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Estomatologia O que é biópsia? É considerado uma biópsia toda retirada de fragmento de tecido (grande ou pequeno), que será analisado em exames macro e microscópios, envolvendo o processamento laboratorial do material, a confecção de lâminas seguida de análise e descrição microscópica com diagnóstico histopatológico. Sua principal função é o esclarecimento da causa de uma patologia ou mesmo o estágio de desenvolvimento de uma doença já conhecida; isto é, na área médica e odontológica, é um método de auxílio, do qual o profissional pode lançar mão com intuito de confirmar e/ou excluir um diagnóstico, eleger a melhor alternativa terapêutica e orientar o prognóstico, na qual consiste na remoção de um fragmento de tecido de um paciente para avaliação das alterações eventualmente presentes. Quando fazer uma biópsia? A biópsia deve ser indicada sempre que houver alguma alteração no tecido mole ou duro por mais de duas semanas. Essa alteração normalmente não possui causa aparente, não regride e o exame clínico associado a exames complementares não permitem o fechamento do diagnóstico. Ademais, na maioria dos casos a biópsia é solicitada para averiguar alterações suspeitas nas células. Na Odontologia a biópsia é indicada nas seguintes situações: Lesões ulceradas ou não, com suspeita de malignidade (úlceras que não cicatrizam após 10 a 20 dias); Lesões esbranquiçadas ou avermelhadas; Crescimentos teciduais; Lesões ósseas expansivas ou não; Lesões infecciosas; Quem pode ser submetido a biópsia? Antes de avaliar as condições cirúrgicas, o profissional deve verificar as condições sistêmicas do paciente, uma vez que um pequeno ato cirúrgico pode se tornar um grande problema em pessoas com metabolismo descompensado. Dessa forma, o profissional deve pensar na possibilidade de alergias, condições psicológicas e até mesmo limitações físicas, tais como a obesidade mórbida. A partir da avaliação, todos os pacientes que não possuírem restrições poderão passar pelo procedimento, desde crianças a idosos. Estomatologia Existem contraindicações? Não existem contraindicações absolutas à realização da biópsia. Essas são relativas e quase sempre dizem respeito ao estado geral ou condição local do paciente, as quais devem ser ponderadas no diagnóstico clínico. Entretanto, em alguns casos é necessário ter cautela ou até mesmo não a realizar: Lesões arroxeadas, avermelhadas, suspeitas de Hemangioma – em casos de diascopia (vitro pressão) positiva não se deve fazer biópsia. Lesões em que o diagnóstico clínico é suficiente para o diagnóstico definitivo. Ex. Herpes Lesões em glândulas salivares maiores. Quais os tipos de biópsia? Existem vários tipos de biópsias capazes de identificar possíveis problemas em diferentes partes do corpo. Na odontologia utiliza-se com maior frequência: Biópsia incisional – Trata-se da retirada de um fragmento da lesão, sendo de grande importância a remoção de tecido normal junto com o alterado. É indicada em casos de suspeita de lesões malignas e/ou lesões muito extensas. Biópsia excisional – Trata-se da retirada da lesão toda, sendo importante remover todo o tecido alterado e uma faixa de tecido normal ao redor. É indicada em casos, nos quais não há suspeita de malignidade e em lesões pequenas. Quais protocolos seguir? 1. Biossegurança A técnica de execução da biópsia, independentemente de ser incisional ou excisional, deve seguir os padrões de biossegurança exigidos para a realização de um procedimento cirúrgico 2. Anestesia A anestesia deve ser feita ao redor da lesão, e não diretamente sob a mesma. Visto que a solução anestésica pode mascarar a lesão e dificultar a observação da real dimensão da Estomatologia peça a ser retirada ou até mesmo alterar as características microscópicas do tecido. 3. Remoção do fragmento A remoção do tecido irá depender do tipo de biópsia a ser realizado, assim como do tipo de tecido, ósseo ou mole, e também dos aspectos clínicos da lesão. É importante que sejam seguidas as orientações, tais como, escolher o local ideal para remoção do tecido, remover parte de tecido normal junto com o alterado, remover na profundidade adequada, remover quantidade de material suficiente para análise, etc. Outrossim, os instrumentais utilizados são os mesmos utilizados na cirurgia. Geralmente inclui cabo e lâmina de bisturi, tesouras comuns e para divulsão do tecido, pinças clínicas, pinças hemostáticas, porta agulha, fio de sutura, entre outros. 4. Sutura Após a remoção do tecido deve ser feita hemostasia e sutura do local. 5. Acondicionamento Todo o fragmento retirado deve ser acondicionado em um frasco de boca larga e tampa de rosca com solução fixadora formol a 10%, além disso, o volume utilizado deve ser de aproximadamente 20 vezes o volume da peça. O frasco deve ser identificado com as informações nome e idade do paciente, data da realização do procedimento e local da biópsia. Ademais, junto com o material coletado deve ser enviado ao laboratório de anatomia patológica, uma ficha com os dados do paciente, queixa principal, história da doença atual, aspectos clínicos da lesão, resultados de exames complementares (raio X, tomografia computadorizada, hemograma, etc.) quando houver e a hipótese de diagnóstico do profissional solicitante. Essa ficha é disponibilizada pelo laboratório ou pode ser feita pelo solicitante. 6. Resultado O resultado será enviado ao profissional solicitante por meio de um laudo, o qual descreverá as condições observadas no tecido e o diagnóstico histopatológico. Com o resultado em mãos, o profissional pode informar ao paciente sobre a sua patologia e quais as possibilidades terapêuticas. Estomatologia
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