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Improbidade Administrativa • Lei n° 8.429/92: Lei de Improbidade Administrativa Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional. É um diploma que trata do combate à corrupção e condutas desonestas, não éticas, eivadas de vícios de moralidade, cometidos pelo agente público, no exercício da função pública, contra a Administração Pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos poderes da União, estados, DF e municípios, bem como territórios. Abrange também as empresas incorporadas ao patrimônio público ou entidade para qual a criação ou custeio, tenha participação do erário público, de mais de 50% do patrimônio ou receita anual. Assim sendo, as punições são aplicadas conforme essa lei, e também contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo fiscal ou creditício, de órgão público, bem como daquelas qual a criação ou custeio, tenha participação do erário público, de mais de 50% do patrimônio ou receita anual. Nesse caso, as sanções patrimoniais se limitam à repercussão do ilícito, sobre a contribuição dos cofres públicos. 1. Atos de improbidade administrativa a) Enriquecimento ilícito (art. 9º da Lia): necessidade de dolo ou má-fé, para sua configuração Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público; II - Perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado; III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; IV - Utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades; V - Receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; VI - Receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público; VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade; IX - Perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza; X - Receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei; XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei. b) Danos ao erário (art. 10 da Lia): necessidade de colo ou culpa para sua caracterização Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: I - Facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; II - Permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; IV - Permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado; V - Permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado; VI - Realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; IX - Ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; X - Agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público; XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular; XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades. XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; XV – Celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas; XX - Liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. c) Violação aos Princípios da Administração (art. 11 da Lia): necessidade de dolo ou má-fé, para sua configuração Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: I - Praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; II - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; IV - Negar publicidade aos atos oficiais; V - Frustrar a licitude de concurso público; VI - Deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas. IX - Deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. 2. Sanções aplicáveis ao agente ímprobo • ENRIQUECIMENTO ILÍTICO (art. 9º da LIA): . Perda dos bens e valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio . Ressarcimento integral do dano . Perda da função pública, quando houver dolo ou má-fé . Suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos . Pagamento de multa civil de até 3x o valor do acréscimo patrimonial . Proibição de contratar com o Poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de PJ da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 10 anos. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art24 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art24 • DANOS AO ERÁRIO (art. 10 da LIA): • VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (art. 11 da LIA) . Ressarcimento integral do dano . Perda dos bens e valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio . Perda da função pública, se houver dolo ou culpa . Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos . Pagamento de multa civil de até 2x o valor do dano . Proibição de contratar com o Poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de PJ da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 5 anos. . Ressarcimento integral do dano . Perda da função pública, se houver dolo ou má-fé . Suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos . Pagamento de multa civil de até 100x o valor da remuneração percebida pelo agente . Proibição de contratar com o Poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de PJ da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 3 anos. Atenção!!!! A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos SÓ SE EFETIVAM com o TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. 3. Sujeito ativo do ato de improbidade administrativa • AGENTE PÚBLICO EM SENTIDO LATO: todo aquele que exerce (ainda que transitoriamente ou sem remuneração): A aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa, independe da efetiva ocorrência do dano ao patrimônio público. Exceto, quanto à pena de ressarcimento e da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas. . por eleição, . nomeação, . designação, . contratação q . outra forma de investidura ou vínculo . mandato . cargo . emprego . função Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Em qualquer dessas entidades (art. 1° da Lia) • AQUELE QUE NÃO É AGENTE PÚBLICO: mas que INDUZA ou CONCORRA para a prática do ato de improbidade ou dele SE BENEFICIE, sob qualquer forma direta e indireta. • SUCESSOR: daquele que CAUSAR a lesão ao patrimônio público ou SE ENRIQUECER ILICITAMENTE, está sujeito às cominações legais, ATÉ O LIMITE DO VALOR DA HERANÇA. Atenção!!! O Presidente da República (que é agente público), se atentar contra a probidade administrativa, não responde conforme a Lei de Improbidade Administrativa. Responde por crime de responsabilidade, conforme a Constituição Federal, sendo regido por normas especiais de responsabilidade, previstas na lei n° 1.079/50 Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. 4. Ação Civil Pública x Ação Popular O escopo da ação civil pública (Lei n° 7.347/85) é proteger bens, que não são alcançados pelas ações comuns. É utilizada para combater desvios que atingem os bens públicos, ao patrimônio social, ao meio ambiente, e os direitos difusos e coletivos. São as principais diferenças entre elas: a) AÇÃO CIVIL PÚBLICA (Lei n° 7.347/85): seu objeto é tutelar : Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: I - Interesses ou direitosdifusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; II - Interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas . O meio ambiente . Direito do consumidor . Bens e direitos de valor artístico . Honra e dignidade de grupos raciais, étnicos e religiosos . Patrimônio público e social . Demais direitos difusos e coletivos ou individuais e homogêneos ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base; III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum. Têm legitimidade ativa: b) AÇÃO POPULAR (Lei n° 4.717/65): seu objetivo é a defesa da moralidade administrativa, do meio ambiente e do patrimônio público. Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia . Ministério Público . Defensoria Pública . União, Estados, DF e Municípios . Autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista . Associação, constituída há pelo menos 1 ano, nos termos da lei civil, e inclua nas suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos sociais, étnicos e religiosos, ou ao patrimônio artístico, estético, histórico e paisagístico. Em 2015, o STF decidiu que a Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura da ação civil pública, que tem como objetivo a promoção da tutela judicial de direitos difusos e coletivos, dos quais pessoas necessitadas (hipossuficientes) sejam titulares. mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. Tem legitimidade ativa: Em 2015, o STF reafirmou a jurisprudência no sentido de que NÃO É NECESSÁRIA A COMPROVAÇÃO DE PREJUÍZO MATERIAL aos cofres públicos como condição para se propor a ação popular. Art 5°, LXXIII, CF: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus de sucumbência; A prova da cidadania, para o ingresso em juízo, se dá através do Título de eleitor, ou documento a ele correspondente. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao46.htm#art141%C2%A738 5. Prescrição na Lei de Improbidade Administrativa As ações que buscam sanções previstas na LIA, podem ser propostas: • EM ATÉ 5 ANOS (término mandato): após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança. • DENTRO DO PRAZO ESPECÍFICO, PREVISTO EM LEI: para faltas disciplinares, puníveis com a demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. • EM ATÉ CINCO ANOS (data da prestação de contas): da data da apresentação à administração pública, da prestação de contas, pelas entidades do art. 1° da Lei de Improbidade Administrativa. 6. Jurisprudências sobre Improbidade Administrativa a) Improbidade Administrativa é caracterizada pelo que preconiza a Lei n° 8.429/92, que aponta condutas praticadas por qualquer pessoa, seja ela agente público ou particulares, contra a administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos poderes da União, Estados, DF e Municípios, de empresas incorporadas ao patrimônio público ou entidade para cuja criação ou custeio, o erário público tenha concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou receita anual. Pela ação civil pública, por ato de improbidade, busca-se, além da punição do agente, o ressarcimento do dano causado ao patrimônio público, bem como a reversão dos produtos obtidos como proveito do ato de improbidade. b) É inadmissível a responsabilidade objetiva na aplicação da Lei de Improbidade Administrativa, exigindo-se a presença do DOLO (art. 9° e 11) nos casos de enriquecimento ilícito e violação aos princípios da administração e ao menos CULPA (art. 10), nos casos de dano ao erário. c) O MP tem legitimidade ad causam, para propor a ação civil pública, que busca o ressarcimento de danos ao erário, decorrentes de atos de improbidade. d) O termo Inicial da prescrição de improbidade administrativa, em relação aos PARTICULARES que se beneficiem do ato de improbidade é IDÊNTICO aos do agente público que praticou o ato lesivo. e) É INVIÁVEL a propositura da ação civil de improbidade administrativa EXCLUSIVAMENTE CONTRA O PARTICULAR, sem a concomitante presença do agente público no polo passivo da demanda.
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