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Direito de familia - Questionario - Resps

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Questionário Efeitos do casamento. - Direito de Família
01. QUAIS OS EFEITOS DO CASAMENTO?
R: O casamento tem efeitos pessoais e patrimoniais.
ESPECIFIQUE OS PESSOAIS?
R: São efeitos pessoais do casamento:
Constituição da família legítima.
Estabelecimento da comunhão matrimonial de vida, da qual decorrem os deveres recíprocos de fidelidade (com consequente união exclusiva), de vida em comum, de mútua assistência, de guarda e educação dos filhos e de respeito e consideração mútuos, bem como a possibilidade de qualquer dos cônjuges acrescer ao seu nome o nome do consorte, desde que sem suprimir seu próprio nome de família.
Direção da sociedade conjugal em colaboração e igualdade entre marido e mulher no interesse mútuo dos cônjuges e filhos.
02. A QUE SE SUBORDINA OS EFEITOS PATRIMONIAIS DO CASAMENTO?
R: São efeitos patrimoniais do casamento:
Estabelecimento de regime de bens.
Criação do dever de sustento de um cônjuge ao outro e dos filhos.
Direito sucessório entre os cônjuges. 
03. EXPLIQUE REGIME DE BENS DO CASAMENTO?
R: Regime de bens no casamento, segundo GONÇALVES (2013) é “o conjunto de regras que disciplina as relações econômicas dos cônjuges, quer entre si, quer no tocante a terceiros, durante o casamento. Regula especialmente o domínio e a administração de ambos ou de cada um sobre os bens anteriores e os adquiridos na constância da união conjugal.”
04. O QUE SÃO BENS PARAFERNAIS?
R: Bens parafernais
São aqueles que, no regime “dotal” de casamento, constituem propriedade da mulher, que sobre eles exerce administração, gozo e livre disponibilidade, não podendo, contudo, alienar os imóveis. Etimologicamente, provém do grego, e significa “além do dote”.
05. O QUE SÃO BENS RESERVADOS DA MULHER?
R: A mulher que exercer profissão lucrativa, distinta da do marido, terá direito de praticar todos os atos inerentes ao seu exercício e à sua defesa. ... Esses "bens reservados" da mulher subsistem em qualquer regime de bens, mesmo no da comunhão universal: o produto de sua profissão distinta da do marido é só dela.
-- O art. 246 do Código Civil (CC) da lei ANTIGA diz expressamente que:
"Art. 246. A mulher que exercer profissão lucrativa, distinta da do marido, terá direito de praticar todos os atos inerentes ao seu exercício e à sua defesa. O produto do seu trabalho assim auferido e os bens com ele adquiridos constituem, salvo estipulação diversa em pacto antenupcial, bens reservados, dos quais poderá dispor livremente com observância, porém, do preceituado na parte final do art. 240 e nos ns. II e II do art. 242.
Parágrafo único. Não responde, o produto do trabalho da mulher, nem os bens a que se refere este artigo, pelas dívidas do marido, exceto as contraídas em benefício da família."
Esses "bens reservados" da mulher subsistem em qualquer regime de bens, mesmo no da comunhão universal: o produto de sua profissão distinta da do marido é só dela.
Disposição legal idêntica ao esposo não há, todavia.
-- O art. 246, com a Lei atual passou a vigorar assim, pela redação do art. 1642 do CC da - Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
SUBTÍTULO I
Do Regime de Bens entre os Cônjuges
Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente:
I - Praticar todos os atos de disposição e de administração necessários ao desempenho de sua profissão, com as limitações estabelecida no inciso I do art. 1.647;
II - Administrar os bens próprios;
III - Desobrigar ou reivindicar os imóveis que tenham sido gravados ou alienados sem o seu consentimento ou sem suprimento judicial;
IV - Demandar a rescisão dos contratos de fiança e doação, ou a invalidação do aval, realizados pelo outro cônjuge com infração do disposto nos incisos III e IV do art. 1.647;
V - Reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino, desde que provado que os bens não foram adquiridos pelo esforço comum destes, se o casal estiver separado de fato por mais de cinco anos;
VI - Praticar todos os atos que não lhes forem vedados expressamente.
06. QUAIS OS REGIMES DE BENS EXISTENTES NO BRASIL?
R: Há no ordenamento jurídico brasileiro quatro modelos de regimes de bens para que os nubentes possam escolher, a saber: 
- Regime de comunhão parcial de bens; 
- Regime de comunhão universal de bens; 
- Regime de separação convencional ou absoluta de bens e, por fim; 
- Regime de participação final nos aquestos.
07. EXPLIQUE O QUE FOI O REGIME DOTAL E O QUE REPRESENTA A LEI 4.121/1962
R: “Regime dotal foi aquele em que o conjunto de bens designados como dote eram transferidos pela mulher, ou alguém por ela, ao marido, para que este, dos frutos e rendimentos desse patrimônio, retirasse o que fosse necessário para fazer frente aos encargos da vida conjugal, sob a condição de devolvê-los com o término da sociedade conjugal”.
-- O dote pode ser constituído por um ou mais bens determinados, descritos e estimados na convenção antenupcial, para que se fixe o seu valor ou se determine o preço que o marido deverá pagar por ocasião da dissolução da sociedade conjugal, acrescendo-se, ainda, a expressa declaração de que tais bens ficaram sujeitos ao regime dotal.
A cláusula de reversão colocada no pacto antenupcial, principalmente no caso de dote fornecido por terceiro, para estabelecer que os bens deverão ser restituídos ao dotador com a dissolução da sociedade conjugal, hipótese em que a mulher terá propriedade resolúvel desse patrimônio.
São classes de bens:
a) dotais, pertencentes à mulher e administrados pelo marido;
b) parafernais, são os próprios ou particulares da mulher, além dos objetivados no contrato dotal;
c) comuns, adquiridos por ambos os consortes, gratuita ou onerosamente, na constância do casamento;
d) particulares do marido, gravados com cláusula de incomunicabilidade.
Cabe ao marido a administração do bem dotal, mas, se ele o administra mal, a lei autoriza a mulher a requerer a separação do dote, que se opera por decreto judicial, averbado no Registro de Imóveis competente.
A extinção ocorre:
a) por morte da mulher, caso em que seus filhos ficarão com o dote, até serem chamados à sucessão do ascendente que o constituiu, para proceder à sua colação; se não tiver filhos, passa ao seu ascendente;
b) por separação judicial ou divórcio, hipótese em que a mulher conservará os bens dotais, porque só no momento do óbito do ascendente dotador é que poderá saber qual a legítima que lhe cabe.
-- O Código Civil de 1916 definia a mulher casada como incapaz de realizar certos atos e previa que ela necessitava da autorização do seu marido para exercer diversas atividades, inclusive a de ter uma profissão ou receber uma herança. Em 27 de agosto de 1962, a Lei 4.121 mudou essa situação. "Conhecida como Estatuto da Mulher Casada, a lei contribuiu para a emancipação feminina em diversas áreas.
Com o advento do Estatuto da Mulher Casada, o marido deixou de ser o chefe absoluto da sociedade conjugal. A lei mudou mais de dez artigos do Código Civil vigente, entre eles o 6º que atestava a incapacidade feminina para alguns atos. Além de poder tornar-se economicamente ativa sem necessitar da autorização do marido, a mulher passa a ter direito sobre os seus filhos, compartilhando do “pátrio poder” ou poder familiar, e podendo requisitar a guarda em caso de separação.
Atualmente, os cônjuges tem os mesmos direitos e deveres em relação a casa, filhos e bens. A mulher não pode praticar sem autorização apenas as ações que o seu marido também precisa de consentimento para realizar, como por exemplo contrair obrigações que implicam em alienação dos bens do casal.
Apesar de as mudanças não terem acontecido imediatamente, o Estatuto da Mulher Casada marcou o início de várias transformações no âmbito legal a respeito dos direitos e deveres da mulher, ajudando-a a alcançar um patamar de igualdade garantido pela Constituição de 1988.
08. EXPLIQUE REGIME DE BENS DA COMUNHÃO UNIVERSAL E DA COMUNHÃO PARCIAL?
R: A principal característica do regime da comunhãouniversal de bens é que todos os bens atuais (os bens que os noivos levam para o casamento) e futuros dos cônjuges se comunicam, ou seja, os bens anteriores e os posteriores ao casamento. A regra, pois, é a presença de bens comuns no patrimônio do casal, isto é, bens de posse e propriedade de ambos, ainda que adquiridos em nome de apenas um deles.
O regime da comunhão parcial de bens estabelece a comunhão dos bens adquiridos na constância do casamento, e a separação dos adquiridos antes da celebração do vínculo. Ou seja, os bens adquiridos durante o casamento são de propriedade de ambos os cônjuges, em partes iguais, mesmo que comprados por um apenas, ou em nome de um deles apenas. É o regime que prevalece quando os noivos, na habilitação para o casamento, não estabelecem regime diverso. 
Conforme o art. 1.660 do Código Civil, neste regime entram na comunhão de bens:
I – Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II – Os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;
III – Os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV – As benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V – Os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
09. EXPLIQUE REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS E SUA DIVISÃO?
R: No Código Civil, apenas dois artigos fazem referência a esse regime da separação convencional de bens, popularmente conhecida como separação total de bens: os artigos 1.687 e 1.688. Nele, há a separação absoluta de patrimônios e dívidas do casal, de modo que todos os bens, presentes e futuros, são separadamente do cônjuge que os adquire, tendo sua plena administração, inclusive para disposição (venda, doação e qualquer outra forma de retirá-lo de seu patrimônio), sendo desnecessária a outorga (concordância) do cônjuge até mesmo para a venda de imóveis.
Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.
Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial.
 Conforme estabelece o parágrafo único do artigo 1.640 do Código Civil, a opção do casal pelo regime da comunhão parcial é formalizada por meio de declaração no processo de habilitação para o casamento. Na escolha de qualquer outro regime de bens pelo casal, deverá ser feito o pacto antenupcial através de escritura pública.
10. EXPLIQUE O REGIME DE BENS DA PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS?
R: O regime da participação final nos aquestos é um regime misto, aplicando-se na constância do casamento as regras da separação total e quando de sua dissolução, as regras da comunhão parcial. Assim, cada cônjuge possui patrimônio próprio, composto dos bens que possuía ao casar e dos adquiridos por si, a qualquer título, na constância do casamento, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento, conforme dispõe o art. 1.672 e seguintes do Código Civil.
Art. 1.672. No regime de participação final nos aquestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
A exceção à livre administração destes bens é quanto a bem imóvel, caso em que a outorga do cônjuge é necessária para venda.
-- Com a dissolução da sociedade conjugal (com o divórcio, por exemplo), apuram-se os aquestos (bens adquiridos a título oneroso na constância do casamento), bens a serem repartidos entre os cônjuges e dos quais se excluem os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram; os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade; as dívidas relativas a esses bens. Bens doados sem autorização do cônjuge são computados na determinação dos aquestos, assim como bens alienados (vendidos) em prejuízo da meação, salvo em havendo preferência do cônjuge prejudicado em lhes reivindicar. Dívidas de um cônjuge pagas com o patrimônio do outro devem ser imputados à meação do beneficiado, quando da dissolução. Dívidas maiores que a meação não obrigam ao outro cônjuge ou seus herdeiros. Quanto aos bens imóveis, a propriedade segue o registro.
 Conforme estabelece o parágrafo único do artigo 1.640 do Código Civil, a opção do casal pelo regime da comunhão parcial é formalizada por meio de declaração no processo de habilitação para o casamento. Na escolha de qualquer outro regime de bens pelo casal, deverá ser feito o pacto antenupcial através de escritura pública.
11. O QUE SIGNIFICA OUTORGA MARITAL E OUTORGA UXÓRIA?
R: Para a prática de determinados atos, a lei exige que a pessoa casada tenha o consentimento do outro cônjuge. Essa autorização se denomina outorga uxória, se relativa ao consentimento da esposa, e outorga marital, se referente ao do marido. 
A outorga uxória é utilizada como forma de impedir a dilapidação do patrimônio do casal por um dos cônjuges. Por isso, a fiança prestada sem a anuência do cônjuge do fiador é nula. O enunciado da Súmula 332 do STJ dispõe: “Fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia.”
A “outorga marital” refere-se à autorização concedida pelo marido à mulher. 
12. ESCLAREÇA SOBRE O DIREITO DOS PAIS EM RELAÇÃO AO PATRIMÔNIO DOS FILHOS?
R: 
-- Usufruto e Administração dos bens de filhos menores 
Tanto o pai como a mãe, em igualdade de condições, são os administradores legais dos bens dos filhos menores no exercício do poder familiar.
Compete aos pais, e na falta de um deles ao outro, representar os filhos menores de dezesseis anos, bem como assisti-los até completarem a maioridade ou serem emancipados.
Os pais devem decidir em comum, as questões relativas aos filhos e a seus bens; havendo divergência, poderá qualquer deles recorrer ao juiz para a solução necessária.
-- Impedimentos
Não podem os pais alienar, ou gravar ônus real de imóveis dos filhos, nem contrair, em nome deles, obrigações que ultrapassem os limites da simples administração, salvo por necessidade ou evidente interesse da prole, mediante prévia autorização do juiz.
-- Nulidade
Podem pleitear a declaração de nulidade dos atos previstos:
·Os filhos;
·Os herdeiros;
·O representante legal.
Sempre que o exercício do poder familiar colidir com o interesse dos pais com o dos filhos, a requerimento deste ou do Ministério Público, o juiz dará um curador especial.
-- Exclusão
Excluem-se do usufruto e da administração dos pais:
·Os bens adquiridos pelo filho havido fora do casamento, antes do reconhecimento;
·Os valores auferidos pelo filho maior de dezesseis anos, no exercício de atividade profissional e os bens com tais recursos adquiridos;
·Os bens deixados ou doados ao filho, sob a condição de não serem usufruídos, ou administrados pelos pais;
·Os bens que aos filhos couberem na herança, quando os pais forem excluídos da sucessão.
Base: Código Civil - artigos 1.689 a 1.693.

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