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Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful É uma doença neurodegenerativa associada com um amplo prejuízo das funções superiores. A perda de memória é o sintoma chave. Acomete de 8 a 15% da população com mais de 65 anos. Sintomatologia ✽ fase inicial (2/3 anos) – confusão a cerca de nomes e lugares, diminuição na habilidade de recordar informações, dificuldade no manuseio de dinheiro e pagamento de contas, pouca capacidade de decisão, perda de iniciativa e ansiedade. ✽ fase intermediária (2/10 anos) – maior perda de memória, confusão, inquietude, dificuldade no reconhecimento de amigos próximos e familiares, problemas motores e perceptuais, perda de facilidade de linguagem, problemas com pensamentos lógicos e desintegração dos hábitos sociais. ✽ fase final (1/3 anos) – incapacidade de reconhecer a si mesmo, incontinência, afasia, alteração no humor (ansiedade, agitação, depressão e convulsões). Memória é a capacidade de armazenar e evocar informações. Aquisição -> consolidação -> evocação. Existe a memoria declarativa e não declarativa. Declarativa: está relacionada a fatos e eventos hipocampo – lobo temporal medial e diencéfalo. Não declarativa: habilidades e hábitos (estriado córtex motor cerebelo), aprendizado, respostas emocionais (amigdala hipocampo), musculatura esquelética (cerebelo hipocampo), aprendizado não associativo (vias reflexas) e memória de trabalho (super afetada no Alzheimer). O Alzheimer perde habilidades e hábitos por insuficiência no estriado córtex motor. Vias colinérgicas centrais: Núcleo basal (nb) – corpos celulares de vários neurônios Septo medial (ms) – projeções para hipocampo e amigdala. Não há o nome de uma via específica. As vias colinérgicas são várias. NeurotransmisSAo coliNErgica Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful Colina é internalizada através de um transportador, e um neurônio colinérgico (CAT) transfere o acetil em colina. A partir dessa transferência torna-se a Acetilcolina que é liberada na fenda sináptica, ligando-se em receptores muscarínicos ou nicotínicos. Uma vez ligada e desliga-se e sofre ação da acetilcolinesterase (AChE) quebrando em colina e acetato podendo ser novamente utilizada. No Alzheimer há a morte de neurônios colinérgicos -> redução da quantidade do neurotransmissor (acetilcolina) fundamental para a memória. O pouco que resta de acetilcolina deve ser mantida portando medicamentos anticolinesterásicos devem evitar a quebra da acetilcolina. PATOFISIOLOGIA A progressiva exacerbação dos sintomas reflete uma global expansão de alterações degenerativas no cérebro. A degeneração atinge vários núcleos subcorticais: ☆ Núcleo basal de Meynert e septo medial – acetilcolina; ☆ Núcleo da rafe – serotonina; ☆ Locus ceruleus – noradrenalina. HISTOPATOLOGIA Na membrana celular do neurônio há proteínas relacionadas a estabilidade da membrana. Há proteínas precursores amiloides (APP ou PPA). Há enzimas secretases que atuam sobre essas proteínas liberando B-amiloide acumulando-se ao redor do neurônio formando uma mancha característica (placa senil). Proteína APP sofre ação da B-secretase forma o peptídeo B-amiloide. A secretase é capaz de gerar 2 tipos de peptídeos B-amiloide, um com 40 aminoácidos e outro com 42 aminoácidos. O maior há maior capacidade de se aglomerar que formará a placa senil. APP é codificada pelo cromossomo 21. Quem tem síndrome de Down possui um cromossomo 21 a mais, então por volta dos 40 anos é “comum” apresentar Alzheimer. Não só neurônios colinérgicos são afetados. Emaranhados proteicos intracelulares: a estrutura do microtúbulo é mantida por uma proteína chamada tau, começa a ocorrer uma hipofosforilação da proteína tau e ela muda de forma, não mais proporcionando ao microtúbulo estabilidade. Então o microtúbulo começa a se desestruturar e formar esses emaranhados (degeneração dos microtúbulos) ocorrendo danos dentro do neurônio. Não há reversão. Farmacoteria para Alzheimer Se baseia no uso de anticolinesterase. O tratamento atual depende totalmente da modulação farmacológica da neurotransmissão colinérgica e glutamatergica. Existem apenas cinco medicamentos aprovados pelo Food and Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful Drug Administration, incluindo inibidores da colinesterase donepezila, rivasgatigmina e galantamina, um antagonista parcial do receptor N-metil-D-aspartato memantina e uma combinação de dose fixa de donepezila e memantina. medicamentos ☆ Donepezil: é recomendado iniciar o tratamento com 5mg administrados por via oral pela noite, sem ou com alimentos, durante 4 a 6 semanas, aumentando a dose para 10mg diariamente a longa meia vida plasmática do donepezil (cerca de 70hrs) permite a administração uma única vez. Anticolinesterásico. ☆ Rivastigmina: a dose inicial de rivastigmina corresponde ao sistema de 4,6mg/24h devendo ser aumentada para o sistema de 9,5mg/24h após um intervalo mínimo de 4 semanas. Os sistemas devem ser colados em pele limpa, seca sem pelos e intacta nas costas. Inibe a acetil e butinil colinesterase. ☆ Galantamina: ação de modulador alostérico do receptor nicotínico, inibidor seletivo, competitivo e reversível da acetilcolinesterase. Além disso, aumenta a ação intrínseca da acetilcolina sobre os receptores nicotínicos, provavelmente através de ligação a um sitio alostérico do receptor. ☆ Memantina: antagonista parcial/não competitivo ldo receptor NMDA (importante para formação de memória).
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