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Desafio Embora a educação de adultos seja tão antiga como a própria humanidade, no século XX surgiram as primeiras concepções voltadas para a aprendizagem de adultos. Têm-se vários registros deste processo ao longo da história, até mesmo no Cristianismo, na forma como Jesus ensinava a seus discípulos e apóstolos as Leis Divinas, por meio de metáforas e histórias. Conhecer os princípios da andragogia é, portanto, uma maneira de compreender a forma como os adultos aprendem e interagem com o processo de aprendizagem. Esta compreensão é extremamente relevante para que o professor possa criar estratégias de aprendizagem condizentes com esses princípios, que podem estimular e facilitar o ato de aprender do adulto. No século XX, surgiram as primeiras concepções voltadas para a aprendizagem de adultos, embora esta seja tão antiga como a própria humanidade. Observam-se vários registros da aprendizagem de adultos ao longo da história, inclusive no Cristianismo, quando Jesus ensinava, por meio de metáforas e histórias, as Leis Divinas aos seus discípulos e apóstolos. Conhecer os princípios da andragogia é uma forma de compreender a maneira como os adultos aprendem e interagem no processo de ensino-aprendizagem. Isso é extremamente relevante para o professor, pois, assim, ele poderá criar estratégias de aprendizagem condizentes com esses princípios, além de estimular e facilitar o ato de aprender no adulto. Diante do exposto, pede-se: Após ler o texto, apresente, para cada princípio da andragogia: - o conceito essencial de cada princípio; - o seu benefício; - e a dica para a prática educativa. RESPOSTA Os SEIS PRINCÍPIOS DA ANDRAGOGIA são: 1. A NECESSIDADE DO APRENDIZ SABER - Despertar no adulto aprendente o interesse em aprender. A informação prévia faz com que o adulto se questione O POR QUE, O QUE e COMO e a partir daí se posicione frente a aprendizagem. • Oferecer um folder/convite com estas informações básicas sobre o que se deseja ofertar em um curso, palestra, aula, oficina... 2. AUTOCONCEITO DO APRENDIZ – cada pessoa tem um conceito de si mesmo e coordena as aprendizagens a que se dispõe de duas formas: AUTÔNOMA ( de iniciativa própria) ou AUTODIRIGIDO ( por enxergar suas lacunas e buscar o que precisam para supri-las de forma independente, por curiosidade ou necessidade) • Oferecer/disponibilizar um amplo portfólio de ações de desenvolvimento e estimular o protagonismo do indivíduo para que o mesmo possa desempenhar a aprendizagem em outros momentos (etapas). 3. EXPERIÊNCIA ANTERIOR DO APRENDIZ – as vivências anteriores deixaram um acumulado de conceitos e significados sobre a vida. É preciso mapear esses MODELOS MENTAIS para apresentar novos RECURSOS para que possam possibilitar novas experiências e possibilidades. • A compreensão dos variados tipos de mindset podem facilitar os meios pelos quais os novos conhecimentos poderão ser mais facilmente internalizados. 4. PRONTIDÃO PARA APRENDER - RELACIONADO À VIDA que nos aponta onde estamos estagnados e isso gera a vontade de aprender e se adaptar ao mundo. Daí buscamos as TAREFA DE DESENVOLVIMENTO que marcam os ritos de passagem • Neste item, o alinhamento entre os desafios e as ações educacionais em trilhas de aprendizagem, bem como em recursos de suporte ao desempenho contribuem para a aprendizagem na hora em que é mais apropriada 5. ORIENTAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM - a assimilação da aprendizagem se dá de forma CONTEXTUALIZADA e se valoriza valorizam a aprendizagem quando esta o ajuda a resolver problemas de seu dia a dia - CENTRADO NO PROBLEMA . • Neste princípio, deve-se estimular mais a aprendizagem baseada em problemas, a superação de desafios e as abordagens mais práticas, bem como não esquecer de contextualizar um assunto antes de abordá-lo e mesmo durante e depois. 6. MOTIVAÇÃO PARA APRENDER. - . Fatores externos como salário, carreira e empregabilidade podem até estimular o adulto a aprender, mas a verdadeira energia mobilizadora está nos fatores intrínsecos, ou seja, sua satisfação, o reconhecimento obtido e sua autorrealização VALOR INTRÍNSICO e RECOMPENSA PESSOAL Padrão de resposta esperado Dica para a prática: identificar os interesses e as necessidades do aprendiz deve ser o ponto de partida para organizar as atividades de aprendizagem. Assim, o professor precisa buscar estratégias que possibilitem ao aluno a percepção do nível de conscientização ou a necessidade de saber, a partir do uso das experiências reais ou imaginárias. Dessa maneira, o aluno pode, por si, descobrir o que sabe e aquilo que não sabe. Deve-se explicar o que será aprendido, o porquê de se aprender determinado conteúdo e como ele será abordado. As dinâmicas e os jogos são estratégias interessantes, pois, através delas, é possível trabalhar os conteúdos específicos. Princípio 2- O autoconceito do aprendiz Conceito principal: os adultos têm uma consciência de si mesmo, como seres responsáveis pelas próprias vidas, por isso, são autônomos nas suas próprias decisões. Benefício: o aprendiz se torna autodirigido e assume a responsabilidade pela sua aprendizagem. Dica para a prática: o aluno quer ser visto como um ser independente, por isso, o papel do professor é fazer questionamentos, ao invés de simplesmente transmitir conhecimentos. Posteriormente, faz-se uma validação de aprendizagem para comparar o entendimento com o que foi transmitido. Princípio 3- O papel das experiências Conceito principal: este princípio é centrado nas experiências, visto que adultos valorizam suas vivências e histórias de vida. Benefício: o aprendiz se sente valorizado no processo, por isso, se torna mais motivado e comprometido. Dica para a prática: a experiência do adulto é o recurso mais rico da aprendizagem com EJA, por isso, o professor deve utilizar essas experiências como o principal recurso didático-pedagógico em sala de aula, por meio de relatos espontâneos ou questionamentos, como, por exemplo: o que você faria nesse caso? Tem algum exemplo para demonstrar? Deve-se considerar que o grupo de adultos é mais heterogêneo, em virtude de suas diferentes trajetórias. Por isso, é interessante utilizar técnicas de discussões em grupos, simulações, solução de problemas, estudo de casos, atividades de ajuda ao colega. Princípio 4- Prontidão para aprender Conceito principal: os adultos têm predisposição para aprender conteúdos que sirvam para aplicação em situações concretas da vida, ou seja, para se tornarem capazes de enfrentar as situações do seu cotidiano. Benefício: cria as bases necessárias para que o adulto evolua no seu processo de desenvolvimento, passando de um estágio para o outro. Dica para a prática: é importante sincronizar as diferentes tarefas de aprendizagem aos diferentes estágios da vida. Assim, deve-se estimular tarefas que envolvam discussões sobre carreira, modelos de desenvolvimento de estágio superior, simulações etc. Princípio 5- Orientação para a aprendizagem Conceito principal: os adultos são centrados na vida (na tarefa ou no problema) quanto à sua orientação para aprendizagem, pois eles relacionam esta aprendizagem aos problemas da vida real. Benefício: conexão do saber com as experiências de vida e análise do ambiente externo. Envolve mais o aluno como um protagonista do seu processo de aprendizagem e na vida. Dica para a prática: as situações de aprendizagem devem ser contextualizadas e baseadas em problemas. Princípio 6 - Motivação Conceito principal: para o adulto a motivação intrínseca, isto é, relacionada a fatores internos (como desejo de aprender, qualidade de vida, autoestima) é mais significativa que a motivação externa (salários, empregos melhores). Benefício: o compromisso com a aprendizagem e motivação para aprender, independem de recompensas, como notas, por exemplo. Dica para a prática: proporcionar atividades que reforcem a autoestima do aprendiz, resgatando seu autoconceito como aluno, situações que valorizem sua falta de tempo, falta de acesso a oportunidades de recursos.
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