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DIREITO ADMINISTRATIVO - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVALei 8.429/1992

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IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA
Lei 8.429/1992
CURSO SUPERAÇÃO
PROF. RODRIGO GABBI
www.acasadoconcurseiro.com.br
http://www.acasadoconcurseiro.com.br
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
3
SUPERINTENDÊNCIA DOS SERVIÇOS PENITENCIÁRIOS – SUSEPE 
AGENTE PENITENCIÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
LEI 8.429/1992 – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no 
exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou 
fundacional e dá outras providências.
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL: art. 37, § 4ª da Constituição Federal de 1988.
§ 4º – Os atos de improbidade administrativa importarão a SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS, 
a PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA, a INDISPONIBILIDADE DOS BENS e o RESSARCIMENTO AO 
ERÁRIO, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
4
1. SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS;
2. PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA;
3. INDISPONIBILIDADE DE BENS;
4. RESSARCIMENTO AO ERÁRIO;
A Constituição definiu sanções, a natureza jurídica, mas deixou à lei ordinária a regulação do 
assunto. 
1. CONSIDERAÇÃO 01: NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA;
2. CONSIDERAÇÃO 02: SUSPENSÃO (≠ PERDA/CASSAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS);
3. CONSIDERAÇÃO 03: NEM TODO O ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ACERRETA 
UMA AÇÃO PENAL
A Lei 8.429/1992 é composta, basicamente, por estes pontos principais:
1. SUJEITO ATIVO; 
2. SUJEITO PASSIVO;
3. ESPÉCIES DE ATOS IMPROBIDADE;
4. SANÇÕES;
5. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E JUDICIAL;
6. DISPOSIÇÕES PENAIS;
7. PRESCRIÇÃO;
1. CONCEITO DE IMPROBIDADE
Segundo entendimento da doutrina majoritária, a probidade e moralidade, enquanto princípios, 
são expressões sinônimas (há quem discorde). Alguns doutrinadores entendem que probidade 
é um subprincípio da moralidade. Enquanto que para outros, a probidade é um conceito mais 
amplo que a moralidade.
Basicamente, improbidade administrativa é um termo técnico que representa a corrupção 
administrativa.
Em outras palavras, a improbidade administrativa trata-se de um ato praticado por agente 
público, ou por particular em conjunto com agente público que:
1. Causem enriquecimento ilícito;
2. Causem Prejuízo ao erário;
3. Atentam contra os princípios da Administração Pública;
4. Decorrentes de concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário (NOVO 
TIPO DE ATO DE IMPROBIDADE – LC 157/2016).
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA | PROF. RODRIGO GABBI
5
2. NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO DE IMPROBIDADE
A ação de improbidade administrativa é uma ação de natureza cível.
CUIDADO 01: não se trata de natureza de ação penal, tampouco de natureza administrativa. É 
DE NATUREZA CÍVEL!
CUIDADO 02: as instâncias penal, administrativa e cível são independentes e um mero ato de 
improbidade administrativa por ser punido pelas três instâncias. 
Exemplo: um ato de corrupção passiva pode ser penalizado nas esferas:
Corrupção passiva
Art. 317 – Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da 
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal 
vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa
a) PENAL: art. 317 do CP;
b) ADMINISTRATIVA: PAD (processo administrativo disciplinar – que pode acarretar demissão, 
suspensão etc);
c) CIVEL: ação civil de improbidade administrativa (que pode acarretar perda da função 
pública, perda de bens, ressarcimento ao erário, suspensão dos dir. políticos, multa, proibição 
de contratar com o poder público e receber benefícios ou incentivos fiscais)
3. DOS AGENTES DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
3.1 DO SUJEITO ATIVO
A lei 8.429/1992 dispões sobre o rol de sujeito ativos que respondem pelos atos de improbidade:
1. Qualquer agente público, servidor ou não (art. 1º).
Como a lei trata a definição de agente público?
Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda 
que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação 
ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas 
entidades mencionadas no artigo anterior; 
6
QUALQUER AGENTE PÚBLICO
 • AGENTES POLÍTICOS 
 • SERVIDORES PÚBLICOS (estatuários) 
 • EMPREGADOS PÚBLICOS (celetistas)
 • SERVIDORES TEMPORÁRIOS 
 • PARTICULARES EM COLABORAÇÃO (mesários, júri);
 • ESTAGIÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 • FUNCIONÁRIO DE UMA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO QUE SE APROPRIA DE 
VALORES TRANSFERIDOS PELO PODER CONCEDENTE 
 • ETC
2. Particular que induza ou concorra com a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie 
sob qualquer forma DIRETA ou INDIRETA.
Art. 3º As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente 
público (PARTICULAR), induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie 
sob qualquer forma direta ou indireta.
CUIDADO: é possível que o particular responda sozinho pelo ato de improbidade administrativa 
sem que um agente público tenha participado do ato? 
NÃO. Para que o terceiro seja responsabilizado pelas sanções da Lei nº 8.429/92, é indispensável 
que seja identificado algum agente público como autor da prática do ato de improbidade. Assim, 
não é possível a propositura de ação de improbidade exclusivamente contra o particular, 
sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda. STJ, julgado em 
25/2/2014 (Info 535).
3. Pessoa jurídica que induza ou concorra com a prática do ato de improbidade ou dele se 
beneficie sob qualquer forma DIRETA ou INDIRETA;
Assim como a pessoa física, a pessoa jurídica desde que participe ou se beneficie dos atos de 
improbidade, também responderá pelo ato improbo.
#FICALIGADO
Para os fins da Lei de Improbidade, “agente público” é gênero no qual se encontram as seguintes 
espécies: 
 • Agentes políticos: Chefes do Executivo, Ministros e Secretários, Senadores, Deputados e 
Vereadores.
 • Agentes estatais: são tanto os servidores públicos quanto os empregados públicos.
 • Particulares em colaboração com o Poder Público: são todos os que firmam com o Estado 
um vínculo jurídico, pouco importa se por breve tempo ou em situação de estabilidade. São 
exemplos os requisitados a exercerem alguma atividade pública, tal como os mesários e os 
convocados ao serviço militar, além de notários, tabeliães e registradores. 
#ESSACAIMUUUUUUUITOEMPROVA
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA | PROF. RODRIGO GABBI
7
MUITO CUIDADO, pois, conforme previsto acima, o STF já pacificou o entendimento de que, com 
exceção do Presidente da República, todos os outros agentes públicos, sejam eles servidores de 
carreira, celetista, agentes públicos, respondem por improbidade administrativa.
Mas por que o Presidente da República não responde por improbidade administrativa e os 
outros não?
Porque o constituinte originário previu expressamente que o ato de improbidade por ele 
praticado consubstanciaria crime de responsabilidade (Art. 85, V, CF). E como nós sabemos, nos 
crimes de responsabilidade o Presidente da República é processado e julgado pelo Congresso 
Nacional.
3.2 DO SUJEITO PASSIVO (ART. 1º + § ÚNICO)
Art. 1º Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra 
a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público 
ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 
cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade 
praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal 
ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja 
concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento dopatrimônio ou da receita anual, 
limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição 
dos cofres públicos.
Todos os entes da Administração Pública Direta:
1. União;
2. Estados
3. Distrito Federal
4. Municípios
8
Todos os entes da Administração Indireta:
1. Autarquias
2. Empresas Públicas
3. Sociedade de Economia Mista
4. Fundações (sejam elas pessoa de direito público, chamadas de fundações autárquicas, sejam 
elas fundações de direito privado, chamadas de fundações governamentais).
Entidades Privadas
1. Que recebam dinheiro público para o seu custeio;
2. Que recebam dinheiro público para a formação do seu capital;
Obs: as entidades privadas cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com 
menos de 50% do patrimônio ou da receita anual ou que recebam subvenção, as sanções de 
improbidade somente se aplicam até o montante das verbas públicas recebidas.
Portanto, a Lei de Improbidade Administrativa protege o patrimônio dos entes da Administração 
Pública (amplamente considerada) e também as entidades privadas que recebam dinheiro 
público para custeio ou formação de capital.
4. ESPÉCIES DE ATO DE IMPROBIDADE 
4.1 ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE ENSEJAM 
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO – ART. 9º
Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir 
qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, 
emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta lei, e notadamente:
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO: NOS CASOS DE DOLO!
I – receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem 
econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de 
quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou 
omissão decorrente das atribuições do agente público;
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA | PROF. RODRIGO GABBI
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II – perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou 
locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 
1º por preço superior ao valor de mercado;
III – perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou 
locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao 
valor de mercado;
IV – utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de 
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas 
no art. 1º desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros 
contratados por essas entidades;
V – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a 
exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura 
ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
VI – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer 
declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou 
sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos 
a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
VII – adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função 
pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio 
ou à renda do agente público;
VIII – aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para 
pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou 
omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
IX – perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública 
de qualquer natureza;
X – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir 
ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
XI – incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores 
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
XII – usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial 
das entidades mencionadas no art. 1º desta lei.
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4.2 ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE CAUSAM 
PREJUÍZO AO ERÁRIO – ART. 10
DANO AO ERÁRIO: RESPONDE POR DOLO OU CULPA!
I – facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de 
pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial 
das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;
II – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas 
ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, 
sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
III – doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins 
educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer 
das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e 
regulamentares aplicáveis à espécie;
IV – permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de 
qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte 
delas, por preço inferior ao de mercado;
V – permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior 
ao de mercado;
VI – realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar 
garantia insuficiente ou inidônea;
VII – conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou 
regulamentares aplicáveis à espécie;
VIII – frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de 
parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; 
IX – ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;
X – agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à 
conservação do patrimônio público;
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA | PROF. RODRIGO GABBI
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XI – liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de 
qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XII – permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;
XIII – permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos 
ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades 
mencionadas no art. 1º desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou 
terceiros contratados por essas entidades.
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços 
públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; 
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação 
orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. 
XVI – facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular 
de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela 
administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância 
das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
XVII – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, 
verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante 
celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares 
aplicáveis à espécie; 
XVIII – celebrar parcerias da administração pública com entidades privadassem a observância 
das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
XIX – agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de 
parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas; 
XX – liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas 
sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua 
aplicação irregular. 
XXI – liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas 
sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua 
aplicação irregular
4.3 ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA DECORRENTE DE 
CONCESSÃO OU APLICAÇÃO INDEVIDA DE BENEFÍCIO FINANCEIRO 
OU TRIBUTÁRIO – ART. 10-A
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, 
aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do 
art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm#art8a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm#art8a%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm#art8a%C2%A71
12
4.4 ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE ATENTAM 
CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – ART. 11
I – praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na 
regra de competência;
II – retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
III – revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva 
permanecer em segredo;
IV – negar publicidade aos atos oficiais;
V – frustrar a licitude de concurso público;
VI – deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
VII – revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação 
oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou 
serviço.
VIII – descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de 
parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas. 
IX – deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação. 
X – transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde 
sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do 
parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. 
5. SANÇÕES (ART. 37 DA CF + ART. 12 DA LIA)
As sanções relacionadas aos atos de improbidade administrativa estão previstas no art. 37 da 
Constituição Federal.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS, 
a PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA, a INDISPONIBILIDADE DOS BENS e o RESSARCIMENTO AO 
ERÁRIO, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
5.1 SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
Cuidado! As bancas adoram colocar que o agente terá os seus direitos políticos CASSADOS.
A CF/88 proíbe expressamente a cassação de direitos políticos:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA | PROF. RODRIGO GABBI
13
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
O que se trata, na prática, a suspensão dos direitos políticos?
1. O cancelamento do alistamento e a exclusão do corpo de eleitores;
2. O cancelamento da filiação partidária (LOPP, art. 22, II);
3. A perda de mandato eletivo;
4. A perda de cargo ou função pública;
5. A impossibilidade de se ajuizar ação popular;
6. O impedimento para votar ou ser votado;
7. O impedimento para exercer a iniciativa popular.
IMPORTANTE: essa modalidade de sanção exige o trânsito em julgado do processo para ser 
aplicada. 
5.2 PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA
IMPORTANTE: essa modalidade de sanção exige o trânsito em julgado do processo para ser 
aplicada. 
5.3 INDISPONIBILIDADE DOS BENS
Cuidado! A indisponibilidade dos bens não é uma sanção, mas uma medida cautelar processual 
para assegurar que a Administração Pública consiga se ressarcir dos prejuízos que lhe foram 
cometidos. Em outras palavras, nada mais é do que uma ferramenta processual utilizada para 
que seja garantido o ressarcimento ao erário. 
Fundamentação legal:
Art. 7º Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento 
ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério 
Público, para a INDISPONIBILIDADE DOS BENS do indiciado.
14
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens 
que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante 
do enriquecimento ilícito.
5.4 RESSARCIMENTO AO ERÁRIO
 • Deverá ser integral:
Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente 
ou de terceiro, DAR-SE-Á O INTEGRAL RESSARCIMENTO DO DANO.
 • Perderá os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio ilicitamente:
Art. 6º No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens 
ou valores acrescidos ao seu patrimônio.
 • O sucessor do agente improbo deverá responder pelo dano ao erário até o limite da herança:
Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente 
está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.
#TABELAMAROTA
CUIDADO: pois as penas não precisam ser, necessariamente, cumulativas. Elas podem ser 
aplicadas isoladamente. ENTENDIMENTO DO STJ.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA | PROF. RODRIGO GABBI
15
6. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E JUDICIAL
6.1 PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que 
seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
No caso de a autoridade administrativa rejeitar a representação, nada impede que o interessado 
possa fazer a mesma representação para ao Ministério Público (ART. 14, §2º). 
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério 
Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do 
sequestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado danos ao 
patrimônio público.
Sequestro de bens 01: se submete à reserva de jurisdição = APENAS O JUIZ PODE DECRETAR;
Sequestro de bens 02: tanto a procuradoria do órgão quanto o MP podem pedir o sequestro de bens;
6.2 PROCESSO JUDICIAL
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela 
pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.
CUIDADO: NÃO É DA CONCESSÃO DA MEDIDA CAUTELAR, MAS DA EFETIVAÇÃO. 
Ação intentada pelo MP: deverá intimar a pessoa jurídica interessada para atuar como 
litisconsorte ativo.
Ação intentada pela pessoa jurídica interessada: deverá intimar o MP para atuar como fiscal da lei.
#ATENÇÃO #PACOTEANTICRIME
§ 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de não persecução cível, 
nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, 
como fiscal da lei, sob pena de nulidade.
§ 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente 
intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do 
requerido, para oferecer manifestaçãopor escrito, que poderá ser instruída com documentos e 
justificações, dentro do prazo de quinze dias.
§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará 
a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da 
inadequação da via eleita.
§ 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação.
§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento.
16
#ATENÇÃO #PACOTEANTICRIME
§ 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes requerer ao juiz a 
interrupção do prazo para a contestação, por prazo não superior a 90 (noventa) dias.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
6.3 COMPETÊNCIA PARA JULGAR A AÇÃO DE IMPROBIDADE
Em regra, não há foro por prerrogativa de função nos casos de improbidade administrativa. 
7. DISPOSIÇÕES PENAIS
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro 
beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito 
em julgado da sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o 
afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da 
remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:
I – da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento; 
(Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).
II – da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou 
Conselho de Contas.
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento 
de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no 
art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.
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8. PRESCRIÇÃO
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
I – até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função 
de confiança;
II – dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis 
com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
III – até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas 
final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei. 
RENOVAÇÃO DE MANDATO ELEITORAL: em caso de reeleição do cargo eletivo, o prazo 
prescricional apenas começa a correr com o término do segundo mandato. 
Súmula 634-STJ: Ao particular aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na Lei de 
Improbidade Administrativa para o agente público.
9. JURISPRUDÊNCIA DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
#DIZERODIREITO 
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