal elegem três senadores cada. - O mandato é de oito anos, renovando-se, a cada quatro anos, 1/3 e 2/3 de seu corpo, alternadamente. - Na eleição de 2002, foram eleitos dois senadores por unidade. Em 2006, apenas um. O texto O jornalismo político também enfrenta a questão do seu jargão, o politiquês, ou seja, a linguagem repleta de expressões e termos que só fazem sentido para os iniciados nela. O jornalista deve ficar alerta para não passar batido por conceitos que seu público não domina, publicando-os sem uma explicação, sem traduzi-los para o entendimento geral. Deve-se lembrar que se escreve para o público - o leitor, espectador, ouvinte, internauta - que não está familiarizado com um vocabulário originário de regimentos das casas legislativas, da legislação eleitoral, dos partidos, das engrenagens políticas em geral. Também deve tomar o cuidado para não naturalizar comportamentos que não possam ser compreendidos pelo contrato social médio. Mercado O jornalista político encontra mercado profissional não só nas redações de órgãos de imprensa tradicionais (jornais, revistas, televisão e rádio) e nas novas mídias (sites e blogs), como também em assessorias de comunicação de governos, casas legislativas e parlamentares, institutos de pesquisa, agremiações partidárias e organizações não-governamentais. Abrem-se oportunidades, a partir da cobertura específica, em portais especializados, como o Congresso em Foco e o Poder 360. Também há demanda de veículos locais pela cobertura em Brasília de seus interesses locais. Aplicação Prática Teórica
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