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FAMÍLIA E SUCESSÕES Prof. Ardala Corso Questões mais cobradas pela banca: regime de bens, concorrência sucessória, alimentos e casamento (arts. 1.511-1.524). PARTILHA: quando a esposa estiver grávida, é obrigatória que o divórcio e a partilha sejam feitos judicialmente, porque tem nascituro. REGIME DE BENS 1. COMUNHÃO PARCIAL – arts. 1.658 a 1666 É o regime legal: é a regra. O regime imposto ao casal caso este não opte por outro regime. 02 universos patrimoniais: bens comuns do casal (todos os bens adquiridos onerosamente depois o casamento), bens particulares (todos os bens adquiridos antes do casamento). Bens comuns – bens partilháveis. Quando tiver o rompimento do vínculo conjugal cada cônjuge terá 50% dos bens (meação = metade do patrimônio). Bens particulares – não entram na partilha. 1.658: no regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes. Exceções: art. 1.659 I- Bens particulares, doação, sucessão (herança) ou sub-rogação Sub-rogação: ex.: antes de casar tinha um apartamento, no momento em que se casa decide vender para comprar um maior com marido, paga entrada com o valor que ganhou na venda do apartamento particular e depois de um tempo se divorcia. No momento da partilha, o valor de entrada era sub-rogado, portanto, não é partilhado. II- {Bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos c}cônjuges em sub-rogacao aos bens particulares. III- Obrigações anteriores ao casamento: dividas antes do casamento não entram na partilha. IV- Atos ilícitos V- Livros VI- Proventos trabalho pessoal de cada cônjuge (salário): o salario não é partilhável. Exceção: colocar dinheiro na poupança, mesmo que seja do trabalho. É entendimento jurisprudencial e doutrinário. Entende-se que a sobra virou investimento não é mais salário. VII- Pensões, meios soldos, montepios e outras rendas semelhantes: ex.: pensão de morte INSS. SEPARAÇÃO DE FATO: é o marco para o fim do regime de bens. Entram na partilha – art. 1.660 Bens doados, herdados ou legados em proveito do casal entra na partilha. Bens feitorias em bens particulares de cada cônjuge: melhorias no imóvel do cônjuge. Frutos dos bens comuns ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão. (ex.: aluguel de bem particular). Tudo que adquirir antes do casamento não entra na comunhão (não se comunicam) – art. 1.661 OUTORGA UXÓRIA NÃO NECESSÁRIA – art. 1.643 Podem os cônjuges, independente de autorização, etc. ATOS QUE DEPENDEM DA AUTORIZAÇÃO DO CONJUGE (OUTORGA UXÓRIA) – art. 1.647 2. COMUNHÃO UNIVERSAL – arts. 1.667 a 1.671 Regime em que tudo é “nosso”. Tudo é do casal. Apenas um universo patrimonial: todos os bens são comuns. Todos os bens presentes e futuros, dívidas passivas. Exceção/bens excluídos: art. 1.668 O que é fideicomisso: bem testado tem que ser repassado pra outra pessoa. 3. SEPARAÇÃO TOTAL- CONVENCIONAL OU OBRIGATÓRIA – arts. 1.687 a 1.688 Apenas um universo patrimonial: apenas bens particulares. 2 modalidades: Convencional: as partes escolhem esse regime. Art. 1.687: pode alienar, gravar ônus reais, etc. a administração é exclusiva. Obrigatória: a lei impõe que adote esse regime. Art. 1.641 I- Causas suspensivas (art. 1.523) da celebração do casamento; II- Pessoa maior de 70 anos; III- Todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial (autorização). Súmula 377 STF: no regimento de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento. 4. PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS – arts. 1.672 a 1.686 Não é muito utilizado. Durante o casamento os bens são tratados como se fosse casado pelo regime da separação total de bens. Durante o casamento, apenas bens particulares. No momento da dissolução do vinculo conjugal se faz um levantamento de tudo que foi adquirido na constância do casamento, o que sobrar vai fazer a divisão. Todos os bens que forem adquiridos durante o casamento são tratados como bens particulares. Aquestos: tudo que sobrou do patrimônio. PACTO E ALTERAÇÃO DO REGIME – art. 1.639 Pacto é feito por instrumento publico e só tem validade a partir da celebração do casamento (efeitos). Ou seja, se ele for feito da forma correta, mas os nubentes não casarem, ele será válido e ineficaz. Para eleger outro regime, que não seja da comunhão parcial, tem que realizar um pacto antinupcial. Pode alterar o regime de bens, mediante autorização judicial. SUB-ROGAÇÃO A titularidade exclusiva permanece em relação aos bens que forem adquiridos com o produto da venda dos bens particulares, ou valores recebidos a título de herança ou doação. Pode ser parcial, quando apenas parte do valor for oriundo de bens particulares. CONCORRÊNCIA SUCESSÓRIA Art. 1.845: herdeiros necessários são os descendentes, ascendentes e cônjuge. Filhos, pais e cônjuge. 50% da herança: parte legítima. Não pode doar, testar, todo o patrimônio, tem que preservar a legítima (50% do patrimônio) em prol dos herdeiros necessários - Art. 1.846. 1.829: determina a ordem de sucessão I – descendentes em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo regime universal ou separação obrigatória de bens (quem é casado pelo regime da comunhão universal não recebe herança, apenas a meação; quem é casado pelo regime da separação obrigatória de bens também só tem meação por força da súmula 377). II- Ascendentes em concorrência com o cônjuge; III – ao cônjuge sobrevivente; IV- Aos colaterais (irmãos e sobrinhos). Art. 1.835: Herdar por cabeça: herdar por direito próprio. Herdar por estirpe: herdar por representação. Herdeiros sempre na mesma linha: próprio. Linhas diferentes: próprio e representação. Art. 1.831 Na comunhão universal: não tem concorrência sucessória do cônjuge, apenas meação, ou seja, não tem herança. O que não é meação (os outros 50%). Em qualquer regime de bens, se não houver sucessores, o cônjuge herda a integralidade do patrimônio. Art. 1.829 – Na comunhão parcial o cônjuge só é herdeiro dos bens particulares, dos bens comuns apenas é meeiro. Os bens particulares: concorrência sucessória entre os cônjuges e herdeiros, de forma igual. Os bens comuns: o cônjuge é apenas meeiro, o restante é dividido apenas entre os herdeiros. Sucessão do cônjuge concorrência com descendentes SEPARAÇÃO CONVENCIONAL DE BENS Sucessão de cônjuge concorrência com descendentes SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS ASCENDENTES Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascedentes em concorrência com os cônjuges. Em relação aos ascendentes, o mais próximo exclui os outros. Ex.: pai e vô, exclui o vô. Não tem direito de representação na linha ascendente. Apenas acontece na linha descendente. Art. 1.839: colaterais Irmãos, sobrinhos e tios. Irmãos unilaterais: recebem menos herança que os bilaterais. Os irmãos bilaterais recebem o dobro da herança. Se tiver só irmão unilateral eles recebem a integralidade.