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Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - ABC

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Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 1 de 3
Questão 1 de 10
“O domínio romano na África remonta ao período republicano, quando em 146 a.C. foi criada a África Proconsular, correspondente ao estado africano cartaginês. César e, definitivamente, Augusto anexaram a Numídia. Calígula e depois Cláudio acrescentaram as duas Mauritânias. Sob Septímio Severo, que era africano originário de Léptis, a urbanização e a civilização da África romana chegaram ao ápice.
Após as etapas iniciais de conquista e o estabelecimento de colônias, ocorreu o processo de romanização, quando se operou uma transferência de cultura, isto é, quando instituições, religião e língua dos romanos se difundiram entre a população nativa. Tal processo, no entanto, afetou em diferentes graus um conjunto humano que na África do Norte, era desprovido de homogeneidade.”
CORASSIN, Maria Luiza. Romanização e marginalidade na África do Norte. Revista Brasileira de História. N.5, p. 157-165, 1985, p. 158.
Sobre o domínio romano no norte da África, é correto afirmar:
I. Númidas e mouros aceitaram o domínio romano, pois eram admiradores de sua cultura. Inclusive, ajudaram os romanos na batalha contra os árabes.
II. Ao derrotar Cartago, Roma se apossou de grande parte de seus domínios. Todavia, levou mais de cem anos para que Roma conseguisse se impor culturalmente sobre o norte da África.
III. Os romanos permitiram a continuidade das práticas e crenças dos povos berberes, todavia, conforme os contatos aconteciam, os berberes incorporavam elementos da cultura greco-romana.
IV. Cartagineses já tinham aprimorado e desenvolvido as pequenas cidades berberes, todavia, foi o domínio romano que trouxe um grande desenvolvimento urbano para o norte da África.
V. A História de Roma no norte da África se inicia no século II a.C., quando os romanos expulsam os árabes da região.
Assinale a alternativa que indica os itens corretos:
A - I e V.
B - I, III e V.
C - II e IV.
D - II, III e IV.check_circleResposta correta
E - III e IV.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 1 de 3
Questão 2 de 10
“Os povos indígenas são populações sem escrita. Essas populações trabalham a partir da transmissão oral das suas tradições. Nessa transmissão oral e nesse cosmos por eles vivenciados, não existe divisão entre o sagrado e o profano. Então, o aprendizado é geral. Mas aprendi com eles como é possível olhar para o mundo e entendê-lo de uma forma diferente da nossa. Pude entender que existe um mundo totalmente sacralizado, que não é dividido entre o sagrado e o profano, no qual as tradições orais são absolutamente respeitadas e a memória (e, por consequência, os anciãos) tem um papel importantíssimo. O principal aprendizado é que a civilização e a cultura ocidental não criaram nem a única forma de entender o mundo nem a forma mais importante.”
(CALEFFI, Paula. Entrevista concedida a Graziela Wolfart. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, São Leopoldo, 12 de maio de 2008, edição 257, p. 23. Disponível em: http://www.ihuonline.unisinos.br/media/pdf/IHUOnlineEdicao257.pdf  Acesso em 03/11/2018.)
A partir das ideias contidas nesse fragmento e considerando o estatuto apresentado pela transmissão oral entre as sociedades indígenas, assinale a opção correta:
A - A narrativa oral dos saberes e conhecimentos é fixa e imutável, ela se mantém fiel à versão original relatada pelos antepassados das populações indígenas.
B - A noção de autoria das narrativas míticas dentro das comunidades indígenas é um fator consolidado, portanto inexiste relatos e mitos de cunho coletivo.
C - A performance corporal (voz, gesticulações, interação narrador-ouvinte) não são aspectos a serem considerados na transmissão dos conhecimentos pela oralidade.
D - As narrativas concebidas como pertencentes a uma dada comunidade indígena, em geral, são transmitidas de maneira coletiva e aquele que narra é apenas o transmissor.check_circleResposta correta
E - Nas narrativas indígenas há um objetivo claro de estabelecer uma separação entre o sagrado e o profano.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 1 de 3
Questão 3 de 10
“Quando Diogo Cão chegou à foz do rio Zaire em 1483 e contactou pela primeira vez o mani Nsoyo, chefe da localidade na qual aportara, o Congo era um reino forte e estruturado, cuja chefia máxima cabia ao Mani Congo. Formado por grupos de etnia banto, especialmente os bakongo, abrangia grande extensão da África Centro-Ocidental e se compunha de diversas províncias. Algumas delas, como as de Nsoyo, Mbata, Wandu e Nkusu, eram administradas por membros de uma nobreza local que assumiam os cargos de chefia há gerações, sendo o controle político mantido por uma mesma linhagem, enraizada no local. Outras províncias eram administradas por chefes escolhidos pelo rei dentre a nobreza que o cercava na capital. A unidade do reino era mantida a partir do controle exercido pelo Mani Congo, cercado por linhagens nobres que teciam alianças principalmente por meio do casamento, mas era também fortalecida pelas relações comerciais e políticas entre as diversas regiões. O centro de poder localizava-se na capital, mbanza Kongo, de onde o rei administrava a confederação juntamente com um grupo de nobres que formavam o conselho real, composto provavelmente por 12 membros, divididos em grupos com diferentes atribuições: secretários reais, coletores de impostos, oficiais militares, juízes e empregados pessoais. A centralização político-administrativa, ao mesmo tempo que conferia estabilidade ao sistema, ensejava intensas e frequentes disputas pelo poder”.
(VAINFAS, Ronaldo; SOUZA, Marina de M. e. Catolização e poder no tempo do tráfico: o reino do Congo da conversão coroado ao movimento antoniano, século XV-XVIII. Tempo. Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, v.3, n.6, dez/1998, pp. 95-118, p. 96)
Sobre o trecho acima e o Reino do Congo, é correto afirmar:
A - A escravidão era ausente no Reino do Congo. A principal forma de trabalho era algo semelhante ao sistema de vassalagem e suserania da Europa Medieval.
B - A nobreza do Reino do Congo era essencialmente formada por parentes do rei, os quais viviam, na maioria, nas cidades, praticando a agricultura.check_circleResposta correta
C - O casamento no Reino do Congo era monogâmico, pois, como as terras estavam em constante disputa, casar com mais de uma mulher seria dividir o poder.
D - O Reino do Congo consistia basicamente na capital, Mbanza Kongo, e algumas vilas satélites, que eram totalmente dependentes da capital.
E - O Reino do Congo é formado por berberes que saíram do norte da África, atravessaram o deserto do Saara e chegaram na região do atual Congo.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 1 de 3
Questão 4 de 10
“A economia indígena, destacada como economia de subsistência, não pode ser sustentada fora de seus territórios tradicionais. Tradições como pescar, caçar e plantar são mais escassas nas pequenas áreas das comunidades ao entorno da cidade de Manaus. Com o turismo, este processo também está mudando o sistema de trabalho dos indígenas, uma vez que eles operacionalizam suas atividades para atender um sistema diferente de suas tradições, mesmo organizando seus sistemas de trabalho de maneira tradicional. A mudança ocorre em virtude das negociações entre os operadores da atividade turística, hotéis de selva e as comunidades indígenas sediadas ao longo do rio Negro e seus afluentes no município de Manaus, Amazonas.”
(SOUZA, Agnaldo Côrrea de Souza. A ressignificação das tradições indígenas da comunidade Sateré-Gavião, no contexto do turismo na cidade de Manaus (Amazonas, Brasil). Turismo & Sociedade (ISSN: 1983-5442). Curitiba, v. 6, n. 4, p. 741-765, outubro de 2013.)
A relação entre tradição e ressignificação se estabelece como condição necessária para a sobrevivência de determinadossegmentos indígenas.
PORQUE
Com o afastamento de suas terras tradicionais ou na inviabilidade de acesso à terra, certos grupos indígenas lançam mão dos saberes de seus povos (produção artesanal de cestos, brincos, colares, bonecas) com a finalidade de gerar renda.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
A - A primeira é uma proposição falsa, e a segunda, verdadeira.
B - A primeira é uma proposição verdadeira, e a segunda, falsa.
C - As duas proposições são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa da primeira.check_circleResposta correta
D - As duas são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
E - Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 1 de 3
Questão 5 de 10
“A vitória de Afonso I marcou o início do mais longo reinado do Congo, ou seja, de 1506 a 1543. O papel desse rei foi fundamental abriu o país a Portugal, acarretando assim uma considerável reorganização política e econômica, bem como uma assimilação voluntária de elementos do cristianismo que acabou por se implantar ali de forma definitiva. Cristão desde 1491 e protetor dos raros missionários antes de 1506, esse chefe de facção, uma vez rei, transformou rapidamente a Igreja católica em religião de Estado. Seu filho Henrique, como bispo consagrado em Roma, esteve à frente da Igreja do Congo de 1518 a 1536. Em seguida, o controle do bispado caiu nas mãos dos portugueses. O tráfico negreiro intensificouse a partir de 1514. Da mesma forma que o soberano de Portugal, Afonso I quis controlar o tráfico graças à organização de monopólios reais antes de tentar abolilo em 1526. Não funcionou e os monopólios reais foram constantemente desrespeitados pelos afroportugueses de São Tomé e os vizinhos do reino, tanto na costa do Loango quanto no Ndongo, e até mesmo em Luanda, parte integrante do reino. O rei usou os recursos obtidos com o tráfico de escravos e com o comércio de marfim e de tecidos de ráfia para trazer técnicos e, sobretudo, missionários portugueses. Antes do fim de seu reinado, a vida sociopolítica transformarase completamente. A diferença entre nobreza e os plebeus acentuarase, à medida que a nobreza se tornava letrada e cristã, além de tomar parte no tráfico de escravos. As pessoas comuns eram duramente exploradas. A casa real foi reforçada pela importação de escravos do Pool e de outras regiões para a guarda real, assim como pelo crescimento da descendência de Afonso, a ponto de comprometer sua sucessão. Todos os reis a seguir seriam descendentes de Afonso, oriundos de uma ou outra de suas três principais filhas. O número sempre crescente de pretendentes ao trono levou a uma cisão da casa real em casas inimigas e, por fim, após 1665, a uma guerra civil que destruiu o reino tal como era antes dessa data. A presença de portugueses na cidade introduziu uma nova dimensão política. Ligados por casamento a diversas casas nobres, eram divididos entre afroportugueses e enviados metropolitanos que animaram partidos opostos na corte até 1665 e intervieram em todas as lutas de sucessão”.
(VANSINA, J. O Reino do Congo e seus vizinhos. OGOT, Bethwell A. História Geral da África V: África do século XVI ao XVIII, Brasília: UNESCO, 2010, p. 657-659)
A partir do trecho acima e sobre a relação de portugueses e africanos, é correto afirmar:
I. O trecho deixa claro que a influência de Portugal sobre os reinos africanos foi imensa. Uma delas foi a grande conversão dos africanos ao catolicismo. Todavia, um dos fatores que Portugal não influenciou completamente foi na escravidão. A escravidão já existia na África. O que Portugal fez foi torná-la uma atividade comercial e um elemento econômico, justamente após chegar ao Congo, em 1483.
II. Uma das práticas comuns de Portugal, como o trecho bem ilustra, foi converter ao cristianismo os povos das regiões onde chegava. A finalidade, com isso, era facilitar o comércio de escravos. Os africanos cristianizados eram preferidos e, logo, mais fáceis de vender.
III. A grande quantidade de africanos trazidos ao Brasil foi determinante para a formação de uma cultura brasileira possuidora de elementos africanos. Todavia, como os africanos eram cristianizados, não houve impacto das religiões africanas na formação da cultura brasileira.
Assinale a alternativa que indique os itens corretos acima:
A - I, II e III.
B - I.check_circleResposta correta
C - II e III.
D - II.
E - III.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 1 de 3
Questão 6 de 10
“Quando Diogo Cão chegou à foz do rio Zaire em 1483 e contactou pela primeira vez o mani Nsoyo, chefe da localidade na qual aportara, o Congo era um reino forte e estruturado, cuja chefia máxima cabia ao Mani Congo. Formado por grupos de etnia banto, especialmente os bakongo, abrangia grande extensão da África Centro-Ocidental e se compunha de diversas províncias. Algumas delas, como as de Nsoyo, Mbata, Wandu e Nkusu, eram administradas por membros de uma nobreza local que assumiam os cargos de chefia há gerações, sendo o controle político mantido por uma mesma linhagem, enraizada no local. Outras províncias eram administradas por chefes escolhidos pelo rei dentre a nobreza que o cercava na capital. A unidade do reino era mantida a partir do controle exercido pelo Mani Congo, cercado por linhagens nobres que teciam alianças principalmente por meio do casamento, mas era também fortalecida pelas relações comerciais e políticas entre as diversas regiões. O centro de poder localizava-se na capital, mbanza Kongo, de onde o rei administrava a confederação juntamente com um grupo de nobres que formavam o conselho real, composto provavelmente por 12 membros, divididos em grupos com diferentes atribuições: secretários reais, coletores de impostos, oficiais militares, juízes e empregados pessoais. A centralização político-administrativa, ao mesmo tempo que conferia estabilidade ao sistema, ensejava intensas e frequentes disputas pelo poder”.
(VAINFAS, Ronaldo; SOUZA, Marina de M. e. Catolização e poder no tempo do tráfico: o reino do Congo da conversão coroado ao movimento antoniano, século XV-XVIII. Tempo. Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, v.3, n.6, dez/1998, pp. 95-118, p. 96)
Sobre o trecho acima e o Reino do Congo, é correto afirmar:
A - A escravidão era ausente no Reino do Congo. A principal forma de trabalho era algo semelhante ao sistema de vassalagem e suserania da Europa Medieval.
B - A nobreza do Reino do Congo era essencialmente formada por parentes do rei, os quais viviam, na maioria, nas cidades, praticando a agricultura.check_circleResposta correta
C - O casamento no Reino do Congo era monogâmico, pois, como as terras estavam em constante disputa, casar com mais de uma mulher seria dividir o poder.
D - O Reino do Congo consistia basicamente na capital, Mbanza Kongo, e algumas vilas satélites, que eram totalmente dependentes da capital.
E - O Reino do Congo é formado por berberes que saíram do norte da África, atravessaram o deserto do Saara e chegaram na região do atual Congo.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 1 de 3
Questão 7 de 10
“Os índios sempre estiveram na história do Brasil, porém, grosso modo, como força de trabalho ou como rebeldes que acabavam vencidos, dominados, escravizados, aculturados ou mortos. Suas ações não eram, absolutamente, consideradas relevantes para a compreensão dos rumos da história. Essas concepções, predominantes por tanto tempo em nossa historiografia, já não se sustentam. Inúmeras pesquisas não deixam dúvida sobre o fato de que as ações e as escolhas indígenas deram limites e possibilidades aos processos de conquista e colonização das diferentes regiões do Brasil.”
(ALMEIDA, Maria Regina Celestino. A atuação dos indígenas na História do Brasil: revisões historiográficas. Revista Brasileira de História.São Paulo, v. 37, nº 75, 2017, p. 17-18.)
Com base no excerto acima, é correto afirmar que as abordagens historiográficas do século XIX e XX, em geral, apresentaram os indígenas como:
A - atores secundários e passivos nos processos históricos decorridos no Brasil.check_circleResposta correta
B - protagonistas e defensores dos seus direitos frente à violência estatal.
C - sujeitos históricos que empregaram estratégias de resistência diante das ações dos colonizadores.
D - sujeitos que desempenharam papel ativo nas relações de contato com os não indígenas.
E - vencedores e detentores de voz política no cenário nacional.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 1 de 3
Questão 8 de 10
“A história e a etnologia são tradicionalmente distintas pela presença ou ausência de documentos escritos nas sociedades em que realizam suas pesquisas. A distinção não é falsa, mas não cremos que seja essencial, pois decorre das características profundas que tentamos determinar, em lugar de explicá-las. A ausência de documentos escritos na maior parte das sociedades primitivas obrigou, de fato, a etnologia a desenvolver métodos e técnicas apropriadas ao estudo de atividades que permanecem, por isso mesmo, imperfeitamente conscientes em todos os níveis em que se expressam. Porém, além de essa limitação poder ser muitas vezes superada por meio da tradição oral, tão rica entre certos povos da África e da Oceania, não se pode considera-la uma barreira rígida. A etnologia se interessa por populações que possuem escrita, como o México antigo, o mundo árabe e o Extremo Oriente; e conseguiu-se fazer a história de povos que jamais a tiveram, como os Zulu, por exemplo. Trata-se, mais uma vez, de uma diferença de orientação, não de objeto, e de dois modos de organizar dados menos heterogêneos do que parecem. Os etnólogos se interessam principalmente pelo que não está escrito, nem tanto porque os povos que estudam não escrevem, e mais porque aquilo que lhes interessa é diferente de tudo o que os homens geralmente pensam em fixar na pedra ou no papel.”
(LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. São Paulo: Cosac Nayf, 2012, p. 39)
A partir do fragmento acima e dos estudos sobre as populações indígenas no século XIX, assinale a opção correta:
A - A elite intelectual oitocentista considerava que os indígenas deveriam ser objeto de estudo da história, posto que as narrativas míticas eram tidas como documentos fidedignos.
B - Durante o século XIX, os letrados consideravam que a história dos indígenas era alçada da etnologia, já que os indígenas não tinham uma cultura baseada na escrita.check_circleResposta correta
C - Os etnólogos do século XIX apontavam para a impossibilidade de estudar os indígenas em virtude das perdas culturais que haviam sofrido no processo de assimilação.
D - Os historiadores do século XIX defendiam que as populações indígenas fossem estudadas a partir da cultura material (artesanatos, vasos, etc) e da observação de suas tradições.
E - Os naturalistas defendiam que os indígenas deveriam ser estudados pelos etnólogos, pois eles possuíam uma concepção de historicidade positivista e linear.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 1 de 3
Questão 9 de 10
“A grande maioria dos estudiosos africanos e europeus concorda que a escravidão era uma atividade implantada na África, antes da chegada dos mercadores europeus no final do século XV. Mas que tipo de escravidão havia até então naquele continente? Alguns especialistas no assunto afirmam que, por aquela época, o que havia era um sistema interno, cuja configuração não se pode identificar, propriamente, como uma forma de exploração do trabalho, seria uma escravidão não devidamente institucionalizada.”
(SOUZA, Talita T. B. A. Escravidão interna na África, antes do Tráfico Negreiro. Vértices. ano 5. nº 2, MAIO/AGO., 2003, p. 16)
Com base no trecho acima e dos seus conhecimentos sobre a escravidão na África, é correto afirmar:
A - A escravidão era uma atividade comercial e era a base da economia de muitas cidades. Por isso, as guerras entre os povos africanos eram constantes.
B - Normalmente, os escravos eram prisioneiros de guerra, portanto, os escravos na grande parte das vezes eram inimigos de uma cidade e estrangeiros.check_circleResposta correta
C - Os escravos normalmente eram parentes ou pessoas próximas, que se tornavam escravos de outrem por terem cometido alguma traição ou não ter agido de forma fiel.
D - Os filhos de uma escrava eram considerados livres, porém, por serem considerados inimigos, eram mortos ou deixados por si mesmos.
E - Ter escravos era um sinal de fraqueza. Os fortes eram aqueles que não precisavam escravizar, mas que conseguiam estabelecer relações e alianças.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 1 de 3
Questão 10 de 10
“A interculturalidade é uma prática de vida que pressupõe a possibilidade de convivência e coexistência entre culturas e identidades.”
(LUCIANO, Gersem dos Santos. O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; LACED/Museu Nacional, 2006, p. 50-51)
Acerca a interculturalidade é correto afirmar que:
A - Baseia-se na divisão dos espaços sociais, sem que haja relações de contato e trocas culturais.
B - Consiste no confronto entre diferentes sujeitos sociais, os quais buscam impor seus respectivos modos de vida um ao outro.
C - Consolidou-se como política indigenista durante a ditadura militar em virtude dos princípios de respeito à diferença estabelecidos pelo Estatuto do Índio de 1973.cancelRespondida
D - Fundamenta-se no diálogo entre diferentes grupos sociais, o qual se dá por meio de distintas linguagens e expressões culturais.check_circleResposta correta
E - Não apresenta elementos de interface com a Lei 11.645/2008, posto que não contribui para o combate à discriminação étnica e cultural
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 2 de 3
Questão 1 de 10
“A grande maioria dos estudiosos africanos e europeus concorda que a escravidão era uma atividade implantada na África, antes da chegada dos mercadores europeus no final do século XV. Mas que tipo de escravidão havia até então naquele continente? Alguns especialistas no assunto afirmam que, por aquela época, o que havia era um sistema interno, cuja configuração não se pode identificar, propriamente, como uma forma de exploração do trabalho, seria uma escravidão não devidamente institucionalizada.”
(SOUZA, Talita T. B. A. Escravidão interna na África, antes do Tráfico Negreiro. Vértices. ano 5. nº 2, MAIO/AGO., 2003, p. 16)
Com base no trecho acima e dos seus conhecimentos sobre a escravidão na África, é correto afirmar:
A - A escravidão era uma atividade comercial e era a base da economia de muitas cidades. Por isso, as guerras entre os povos africanos eram constantes.
B - Normalmente, os escravos eram prisioneiros de guerra, portanto, os escravos na grande parte das vezes eram inimigos de uma cidade e estrangeiros.check_circleResposta correta
C - Os escravos normalmente eram parentes ou pessoas próximas, que se tornavam escravos de outrem por terem cometido alguma traição ou não ter agido de forma fiel.
D - Os filhos de uma escrava eram considerados livres, porém, por serem considerados inimigos, eram mortos ou deixados por si mesmos.
E - Ter escravos era um sinal de fraqueza. Os fortes eram aqueles que não precisavam escravizar, mas que conseguiam estabelecer relações e alianças.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 2 de 3
Questão 2 de 10
“O domínio romano na África remonta ao período republicano, quando em 146 a.C. foi criada a África Proconsular, correspondente ao estado africano cartaginês.César e, definitivamente, Augusto anexaram a Numídia. Calígula e depois Cláudio acrescentaram as duas Mauritânias. Sob Septímio Severo, que era africano originário de Léptis, a urbanização e a civilização da África romana chegaram ao ápice.
Após as etapas iniciais de conquista e o estabelecimento de colônias, ocorreu o processo de romanização, quando se operou uma transferência de cultura, isto é, quando instituições, religião e língua dos romanos se difundiram entre a população nativa. Tal processo, no entanto, afetou em diferentes graus um conjunto humano que na África do Norte, era desprovido de homogeneidade.”
CORASSIN, Maria Luiza. Romanização e marginalidade na África do Norte. Revista Brasileira de História. N.5, p. 157-165, 1985, p. 158.
Sobre o domínio romano no norte da África, é correto afirmar:
I. Númidas e mouros aceitaram o domínio romano, pois eram admiradores de sua cultura. Inclusive, ajudaram os romanos na batalha contra os árabes.
II. Ao derrotar Cartago, Roma se apossou de grande parte de seus domínios. Todavia, levou mais de cem anos para que Roma conseguisse se impor culturalmente sobre o norte da África.
III. Os romanos permitiram a continuidade das práticas e crenças dos povos berberes, todavia, conforme os contatos aconteciam, os berberes incorporavam elementos da cultura greco-romana.
IV. Cartagineses já tinham aprimorado e desenvolvido as pequenas cidades berberes, todavia, foi o domínio romano que trouxe um grande desenvolvimento urbano para o norte da África.
V. A História de Roma no norte da África se inicia no século II a.C., quando os romanos expulsam os árabes da região.
Assinale a alternativa que indica os itens corretos:
A - I e V.
B - I, III e V.
C - II e IV.
D - II, III e IV.check_circleResposta correta
E - III e IV.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 2 de 3
Questão 3 de 10
O sistema político e administrativo do reino do Ndongo nesse período era diferente do modelo vigente no reino do Congo, como esclarece Birmingham:
Contrariamente ao Congo, onde, por exemplo, um mani Mbata era governador da província de Mbata, um mani Mbamba governador da província de Mbamba e assim por diante, no Ndongo não havia governadores de províncias. [...] Cada uma dessas regiões dividia-se em numerosos chefados (sobados), na sua maioria autônomos. (BIRMINGHAM, David. Alianças e conflitos. Os primórdios da ocupação estrangeira em Angola (1483-1750). Luanda: Arquivo Histórico de Angola, 2004.)
Essa diferença organizacional entre Congo e Ndongo foi determinante para a definição da meta dos portugueses na região. Seria mais vantajoso concentrar os esforços para a contestação da soberania do Ngola do Ndongo junto aos seus sobas, do que do Mani Congo junto aos manis provinciais.
(CARVALHO, Flavia M. de. O Reino de Ndongo no contexto da Restauração: Mbundus, portugueses e holandeses na África Centro Ocidental. Sankofa: Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana Ano IV, Nº 7, Julho/2011, p. 9)
A partir do trecho acima e dos conhecimentos sobre os reinos de Ndongo e do Congo, é correto afirmar:
I. Conforme exposto no trecho, grande parte dos escravos trazidos para a América pelos portugueses eram do Reino do Congo.
II. Portugal se aliou ao Reino do Congo para conseguir escravos do Reino de Ndongo, porém, com isso, fortaleceu o Congo, que, depois, expulsou os portugueses.
III. A estrutura de poder do Reino de Ndongo facilitou a obtenção de escravos por parte de Portugal, já que não existia um poder centralizado e forte.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta:
A - I e II.
B - I e III.
C - I, II e III.
D - II e III.
E - III.check_circleResposta correta
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 2 de 3
Questão 4 de 10
“A economia indígena, destacada como economia de subsistência, não pode ser sustentada fora de seus territórios tradicionais. Tradições como pescar, caçar e plantar são mais escassas nas pequenas áreas das comunidades ao entorno da cidade de Manaus. Com o turismo, este processo também está mudando o sistema de trabalho dos indígenas, uma vez que eles operacionalizam suas atividades para atender um sistema diferente de suas tradições, mesmo organizando seus sistemas de trabalho de maneira tradicional. A mudança ocorre em virtude das negociações entre os operadores da atividade turística, hotéis de selva e as comunidades indígenas sediadas ao longo do rio Negro e seus afluentes no município de Manaus, Amazonas.”
(SOUZA, Agnaldo Côrrea de Souza. A ressignificação das tradições indígenas da comunidade Sateré-Gavião, no contexto do turismo na cidade de Manaus (Amazonas, Brasil). Turismo & Sociedade (ISSN: 1983-5442). Curitiba, v. 6, n. 4, p. 741-765, outubro de 2013.)
A relação entre tradição e ressignificação se estabelece como condição necessária para a sobrevivência de determinados segmentos indígenas.
PORQUE
Com o afastamento de suas terras tradicionais ou na inviabilidade de acesso à terra, certos grupos indígenas lançam mão dos saberes de seus povos (produção artesanal de cestos, brincos, colares, bonecas) com a finalidade de gerar renda.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
A - A primeira é uma proposição falsa, e a segunda, verdadeira.
B - A primeira é uma proposição verdadeira, e a segunda, falsa.
C - As duas proposições são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa da primeira.check_circleResposta correta
D - As duas são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
E - Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 2 de 3
Questão 5 de 10
“Queremos que os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas promovam a conscientização dos índios e o resgate de nossa identidade a partir dos esportes. Não é uma competição entre etnias, tampouco uma busca por medalhas”.
(Marcos Terena, articulador internacional do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena – ITC. Disponível em: http://www.ebc.com.br/esportes/2015/10/jogos-mundiais-indigenas-nao-sao-olimpiadas-dos-povos-tradicionais-conheca )
A partir do fragmento acima, avalie as seguintes afirmativas:
I. É um evento que contribui para o fortalecimento das tradições e vínculos entre os diferentes povos indígenas e, portanto, na luta por direitos.
II. Trata-se de um evento que envolve os atletas indígenas, os quais estão interessados em demonstrar a supremacia esportiva de seus respectivos grupos étnicos.
III. Consiste em um evento esportivo que busca afirmar as diferenças entre os povos indígenas, tendo como finalidade enaltecer apenas os povos que vencem as disputas.
É correto o que se afirma em:
A - I e II, apenas.
B - I e III, apenas.
C - I, apenas.check_circleResposta correta
D - I, II e III.
E - II, apenas.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 2 de 3
Questão 6 de 10
“Negro da Guiné e gentio da Guiné’ foram as primeiras designações utilizadas para marcar a origem dos escravos africanos chegados à Bahia no século XVI. Mais do que um registro de procedência, estas expressões queriam significar a condição mesma de escravo na linguagem corrente da época. Seu uso se generalizara em Portugal, desde o final do século anterior, quando o tráfico de escravos começou a se transformar na mais potente empresa comercial daquele país. A multiplicidade cultural da África passava a ser ignorada pelos portugueses na razão direta em que o caráter de mercadoria se incorporava ao conjunto de sua população. Mas não linha sido sempre assim (p. 37).
E o que era a Guiné, nos primeiros tempos do tráfico? No início, para os portugueses, a Guiné teria se restringido ao litoral da costa ocidental africana, que tinha como centro comercial a feitoria de Cachéu, subordinada às ilhas de Cabo Verde. Esta era a área descrita nos contratos de arrendamentodo século XV. Entretanto, à medida em que a expansão do comércio português avançou para o sul, o termo passou a ser também utilizado para designar as partes do litoral então conhecidas como Costa da Pimenta, Costa do Marfim, Costa do Ouro e Costa dos Escravos. Assim, toda a África Ocidental ao norte do Equador, do Rio Senegal ao Gabão, era conhecida então como a Guiné (p. 39). OLIVEIRA, Maria Inês C. de. Quem era os “Negros da Guiné”? A origem dos africanos da Bahia. Afro-Ásia, 19/20, (1997), 37-73.
I. Os portugueses tiveram uma preocupação bastante grande em definir claramente quem eram os africanos com quem se relacionavam, pois, assim, conseguiriam definir as características de cada um para vender no tráfico.
II. Os portugueses não se preocupavam em entender quais eram os povos africanos. Assim, os negros acabavam sendo organizados conforme o porto de origem e, então, misturava-se muitos rivais e povos que não falavam o mesmo idioma.
III. A presença portuguesa na África auxiliou na reorganização do território e na pacificação dos conflitos entre grupos inimigos, pois, ao delimitar territórios novos, Portugal acabou unindos os rivais.
Com base no trecho acima e no impacto da escravidão e da presença europeia na África, é correto afirmar:
A - I e II.
B - I e III.
C - I.
D - II.check_circleResposta correta
E - III.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 2 de 3
Questão 7 de 10
“Se oferecêssemos aos homens a escolha de todos os costumes do mundo, aqueles que lhes parecessem melhor, eles examinariam a totalidade e acabariam preferindo os seus próprios costumes, tão convencidos estão de que estes são melhores do que todos os outros”
(Herodoto apud LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002, p. 11)
“Na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra.”
(Michel de Montaigne, Ensaios, 1588)
Com relação às ideias apresentadas nos dois trechos e suas possíveis conexões com a história dos ameríndios, avalie as afirmações a seguir:
I. Ambos os textos indicam uma relação de igualdade, que pode ser vislumbrada na relação estabelecida entre indígena e europeus.
II. Os dois trechos podem ser relacionados à concepção de etnocentrismo, segundo a qual os indígenas eram compreendidos como primitivos e inferiores aos europeus.
III. Ambos fragmentos contêm aspectos referentes ao conceito de alteridade, pelo qual os indígenas se apresentavam como superiores aos europeus.
É correto o que se afirma em:
A - I e II, apenas.
B - I, apenas.
C - I, II e III.
D - II e III, apenas.
E - II, apenas.check_circleResposta correta
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 2 de 3
Questão 8 de 10
“Se oferecêssemos aos homens a escolha de todos os costumes do mundo, aqueles que lhes parecessem melhor, eles examinariam a totalidade e acabariam preferindo os seus próprios costumes, tão convencidos estão de que estes são melhores do que todos os outros”
(Herodoto apud LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002, p. 11)
“Na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra.”
(Michel de Montaigne, Ensaios, 1588)
Com relação às ideias apresentadas nos dois trechos e suas possíveis conexões com a história dos ameríndios, avalie as afirmações a seguir:
I. Ambos os textos indicam uma relação de igualdade, que pode ser vislumbrada na relação estabelecida entre indígena e europeus.
II. Os dois trechos podem ser relacionados à concepção de etnocentrismo, segundo a qual os indígenas eram compreendidos como primitivos e inferiores aos europeus.
III. Ambos fragmentos contêm aspectos referentes ao conceito de alteridade, pelo qual os indígenas se apresentavam como superiores aos europeus.
É correto o que se afirma em:
A - I e II, apenas.
B - I, apenas.
C - I, II e III.cancelRespondida
D - II e III, apenas.
E - II, apenas.check_circleResposta correta
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 2 de 3
Questão 9 de 10
“Os povos indígenas são populações sem escrita. Essas populações trabalham a partir da transmissão oral das suas tradições. Nessa transmissão oral e nesse cosmos por eles vivenciados, não existe divisão entre o sagrado e o profano. Então, o aprendizado é geral. Mas aprendi com eles como é possível olhar para o mundo e entendê-lo de uma forma diferente da nossa. Pude entender que existe um mundo totalmente sacralizado, que não é dividido entre o sagrado e o profano, no qual as tradições orais são absolutamente respeitadas e a memória (e, por consequência, os anciãos) tem um papel importantíssimo. O principal aprendizado é que a civilização e a cultura ocidental não criaram nem a única forma de entender o mundo nem a forma mais importante.”
(CALEFFI, Paula. Entrevista concedida a Graziela Wolfart. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, São Leopoldo, 12 de maio de 2008, edição 257, p. 23. Disponível em: http://www.ihuonline.unisinos.br/media/pdf/IHUOnlineEdicao257.pdf  Acesso em 03/11/2018.)
A partir das ideias contidas nesse fragmento e considerando o estatuto apresentado pela transmissão oral entre as sociedades indígenas, assinale a opção correta:
A - A narrativa oral dos saberes e conhecimentos é fixa e imutável, ela se mantém fiel à versão original relatada pelos antepassados das populações indígenas.
B - A noção de autoria das narrativas míticas dentro das comunidades indígenas é um fator consolidado, portanto inexiste relatos e mitos de cunho coletivo.
C - A performance corporal (voz, gesticulações, interação narrador-ouvinte) não são aspectos a serem considerados na transmissão dos conhecimentos pela oralidade.
D - As narrativas concebidas como pertencentes a uma dada comunidade indígena, em geral, são transmitidas de maneira coletiva e aquele que narra é apenas o transmissor.check_circleResposta correta
E - Nas narrativas indígenas há um objetivo claro de estabelecer uma separação entre o sagrado e o profano.
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Questão 10 de 10
“Quando Diogo Cão chegou à foz do rio Zaire em 1483 e contactou pela primeira vez o mani Nsoyo, chefe da localidade na qual aportara, o Congo era um reino forte e estruturado, cuja chefia máxima cabia ao Mani Congo. Formado por grupos de etnia banto, especialmente os bakongo, abrangia grande extensão da África Centro-Ocidental e se compunha de diversas províncias. Algumas delas, como as de Nsoyo, Mbata, Wandu e Nkusu, eram administradas por membros de uma nobreza local que assumiam os cargos de chefia há gerações, sendo o controle político mantido por uma mesma linhagem, enraizada no local. Outras províncias eram administradas por chefes escolhidos pelo rei dentre a nobreza que o cercava na capital. A unidade do reino era mantida a partir do controle exercido pelo Mani Congo, cercado por linhagens nobres que teciam alianças principalmente por meio do casamento, mas era também fortalecida pelas relações comerciais e políticas entre as diversas regiões. O centro de poder localizava-se na capital, mbanza Kongo, de onde o rei administrava a confederação juntamente com um grupo de nobres que formavam o conselho real, composto provavelmente por 12 membros, divididos em grupos com diferentes atribuições: secretários reais, coletores de impostos, oficiais militares, juízes e empregados pessoais. A centralização político-administrativa, ao mesmo tempo que conferia estabilidade ao sistema, ensejava intensas e frequentes disputas pelo poder”.
(VAINFAS, Ronaldo; SOUZA, Marina de M. e. Catolização e poder no tempo do tráfico: o reino do Congo da conversão coroado ao movimento antoniano, século XV-XVIII. Tempo. Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, v.3, n.6, dez/1998, pp. 95-118, p. 96)
Sobre o trecho acima e o Reino do Congo, é correto afirmar:
A -A escravidão era ausente no Reino do Congo. A principal forma de trabalho era algo semelhante ao sistema de vassalagem e suserania da Europa Medieval.
B - A nobreza do Reino do Congo era essencialmente formada por parentes do rei, os quais viviam, na maioria, nas cidades, praticando a agricultura.check_circleResposta correta
C - O casamento no Reino do Congo era monogâmico, pois, como as terras estavam em constante disputa, casar com mais de uma mulher seria dividir o poder.
D - O Reino do Congo consistia basicamente na capital, Mbanza Kongo, e algumas vilas satélites, que eram totalmente dependentes da capital.
E - O Reino do Congo é formado por berberes que saíram do norte da África, atravessaram o deserto do Saara e chegaram na região do atual Congo.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 3 de 3
Questão 1 de 10
“A visão de que os índios não teriam história marcou o pensamento de intelectuais ligados ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) durante o século XIX. Historiadores foram incumbidos pelo Imperador D. Pedro II da importante tarefa de escrever uma história elogiosa do passado colonial, na tentativa de consolidar o projeto de um governo monárquico com unidade territorial e manutenção da escravidão [...]. Nessa época, o historiador Francisco Adolfo de Varnhagen – em uma visão etnocêntrica e evolucionista – sentenciou que os indígenas estariam na infância, ou seja, em um estágio inferior da escala civilizacional. A visão oitocentista só pode ser compreendida dentro do contexto em que foi produzida, quando um Estado nacional em formação se pretendia culturalmente uno.”
(WITTMAN, Luísa Tombini (org.). Ensino (d)e História Indígena. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2015. Edição Kindle, posição 140-144.)
O texto acima apresenta elementos que marcaram a escrita da história do Brasil no século XIX, sobre esse assunto, assinale a alternativa correta:
A - Como era influenciado pelo historicismo alemão, Varnhagen buscou compreender os indígenas em sua própria historicidade e com seus próprios valores, sem estabelecer uma comparação com as sociedades não-indígenas.
B - O IHGB estava comprometido com os valores da Coroa portuguesa, e, portanto, não se preocupava em conhecer nenhuma informação a respeito dos povos indígenas do Brasil ou em inseri-los em seu projeto de escrita da história.
C - O modelo que orientava o projeto imperial brasileiro era inspirado nas repúblicas hispano-americanas, abordando todos os sujeitos sociais como cidadãos e não como súditos.
D - O projeto de escrita da história do Brasil, no século XIX, preocupou-se em dar visibilidade a todos os sujeitos sociais presentes no país naquele contexto: negros, indígenas e os europeus.
E - O projeto imperial para a escrita da história nacional buscava homogeneizar as diferentes culturas presentes no Brasil, privilegiando a matriz europeia em detrimento da história dos indígenas e dos africanos. Resposta Correta
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 3 de 3
Questão 2 de 10
“A grande maioria dos estudiosos africanos e europeus concorda que a escravidão era uma atividade implantada na África, antes da chegada dos mercadores europeus no final do século XV. Mas que tipo de escravidão havia até então naquele continente? Alguns especialistas no assunto afirmam que, por aquela época, o que havia era um sistema interno, cuja configuração não se pode identificar, propriamente, como uma forma de exploração do trabalho, seria uma escravidão não devidamente institucionalizada.”
(SOUZA, Talita T. B. A. Escravidão interna na África, antes do Tráfico Negreiro. Vértices. ano 5. nº 2, MAIO/AGO., 2003, p. 16)
Com base no trecho acima e dos seus conhecimentos sobre a escravidão na África, é correto afirmar:
A - A escravidão era uma atividade comercial e era a base da economia de muitas cidades. Por isso, as guerras entre os povos africanos eram constantes.
B - Normalmente, os escravos eram prisioneiros de guerra, portanto, os escravos na grande parte das vezes eram inimigos de uma cidade e estrangeiros.check_circleResposta correta
C - Os escravos normalmente eram parentes ou pessoas próximas, que se tornavam escravos de outrem por terem cometido alguma traição ou não ter agido de forma fiel.
D - Os filhos de uma escrava eram considerados livres, porém, por serem considerados inimigos, eram mortos ou deixados por si mesmos.
E - Ter escravos era um sinal de fraqueza. Os fortes eram aqueles que não precisavam escravizar, mas que conseguiam estabelecer relações e alianças.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 3 de 3
Questão 3 de 10
“O domínio romano na África remonta ao período republicano, quando em 146 a.C. foi criada a África Proconsular, correspondente ao estado africano cartaginês. César e, definitivamente, Augusto anexaram a Numídia. Calígula e depois Cláudio acrescentaram as duas Mauritânias. Sob Septímio Severo, que era africano originário de Léptis, a urbanização e a civilização da África romana chegaram ao ápice.
Após as etapas iniciais de conquista e o estabelecimento de colônias, ocorreu o processo de romanização, quando se operou uma transferência de cultura, isto é, quando instituições, religião e língua dos romanos se difundiram entre a população nativa. Tal processo, no entanto, afetou em diferentes graus um conjunto humano que na África do Norte, era desprovido de homogeneidade.”
CORASSIN, Maria Luiza. Romanização e marginalidade na África do Norte. Revista Brasileira de História. N.5, p. 157-165, 1985, p. 158.
Sobre o domínio romano no norte da África, é correto afirmar:
I. Númidas e mouros aceitaram o domínio romano, pois eram admiradores de sua cultura. Inclusive, ajudaram os romanos na batalha contra os árabes.
II. Ao derrotar Cartago, Roma se apossou de grande parte de seus domínios. Todavia, levou mais de cem anos para que Roma conseguisse se impor culturalmente sobre o norte da África.
III. Os romanos permitiram a continuidade das práticas e crenças dos povos berberes, todavia, conforme os contatos aconteciam, os berberes incorporavam elementos da cultura greco-romana.
IV. Cartagineses já tinham aprimorado e desenvolvido as pequenas cidades berberes, todavia, foi o domínio romano que trouxe um grande desenvolvimento urbano para o norte da África.
V. A História de Roma no norte da África se inicia no século II a.C., quando os romanos expulsam os árabes da região.
Assinale a alternativa que indica os itens corretos:
A - I e V.
B - I, III e V.
C - II e IV.
D - II, III e IV.check_circleResposta correta
E - III e IV.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 3 de 3
Questão 4 de 10
“Negro da Guiné e gentio da Guiné’ foram as primeiras designações utilizadas para marcar a origem dos escravos africanos chegados à Bahia no século XVI. Mais do que um registro de procedência, estas expressões queriam significar a condição mesma de escravo na linguagem corrente da época. Seu uso se generalizara em Portugal, desde o final do século anterior, quando o tráfico de escravos começou a se transformar na mais potente empresa comercial daquele país. A multiplicidade cultural da África passava a ser ignorada pelos portugueses na razão direta em que o caráter de mercadoria se incorporava ao conjunto de sua população. Mas não linha sido sempre assim (p. 37).
E o que era a Guiné, nos primeiros tempos do tráfico? No início, para os portugueses, a Guiné teria se restringido ao litoral da costa ocidental africana, que tinha como centro comercial a feitoria de Cachéu, subordinada às ilhas de Cabo Verde. Esta era a área descrita nos contratos de arrendamento do século XV. Entretanto, à medida em que a expansão do comércio português avançou para o sul, o termo passou a ser também utilizado para designar as partes do litoral então conhecidas como Costa da Pimenta, Costa do Marfim,Costa do Ouro e Costa dos Escravos. Assim, toda a África Ocidental ao norte do Equador, do Rio Senegal ao Gabão, era conhecida então como a Guiné (p. 39). OLIVEIRA, Maria Inês C. de. Quem era os “Negros da Guiné”? A origem dos africanos da Bahia. Afro-Ásia, 19/20, (1997), 37-73.
I. Os portugueses tiveram uma preocupação bastante grande em definir claramente quem eram os africanos com quem se relacionavam, pois, assim, conseguiriam definir as características de cada um para vender no tráfico.
II. Os portugueses não se preocupavam em entender quais eram os povos africanos. Assim, os negros acabavam sendo organizados conforme o porto de origem e, então, misturava-se muitos rivais e povos que não falavam o mesmo idioma.
III. A presença portuguesa na África auxiliou na reorganização do território e na pacificação dos conflitos entre grupos inimigos, pois, ao delimitar territórios novos, Portugal acabou unindos os rivais.
Com base no trecho acima e no impacto da escravidão e da presença europeia na África, é correto afirmar:
A - I e II.
B - I e III.
C - I.
D - II.check_circleResposta correta
E - III.
 Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 3 de 3
Questão 5 de 10
“Dada a estreita relação identificada entre a integração da África à economia imperial e o desenvolvimento das cidades, devemos agora nos perguntar qual o destino do urbanismo e da economia urbana na região após sua conquista pelos Vândalos. Ora, a partir das primeiras décadas do século V, as cidades africanas conhecem mudanças significativas nas formas tradicionais do urbanismo, com a perda de importância do fórum em benefício do complexo episcopal, o abandono de alguns lugares de espetáculo e a conversão de muitos edifícios públicos em igrejas. Constata-se uma menor regulamentação da malha urbana pelas autoridades municipais, com a ocupação de ruas e de outros espaços públicos por casebres, lojas e oficinas. Mas, apesar disso, as escavações em Cartago e em outros sítios urbanos não mostram nenhuma diminuição da área habitada. Com a reconquista bizantina, no segundo quarto do século VI, inúmeros trabalhos de construção são empreendidos em diversas cidades. Em geral, trata-se da edificação de igrejas e fortificações, mas em Cartago verificam-se também restaurações das ruas e dos edifícios de habitação, além de importantes trabalhos de reconstrução dos portos. A organização dessas cidades, porém, havia-se modificado em profundidade, já que não se organizavam mais em torno do fórum, mas da fortaleza e das igrejas. Pode-se, portanto, afirmar que, por essa época, as formas tradicionais de vida cívica haviam desaparecido, mas não, certamente, a vida urbana em si.”
OLIVEIRA, Julio César M. de. O conceito de Antiguidade Tardia e as transformações da cidade antiga: o caso da África do Norte. Revista de E. F. e H. da Antiguidade, Campinas, nº 24, jul. 2007/jun.2008, p. 131.
A partir do trecho acima e dos seus conhecimentos sobre a presença vândala e bizantina no norte da África, é correto afirmar:
A - Foi inicialmente com os vândalos europeus e, depois, com a invasão bizantina, que o islamismo foi introduzido na África.
B - Os “bárbaros” europeus não conseguiram sucessos no norte da África e logo foram rechaçados pelos berberes já cristianizados.
C - Os “bárbaros” europeus que invadiram o Império Romano primeiramente invadiram o norte da África e, a partir dali, conseguiram alcançar os territórios europeus.
D - Os berberes foram muito receptivos aos bizantinos, porque eram bastante simpáticos a esse povo e sentiam que, com eles, uma nova fase na região começaria.
E - Os bizantinos foram que conseguiram expulsar os vândalos, no ano de 533 d.C., após um período longo de pacificação entre vândalos e bizantinos.check_circleResposta 
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 3 de 3
Questão 6 de 10
“O tráfico atlântico de escravos teve um profundo impacto sobre o crescimento da população brasileira. No espaço de trezentos anos, navios negreiros trouxeram mais de quatro milhões de africanos para os portos brasileiros e, por ocasião do primeiro censo nacional em 1872, africanos e seus descendentes, Iivres e escravos, perfaziam 58% do total da população do país. Entretanto, apesar da importância do tráfico de escravos para a evolução demográfica da população brasileira, até bem pouco tempo o conhecimento sobre o assunto era relativamente pequeno”.
(KLEIN, Herbert S. A demografia do tráfico atlântico de escravos para o Brasil. Estudos Econômicos, São Paulo, 17(2): 129-149, maio/ago. p. 129-130) Sobre o trecho acima e sobre os africanos trazidos à força para o Brasil, é correto afirmar:
I. Apesar do elevado contigente de africanos trazidos ao Brasil, pouca influência cultural africana pode ser detectada na formação da cultura brasileira.
II. Os africanos tiveram uma grande influência na formação da cultura brasileira, todavia, não influeciaram a religão, pois todos tiveram que se tornar cristãos e abdicar de suas religiões
III. Os africanos vinham principalmente de regiões que hoje correspondem a Angola, Guiné, Congo, Moçambique e do Golfo da Guiné, vindo, assim, negros de origem banto e iorubá.
Assinale a alternativa alternativa com a sequência correta:
A - I e II.
B - I.
C - II e III.
D - II.
E - III.check_circleResposta correta
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 3 de 3
Questão 7 de 10
“Quando Diogo Cão chegou à foz do rio Zaire em 1483 e contactou pela primeira vez o mani Nsoyo, chefe da localidade na qual aportara, o Congo era um reino forte e estruturado, cuja chefia máxima cabia ao Mani Congo. Formado por grupos de etnia banto, especialmente os bakongo, abrangia grande extensão da África Centro-Ocidental e se compunha de diversas províncias. Algumas delas, como as de Nsoyo, Mbata, Wandu e Nkusu, eram administradas por membros de uma nobreza local que assumiam os cargos de chefia há gerações, sendo o controle político mantido por uma mesma linhagem, enraizada no local. Outras províncias eram administradas por chefes escolhidos pelo rei dentre a nobreza que o cercava na capital. A unidade do reino era mantida a partir do controle exercido pelo Mani Congo, cercado por linhagens nobres que teciam alianças principalmente por meio do casamento, mas era também fortalecida pelas relações comerciais e políticas entre as diversas regiões. O centro de poder localizava-se na capital, mbanza Kongo, de onde o rei administrava a confederação juntamente com um grupo de nobres que formavam o conselho real, composto provavelmente por 12 membros, divididos em grupos com diferentes atribuições: secretários reais, coletores de impostos, oficiais militares, juízes e empregados pessoais. A centralização político-administrativa, ao mesmo tempo que conferia estabilidade ao sistema, ensejava intensas e frequentes disputas pelo poder”.
(VAINFAS, Ronaldo; SOUZA, Marina de M. e. Catolização e poder no tempo do tráfico: o reino do Congo da conversão coroado ao movimento antoniano, século XV-XVIII. Tempo. Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, v.3, n.6, dez/1998, pp. 95-118, p. 96)
Sobre o trecho acima e o Reino do Congo, é correto afirmar:
A - A escravidão era ausente no Reino do Congo. A principal forma de trabalho era algo semelhante ao sistema de vassalagem e suserania da Europa Medieval.
B - A nobreza do Reino do Congo era essencialmente formada por parentes do rei, os quais viviam, na maioria, nas cidades, praticando a agricultura.check_circleResposta correta
C - O casamento no Reino do Congo era monogâmico, pois, como as terras estavam em constante disputa, casar com mais de uma mulher seria dividir o poder.
D - O Reino do Congo consistia basicamente na capital, Mbanza Kongo, e algumas vilas satélites, que eram totalmente dependentes da capital.
E - O Reino do Congo é formado por berberes que saíram do norte da África, atravessaram o deserto do Saara e chegaramna região do atual Congo.
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 3 de 3
Questão 8 de 10
“Se oferecêssemos aos homens a escolha de todos os costumes do mundo, aqueles que lhes parecessem melhor, eles examinariam a totalidade e acabariam preferindo os seus próprios costumes, tão convencidos estão de que estes são melhores do que todos os outros”
(Herodoto apud LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002, p. 11)
“Na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra.”
(Michel de Montaigne, Ensaios, 1588)
Com relação às ideias apresentadas nos dois trechos e suas possíveis conexões com a história dos ameríndios, avalie as afirmações a seguir:
I. Ambos os textos indicam uma relação de igualdade, que pode ser vislumbrada na relação estabelecida entre indígena e europeus.
II. Os dois trechos podem ser relacionados à concepção de etnocentrismo, segundo a qual os indígenas eram compreendidos como primitivos e inferiores aos europeus.
III. Ambos fragmentos contêm aspectos referentes ao conceito de alteridade, pelo qual os indígenas se apresentavam como superiores aos europeus.
É correto o que se afirma em:
A - I e II, apenas.
B - I, apenas.
C - I, II e III.
D - II e III, apenas.
E - II, apenas.check_circleResposta correta
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 3 de 3
Questão 9 de 10
“A grande maioria dos estudiosos africanos e europeus concorda que a escravidão era uma atividade implantada na África, antes da chegada dos mercadores europeus no final do século XV. Mas que tipo de escravidão havia até então naquele continente? Alguns especialistas no assunto afirmam que, por aquela época, o que havia era um sistema interno, cuja configuração não se pode identificar, propriamente, como uma forma de exploração do trabalho, seria uma escravidão não devidamente institucionalizada.”
(SOUZA, Talita T. B. A. Escravidão interna na África, antes do Tráfico Negreiro. Vértices. ano 5. nº 2, MAIO/AGO., 2003, p. 16)
Com base no trecho acima e dos seus conhecimentos sobre a escravidão na África, é correto afirmar:
A - A escravidão era uma atividade comercial e era a base da economia de muitas cidades. Por isso, as guerras entre os povos africanos eram constantes.
B - Normalmente, os escravos eram prisioneiros de guerra, portanto, os escravos na grande parte das vezes eram inimigos de uma cidade e estrangeiros.check_circleResposta correta
C - Os escravos normalmente eram parentes ou pessoas próximas, que se tornavam escravos de outrem por terem cometido alguma traição ou não ter agido de forma fiel.
D - Os filhos de uma escrava eram considerados livres, porém, por serem considerados inimigos, eram mortos ou deixados por si mesmos.
E - Ter escravos era um sinal de fraqueza. Os fortes eram aqueles que não precisavam escravizar, mas que conseguiam estabelecer relações e aliança
Exercício de História da África e da Cultura Afro-brasileira e Indígena - Exercício de Fixação 2 - Tentativa 3 de 3
Questão 10 de 10
“Queremos que os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas promovam a conscientização dos índios e o resgate de nossa identidade a partir dos esportes. Não é uma competição entre etnias, tampouco uma busca por medalhas”.
(Marcos Terena, articulador internacional do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena – ITC. Disponível em: http://www.ebc.com.br/esportes/2015/10/jogos-mundiais-indigenas-nao-sao-olimpiadas-dos-povos-tradicionais-conheca )
A partir do fragmento acima, avalie as seguintes afirmativas:
I. É um evento que contribui para o fortalecimento das tradições e vínculos entre os diferentes povos indígenas e, portanto, na luta por direitos.
II. Trata-se de um evento que envolve os atletas indígenas, os quais estão interessados em demonstrar a supremacia esportiva de seus respectivos grupos étnicos.
III. Consiste em um evento esportivo que busca afirmar as diferenças entre os povos indígenas, tendo como finalidade enaltecer apenas os povos que vencem as disputas.
É correto o que se afirma em:
A - I e II, apenas.
B - I e III, apenas.
C - I, apenas.check_circleResposta correta
D - I, II e III.
E - II, apenas.

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