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114 Carta Saúde 114 sobre o Sistema Urinário Abril de 2020

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114 Carta Saúde 114 sobre o Sistema Urinário. Pedir as Cartas pelo Número e 
pelo Tema c/ a Patrícia no E-mail: cartasaude2020@gmail.com - Abril de 2020. 
Informações: 011---- 9.9943.2646 
O SISTEMA URINÁRIO 
no Curso de Naturopatia 2020. 
1. O sistema urinário, ou aparelho urinário, é o sistema responsável por produzir, armazenar 
temporariamente e eliminar a urina, um composto que garante a eliminação de substâncias que 
estão em excesso no organismo e resíduos oriundos do metabolismo. 
2. Os órgãos que compõe o sistema urinário são os rins e as vias urinárias. As vias 
urinárias compreendem o ureter, a bexiga e a uretra. Os nossos tecidos, que recebem do sangue 
as substâncias nutritivas, ao sangue abandonam aqueles compostos químicos tóxicos que neles 
se formam como resultado do complexo fenômeno da nutrição. Tais substâncias são danosas e 
devem ser eliminadas para não intoxicar o organismo e pôr a vida em perigo. A maior parte 
desses produtos é eliminada por trabalho do aparelho urinário; somente uma parte mínima é 
eliminada pelas glândulas sudoríparas mediante o suor. 
3. O aparelho urinário tem a tarefa de separar do sangue as substâncias nocivas e de eliminá-las 
sob a forma de urina. Compõe-se ele dos rins, que filtram o sangue e são os verdadeiros órgãos 
ativos no trabalho de seleção das substâncias de rejeição; dos bacinetes renais com os 
respectivos ureteres, que conduzem a urina até a bexiga; da bexiga, que é o reservatório da 
urina; da uretra, canal mediante o qual a urina é conduzida para fora. Juntamente com as 
substâncias de rejeição, o aparelho urinário filtra e elimina também água. A eliminação de água é 
necessária seja porque as substâncias de rejeição estão dissolvidas no plasma, que é constituído, 
na sua maior parte, de água, seja porque também a quantidade de água presente no sangue e 
nos tecidos deve ser mantida constante. 
4. A água entra na composição de todos os tecidos e da substância intercelular (que enche os 
espaços entre as células): ela é o constituinte universal de todos os "humores" do organismo e 
tem a tarefa essencial de servir de "solvente" de todas as substâncias fisiologicamente ativas. A 
água entra no organismo com os alimentos e as bebidas; em parte se forma no próprio 
organismo por efeito das reações químicas que aí têm lugar. Depois de ter realizado as suas 
importantes funções, a água deve ser eliminada: como antes tinha servido de veículo às 
substâncias nutritivas, agora serve de veículo às substâncias de rejeição. 
5. Como ocorre a excreção - O nosso sangue contém muitas substâncias de que não necessitamos e 
algumas podem mesmo ser perigosas - água em excesso, sais minerais, células mortas ou 
alteradas e resíduos das atividades celulares. Por isso têm de ser eliminadas. Estima-se que em 
24 horas sejam filtrados cerca de 180 litros de sangue. Isso indica que o volume total do sangue 
é filtrado cerca de sessenta vezes por dia. Apesar dessa grande filtração ocorrida, formam-se 
apenas cerca de 1 a 2 litros de urina por dia, o que significa que aproximadamente 99% do 
filtrado é reabsorvido. 
6. Os rins são os principais órgãos do sistema urinário. Situados na cavidade abdominal, na região 
lombar, um de cada lado da coluna vertebral e rodeados por um tecido gorduroso, os rins são 
órgãos em forma de feijão, de cor vermelha escura, medindo cerca de 11 cm de comprimento e 6 
cm de largura. Pesam entre 115 e 155 gramas nas mulheres e entre 125 e 170 gramas nos 
homens. O lado côncavo está voltado para a coluna vertebral e é por esse lado que entram e 
saem os vasos sanguíneos, do qual a artéria renal e a veia renal são os mais importantes. 
7. Os grandes cálices convergem para formar uma câmara alargada denominada pelve renal, que 
está rodeada pelo seio renal. A pelve renal estreita-se em um tubo de pequeno diâmetro, o 
ureter, que sai do rim pelo hilo e conecta-se à bexiga urinária. A urina formada dentro do rim flui 
das papilas renais para os cálices menores. A partir dos cálices menores, a urina flui para os 
grandes cálices, é coletada na pelve renal e, em seguida, deixa o rim pelo ureter. 
8. O néfron é a unidade histológica e funcional do rim. Os rins extraem os produtos residuais do 
sangue através de milhões de pequenos filtros denominados néfrons, que são a unidade 
funcional dos rins. Esta estrutura é formada por um corpúsculo renal, que compreende o 
glomérulo e a cápsula de Bowman e, por túbulos renais, que compreende o túbulo contorcido 
proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo coletor. 
9. No interior da cápsula glomerular penetra uma arteríola (ramificação da artéria renal) que se 
ramifica, formando um emaranhado de capilares chamado glomérulo renal. A cápsula glomerular 
continua no túbulo contorcido proximal, que se prolonga em uma alça em forma de U chamada 
alça néfrica. Dessa alça segue um outro túbulo contorcido, o distal. O conjunto desses túbulos 
forma os túbulos renais. 
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10. O glomérulo é uma rede de novelo de capilares sanguíneos, quando o sangue passa pelos 
capilares glomerulares, água e outras substâncias saem do sangue, e após o sangue ser filtrado 
pelos glomérulos, o líquido resultante passa para a cápsula de Bowman, que envolve esse 
emaranhado de capilares, e em seguida, o líquido passa para o túbulo contorcido proximal. 
Deste, passa pela alça de Henle, que logo após penetra no túbulo contorcido distal, que termina 
em um canal coletor. Este canal acumula a urina proveniente de diversos néfrons, lançando-a na 
pelve renal. 
11. Basicamente, a função do néfron consiste em limpar o plasma sanguíneo das substâncias que 
não podem permanecer no organismo, sendo que ao passo que o líquido resultante da filtração 
glomerular passa pelos túbulos contorcidos, substâncias úteis ao organismo (água e grande parte 
dos eletrólitos), são reabsorvidas voltando para a circulação sanguínea, e as que não são úteis 
(creatinina e ureia, por exemplo), passam direto indo compor a urina, juntamente com outras 
substâncias que são secretadas pelas paredes dos túbulos contorcidos. A urina se forma nos 
néfrons basicamente em duas etapas: a filtração glomerular e a reabsorção renal. É na cápsula 
glomerular que ocorre a filtração glomerular, que consiste no extravasamento de parte do plasma 
sanguíneo do glomérulo renal para a cápsula glomerular. O líquido extravasado é 
chamado filtrado. 
12. Esse filtrado contém substâncias úteis ao organismo, como água, glicose, vitaminas, aminoácidos 
e sais minerais diversos. Mas contém também substâncias tóxicas ou inúteis ao organismo, como 
a ureia e o ácido úrico. Da cápsula glomerular, o filtrado passa para os túbulos renais. O processo 
em que há o retorno ao sangue das substâncias úteis ao organismo presentes no filtrado é 
chamado reabsorção renal e ocorre nos túbulos renais. Essas substâncias úteis que retornam ao 
sangue são retiradas do filtro pelas células dos túbulos renais. Daí passam para os vasos 
capilares sanguíneos que envolvem esses túbulos. Dos néfrons, os resíduos recolhidos são 
enviados através dos ureteres para a bexiga. Os ureteres são dois tubos musculosos e elásticos, 
que saem um de cada um dos rins e vão dar à bexiga. 
13. A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da urina. 
Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sínfise 
púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal. É um órgão muscular oco, elástico 
que, nos homens situa-se diretamente anterior ao reto. Quando a bexiga está cheia, sua 
superfície interna fica lisa. Uma área triangular na superfície posterior da bexiga não exibe rugas. 
Esta área é chamada trígono da bexiga e é sempre lisa. Este trígono é limitado por três vértices: 
os pontos de entrada dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante 
clinicamente, pois as infecções tendem a persistirnessa área. A saída da bexiga urinária contém 
o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se contrai involuntariamente, prevenindo o 
esvaziamento. Inferiormente ao músculo esfíncter, envolvendo a parte superior da uretra, está o 
esfíncter externo, que controlado voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de 
urinar. A capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800 ml; é menor nas mulheres porque 
o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga. 
14. A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por 
mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre para o 
exterior através do óstio externo da uretra. Na mulher, a uretra é curta (3,8 cm) e faz parte 
exclusivamente do sistema urinário. Seu óstio externo localiza-se anteriormente à vagina e entre 
os lábios menores. Já no homem, a uretra faz parte dos sistemas urinário e reprodutor. Medindo 
cerca de 20 cm. Quando a uretra masculina deixa a bexiga, ela passa através da próstata e se 
estende ao longo do comprimento do pênis. Assim, a uretra masculina atua com duas finalidades: 
conduz a urina e o esperma. A uretra masculina estende-se do orifício uretral interno na bexiga 
urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis. Apresenta dupla curvatura no 
estado comum de relaxamento do pênis. É dividida em três porções: a Prostática, a 
Membranácea e a Esponjosa, cujas as estruturas e relações são essencialmente diferentes. Na 
uretra masculina existe uma abertura diminuta em forma de fenda, um ducto ejaculatório. Uretra 
Feminina - É um canal membranoso estreito estendendo-se da bexiga ao orifício externa no Seu 
diâmetro, quando não dilatada, é de cerca de 6 mm. Seu orifício externo fica imediatamente na 
frente da abertura vaginal e cerca de 2,5 cm dorsalmente à glande do clitóris. Muitas e pequenas 
glândulas uretrais abrem-se na uretra. As maiores destas são as glândulas parauretrais, cujos 
ductos desembocam exatamente dentro do óstio uretral. 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000 
Anatomia e fisiologia de Seeley [recurso eletrônico] / Cinnamon L. VanPutte ... [etal.] ; [tradução: Aline 
Gonçalves Cozer ... et al.] ; revisão técnica: Hilton Kenji Takahashi, Lolita Schneider Pizzolato, Mauricio 
Krause. – 10. ed. – Porto Alegre : AMGH, 2016. Editado como livro impresso em 2016. ISBN 978-85-
8055-589-9

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