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AO4 DIREITO INDIVIDUAL uninassau

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1. Pergunta 1
/1
Os requisitos necessários à caracterização do vínculo de emprego abrangem:
Ocultar opções de resposta 
1. 
Eventualidade, pessoalidade, onerosidade e subordinação jurídica;
2. 
Dependência econômica, continuidade, subordinação e alteridade;e) Eventualidade e Impessoalidade.
3. 
Eventualidade e Impessoalidade;
4. 
Subordinação, não eventualidade, onerosidade e pessoalidade;
Resposta correta
5. 
Onerosidade, exclusividade, subordinação jurídica e alteridade;
2. Pergunta 2
/1
Assinale a opção correta no que se refere ao trabalhador avulso:
Ocultar opções de resposta 
1. 
O trabalho avulso caracteriza-se pela pessoalidade na prestação do serviço, pois a relação é intuitu personae;
2. 
Todas as alternativas estão corretas;
3. 
Será enquadrado como trabalhador avulso aquele que prestar serviço sem vínculo de emprego, a diversas pessoas, em atividade de natureza urbana ou rural com a intermediação obrigatória do gestor de mão de obra ou do sindicato da categoria, como, por exemplo, o amarrador de embarcação;
Resposta correta
4. 
Exige-se a intermediação do sindicato na colocação do trabalhador avulso na prestação do serviço, razão pela qual deve esse trabalhador ser sindicalizado;
5. 
O trabalhador avulso não é amparado pelos direitos previstos na legislação trabalhista, só tendo direito ao preço acordado no contrato e à multa pelo inadimplemento do pacto, quando for o caso;
3. Pergunta 3
/1
Acerca do empregador, assinale a alternativa correta:
Ocultar opções de resposta 
1. 
Não há na CLT figuras equiparadas ao empregador;
2. 
Empregador é a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço;
Resposta correta
3. 
O conceito de empregador é restrito, abrangendo tão somente pessoa jurídica e pessoa física;
4. 
A característica da pessoalidade, aplicável aos empregados, também se aplica aos empregadores;
5. 
Não compete ao empregador assumir integralmente os riscos do negócio (empreendimento);
4. Pergunta 4
/1
A empresa Job Ltda. firmou contrato com Ana Lúcia, pelo qual ela prestaria consultoria e suporte de serviços técnicos de informática a clientes da empresa. Para tanto, Ana Lúcia receberia 20% do valor de cada atendimento, sendo certo que trabalharia em sua própria residência, realizando os contatos e trabalhos por via remota ou telefônica. Ela deveria estar conectada durante o horário comercial de segunda a sexta- feira, sendo exigida sua assinatura digital pessoal e intransferível para cada trabalho, bem como exclusividade na área de informática. Sobre o caso sugerido, assinale a afirmativa correta:
Ocultar opções de resposta 
1. 
Nenhuma das alternativas está correta.
2. 
Ana Lúcia é prestadora de serviços autônomo, não tendo vínculo de emprego, pois ausente o pagamento de salário fixo;
3. 
Ana Lúcia é prestadora de serviços autônomo, não tendo vínculo de emprego, pois ausente a subordinação, já que inexistente fiscalização efetiva física;
4. 
Ana Lúcia é empregada da empresa, pois presentes todos os requisitos caracterizadores da relação de emprego;
Resposta correta
5. 
Ana Lúcia é prestadora de serviços autônomo, não tendo vínculo de emprego, pois ausente o requisito da pessoalidade, já que impossível saber se era Paulo quem efetivamente estaria trabalhando;
5. Pergunta 5
/1
Quanto aos conceitos de relação de trabalho e relação de emprego assinale a alternativa incorreta:
Ocultar opções de resposta 
1. 
Relação de trabalho e relação de emprego são expressões sinônimas, não havendo qualquer distinção entre elas;
Resposta correta
2. 
Relação de emprego é uma das modalidades da relação de trabalho. Para ser empregado é preciso preencher alguns requisitos, presentes nos artigos 2º e 3º da CLT;
3. Incorreta: 
Relação de trabalho é toda e qualquer forma de contratação da energia de trabalho humano que seja admissível frente ao sistema jurídico vigente;
4. 
Todo empregado é um trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado;
6. Pergunta 6
/1
São características do trabalhador eventual, exceto:
Ocultar opções de resposta 
1. 
A Natureza do trabalho tende a ser concernente a evento certo, determinado e episódico no tocante à regular dinâmica do empreendimento tomador dos serviços;
2. 
Descontinuidade da prestação do trabalho, entendida como a não permanência em uma organização com ânimo definitivo;
3. 
Continuidade da prestação do trabalho, entendida como a permanência em uma organização com ânimo definitivo, haja vista que se trata de uma característica dos contratos de trabalho como um todo;
Resposta correta
4. 
Curta duração do trabalho prestado;
5. 
Não fixação jurídica a uma única fonte de trabalho, com pluralidade variável de tomadores de serviços;c) Curta duração do trabalho prestado;
7. Pergunta 7
/1
Segundo expressa previsão em nossa ordem jurídica, assinale a afirmativa que indica o trabalhador que possui igualdade de direitos com os que têm vínculo empregatício permanente:
Ocultar opções de resposta 
1. 
Trabalhador doméstico;
2. 
Trabalhador eventual;
3. 
Trabalhador voluntário;
4. 
Nenhuma das alternativas está correta.
5. 
Trabalhador avulso;
Resposta correta
8. Pergunta 8
/1
Para que alguém seja considerado empregado na forma prevista na CLT, NÃO é necessário o seguinte requisito:
Ocultar opções de resposta 
1. 
Subordinação;
2. 
Onerosidade;
3. 
Exclusividade;
Resposta correta
4. 
Não eventualidade;
5. 
Pessoalidade;
9. Pergunta 9
/1
Amarildo, policial militar, trabalhava para a empresa Boliche e Cia. como agente de segurança, nos horários em que não estava a serviço da corporação militar. Na referida empresa, Amarildo cumpria expressamente as ordens emanadas da direção, recebia um salário mensal, e trabalhava de forma contínua e ininterrupta, todas as vezes que não estava escalado na corporação. Considerando a situação apresentada, assinale a opção correta:
Ocultar opções de resposta 
1. 
Todas as alternativas estão corretas;
2. 
É legítimo o reconhecimento da relação de trabalho entre Amarildo e a empresa Boliche e Cia., independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no estatuto do policial militar;
Resposta correta
3. 
Existe vínculo empregatício entre a empresa Boliche e Cia. e Amarildo, porém esse jamais poderá ser reconhecido, em razão da situação de militar de Amarildo;
4. 
A justiça do trabalho não pode reconhecer nenhuma espécie de vínculo empregatício entre Amarildo e a empresa Boliche e Cia., já que Amarildo é policial militar;
5. 
Não existe vínculo empregatício entre Amarildo e a empresa Boliche e Cia., já que o trabalho prestado por Amarildo para essa empresa constitui trabalho eventual autônomo;
10. Pergunta 10
/1
Aline vendeu sua parte na sociedade Pizzaria Bom Demais Ltda em 17/02/2017, data em que foi feita a averbação da modificação do contrato. Tendo em vista a responsabilidade do sócio retirante e esgotados os meios de execução da pessoa jurídica e dos sócios atuais, ele responde:
Ocultar opções de resposta 
1. 
Subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato;
Resposta correta
2. 
Subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período dos últimos dois anos em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato;
3. 
Subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até cinco anos depois de averbada a modificação do contrato.
4. 
Solidariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período dos últimos dois anos em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato;
5. 
Solidariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação docontrato;
No segundo guia, tratamos dos Princípios - principalmente aqueles inerentes ao Direito do Trabalho, tais como Princípio da Proteção, Primazia da Realidade dos Fatos, Continuidade, Intangibilidade salarial e inalterabilidade contratual lesiva. Vimos o papel da reforma trabalhista nos princípios do Direito do Trabalho e destacamos novamente os artigos 611 A, B e 444, Parágrafo Único da CLT. Já no terceiro guia de estudos, tratamos das fontes e das técnicas de integração do direito do trabalho, com destaque para o artigo 8º da CLT, cujos parágrafos foram acrescidos com a Reforma Trabalhista - Lei 13.467/2017. Para finalizarmos nossa disciplina, neste quarto guia, estudaremos o que diferencia as relações de trabalho e emprego - seus elementos - e as diversas espécies de trabalho lato senso, tais como autônomo, eventual, avulso e voluntário. Trataremos, também, do conceito de empregador. Vamos lá? 1. O que é relação de trabalho e relação de emprego? Relação de trabalho - Toda e qualquer forma de contratação da energia de trabalho humano que seja admissível frente ao sistema jurídico vigente. Relação de emprego - Uma das modalidades da relação de trabalho. Para ser EMPREGADO é preciso preencher alguns requisitos, presentes nos artigos 2º e 3º da CLT: Assim, relação de trabalho é gênero (existem vários tipos de relação de trabalho, tais como trabalho autônomo, eventual, avulso e voluntário). Por sua vez, relação de emprego - quando há registro na CTPS - é, também, uma espécie de relação de trabalho. Em outras palavras: Todo empregado é um trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado, pois, para ser empregado é preciso preencher alguns requisitos. 4 Vamos iniciar o nosso estudo, analisando quais requisitos são necessários para que o indivíduo seja um empregado: São eles: Pessoa Física, Subordinação, Habitualidade, Onerosidade e Pessoalidade. Lembrese de que todos eles devem estar presentes somados. Ausente qualquer desses requisitos, o indivíduo deixa de ser um empregado e passa a ser uma espécie de trabalhador lato sensu. Vamos a eles: 1. Pessoa Física Todo empregado é, necessariamente, pessoa física. Veja: Não é possível registrar a CTPS e pagar férias, 13º salário e demais verbas trabalhistas a uma pessoa jurídica. 2. Subordinação Os empregados são subordinados aos empregadores. Subordinam-se, portanto, às regras da empresa, como por exemplo, aos horários de entrada e saída, utilização de uniforme, regulamento empresarial etc. Tal subordinação não é técnica, pois, muitas vezes o empregado tem mais conhecimento do que o empregador. Tal subordinação também não é econômica, pois, muitas vezes o empregado tem mais condições financeiras do que o próprio empregador. Portanto, a subordinação no contrato de trabalho é jurídica, na medida em que decorre do próprio contrato de trabalho. PARA RESUMIR A subordinação não é técnica A subordinação não é econômica A subordinação é jurídica 3. Habitualidade = Não eventualidade Para ser considerado empregado, o indivíduo deve trabalhar de forma repetida (com uma certa frequência), nas atividades permanentes do empregador, sejam elas de meio ou de fim. Assim, perceba: Pouco importa se o empregado trabalha todos os dias, uma vez por semana, a cada 15 dias, uma vez por mês etc. (o que importa é que o trabalho seja exercido com certa repetição). Da mesma forma, pouco importa se o empregado trabalha nas atividades meio ou fim do empregador (imagine uma farmácia - o empregado pode trabalhar na venda de medicamentos – atividade fim – ou na recepção – atividade meio -, e, ainda assim, será considerado um empregado. Entendeu? 4. Onerosidade O contrato de trabalho tem como elemento a onerosidade, ou seja, o pagamento pelo trabalho executado. É o que chamamos de caráter sinalagmático do contrato de trabalho. 5 5. Pessoalidade Quanto ao elemento pessoalidade, este significa que empregado deve trabalhar pessoalmente, ou seja, não pode se fazer substituir. Veja: Se a empresa contrata o José, é o José que deve ir ao trabalho (ele não pode enviar o João em seu lugar). Você precisa saber, também, que a pessoalidade só se aplica ao EMPREGADO, e não ao empregador. Para este, aplica-se a ideia de despersonalização, o que significa o seguinte: Ainda que haja alterações na estrutura jurídica da empresa (se, por exemplo, o quadro societário ou a natureza jurídica da empresa mudarem), o contrato de trabalho continuará intacto. Importante saber, também, que a Exclusividade não se confunde com Pessoalidade. O empregado deve trabalhar pessoalmente, mas isso não significa que ele deve exclusividade a essa ou aquela empresa. Veja: Ele pode trabalhar de manhã na empresa X e a noite na empresa Z. Ele vai pessoalmente às duas, mas não é exclusivo desta ou daquela. Leitura da Legislação: É importante que você leia o artigo 3º da CLT. Vamos lá: Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Leitura da Súmula 386 do TST Acerca do assunto relação de emprego, é importante que você conheça, também, a Súmula 386 do TST. Vamos lá? Súmula 386 CLT POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA - Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. Explicando: Em alguns casos, o estatuto da polícia militar determina que não é possível ao policial estabelecer vínculo com empresas privadas - devendo exercer sua função com exclusividade. Porém, ainda assim, muitos passam a trabalhar como seguranças para outros estabelecimentos. O juiz do trabalho, ao verificar que estão preenchidos os elementos da relação de emprego – previstos no artigo 3º da CLT -, deve reconhecer o vínculo empregatício independentemente do cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto da Polícia Militar. 6 Muito bem! Agora você já conhece os elementos da relação de emprego: pessoa física, subordinação, habitualidade, pessoalidade e onerosidade. Lembre-se: Para ser empregado é necessário somar todos essas características. Se faltar qualquer uma delas, o indivíduo deixa de ser empregado e passa a ser um trabalhador lato sensu - justamente o que vamos estudar a partir de agora. Trabalho Autônomo Trabalhador Autônomo é o profissional que exerce suas atividades sem subordinação jurídica (perceba o elemento da relação de emprego ausente). Trata-se do profissional que atua por sua conta, assumindo os riscos da atividade, como por exemplo, os médicos, dentistas e representantes comerciais. Neste caso, o tomador dos serviços não tem interesse na manipulação da energia de trabalho, mas sim no resultado dos serviços. Fique de olho na Reforma Trabalhista No guia de estudos nº. II, estudamos que a Justiça do Trabalho pauta-se no princípio da Primazia da Realidade dos Fatos. Lembra-se? Segundo tal princípio, o juiz deve observar o que realmente aconteceu, ou seja, a verdade real (fatos) em detrimento da verdade formal (documentos). Com relação ao trabalhador autônomo, pode-se dizer que muitos são contratados sob esta denominação - justamente para evitar o vínculo de emprego - porém, na verdade, preenchem todos os elementos da relação de emprego - inclusive a subordinação. Nestes casos, compete ao juiz do trabalho descaracterizar o trabalho autônomo e reconhecer o vínculo empregatício. Porém, havia alguns entendimentos jurisdicionais no sentido de que o trabalhador autônomo não poderia exercer suas funções para um único empregador - com exclusividade - pois isso, por si só, implicaria subordinação e afastaria a relação de independência entre os contratados. A Lei 13.467/2017 - Reforma Trabalhista - definiu a questão no artigo 442 B da CLT ao mencionarque: mesmo se a atividade for exercida com exclusividade, a figura do autônomo não será descaracterizada - desde que não esteja presente a subordinação jurídica. Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3 º desta Consolidação. Logo, pouco importa, por exemplo, se o médico trabalha exclusivamente para determinada clínica - ainda assim, ele será considerado um profissional autônomo. O que deve ser levado em consideração para afastar essa figura é o elemento da subordinação jurídica. 
7 Trabalho Eventual Trabalho eventual, como o próprio nome já diz, é aquele exercido eventualmente, 
sem habitualidade (perceba o elemento da relação de emprego ausente). Maurício Godinho Delgado identifica as seguintes características do trabalho eventual: Descontinuidade da prestação do trabalho,
 entendida como a não permanência em uma organização com ânimo definitivo; 
 Não fixação jurídica a uma única fonte de trabalho, com pluralidade variável de tomadores de serviços; 
 Curta duração do trabalho prestado; 
Natureza do trabalho tende a ser concernente a evento certo, determinado e episódico no tocante à regular dinâmica do empreendimento tomador dos serviços; 
 Em consequência, a natureza do trabalho prestado tenderá a não corresponder, também, ao padrão dos fins normais do empreendimento. Logo, trabalhador eventual é aquele que trabalha fazendo “bico”. Fácil, não? Trabalhador Avulso O trabalhador avulso se assemelha muito ao trabalhador eventual, portanto, ele oferece sua energia de trabalho - por curtos períodos de tempo - a tomadores diferentes, sem se fixar especificamente a nenhum deles. Porém, no caso dos trabalhadores avulsos, há um órgão que intermedeia a relação tomador – trabalhador. Trata-se do OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra) ou do Sindicato. Ricardo Resende, ao tratar do trabalhador avulso, esclarece: “(...) A figura exige a interveniência de um terceiro que escala o avulso para prestar os serviços aos tomadores (no meio rural, por exemplo, o sindicato é responsável pela escala). Exemplo: ensacadores de sal. Neste sentido, o Decreto nº 3.048/1999, segundo o qual avulso é “aquele que, sindicalizado ou não, presta serviços de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra” O artigo 7º. XXXIV equipara os trabalhadores avulsos aos empregados para fins de proteção trabalhista, porém, isso não significa que estes devem ser considerados empregados. Os trabalhadores avulsos se classificam em: Portuário - O avulso portuário é o trabalhador intermediado pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO). Não portuário - O avulso não portuário, conhecido como chapa, é aquele que trabalha a diversos tomadores, sem vínculo de emprego, intermediado pelo sindicato da categoria. 8 Trabalhador Voluntário Como vimos, a relação de emprego pressupõe a onerosidade da prestação, ou seja, o pagamento de salários em troca do trabalho. Porém, no caso de trabalho voluntário (regulamentado pela Lei nº. 9.608/1998), é ausente o elemento onerosidade. Leitura da Legislação Vejamos o conceito de Trabalho Voluntário - Lei 9.608/1998 - artigo 1º. “(...) a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade”. Pronto. Estudamos as principais espécies de trabalho lato sensu. É importante frisar que existem outras, tais como o trabalho doméstico, estágio, trabalho cooperativado etc. Por isso, é importante que você faça a leitura complementar sugerida. LEITURA COMPLEMENTAR Para enriquecer seu conhecimento, sugiro que leia Direito do Trabalho Esquematizado, de Ricardo Resende, Editora Método. 7ª Edição. 2017. Empregador A CLT conceitua a figura jurídica do empregador nos seguintes termos: Art. 2º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. Logo, note que o conceito de empregador é bastante amplo, podendo este ser pessoa jurídica, física ou ente despersonalizado (a exemplo do condomínio) - que não tem personalidade jurídica, mas pode contratar funcionários - pessoa física para prestar serviços com pessoalidade, não eventualidade, onerosidade, alteridade e sob subordinação, como vimos. 9 Características da Figura do Empregador Despersonalização - Como vimos, o requisito pessoalidade é inerente à relação de emprego, certo? Porém, quanto à figura do empregador, não há pessoalidade, mas, ao contrário, despersonalização. A ideia de despersonalização é aquela pela qual o empregado se vincula ao empreendimento - e não à pessoa do empregador - permitindo assim que se afirme que a mudança subjetiva na empresa (mudança dos sócios, por exemplo) não afetará os contratos de trabalho vigentes. Dessa forma, em relação à pessoa do empregador predomina a impessoalidade, o que viabiliza a aplicação concreta do princípio da continuidade da relação de emprego. Assunção dos Riscos do Empreendimento - Como vimos, o artigo 2º da CLT conceitua empregador: “aquele que, assumindo os riscos da atividade econômica”, ou seja, compete ao empregador assumir integralmente os riscos do negócio (empreendimento), aí considerados inclusive os riscos do próprio contrato de trabalho celebrado com seus empregados. Isso significa dizer que, se a empresa passar por problemas financeiros ou de qualquer outra natureza, os empregados não podem ser prejudicados em razão disso. Dificuldades financeiras do empregador não autorizam, por exemplo, o atraso no pagamento dos salários dos empregados, bem como o não recolhimento dos encargos sociais. Por outro lado, se o empreendimento gerar lucros, estes não serão divididos com os empregados, sendo certo que os obreiros continuarão a receber seus salários normais. Reforma Trabalhista – Sócio Retirante Ainda quanto ao tema empregador, não podemos deixar de estudar uma novidade trazida pela Lei 13.467/2017, que diz respeito ao sócio retirante. Pergunto a você: O sócio que deixa de fazer parte do quadro societário da empresa, permanece responsável pelos débitos trabalhistas? A resposta está no artigo 10 - A da CLT: Sim, desde que a ação trabalhista tenha sido proposta dentro do período de dois anos após a sua saída e se reporte ao período em que ele figurava como sócio. Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) I - a empresa devedora; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) II - os sócios atuais; e (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) III - os sócios retirantes. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. 10 Perceba que há uma ordem de responsabilização, sendo: a) Primeiro: a empresa devedora; b) Segundo: os sócios atuais; c) Terceiro: o sócio retirante. Assim, tem-se que a responsabilidade deste último é subsidiária. Entretanto, se restar provado, por exemplo, que um sócio formalmente deixou a sociedade, mas continua trabalhando, exercendo seu poder diretivo, ou intervém nas atividades da empresa de algum modo, estará configurada a fraude e, com ela, atraídaa responsabilidade solidária em relação aos sócios atuais.
Subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período dos últimos dois anos em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato;
ubsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato;
subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato.
1.
 
Pergunta 1
 
/1
 
Os requisitos necessários à caracterização do vínculo de emprego abrangem:
 
Ocultar opções de resposta
 
 
1.
 
 
Eventualidade, pessoalidade, onerosidade e subordinação jurídica;
 
2.
 
 
Dependência econômica, continuidade, subordinação e alteridade;e) Eventualidade 
e Impessoalidade.
 
3.
 
 
Eventualidade e Impess
oalidade;
 
4.
 
 
Subordinação, não eventualidade, onerosidade e pessoalidade;
 
Resposta correta
 
5.
 
 
Onerosidade, exclusividade, subordinação jurídica e alteridade;
 
2.
 
Pergunta 2
 
/1
 
Assinale a opção 
correta
 
no que se refere ao
 
trabalhador avulso
:
 
Ocultar opções de resposta
 
 
1.
 
 
O trabalho avulso caracteriza
-
se pela pessoalidade
 
na prestação do serviço, pois a 
relação é intuitu personae;
 
2.
 
 
Todas as alternativas estão corretas;
 
1. Pergunta 1 
/1 
Os requisitos necessários à caracterização do vínculo de emprego abrangem: 
Ocultar opções de resposta 
1. 
Eventualidade, pessoalidade, onerosidade e subordinação jurídica; 
2. 
Dependência econômica, continuidade, subordinação e alteridade;e) Eventualidade 
e Impessoalidade. 
3. 
Eventualidade e Impessoalidade; 
4. 
Subordinação, não eventualidade, onerosidade e pessoalidade; 
Resposta correta 
5. 
Onerosidade, exclusividade, subordinação jurídica e alteridade; 
2. Pergunta 2 
/1 
Assinale a opção correta no que se refere ao trabalhador avulso: 
Ocultar opções de resposta 
1. 
O trabalho avulso caracteriza-se pela pessoalidade na prestação do serviço, pois a 
relação é intuitu personae; 
2. 
Todas as alternativas estão corretas;

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