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Semiologia da dor: Semiologia da dor: A dor é um sintoma de grande importante, pois ela pode ocorrer antes que ocorra realmente uma lesão (proteção), é com ela que aprendemos como evitar objetos ou situação de lesão, além de ela te induzir a ficar em repouso, que é essencial para a recuperação. Ela é a queima mais comum e a partir dela que se desenvolve um raciocínio diagnóstico. Analgesia: É a falta de sensibilidade ou ausência de dor, sendo que este com ausência de sensibilidade a dor, tem uma menor expectativa de vida, principalmente por sofrer lesões osteoarticulares complicadas por infecção. A percepção da dor depende de 3 mecanismos: Transdução, transmissão e modulação. Transdução: Conversão do estímulo nociceptivo em potencial elétrico despolarizante (mecanismo inicial da transmissão dolorosa); Transmissão: Potencial elétrico conduz o estímulo até o sistema nervoso central com sinapse; Modulação: Estruturas responsáveis por interpretar a dor (sistema de modulação). A dor pode ser classificada de acordo com vários aspectos, sendo eles: início e evolução, fisiopatológico, estruturas e onde se origina. Classificação por início e evolução: Pode ser aguda ou crônica. Aguda: Significa que o organismo está sendo agredido ou que sua integridade está em risco. Pode durar cerca de dias ou semanas e se não tratada adequadamente pode se tornar uma dor ou doença crônica; Crônica: É a dor que dura no mínimo 3 meses, mas que pode durar anos e gerar um sofrimento que exige tratamento farmacológico e terapêutico. **Uma dor aguda se torna crônica diante da plasticidade mal-adaptativa do sistema nociceptivo. Classificação do ponto de vista fisiopatológico: Pode ser classificada em nociceptiva, neuropática, mista e psicogênica. Nociceptiva: Causada pela ativação dos nociceptores (estímulo que é transmitido até o SNC -> A remoção dela é quase sempre acompanhada por alívio imediato. Ela pode ser espontânea ou evocada (dor provocada pelo estiramento de raiz nervosa, sentida espontaneamente), sendo que a espontânea costuma ser relatada com várias designações: Pontada, facada, agulhada, aguda, rasgando, latejante, contínua, dolorida..., podendo ela ser constante (ocorre continuamente) ou intermitente (ocorre episodicamente, com frequência e duração variáveis). *Um paciente pode ter: Alodinia (sensação desagradável provocada pela estimulação tátil, em uma área com limiar de excitabilidade aumentado)), hiperpatia (sensação desagradável mais dolorosa que a comum provocada por estimulação nóxica – térmica, física, mecânica... – de uma área com limiar de sensibilidade aumentado) ou hiperalgia (reação exagerada a um estímulo aplicado a uma região de limiar de excitabilidade reduzido). Neuropática: É a dor por lesão neural ou por desaferentação (dor que pode decorrer de algum dano do sistema somatossensorial ao longo do seu percurso), podendo apresentar-se de 3 formas: Constante (sensação anormal desagradável -> queimação, dormência ou formigamento), intermitente (relatada como dor em choque) e evocada. Mista:: Que decorre de mecanismos nociceptivos ou neuropáticos conjuntamente (dor causadas em casos de neoplasias malignas); Psicogênica: Dor gerada por condições emocionais, sem relação com nenhum substrato orgânico. Estruturas de origem da dor: Pode ser classificada em somática (superficial e profunda), visceral, referida e irradiada. Dor somática superficial: Causada por dor nociceptiva provocada por estimulação de nociceptores tegumentares, tendendo a ser bem localizada e relatada sempre de acordo com o estímulo que a provocou (agulhada, pontada, queimada... -> intensidade variada, e de acordo com seu estímulo); Dor somática profunda: Dor nociceptiva decorrente da ativação de nociceptores musculares, de fácias, tendões, ligamentos e articulações (dor difusa, de difícil localização específica por ser profunda); Dor visceral: Dor relacionada a estimulação de nociceptores das vísceras, sendo que é de difícil localização específica (difusa) e muitas vezes é caracterizada como dor surda ou dolorimento; Dor visceral verdadeira: É a dor que tende a se localizar na projeção anatômica em que o órgão afetado se origina (dor cardíaca -> retroesternal ou precordial); Dor referida: Sensação dolorosa superficial percebida distante da estrutura em que ela se origina; Dor irradiada: Caracteriza-se por dor sentida à distância de sua origem, porém em estruturas inervadas pela raiz nervosa ou em um nervo cuja estimulação é responsável pela dor. DIÁLOGOS SEMIOLÓGICOS DA DOR: Sempre perguntar sobre localização, caráter da dor, intensidade (sempre colocar uma escala -> de 0 a 10), duração evolutiva, relação com funções orgânicas, se algum fator piora, se algum fator alivia e se ocorre juntamente com algum outro sintoma. Faculdade Ciências Médicas de MG // Semiologia Luísa Trindade Vieira (@medstudydalu) – 72D
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