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NEUROFISIOLOGIA A P O S T I L A C O N C E I T O S B Á S I C O S E M U M A L I N G U A G E M S I M P L I F I C A D A T H A Í S H . A M B R Ó S I O M E D I C I N A F A S M Thaís H. Ambrósio TXIV 1 Neurotransmissores e receptores Apostila de Neurofisiologia Neurotransmissores e receptores..........................................................................................2 Considerações sobre o Sistema Nervoso ................................................................................4 Acetilcolina ..........................................................................................................................5 Dopamina ............................................................................................................................6 Cocaína................................................................................................................................6 Adrenalina/Epinefrina Noradrenalina/Norepinefrina ..............................................................7 Receptores...........................................................................................................................9 Serotonina ......................................................................................................................... 12 Córtex................................................................................................................................ 12 Motivação.......................................................................................................................... 13 Tronco encefálico ............................................................................................................... 15 Hipotálamo ........................................................................................................................ 16 Tireoide ............................................................................................................................. 18 Tireotoxicose ..................................................................................................................... 19 Circuitos neuronais............................................................................................................. 22 Medula .............................................................................................................................. 23 Tipos de neurônios e receptores ......................................................................................... 25 Visão ................................................................................................................................. 27 Acomodação visual............................................................................................................. 31 Artigo: Morte cerebral ........................................................................................................ 33 Cerebelo ............................................................................................................................ 34 Controle de temperatura .................................................................................................... 35 Núcleos basais.................................................................................................................... 36 Paratireoide ....................................................................................................................... 37 Tálamo .............................................................................................................................. 38 Aprendizado ...................................................................................................................... 39 Cognição............................................................................................................................ 40 Linguagem ......................................................................................................................... 41 Sono .................................................................................................................................. 42 Testosterona ...................................................................................................................... 43 Ereção ............................................................................................................................... 44 Thaís H. Ambrósio TXIV 2 Neurotransmissores e receptores Neurotransmissores e receptores Dopamina, serotonina: função excitatória ou inibitória. Tais funções podem ser compartilhadas por um mesmo NT, porque o papel dele será dado por seu receptor. Por exemplo, já foram encontrados 16 tipos de receptores para serotonina, visto que estão em compartimentos diferentes do SN. Excitação Abertura do canal de sódio e sua consequente entrada. Com isso, há despolarização da célula. . Os canais de cloro e potássio não são utilizados Inibitória . Abre canais de íons cloro, que com sua entrada, deixa a face interna da membrana ainda mais negativa, tornando mais difícil despolarizar a membrana. Diz-se que a membrana fica hiperpolarizada; . Provoca hiperpolarização . O canal de potássio também pode ser aberto, permitindo a passagem do íon de dentro para fora. Assim, a face externa da membrana fica mais positiva, tornando ainda mais difícil a despolarização. Ex.: . Canal iônico receptor de GABA (ácido gama-amino-butírico, glicina) aumentam a permeabilidade ao cloro, portanto provoca hiperpolarização e, por isso, possuem ação inibitória; . Acetilcolina: receptores aumentam a permeabilidade dos cátions monovalentes (sódio) - excitação. . Glutamato: excitação rápida da célula por permissão da entrada de sódio. Ação necessária para órgãos do sentido, como os olhos, que demandam instantaneidade. Seus receptores estão relacionados com a memória. . Serotonina: condutância de cátion – despolarização. Excitação neuronal, relação com a sensação de prazer e bem-estar, assim como os de dopamina. Canais de potássio: importantes para a repolarização e as vezes para a hiperpolarização Canais de sódio: importantes na propagação do potencial de ação para excitação Canais de cálcio: liberação de NT Funções celulares aplicadas à terapia . Receptores de GABA (inibitórios) podem ser usados na sedação. Afinal, a finalidade da anestesia é diminuir a transmissão sináptica. Como há circuitos neuronais, a desativação do primeiro gera uma ação em cadeia de inibição. Ou seja, utilização dos receptores do GABA em um circuito em que o GABA está presente. . Medicamentos ansiolíticos também utilizam receptores de GABA, mas alguns podem ocasionar amnésia, por lesão do sistema GABAérgico (circuito em que o GABA predomina). Obs.: Drogas ou fármacos colinérgicos: possuem ação em um circuito em que a modulação predomina acetilcolina; Fármaco adrenérgico: atua em circuitos em que o NT predominante é a adrenalina. Há circuitos colinérgicos espalhados por todo o SNC. Thaís H. Ambrósio TXIV 3 Neurotransmissores e receptores Obs.: um mesmo neurônio pode fazer parte de mais de um circuito. Tais combinações, ativando/desativando, estão relacionadas com a associação de memórias. . Há receptores para a dor espalhados pelo corpo, que muitas vezes são partes de circuitos periféricos colinérgicos. Dor rápida: dor lancinante. Neurônios mielinizados Dor lenta: sensação de queimação ou de calor, parestesia, latejante. Neurônios amielinizados. Acetilcolina Molécula pequena normalmente formada no botão sináptico, próximo à fenda sináptica. A acecilCoA é separada em duas (acetil + CoenzimaA), a CoA volta para a mitocôndria e o acetil se junta com uma enzima, que conecta acetil + colina. A acetilcolina é colocada em uma vesícula, pronta para ser secretada. Após ser difundida pela fenda sináptica, encontra seu receptor (ACHe), abrindo canais de sódioe excitando a célula. . A região muscular é repleta de ligação de AcH com ACHe. Acetilcolinesterase (enzima/proteína): na célula pós-sináptica; degrada a acetilcolina, a fim da ligação com o receptor não ser permanente. Myasthenia gravis Doença autoimune que causa grave fraqueza muscular que pode ser fatal (atividade muscular cardíaca e diafragmática/intercostais). Anticorpos são produzidos contra o receptor de AcH, impedindo-a de se ligar ao receptor e gerar contração muscular. Tratamento: inibidores de acetilcolinesterase. A acetil fica na fenda por mais tempo para se ligar a um receptor e abrir os canais de sódio. O excesso pode causar contrações em lugares indesejados, então a solução é com imunossupressores, para inibir os linfócitos B. Thaís H. Ambrósio TXIV 4 Considerações sobre o Sistema Nervoso Considerações sobre o Sistema Nervoso . SNC: oligodendrócitos . SNP: células de schwann Neurônio motor é eferente, sai do SNC para fazer sinapse com a célula muscular e garantir motricidade; Neurônio sensitivo é aferente, sai do SNP e chega ao SNC. Desse modo, o SNC é um sistema de comunicação e controle de estruturas. Interneurônio: entre duas cadeias de neurônio, geralmente estão localizados nos gânglios (união de neurônios). Medula espinal: controla reflexos e emite/recebe sinais para/do encéfalo. Córtex (captação – periferia, interpretação – córtex) Fala - Interpretação: área de Wernicke - Composição: área de Broca SNP: composto de neurônios motores e sensitivos - Mecano-receptores e receptores de dor SNC . SN somático . SN autônomo: controle autonômico de funções (fight or flight) - Simpática: relacionada às atividades - Parassimpáticas: relacionada às atividades de repouso Algumas definições: Arqueado: segmentos do SN que se comportam como arco Coluna: grande feixe de nervos ascendentes ou descendentes Comissura: feixe de fibras horizontais Ipsolateral: mesmo lado Degustação piramidal: região de cruzamento entre fibras nervosas Exteroceptores: receptores que trazem sensações externas Interoceptores: detectam a pressão nas carótidas, por exemplo. Fibra nervosa: referencia a um axônio. Nervo: conjunto de axônios. Glomérulo: estruturas nervosas compondo algo globoso Neurite: coletivo de axônios e dendritos Neurópilo: complexo de axônio, dendritos e processos da neuroglia. Opérculo: estrutura em forma de tampa, por exemplo os que recobrem a ínsula. Pericário: corpo celular do neurônio. Propriocepção: percepção de determinadas regiões do corpo no espaço Rafe: estrutura que forma algum tipo de entrelaçamento em forma de costura. Thaís H. Ambrósio TXIV 5 Acetilcolina Acetilcolina . Receptores nicotínicos e muscarínicos: não há apenas um tipo deles, estão em locais diferentes, exercendo funções distintas (ex.: M1, M2...) ** . Molécula agonista: a ação acompanha o estímulo; antagonista é o contrário A acetilcolina, assim como a nicotina, excita a molécula ao se ligar ao receptor, que se abre. Por isso, a nicotina é um agonista do receptor de acetilcolina. ** as formas são diferentes, mas o sítio ativo não muda. Curare: veneno utilizado para anestesia. O receptor nicotínico, por exemplo, é bloqueado por curare, o muscarínico por atropina. Nesse caso, o receptor agonista é a nicotina/muscarina e o antagonista o curare/atropina. Receptor nicotínico está presente pré-sináptico nas moléculas e o muscarínico tanto pré quanto pós-sináptico. . Droga: erva em seu estado mais bruto. . Fármaco: substâncias isoladas em suas ações. . Medicamento: fármaco diluído. O que uma substância faz em uma célula nervosa, refere-se majoritariamente ao fármaco. Neurônios colinérgicos Alguns fármacos são inibidores da captação da colina, como a neostigmina, inibidor da acetilcolinesterase e pode ser usada no tratamento de miastenia gravis. Em relação ao receptor de acetilcolina, o anticorpo é antagonista. Em algumas doenças, o anticorpo atua como agonista, como da tireoide (o alvo é o receptor de TSHR)-doença de graves. Tubo curarina: utilizada para relaxamento muscular (entubação) e recaptação da Ach na fenda. Toxina botulínica: evita a exocitose de Ach e a consequente contração Cada etapa do metabolismo é susceptível à ação de um fármaco Há 02 receptores nicotínicos e 04 muscarínicos N1: está na placa motora, junção neuro-muscular N2/NM: gânglio nervoso M1: hipocampo, córtex M2: prosencéfalo, tálamo, coração, pupila, medula espinal, glândula exócrina M3: córtex, hipotálamo, pupilas, glândula exócrina, artérias M4: córtex estriado, hipocampo, medula espinal M5: neurônios dopaminérgicos Obs.: dependendo da dose, a própria nicotina pode ser antagonista . Neurônios pré-sinapticos dos ganglios simpáticos ou parassimpáticos secretam ACh . Os pós-sinápticos secretam ACh e outros NT, ou seja, podem fazer sinapses moduladas por NT distintos (neutransmissão dual) . Sistema colinérgico . Origem: base do cérebro; ponte; mesencéfalo . Inerva: cérebro, hipocampo, tálamo . Função: atenção; ciclo sono-vigília, aprendizado e memória. Thaís H. Ambrósio TXIV 6 Dopamina Dopamina Existe uma sequencia de derivação na produção de dopamina e adrenalina/noradrenalina. A dopamina sofre ação de uma enzima que vai gerar a noradrenalina, esta por ação de outra enzima gera adrenalina. Essas moléculas são chamadas de catecolaminas (grupamento catecol + amina). A dopamina pode ser recaptada; metabolizada onde ela estiver. No fígado, por exemplo, é metabolizada pela monoaminoxidase. Ela pode entrar no neurônio pós-sináptico e ser metabolizada. Com a carência da ação dopaminérgica, o indivíduo apresenta tremores projetados em todo o corpo, trazendo sintomas do Parkinson. Cocaína Com o bloqueio, a dopamina permanece por mais tempo na fenda sináptica, prolongando as sensações, o que causa o vício. . Sistema dopaminérgico . Origem: substância negra e tegumento central do mesencéfalo . Inerva córtex e partes do sistema límbico . Funções: controle motor e centros de recompensa. Sítio ativo parecido com o da dopamina; também possui um catecol. Sensação de bem-estar. A cocaína se liga à proteína carreadora da dopamina, que a leva de volta ao neurônio pré- sináptico. Assim, a cocaína bloqueia essa proteína. Thaís H. Ambrósio TXIV 7 Adrenalina/Epinefrina Noradrenalina/Norepinefrina Adrenalina/Epinefrina Noradrenalina/Norepinefrina Noradrenalina também é produzida dentro da vesícula, mas sai dela para o citoplasma, onde é convertida em adrenalina e volta para a vesícula para ser secretada. Existem receptores alfa e beta de noradrenalina, que são compartilhados com a adrenalina, pois essas moléculas, por serem catecolaminas, são muito semelhantes. Pode ter função de hormônio, pois também é produzida pela glândula adrenal. Uma vez livre na fenda sináptica ela é captada por uma proteína carreadora, que também pode ser bloqueada pela cocaína, ou seja, a cocaína tem efeito sobre sistemas dopaminérgicos e noradrenérgicos. Comparando com a ACh, há características em comum, como os receptores alfa e beta. O receptor parassimpático para NT de ACh é predominante muscarínicos e os de noradrenalina são predominantes no SN simpático, que costuma ter resposta mais acelerada. São receptores que, além de serem metabotrópicos, compartilham um metabolismo comum, que é a geração de compostos cíclicos. Noradrenalina . Sistema noradrenérgico . Origem: ponte . Inerva: córtex, tálamo, hipotálamo, bulbo olfativo, cérebro, mesencéfalo e medula espinal . Função: atenção, ciclo sono-vigília, aprendizado, memória, ansiedade, dor, humor. Thaís H. Ambrósio TXIV 8 Adrenalina/Epinefrina Noradrenalina/Norepinefrina Os efeitos resultam na velocidade de respostados receptores. Adrenalina Pode ser metabolizada no fígado No vaso sanguíneo pode haver tanto receptor alfa quanto beta. A adrenalina ligada no alfa produz vasoconstrição e no beta vasodilatação. O uso de adrenalina ou noradrenalina vai depender do local e da quantidade de receptores. Thaís H. Ambrósio TXIV 9 Receptores Receptores As nomenclaturas a seguir são utilizadas apenas para receptores de AcH. Possuem similaridade com a parte da AcH que vai se ligar. Nicotínicos Receptores cuja nicotina também pode se ligar. São do tipo ionotrópico (é canal iônico) São de excitação e estão em todos os gânglios autônomos, em todas as junções neuromusculares (placa motora) e em algumas vias do SNC Aqui, a alteração conformacional acontece de modo a abrir o canal. Um canal de sódio, por exemplo, quando o Na+ entra ocorre despolarização da membrana, resultando na excitação celular. “Ligou, abriu, entrou” Muscarínicos Receptores cuja muscarina também pode se ligar. São do tipo metabotrópicos (que desempenham alguma atividade metabólica) Quando uma molécula se liga em um receptor, sempre há alterações conformacionais. Quando a AcH se liga ao receptor, as proteínas ligadas a ele são ativadas, causando abertura ou fechamento do canal de potássio, de modo a tornar o receptor de caráter excitatório ou inibitório. Com a abertura, há saída de K+, deixando o lado de fora hiperpolarizado. A hiperpolarização resulta em inibição da célula. Ex.: diminuição da frequência cardíaca. Esses receptores estão relacionados ao SNAP, através da sinalização de membrana, que utiliza uma proteína para mandar sinal da própria membrana ou núcleo. Entre a ligação do receptor com o NT e a ação do receptor existe uma atividade metabólica. Com o fechamento do canal de potássio, há maior chance, para quando o canal de sódio estiver aberto, de entrada de Na+, resultando em despolarização e o conseguinte papel de excitação. Thaís H. Ambrósio TXIV 10 Receptores As respostas mais lentas são compatíveis com o estado de repouso. “Ligou, ativou, abriu, saiu” Obs.: a miastenia gravis afeta receptores nicotínicos de Ach Lembre-se que a membrana de uma célula é dinâmica Glutamato Existem circuitos glutamatérgicos que são moduladores humor, visão, memória, motricidade, etc. O NMDA apresenta três sítios de ligação para glutamato, diferente dos outros que possuem menos, desse modo, a ligação é facilitada. Obs.: alguns circuitos glutamatérgicos estão muito ativos em pacientes com Alzheimer (distúrbio cognitivo – hipocampo: relacionado com memória de curto prazo) e Parkinson (distúrbio motor), o que leva as regiões do hipocampo e do controle motor a um colapso, causando confusão mental e descontrole sobre a motricidade. . Alguns neurônios formam excesso do peptídeo beta-amiloide e proteína tau, que impedem a sinapse de alguns neurônios, pois emaranhados fibrilares/neurofibrilares dificultam a neurotransmissão das vesículas, que não conseguem ir até a membrana e fazer sinapses, ocasionando na perda dos circuitos de memória. O desligamento de alguns circuitos neuronais tendem a hiperativar outros, como o circuito glutamatérgico. Alguns ingredientes excitotóxicos nos alimentos . Ácido glutâmico . Glutamato: monossódico, monopotássico . Proteínas hidrolizadas . Extrato de leveduras, etc. Com o receptor gustativo mais excitado, o sabor é acentuado. GABA (ácido gama-aminobutírico) Podem ser tanto excitatórios quanto inibitórios, pois quando o GABA vai ser secretado na sinapse. Alguns temperos possuem glutamato monossódico. O glutamato é proveniente da glutamina, que sofre ação da glutaminase, e secretado em vesícula (exocitose). Há muitos receptores de glutamato, o principal é o NMDA (N-metil-D-ácido aspártico; receptor ionotrópico ativado pelo ác. glutâmico). Relacionado com circuitos moduladores de estado emocional, circuitos gabaérgicos. Tal circuito é ativado pelo glutamato, que deriva o GABA ao perder um carbono pela ação da enzima ácido glutâmico descarboxilase. Thaís H. Ambrósio TXIV 11 Receptores Dentro da vesícula, existe uma molécula transportadora de GABA com uma proteína especificamente produzida para ele. Nos circuitos gabaérgicos os neurônios produzem predominantemente GABA. A diferença na produção está na existência da enzima. Glutamina – glutamato – GABA – vesícula Quando participa de sinapses inibitórias o efeito tende a ser de calmante, quando excitatórias tende à irritação. O que controla é a expressão das proteínas receptoras na membrana pós-sináptica. . São receptores do tipo ionotrópico Obs.: o que caracteriza o circuito é o receptor. Glicina Mais simples dos NT e mais simples aminoácido que existe. Está relacionada com memória, aprendizado, ciclo sono vigília, etc. Note que os NT se confundem em termos funcionais, porque os neurônios estão relacionados em circuitos. Dopamina Uma vez secretada, a dopamina é recaptada. Está relacionada aos circuitos de recompensa e controle motor. Obs.: a doença de Parkinson é causada pela diminuição da atividade dopaminérgica. O glutamato apenas agrava a doença. Obs.: o diagnóstico definitivo de Alzheimer é dado apenas post-mortem pela verificação histopatológica. Muitas das doenças degenerativas são diagnosticadas pela análise dos efeitos do tratamento. . Circuitos glicinérgicos Estão em uma linha metabólica diferente. . Proveniente da serina (aminoácido), que é produzida a partir de uma enzima, sofre hidroxilação e metilação, originando a glicina, que entra em sua vesícula por meio de receptores e é secretada na fenda sináptica. . Circuito dopaminérgico É proveniente de um aminoácido chamado tirosina. Tirosina – L-DOPA – dopamina Análogos de precursores podem ser utilizados no tratamento de doenças degenerativas. Entra em uma vesícula com transportador específico. Thaís H. Ambrósio TXIV 12 Serotonina Serotonina Relacionada com sensação de bem-estar e prazer, uma vez que é derivada do triptofano Alguns neurônios mioentéricos são serotonérgicos, por isso o prazer em comer. Ex.: banana e chocolate Circuitos serotonérgicos Os circuitos serotonérgicos normalmente se originam do núcleo da rafe e inervam tanto medula quanto a parte superior do encéfalo. Modula humor, ciclo sono vigília, dor e sistemas motores. Córtex Área superficial de uma determinada estrutura, com profundidade e diferença entre áreas. O córtex, basicamente é o telencéfalo, constituído, principalmente, de substancia cinzenta. É uma área destinada à processamento de interpretações e associações. Brodman: categorização em diferenças histológicas e funcionais. Regiões/Lobos: frontal, parietal, temporal e occipital. No córtex há uma massa ou conjunto de células, que devido sua expansão, formaram dobras, os giros, entre eles há os sulcos (os mais profundos são chamados de fissuras). Estes, servem de limites entre áreas. Associação: fascículo arqueado: associa com a área frontal, por exemplo. As sinapses na área frontal são responsáveis por memória. Córtex motor: antes do sulco central, ou seja, giro pré-central. Córtex sensitivo: somatossensorial, giro pós-central. O homúnculo provem dessas duas áreas, que revela maior atividade em algumas regiões da periferia. Exemplos: - Área visual na região occipital, apresenta relações com outras áreas, relacionadas à audição e atenção. Tudo graças aos neurônios de associação. - Áreas 01, 02, 03: lobo parietal, córtex sensitivo - Área 04 no lobo frontal: motora primária - Área 08: movimentação ocular - Área 17: córtex visual primário - Área 22: Wenicke, interpretação- Áreas 41 e 42: lobo parietal, córtex auditivo - Áreas 44 e 45: Broca - Entra na vesícula sináptica por um receptor, através de transporte passivo facilitado; - Uma vez na fenda sináptica, liga-se aos receptores e pode ter função tanto excitatória quanto inibitória (maioria). - Há mecanismo de recaptação, bloqueados pelos fármacos antidepressivos. Thaís H. Ambrósio TXIV 13 Motivação Lobo frontal: pensamento, planejamento, execução de movimento, memória Obs.: memória de curto prazo está na região para hipocampal. Lobo temporal: linguagem por presença da área de Wernicke, percepção auditiva e memória de longo prazo. Lobo parietal (01, 02 e 03): área sensitiva, percepção somatossensorial, integração de atenção. Lobo occipital: percepção visual e processamento espacial, definição de formas e profundidade. Obs.: Agnosia: dificuldade em reconhecer objetos e pessoas. Apraxia: dificuldade em fazer movimentos voluntários Coerência cortical: diz respeito à características histológicas, ligações (fascículos) e associações (característica funcional de duas áreas), integração e área de respostas Motivação Área reticular excitatória do tronco cerebral → controla os níveis de atividade cerebral, componente motriz. Sinais emanam em direção ao córtex. Exemplo: estou com vontade de comer brigadeiro, eu me levanto e vou comprar brigadeiro. - Ativado pela acetilcolina Área reticular inibitória → sinais da mesma região inibem o comportamento. - Ativada pela serotonina Exemplo: quero comer brigadeiro, mas está chovendo e vou me molhar ao sair para comprar. Essas áreas estão mais ou menos na altura do V n craniano (trigêmeo). Substancia reticular do mesencéfalo e da ponte constitui a área facilitadora bulbo reticular. É importante, pois determina o comportamento durante o período de vigília, a partir de sinais periféricos e sinais que retornam ao córtex. Chamada de área motivacional por estar relacionada com vontades e disposição. NTs: serotonina, norepinefrina, dopamina. São típicos de cada área Obs.: doença de Parkinson (dopamina – substancia negra): tem como causa algo indefinido. Parkinsonismo: tudo que leva aos sintomas de Parkinson, mas com causa conhecida. Todas essas áreas que recebem sinais dos centros motivacionais ou inibitórios, influenciam uma área mais central do diencéfalo, o sistema límbico. Sistema límbico “Límbico” → termo latino que significa “fronteira” Neste caso, área de transição → entre o neocórtex e as estruturas subcorticais (diencéfalo) Sistema Límbico = lobo límbico + áreas subcorticais - Formação do hipocampo, amígdala, núcleos do septo, córtex cingulado, córtex entorrinal, perirrinal, córtex parahipocampal. É possível incluir: partes do hipotálamo, tálamo, formação reticular do mesencéfalo e áreas olfativas. Áreas corticais diferentes do lobo temporal. - Regula emoções, gostos e julgamentos. ➔ Hipotálamo Apresenta função endócrina. Em razão do que sentimos, secretamos hormônios, por exemplo o cortisol em situação de estresse. Thaís H. Ambrósio TXIV 14 Motivação ➔ Hipocampo e memória Formado por uma sucessão de dobras no período embrionário - Memória de curto prazo: varia de algumas horas ou dias. Definida pelo prazo em que os acontecimentos são esquecidos. - Memória de longo prazo: . Declarativa/explícita: eventos, fatos, datas, nomes, etc. . Implícita/ Não declarativa: habilidades adquiridas, memória emocional (“inteligência emocional”) ➔ Amigdala Medo, raiva e respostas emocionais a determinados estímulos. Dividida em três regiões: - Núcleo central: superior e mais externa. Resposta visceral para estímulo emocional. Circuitos neuronais modulados por serotonina e dopamina (recompensa – bem-estar). Medo, informações que chegam por vias aferentes (input), faz com que vasopressina, por exemplo, capte mais água e a vontade de urinar é inibida. Oxitocina também é um exemplo (excita parte lateral do núcleo central → inibição GABAérgica da porção medial) - Núcleo basilar: mais inferior. Significado emocional (gostar ou não) para estímulos (bons ou ruins). - Núcleo cortical ou medial: mesma função acima, mas mais moderada. Circuito de Papez Relações de conexão entre algumas estruturas do SNC (límbico) - Hipocampo, corpos mamilares, córtex cingular Thaís H. Ambrósio TXIV 15 Tronco encefálico Tronco encefálico Mesencéfalo + Ponte + Medula oblonga Medula oblonga: reflexos essenciais para a manutenção da vida. - Centro do vômito, próximo à área da deglutição (parte posterior da faringe). - Tosse (parte mais inferior do aparelho respiratório), espirro (parte mais superior do aparelho respiratório), deglutição e vômito (inversão do peristaltismo). Ponte: importância no controle dos mecanismos de equilíbrio. - Excitação de musculatura anti gravitacional. - Formações reticulares: responsáveis por mecanismos de consciência. - Centro pneumo-táxico: determina as incursões respiratórias. - Centro apneutico: responsável pela parada da respiração. Mesencéfalo: apresenta colículos relacionados aos sentidos. - Colículos superiores: responsáveis por coordenar os movimentos dos estímulos visuais - Colículos inferiores: movimentos relacionados à audição, por exemplo quando alguém te chama e você olha. - Área tegmental ventral e área da substancia negra: predominam circuitos dopaminérgicos. A tegmental ventral apresenta mecanismos dopaminérgicos relacionados à recompensa e bem- estar (lembre-se que os mecanismos de recompensa são modulados em áreas diferentes por neurotransmissores diferentes, os da amígdala, por exemplo, envolvem associação com memória). A substancia negra está relacionada com o controle de movimentos (Parkinson). - Uma das áreas mais acometidas por acidentes vasculares. - Tronco é uma área de conexão entre a medula espinal e o diencéfalo. Responsável por uma série de funções autonômicas; interações com o cerebelo (movimento e equilíbrio); interações com nervos cranianos. Thaís H. Ambrósio TXIV 16 Hipotálamo Hipotálamo ANTERIOR Núcleo paraventricular: liberação de oxitocina e conservação de água. Área pré-óptica medial: contração da bexiga, diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial. Área pré-óptica posterior e hipotalâmica anterior: regulação da temperatura e inibição de tireotrofina (hormônio que estimula a hipófise). Quiasma óptico: visão. Núcleo supra-óptico: liberação de vasopressina. Funções gerais: - Secreção de oxitocina . “Hormônio do vínculo” . Permite expulsão do feto, ejeção de leite, relacionado a contração da musculatura lisa no orgasmo. - Diminuir FC e PA - Controle de temperatura (entre 35 – 37º): sudorese - Liberação de vasopressina . Antidiurético POSTERIOR Núcleo dorsomedial: estimulação gastrointestinal. Núcleo posterior: aumento da pressão arterial, dilatação pupilar e calafrios. Núcleo arqueado e zona periventricular: controle neuroendócrino. Núcleo ventromedial: saciedade e controle neuroendócrino. Corpo mamilar: reflexos de alimentação. Área hipotalâmica lateral: fome e sede. Funções gerais: - Controle neuroendócrino: diz respeito à secreção de hormônios reguladores, como o cortiso l (o hipotálamo estimula a hipófise a estimular a adrenal para secreção de cortisol). - Sede, saciedade e reflexo de alimentação Obs.: muitas das terapias que são utilizadas para alguns distúrbios psíquicos são direcionadas a essas áreas do hipotálamo, quando o indivíduo apresenta compulsão alimentar, por exemplo, o medicamento deve agir no hipotálamo posterior. ZONA MEDIAL - Área rostral Núcleos pré-óptico e anterior: perda de calor; resposta ao calor, atividade parassimpática e sono. Núcleo supraquiasmático: ritmos circadianos; secreta hormônios liberadores/inibidores. Núcleossupraópticos: secretam hormônios (oxitocina e vasopressina/antidiurético) Núcleos paraventriculares: células magnocelulares secretam hormônios como oxitocina e vasopressina; células parvocelulares secretam hormônios liberadores. Thaís H. Ambrósio TXIV 17 Hipotálamo - Área intermédia Núcleos dorsomediais: comportamento emocional e atuação nos ritmos circadianos. Núcleos ventromediais: saciedade, inibição do ato de comer e beber. Núcleos arqueados: secretam hormônios liberadores/inibidores. - Área posterior Núcleo posterior: ganho/conservação de calor (resposta ao frio), atividade simpática e nível de alerta/vigília. Obs.: piloereção para controle de temperatura. Núcleos mamilares: consolidação da memória. ZONA LATERAL - Área rostral Núcleos laterais (difusos): atividade parassimpática. - Área intermédia: iniciam o ato de comer e beber. Além da função endócrina, o hipotálamo está relacionado com o sistema límbico, tálamo (fenômenos de associação), gânglios da base e cerebelo (associação com controle de movimento), medula e tronco (respostas comportamentais – amígdala), sistema de recompensa, retina (ciclo sono/vigília). Secreção de substancias e feedback Se a substancia X produzida por uma célula age sobre ela mesma ou na célula que apresenta receptores para tal substancia X, então essa substancia X é chamada de autócrina. Se uma célula produz substancia Y não apresenta receptores, mas as células adjacente s apresentam, então a substancia Y é chamada de parácrina. Isso acontece em glândulas, como no pâncreas. Outro fenômeno é quando uma célula Z produz substancia Z, que age sobre uma outra célula, mas para chegar até seu alvo essa substancia deve passar pela corrente sanguínea, então a substancia Z é chamada de endócrina, correspondendo a uma ação também endócrina. O conceito de hormônio está baseado naquilo que possui ação endócrina, mas existe um outro conceito em que hormônio é aquilo que modifica a ação de sua célula alvo, podendo acelerar seu metabolismo, por exemplo. Neste último conceito, as substancias autócrinas e parácrinas também são consideradas hormônios. No hipotálamo, há secreção de hormônios reguladores, que apresentam a terminação RH em sua sigla. - Hormônio liberador de tireotropina (Trh) → TSH liberado pela hipófise - GHrh → hormônio liberador do GH Há mecanismos de feedback que vem da periferia para a hipófise e da periferia para o hipotálamo, são de feedback negativo (quando um fenômeno apresenta uma resposta que não o acompanha). São essenciais para a manutenção da vida, pois representam os mecanismos de controle e não deixam as células chegar à exaustão. Os mecanismos que saem do hipotálamo em relação à hipófise e aos órgãos alvo, são de feedback positivo (quando um fenômeno apresenta uma resposta que o acompanha). Esses mecanismos não são sustentáveis, pois não existe substrato infinito para sustentar um feedback positivo. Thaís H. Ambrósio TXIV 18 Tireoide Hipotálamo e hipófise Hipófise (glândula pituitária): parte anterior (adeno hipófise) produz e secreta hormônio, enquanto a parte posterior (neuro hipófise) apenas libera hormônios que são produzidos no hipotálamo, viajando pelo trato hipotálamo-hipofisial (oxitocina e vasopressina - ADH). A hipófise produz 06 hormônios: - ACTH: age sobre a glândula adrenal ou suprarrenal, fazendo com que haja liberação de cortisol, principalmente em situações de estresse. Na membrana dos linfócitos (T e B), neutrófilos e macrófagos há receptores de cortisol, então quando o cortisol aumenta, a ação fagocitária do neutrófilo, por exemplo, é diminuída, assim como o reconhecimento de antígenos e a produção de anticorpos. Por isso, situações de estresse ou depressão desencadeiam quadros de imunodeficiência. -- Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal - TSH: hormônio estimulante da tireóide (tireotropina/tireotrofina) TRH (hipotálamo) → TSH (hipófise) → Tireoide (T3 e T4) → aumento do metabolismo - Ganadotrofinas (LH e FSH): hormônio luteinizante e hormônios folículo estimulante, agem sobre gônadas para produção de gametas. GNRH (hipotálamo) - GH: age em células que apresentam seus receptores, a maioria é de matriz celular (epífise óssea, por exemplo) - Prolactina: produzida pela adenohipófise, sob ordem do hipotálamo, age na glândula mamária para produção de leite. Tireoide Glândula endócrina constituída por lóbulos, que apresentam folículos preenchidos por colóide (proteínas, AA, íons, etc). As células ao redor dos folículos são chamadas de parafoliculares. Além de T3 e T4 (nos folículos) é produzido calcitonina (nas céls parafoliculares/céls C). Produção de T3 e T4: necessário AA e iodo. TRH (hipotálamo) → TSH (hipófise) → Tireoide (T3 e T4) 1. Captação de iodo no trato gastrointestinal 2. Excreção renal do iodo, o que não foi absorvido 3. Bomba iônica de iodo nas células foliculares tireoidianas; atividade aumentada por TSH 4. Oxidação do iodo = (tireo)peroxidase (TPO) + peróxido de hidrogênio + tirosina 5. “Iodização” da tirosina 6. Exocitose de tireoglobulina (TG) para o colóide 7. Oxidação de tirosinas presentes na TG 8. MIT + DIT = T3; DIT + DIT = T4 Obs.: DIT: DiIodoTirosina; MIT: MonoIodoTirosina; T3: TriIodoTironina; T4: TetraIodoTironina (Tiroxina) T3 e T4: aumentam o metabolismo celular de todas as células. Thaís H. Ambrósio TXIV 19 Tireotoxicose Eles entram facilmente na célula, afinal são dois AA. Uma vez na célula, o T4 é reduzido a T3, desse modo o metabolismo basal da célula é somente decorrente de T3. Por que produzir T4? Porque deve haver um modo de controle, a fim de não estressar a célula. Há um intervalo de tempo até o T4 ser convertido em T3, assim o T3 já existente é suficiente para não sobrecarregar a célula A célula incorpora glicose a partir do T3 durante o tempo da conversão de mais T3. Características funcionais: • Ativa receptores nucleares: ↑ síntese de proteínas • ↑ Na-K-ATPase, ↑ calor • ↑ metabolismo de lípides • ↑ metabolismo de gordura • Diminuem sono • ↑ atividade de outras glândulas • Excitam SNC • Efeitos sobre função muscular: ↑ vigor Distúrbios da tireóide Hipertireoidismo e hipotireoidismo. Tireotoxicose O termo “hipertireoidismo” refere-se ao aumento da síntese e liberação dos hormônios tireoidianos pela glândula tireoide. “Tireotoxicose”, por sua vez, refere-se à síndrome clínica decorrente do excesso de hormônios tireoidianos circulantes, secundário à hiperfunção da glândula tireoide ou não. Hipertireoidismo - Estimulação do tecido tireoidiano mediana por anticorpos: doença de graves. - Funcionamento autônomo do tecido tireoidiano: bócio multinodular tóxico, adenoma tóxico, exposição a iodo, etc. - Funcionamento autônomo do tecido tireoidiano heterotópico: teratoma ovariano, câncer tireoidiano diferenciado metastático. - Secreção excessiva de TSH: adenoma hipofisário secretador de TSH. - Homologia com TSH: gonadotrofina coriônica humana (tumores secretadores ou gestação) Tireotoxicose não hipertireoidea - Ingestão de hormônio tireoidiano exógeno: farmacológicos ou não, carnes processadas , etc. - Inflamação causando liberação do hormônio tireoidiano endógeno. DOENÇA DE GRAVES Causa o hipertireoidismo e traz a tireotoxicose, através da estimulação do tecido tireoidiano mediana por anticorpos. ↑ taxa metabólica basal Thaís H. Ambrósio TXIV 20 Tireotoxicose É produzido anticorpo contra o receptor de TSH, mas esse anticorpo funciona como agonista. Desse modo, além da tireóide ser estimulada pelo TSH, ela também será estimulada pelo anticorpo antirreceptor de TSH, causando hipertireoidismo. Exames indicarão aumento de T3 e T4 e diminuição de TSH. Sintomas: hiperatividade, irritabilidade, intolerância ao calor e sudorese, palpitações, fadiga e fraqueza, perda de peso apesar do aumentodo apetite, diarréia e hiperdefecação, poliúria, oligomenorreia, perda de libido, disfunção erétil, insônia e dificuldade de concentração. Sinais: taquicardia, tremor fino nas mãos, bócio, pele quente e úmida, astenia, ginecomastia, agitação, nervosismo, etc. Exames complementares: osteopenia e osteoporose, hipercalcemia leve, eletrocardiograma e radiografia. Achados laboratoriais Paciente toma medicamento para HIPOtireoidismo, que consiste na administração de T4. Com a dose não ajustada, foi causado um HIPERtireoidismo iatrogênico (causado pelo médico). Apenas uma parte dos sintomas é verificada. Com nível muito baixo de TSH eu consigo manter a produção normal de T3 e T4, então basta um pequeno aumento de TSH para gerar hipertireoidismo. Thaís H. Ambrósio TXIV 21 Tireotoxicose Fluxograma para diagnóstico Thaís H. Ambrósio TXIV 22 Circuitos neuronais Circuitos neuronais SN simpático: estresse (tudo que é diferente de repouso). Origem no hipotálamo, fibras descendentes de T1-L3 (cabeça, pescoço, tórax, abdome e MMII) Luta ou fuga; toracolombar; acetilcolina e noradrenalina. SN parassimpático: repouso. Inervação crânio sacral (pescoço, vísceras e cabeça) Controla funções vegetativas; acetilcolina. Metabolismo basal: diz respeito a toda atividade metabólica do corpo. Thaís H. Ambrósio TXIV 23 Medula Circuitos divergentes A partir de um neurônio as sinapses podem ser expandidas para neurônios diferentes. São de ativação cortical e funções vegetativas. Ex.: retina Circuitos convergentes Vários neurônios fazem sinapse com um número de neurônio menor que os pré -sinápticos. Estão no córtex parietal associativo, região próxima ao córtex motor, para controle da precisão de movimentos (ajuste fino) Circuitos paralelos Um neurônio faz sinapse com outro em sequência e existe sinapse para um neurônio na continuidade desse circuito. É divergente e depois converge. Associado a estruturas como o hipocampo, para desenvolver memória (maioria curto prazo). Circuitos reverberativos As ondas de despolarização (potencial de ação) tendem a circular várias vezes pelo mesmo grupo de neurônios. Manutenção de mecanismos de feedback positivo, como a consciência e reflexo respiratório (a falta de manutenção gera estado de coma). Medula Segmento mais alongado que se projeta do encéfalo para a região póstero-inferior do corpo, no sentido céfalo-caudal. Conta com 31 pares de nervos medulares, 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Cortes em regiões diferentes revelam uma região central, onde se concentra massa cinzenta. A substância branca está na parte cortical/periférica: apresenta neurônios tanto sensitivos quanto motores. Controle involuntário. Substância cinzenta “H” central; constituída por corpos celulares. A forma varia de acordo com a região do segmento. As mais superiores são mais achatadas que as inferiores. Desse modo, há mais massa cinzenta na parte inferior. Controle sobre sensações, sentimentos e memória. Thaís H. Ambrósio TXIV 24 Medula Na região anterior há uma fissura, na posterior há um sulco. Próxima à fissura há a raiz ventral do nervo, já a dorsal está próxima ao sulco. Note que a saída do nervo é de SNP. Os nervos são formados por estruturas de agrupamento de neurônios (endo, peri e epineuro) Presença de célula de Schwann Os neurônios sensitivos são direcionados para a parte dorsal da medula (posterior). Já a região anterior é motora. O neurônio sensitivo para dor, aferente, é na maioria das vezes unipolar, vai do gânglio dorsal até a parte posterior da medula e sobe para o tálamo (via espino-talâmica). Pelo mesmo nervo podem passar neurônios eferentes, que são diferenciados pela divisão em fascículos de membrana. Ele desce pela área anterior da medula, faz sinapse ou não. Pode ser de controle voluntário ou autônomo (alfa: calibrosos e mielinizados), a fim de exibir reflexos. Exemplo: neurônio motor superior Tálamo – região do mesencéfalo – núcleo vermelho (área do tronco) – região das pirâmides – decusassão – trato cortiço-espinal: pode se prolongar para o estímulo ou fazer sinapse (neurônio motor inferior) Neurônio que passa pelo trato rubro espinal é principalmente responsável pelos movimentos de flexão e inibição de movimentos extensores. Lesões que comprometem essa via acarretam em um reflexo de extensão, como acontece no sinal de Babinski. Na criança até dois anos é normal, porque os neurônios que compõem os tratos não estão totalme nte mielinizados. . Meninges: dura-máter, aracnoide e pia-máter (de fora para dentro). Obs.: no cérebro há 60% de massa branca e 40% de cinzenta - Neurônio motor alfa: motor voluntário; terminações nervosas nas células musculares estriadas. Produz o movimento. Maior calibre. - Neurônio motor gama: terminação nervosa nos fusos musculares entre as células musculares estriadas. Controla o movimento do alfa; ajuste de sensibilidade. Menor calibre. Ambos são inferiores. O reflexo plantar começa com um sinal aferente, sobe pelo n tibial, n ciático, vai até as raízes L5, corno anterior e provoca a resposta motora. . Dermátomos: áreas controladas por nervos que derivam dos segmentos medulares. - Lesão no neurônio motor superior (cabeça, tronco e medula) Sinalização mais frequente do músculo a fim de torna-lo rígido. Hiperreflexia. Lesões mais próximas aos hemisférios. - Lesão no neurônio motor inferior Hipotonia. Regiões mais sujeitas a espasmos. Hiporreflexia. Reflexo de Aquiles: percussão no tendão é captada pelos fusos em um neurônio unipolar (sensitivo). É feita sinapse com 01 neurônio motor e há movimento. Os principais segmentos de neurônios que controlam esse reflexo estão situados em S1 e S2. Reflexo patelar exagerado: geralmente indica um problema central. Reflexo patelar diminuido: geralmente indica um problema periférico. Thaís H. Ambrósio TXIV 25 Tipos de neurônios e receptores Tipos de neurônios e receptores Os neurônios são classificados de acordo com a forma. Multipolares: um axônio grande e um corpo celular, de onde emanam dendritos - Neurônio motor - Neurônio piramidal - Célula de purkinje Estão no córtex cerebelar e no telencéfalo. Há muitas células piramidais, já que precisam fazer muitas conexões. Bipolares: corpo celular mais alongado, fusiforme, com apenas um ramo de dendrito, que gera ramos secundários, com menos ramificações e mais alongados. É muito encontrado nas células dos sentidos, como visão (retina – comunicação intermediária), olfação... para conexão entre dois grupos celulares distintos e captação de estímulo. Unipolares/Pseudounipolares: um axônio principal com duas extremidades e o corpo aleatório. Relacionados com funções sensitivas e de reflexos: gânglios e medula. Anaxônico: geralmente encontrado na visão. Astrócitos e célula glial, que podem ser divididas em alguns tipos e não tem função clássica de transmitir impulso nervoso. 🡺 Células ependimárias: região do plexo coroide, que produz o liquor, formam o epitélio Thaís H. Ambrósio TXIV 26 Tipos de neurônios e receptores 🡺 Oligodendrócitos: propiciam a formação da mielina. Apresenta um núcleo principal e sua projeção forma a mielina. SNC 🡺 Células satélite: manutenção e recomposição do neurônio. SNP 🡺 Astrócito: célula de conexão 🡺 Células da microglia: função imune, fagocitose. SNC 🡺 Célula de Schwann: faz mielina, mas seu núcleo está nas pontas. SNP Receptores neuronais Corpúsculo de Pacini: pressão e vibrações. Entre o final da derme e o tecido subcutâneo. Corpúsculo de Ruffini: Na derme. Pressão prolongada e alongamento; esticamento da pele, como nos lábios em um dia frio e calor.Disco de Merkle: Entre a epiderme e a derme. Toque bruto, como cutucão Corpúsculo de Meissner: toque fino, mais leve. Entre a epiderme e a derme. Corpúsculo de Krause: sensação de frio na periferia. Órgão tendinoso de Golgi: estiramento muscular. Delimita a expansibilidade do pulmão, por exemplo. Terminação livre: sensibilidade à dor e coceira. Dor – periferia – medula – tálamo – córtex sensitivo (via espino-talamica) Neoespinotalâmica: dor rápida Paleoespinotalâmica: dor lenta Thaís H. Ambrósio TXIV 27 Visão Visão Sistema nervoso sensorial. As estruturas periféricas são de captação do fenômeno. Olho: capta imagem de acordo com os espectros de luz visível. Captação e transformação do sinal luminoso. . Entre 400-700 nm → azul; entre 650 nm → vermelho Thaís H. Ambrósio TXIV 28 Visão A camada córnea continua com o nome de esclera. Abaixo desta há o coróide e, abaixo dele, a retina. Nervo óptico: prolongamento dos neurônios/células ganglionares. Músculos ciliares: controlam a abertura ou fechamento das pupilas. Do ar para as estruturas do olho há diferença de densidade, permitindo que a luz sofra desvios até chegar na retina e que a imagem tenha incidência invertida. Uma vez na retina, a luz passa por várias camadas de células: . Células ganglionares (camada interna) - Céls amácrinas . Células bipolares (camada mediana) - Céls horizontais . Fotorreceptores (camada externa): onde há os cones e bastonetes (fazem sinapse com as células da camada nuclear) O cristalino adéqua a projeção à fóvea, ponto de maior acuidade visual. Organização funcional da retina - Pigmentar: melanina impede reflexão da luz → visão nítida. Forma um fundo escuro. - Camada nuclear externa: fotoceptores = fototransdução O sinal luminoso deve ser transformado em nervoso → transdução de sinal. Bastonetes . Baixo limiar de excitação; mais sensível a luz; visão noturna (penumbra); visão periférica; contém um único pigmento (rodopsina) Cones Alto limiar de excitação; apropriado para a luz do dia; visão em cores; detalhes das imagens; contém três pigmentos (fotopsinas verde, vermelho e azul) A partir da incidência da luz nessas células, há liberação de NT que propiciam sinais para as células horizontais e bipolares, que por sua vez fazem sinapse com as amácrinas e ganglionares. O nervo óptico transmite, então, o sinal de despolarização para outras estruturas até chegar ao córtex visual, onde há nova inversão da imagem e associação entre a imagem do olho esquerdo e do direito. Thaís H. Ambrósio TXIV 29 Visão O córtex visual é dividido em várias áreas de processamento até chegar na composição final da imagem. Ao incidir em todas essas células, a luz não sofre nenhuma alteração, mas ela provoca modificações nos estados dos cones e bastonetes. Pela transdução de sinal, há variações do sinal elétrico que acarretam na variação de cores que podemos enxergar. A partir do momento em que a célula começa a secretar glutamato, ocorreu a transformação. Apenas na fóvea há imagem em cores, o restante é sem definição de cor. Exame oftalmoscópico A área é chamada de mácula, a mais escura é a fóvea e a mais clara o nervo óptico. A região é ricamente vascularizada. Fototransdução - Luz + Rodopsina (é preciso retinal – vit A – para produzi-la) - Decomposição da rodopsina – isomerização - Rodopsina ativa a proteína G (transducina) - Ativa fosfodiesterase - Reduz GMPc → fechamento dos canais de sódio dependentes do GMPc - Reduz influxo de sódio - Sódio bombeado para fora → Hiperpolarização As sinapses que se seguem são químicas e elétricas, afinal é preciso instantaneidade no fenômeno da visão. As células horizontais e amácrinas são importantes para modular o sinal nervoso e definir formas. - Alta concentração de GMPc intracelular - Influxo de sódio → despolarização. No claro Thaís H. Ambrósio TXIV 30 Visão O caminho da imagem: O olho tem uma área temporal e outra nasal, assim o campo visual é dividido em duas partes. O que está no campo visual temporal do olho E, por exemplo, é projetado em sua respectiva retina nasal. O nervo óptico também se divide em duas porções, que confluem para formar o trato óptico. Thaís H. Ambrósio TXIV 31 Acomodação visual Acomodação visual Fenômeno relacionado a quantidade de luz que é permitida chegar até a retina. Em ambiente de muita luz, a pupila restringe para uma melhor definição de imagem, vice versa. Acontece em alguns segundos, mais ou menos 5s. O SN parassimpático é craniossacral. Defeitos da visão Obs.: o indivíduo normal é chamado de emetrope. - Erros de refração MIOPIA: dificuldade de enxergar de longe. - A imagem é projetada a frente da retina, pois o globo ocular está mais achatado. HIPERMETROPIA: dificuldade de enxergar de perto, pois os raios de luz convergem depois da retina. ASTIGMATISMO: dificuldade de enxergar de perto e de longe, pois a córnea apresenta forma oval. Assim, os raios luminosos se convergem em dois focos, um antes da retina e o outro depois. A cirurgia de correção implica na raspagem da córnea. Já a correção por óculos é feita a partir do distúrbio mais saliente. PRESBIOPIA: perda da acuidade visual que acontece com o tempo, devido a opacidade do cristalino. Thaís H. Ambrósio TXIV 32 Acomodação visual Distúrbios de campo visual Hemianopsia heterônima: lesão no quiasma óptico Thaís H. Ambrósio TXIV 33 Artigo: Morte cerebral Artigo: Morte cerebral O tronco cerebral é uma estrutura que conecta o córtex cerebral e o cerebelo acima da medula espinal, sendo muito importante para a chegada de informações. Suas principais funções são: regulação da freqüência respiratória, controle de reflexos, dor, regulação do sistema cardiovascular, etc. Desse modo, sua morte determina perda dessas funções, resultando, por exemplo, em apneia, perda dos movimentos oculares e inconsciência. Foram criados critérios para o estabelecimento de morte encefálica: Critério Harvard; Critério Minessota e Critério Filadélfia Em adultos, a morte cerebral deve ser atestada com dois exames no intervalo de 1h; Em crianças de 7 dias até 2 meses, o intervalo de exames deve ser de 24h; Em crianças de 2 meses até 24 meses, o intervalo deve ser de 12h; A partir de 24 meses o intervalo passa a ser de dois exames em 1h. Thaís H. Ambrósio TXIV 34 Cerebelo Cerebelo - Localizado logo abaixo do diencéfalo; - Apresenta várias dobras que permitem acomodação de um grande número de neurônios; - Faz conexão com o tronco cerebral por meio de pedúnculos; - É separado pelo tentório cerebelar; - Dividido em lobos e hemisférios; - Na área mais externa há substancia cinza e mais interna branca; - É fundamental para o ato de andar coordenadamente. - Apresenta influencia sobre a motricidade; - Apresenta muitas conexões com todas as áreas do SNC; . Conexões com o córtex cerebral: vias para coordenação do movimento - Recebe informações proprioceptivas e vestibulares; - Lobo anterior, posterior e lobo flóculo-nodular; . Lobo flóculo-nodular: faz muita conexão com o verme cerebelar a fim de aperfeiçoar o equilíbrio. A coordenação de marcha envolve sinais de propriocepção. Desse modo, indivíduos que apresenta lesões cerebelares (por isquemia, derrames, traumatismos, quadros infecciosos, hereditário, etc) desenvolvem ataxia, que pode ser decorrende, basicamente de três estruturas → sistema vestibular (andar de bêbado), cerebelo (dificuldade em colocar os pés no chão – dismetria) e receptores de propriocepção (presentes nos fusos musculares, órgãos de golgi, etc). Os receptores enviam sinais por meio do trato espinocerebelar posterior e a informaçãochega ao trato espinocerebelar anterior, atravessando o pedúnculo inferior. No lobo anterior há comparação do movimento que eu estou realizando. - Movimento: córtex – tálamo – neurônio motor inferior – correção de movimento. - Coordenação olho-mão: percepção da distância de determinado objeto. Acontece a partir de movimentos voluntários, em que as informações saem do córtex, passam pelos pedúnculos Thaís H. Ambrósio TXIV 35 Controle de temperatura médios, núcleos pontino, direcionam-se para a região contralateral do cerebelo e saem dele pelo núcleo denteado. Em seguida passam pelos pedúnculos superiores, cruza para o lado original nos núcleos rubros/vermelhos. Assim, o que começou do lado direito, por exemplo, termina do lado direito, mas ao voltar para o córtex e passar pela decussação das pirâmides na via eferente, o movimento é estabelecido do lado contralateral. - O cerebelo é essencial para a estabilidade do tronco, propriocepção, controle de marcha, movimento de membro, coordenação óculomanual e predição de movimento (alguém vem em minha direção e eu desvio). - Distúrbio no verme: ataxia de marcha; - Distúrbio nos hemisférios: ataxia apendicular; também pode afetar a fala; - Afecção do lobo flóculo-nodular: causa instabilidade do tronco; o paciente não consegue permanecer sentado; - Problema nos proprioceptores: ataxia sensorial; incapacidade de manter os olhos fechados → Sinal de Romberg; deve-se suspeitar também de doença desmielinizante ou doenças hereditárias. Controle de temperatura - T3 e T4: hormônios que aumentam o metabolismo da célula, ou seja, geram calor. - A temperatura padrão é em torno de 36,5º; a variação depende dos mecanismos de controle. - A atividade muscular também é um meio de produção de calor. - Vasodilatação: perda de calor em dias quentes - Vasoconstrição: manutenção do calor em dias frios. - Calafrio: contração muscular resultando em tremor generalizado para gerar calor. - Controle hipotalâmico → neurônios termossensíveis . Porção ventral da área pré-óptica lateral (vLPO): neuronios GABAégicos que diminuem a temperatura quando ativados; quando inibidos aumentam a temperatura (hipertermia – febre). Há projeções de neurônios para a área DMD. Desse modo, quando a vLPO está ativada, a DMD está inativa e ocorre diminuição temperatura. . Porção dorsal do hipotálamo dorsomedial (DMD): ativada pelo frio, aumenta a temperatura. Rafe: estrutura no tronco cerebral formada por corpos celulares projetadas em linha longitudinal: obscuro, pálido, magno e da ponte. O magno e o da ponte ficam na ponte, já o pálido e o obscuro ficam na medula oblonga. O pálido é formado por grupos de neurônios serotonérgicos, apresentam 5HT1A, que são autorreceptores. A serotonina faz efeito no neurônio pós e sobre o próprio corpo celular. Quando faz efeito autócrino, os circuitos começam a enviar sinais para a periferia, de modo a fazer vasodilatação nos capilares da pele e diminuir a termogênese BAT (tecido adiposo marrom), a partir do sistema nervoso autônomo. Portanto, apresentam efeito hipotérmico. Foi observado que esse mecanismo está presente na febre induzida por LPS (lipopolissacarídeo, localizado na parede bacteriana). Ao elevar a temperatura, o metabolismo bacteriano é diminuído no ponto certo, para que as proteínas do corpo não saiam do ponto ótimo de atividade. - Os neurônios da área pré-óptica anterior (APOA), sensíveis à temperatura, detectam qualquer aumento e começam a produzir uma substancia chamada de prostaglandina D2 Thaís H. Ambrósio TXIV 36 Núcleos basais (PGD2), ativando receptores DP1 de outros neurônios na APOA ventromedial, resultando na diminuição da temperatura. Obs.: estudos indicam que a galanina também apresenta relação com o controle de temperatura. Obs.: Optogenética → técnicas que combinam luz, genética e bioengenharia e permitem o estudo de circuitos neuronais e comportamentos atuando em células específicas. Núcleos basais possível selecionar os neurônios que eu estou ativando, a fim de direcionar o impulso para o grupo de mm necessários. É quando a inibição de movimentos indesejáveis não acontece que eu vou ter um distúrbio de movimento: - Doença de Parkinson - Coreias: constância de repetição de movimentos indesejáveis . Doença de Huntington: origem no cromossomo 4, pela falha na produção de huntintina, que apresentará cadeia maior de glutamina. Há hipotrofia dos núcleos basais. A manifestação da doença é observada no lado oposto da região afetada. . Doença de Sydenhan: distúrbio neurológico que afeta a coordenação motora de 20 a 40% dos portadores de febre reumática, mais frequente entre meninas e/ou crianças e adolescentes. O diagnóstico de Parkinson, Sydenham e Huntington se confunde, por isso é importante analisar o histórico familiar. Há um equívoco nomenclatural ao chamar de “gânglios basais”, o mais adequado é “núcleo”, pois estão no SNC. Estão, principalmente, associados ao controle de movimentos desejados e indesejados. Os mecanismos pelos quais esse controle acontece ainda não é totalmente conhecido, mas estão associados ao tálamo, núcleo caudado, putame, núcleo subtalamico, substancia negra e globo pálido. - Núcleo caudado + putame: corpo estriado dorsal. - Núcleo accumbers: corpo estriado ventral (não entra no controle de movimentos). Está relacionado com o sistema de recompensa. Rico em neurônios dopaminérgicos e encefalinas. - Via direta: a ordem de execução de um movimento voluntário passa pelo núcleo caudado e putame. Do putame para o tálamo há uma via de inibição mediada por GABA. Na medida em que o tálamo é inibido, há oportunidade de executar movimentos de precisão/ajuste fino. - Via indireta: envolve o núcleo subtalamico e substancia negra com dopamina; inibição dos núcleos talâmicos para maior precisação. É Thaís H. Ambrósio TXIV 37 Paratireoide Paratireoide - São em número de quatro, localizadas atrás da tireoide; - Produzem o PTH (paratormônio), que está associado ao metabolismo do cálcio plasmático → manutenção da calcemia. Ações do PTH - Ação direta sobre o rim: estimula a formação de calcitriol, forma ativa da vitamina D. . A vit D é sintetizada principalmente na pele, pela captação de luz UV, mas para que ela seja ativada é preciso passar por biotransformações, que acontecem no fígado e nos rins. A vit D, então, é transformada em calcidiol (25-hidroxivitamina D), quando essa substancia passa pelos túbulos distais dos rins ela é convertida em calcitriol (1,25-dihidroxivitamina D ). O calcitriol é lançado na corrente sanguínea e age principalmente no intestino delgado, a fim de absorver cálcio da luz intestinal para a corrente sanguínea. Uma vez no sangue, o cálcio vai rapidamente para as células, ele é importante para a contração muscular e para a exocitose de neurotransmissores, por exemplo. - Ação direta sobre os ossos: Há uma fonte reserva de cálcio nos ossos. Desse modo, quando o nível de cálcio do sangue cai e não é reposto pela alimentação, o PTH age nos ossos, estimulando os osteoclastos a degradar matriz óssea para manter a normocalcemia. Obs.: . Osteoclasto: degrada a matriz óssea . Osteoblasto: produz matriz óssea A secreção do PTH é estimulada ou inibida pela própria concentração de cálcio. As células da paratireóide possuem um receptor de cálcio, o chamado de “receptor cálcio sensível”. Quando há muito cálcio ligado nos receptores, a secreção de PTH é inibida e vice versa. O PTH age nos sítios onde ocorre há receptores de PTH, moléculas chamadas de PTH1R, presentes nas células ósseas. Por exemplo, o PTH inibe os osteoblastos para que os osteoclastos possam agir; está envolvido com o VDR (receptor de vitamina D), estimulando a produção de uma enzima para haver conversão de calcidiol em calcitriol. - O PTH é controlado por um hormônio produzidopela tireoide, a calcitonina/tireocalcitonina. - As células foliculares produzem T3 e T4, já as células parafoliculares ou células C produzem a calcitonina, que apresenta ação sobre osteoblasto, fazendo com que o cálcio permaneça no osso. Tal ação contrapõe o metabolismo do PTH, para que a matriz óssea não seja degradada em excesso. Hiperparatireoidismo: excesso de PTH → hipercalcemia Hipoparatireoidismo: pouco PTH → hipocalcemia Os efeitos de ambos os distúrbios são semelhantes, causando crises convulsivas, quadros infecciosas de repetição, afecção do sistema nervoso, respiratório, excretor, musculoesquelético, problemas dentais, depressão, catarata precoce, etc. Obs.: o timo (produção de linfócitos T) e as paratireóides são formados da mesma estrutura embriológica, o quarto arco faríngeo. O desenvolvimento incorreto dessa estrutura pode resultar na Síndrome de DiGeorge. Obs.: se no raio-X de uma criança não aparecer a sombra do timo, então ela também não tem paratireóide. Thaís H. Ambrósio TXIV 38 Tálamo Resumindo... - Muito PTH → muito cálcio - Pouco PTH → pouco cálcio - A função do PTH é fazer a manutenção da calcemia - A secreção de PTH é estimulada pelo próprio cálcio, por meio de receptores de membrana sensíveis ao cálcio - O antagonista do cálcio na estrutura óssea é a calcitonina/tireocalcitonina. Tálamo - Situado abaixo do córtex e acima do tronco encefálico; - Maior estrutura do diencéfalo; - Área de transmissão (retransmissão) de informações ao córtex; - Predomínio de circuitos glutamatérgicos e gabaérgicos; - Apresenta em torno de 60 núcleos; - Há uma parte anterior e outra posterior: . Anterior: grupo anterior com núcleos conectados ao hipocampo; distribuição de sinais para formação de memória. Está envolvido com a Síndrome de Wernicke-Korsakoff (encefalopatia), caracterizada por “psicose” e outros sintomas, devido carência nutricional de vitamina B1 (tiamina), visto que as vitaminas são importantes cofatores no metabolismo celular. . Núcleo dorsomedial: próximo à região anterior, também é importante para a formação de memória, mas devido proximidade com o sistema límbico é importante para o comportamento emocional do indivíduo. . Área ventral anterior e ventral lateral: relacionadas com motricidade através de transmissão de sinais do córtex. . Área ventral póstero-lateral e póstero-medial: apresenta uma convergência de neurônios provenientes da periferia, que se distribuem para a área do córtex sensitivo → informação somatossensorial. . Área lateral posterior: relacionada com recepção e associação dos processos cognitivos (compreensão e inteligência) . Área pulvinar: é a mais posterior do tálamo; acima do núcleo geniculado lateral (recebe informação ópticas) e medial (recebe informações auditivas). Desse modo, a área pulvinar, junto com a área geniculada, apresenta grande importância visual, então um infarto nessas áreas trará algum tipo de cegueira, dependendo do feixe acometido. No tálamo, assim como no tronco encefálico, também há formação reticular, chamada de núcleo reticular. É uma estrutura de cobertura, formada por redes neuronais. Obs.: NÃO há conexão com a formação reticular do tronco, mas alguns estudiosos dizem que há “conexões esparsas”. Por ser uma área de revestimento, as sinapses realizadas colaboram com as atividades de várias áreas (é como se fosse a chave geral de um prédio). Ex.: Tumores hipofisários podem pressionar o tálamo e fazer com que o indivíduo perca a consciência. “O TÁLAMO É UM IMPORTANTE CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO.” Thaís H. Ambrósio TXIV 39 Aprendizado Aprendizado - Estímulos visuais e auditivos despertam a atenção, que é fundamental para o aprendizado. Porém, coisas distintas precisam ser correlatas, já que a retenção aumenta com a repetição. Não é indicado, por exemplo, estudar anatomia durante a aula de fisiologia........ - Repetição apenas não basta, pois é preciso realizar tarefas com atenção. - O sono também é fundamental para o aprendizado. - Para realizar sinapses é necessária uma expansão de neurônios através de estímulos. - É preciso um tutor que nos guie ao correto aprendizado - Aprendizado com associação, estudar em grupo e ensinar são facilitadores do processo, já que passa pelo sistema límbico, memória e hipocampo. - Estruturas anatômicas envolvidas: exemplo → execução de movimento: cerebelo. A aprendizagem, então, é feita por sinapses. Se compararmos neurônios antes e depois de um estudo de qualidade, somado a um período adequado de sono, os dendritos dos neurônios começam a emanar projeções, que fazem sinapse com outros neurônios. Thaís H. Ambrósio TXIV 40 Cognição Synaptic genitors: enzimas (proteínas) criam condições para que as sinapses se desfaçam e sejam colocadas em menor quantidade. Quanto mais rápido o neurotransmissor for metabolizado pelo neurônio pré-sináptico, menos tempo ele vai ficar na fenda sináptica. Isso acontece em momentos de estresse. Por isso, devemos estudar calmamente, a fim de que o NT fique por mais tempo na fenda. BDNF: Brain Derived Neurotropic Factor → peptídeo que estimula a projeção dos neurônios para fazer sinapses. . A produção é estimulada pela atividade física. Obs.: se você estudar 10h por dia ou em véspera de prova, as projeções desaparecem e o neurônio volta ao estágio inicial. As informações ficam apenas retidas pela memória de curto prazo. É um método que não funciona para a aprendizagem. Crítica: análise imparcial da situação, independente das emoções e sentimentos. Críticas podem ser feitas apenas com base em aprendizados. Cognição Vale lembrar que conceito não é apenas aquilo que definimos como “teoria”, também engloba aquilo que agrupamos por observação da ocorrência de repetições. Por exemplo, chegamos ao 04.11.2019 O que se entende por cognição é compreendido, funcionalmente, com a atividade do lobo pré- frontal junto de outras estruturas, como a área de Wernicke, de Broca (fala), cerebelo (controle motor), gânglios da base (expressão), núcleos talâmicos (processamento de imagem), etc. Para alguns, o sinônimo de cognição é a inteligência, mas vai muito além disso. Na neurofisiologia, a cognição envolve conhecimento, memória, entendimento, comunicação e aprendizado, são processos que se intercruzam. Alguns animais conseguem desenvolver parte disso, nunca o todo. Esse é o ponto que difere os seres humanos de outros animais: o uso da cognição (sabedoria). É na resolução de problemas que o uso da cognição se destaca. Primeiro identificamos o problema a partir dos conceitos que temos sobre a situação. Tais conceitos são os agrupamentos mentais de similares. Thaís H. Ambrósio TXIV 41 Linguagem conceito de “cadeira” através de protótipos, imagens mentais que comparamos com todas as outras “cadeiras” que já vimos na vida. Em suma, criamos conceitos a partir de protótipos. Após encontrarmos a base do problema, tentamos solucioná-lo de três formas: - Tentativa e erro; - Algoritmo: procedimentos coordenados que utilizam lógica. Como exemplo, podemos usar o controle de orçamento: para saber se eu posso comprar algo, devo primeiro somar o dinheiro que eu tenho, subtrair os gastos e comparar o valor que sobrou com o preço do produto. A sequência de raciocínio que eu usei foi um procedimento coordenado. - Heurística: permite a resolução de problemas através da intuição. É um método mais rápido. É importante manter a atenção em dois pontos: - Viés de confirmação: certeza da resolução do problema. Quando eu penso que apenas o meu método é o correto - Persistência de crença: acreditar que o problema, inevitavelmente, será resolvido. (“aquilo que não tem remédio, remediado está”; “a solução para este problema é a morte”). Obs.: Caso Phineas Gage: teve o lobo frontallesionado em um acidente, resultando em alteração de personalidade. Nesse ponto, podemos, também, relacionar a cognição com a personalidade, pois existe uma teoria (“teoria da marionete”), que diz que o lobo pré frontal manipula as estruturas que participam do processo de cognição. Linguagem - Alguns experimentos de cirurgias fizeram isquemia temporária no hemisfério E, a partir da artéria carótida esquerda. Constou-se que o paciente não conseguia emitir sons que fizessem sentido; - Também é possível fazer experimentos com eletrodos em determinadas áreas cerebrais para descobrir suas funções; - Hoje, há o uso de técnicas híbridas (TC e ressonância), para mapear a atividade cerebral de linguagem. - Na área de Wernicke, conseguimos ativar um grupo de neurônios com uma determinada expressão. Por exemplo, quando ouvimos a palavra sorvete, são ativadas estruturas envolvendo o lobo occipital, frontal, parietal e parahipocampal. Podemos observar que há diferentes pontos para processar a palavra sorvete, mas eles são diferentes para cada pessoa, pois não é fácil compreender o fenômeno da linguagem como um todo. - O sono é essencial para o repouso do intelecto. - A fala é coordenada pela área de Broca e a interpretação feita pela área de Wernicke; - A linguagem é um fenômeno lateralizado, ou seja, fenômeno no qual o comando está no hemisfério esquerdo (com exceção dos canhotos); - O fascículo arqueado é a estrutura que conecta a área de Wernicke com a de Broca, por isso conseguimos responder algo que entendemos ou não; Thaís H. Ambrósio TXIV 42 Sono Sono - Conforme a melatonina sobe, algumas áreas do córtex diminuem de atividade e outras aumentam. . A atividade do córtex pré-frontal diminui . Aumenta a atividade do sistema límbico, amígdala, giro parahipocampal e giro do cíngulo. - A atividade do sistema límbico explica a presença de sonhos. - Existe uma área do núcleo pontino que envia sinal ao colículo superior. Como estamos de olhos fechados, os sinais promovem os movimentos oculares rápidos, caracterizando o sono REM (Rapid Eye Moviment). Nesse estágio de sono sempre sonhamos, pois a atividade do sistema límbico está no ápice. - O sono REM é dividido em “on” e “off”. O estágio off é quando estamos próximos de acordar. - Quando a atividade do sistema límbico começa a diminuir, a área pré-óptica ventrolateral entra em atividade, inibindo o estado do sono e estimulando a vigília no córtex pré -frontal, sede da consciência. Desse modo, nós acordamos. Estágios do sono: - Sono não REM: leve - Sono REM on: profundo, presença de sonhos. - Sono REM off: acordamos com facilidade, sensação de controlar os sonhos A atividade onírica é muito intensa, por isso nem sempre conseguimos nos lembrar dos sonhos, embora sonhemos todas as noites. Normalmente nos lembramos do sonho mais recente ou do que nos provocou emoções muito fortes. A duração do sono REM não é longa e pode ser alternada. - Estado onírico; - Manifesta-se em oposição ao estado de vigília, caracterizada por um estado de atividade que é determinada por uma área de alguns núcleos entre a ponte e o mesencéfalo, a formação reticular, dominada por neurônios colinérgicos. - No final da tarde, por estímulo visual de escurecimento, a glândula pineal começa a secretar melatonina. Thaís H. Ambrósio TXIV 43 Testosterona Testosterona A testosterona em sua forma simples condiciona a permanência dos ductos de Wolff, mas para o desenvolvimento da genitália externa é necessária sua transformação metabólica em dihidrotestosterona, pela enzima 5alfa redutase. Além da testosterona, outras moléculas (isoformas) são derivadas do colesterol: Há produção de testosterona também após a puberdade, influenciada pelas gonadotrofinas liberadas na hipófise anterior. Por essa estrutura é secretado o FSH e o LH (ambos apresentam tropismo por gônadas). - LH: age sobre as células de Leydig, capazes de liberar testosterona. - Principal hormônio masculino; - Molécula bastante parecida com a do colesterol; - Molécula composta por cadeias fechadas de carbono e poucas insaturações; - Age na determinação de caracteres sexuais, libido e reprodução; - O aparelho reprodutor masculino é fruto de um processo de diferenciação. - Cloaca: via indiferenciada. - Se houver predomínio dos ductos de Muller e degeneração dos ductos de Wolff, as tubas uterinas e os ovários se desenvolvem. - A inibição dos ductos de Muller e o desenvolvimento dos ductos de Wolff, origina o canal deferente (local de secção no procedimento de vasectomia). . Processo comandado pela presença do gene SRY e o conseguinte desenvolvimento dos testículos e produção de testosterona. Thaís H. Ambrósio TXIV 44 Ereção - FSH: age sobre as células de Sertoli, que libera a proteína ligadora de andrógeno. Tudo ocorre por feedback negativo. Tanto a célula de Leydig quanto a de Sertoli estão presentes na espermatogênese, mas principalmente as de Sertoli. A testosterona age a partir da ligação em suas células alvo com a proteína ligadora de andrógeno, que é plasmática (Obs.: o receptor de andrógeno é intracelular), depois é internalizada e se liga ao receptor de andrógeno, que está associado às HSP. HSP: Heat Shock Protein → proteína de choque térmico: controle de temperatura. Então, mesmo em casos de hipertermia, a ação da testosterona pode continuar. O receptor de andrógeno leva a testosterona até o núcleo celular, onde fatores de transcrição são ativados para fazer RNAm, transcrição e tradução em proteínas. Por exemplo, se for uma célula do folículo piloso, a proteína a ser produzida será para gerar pelos. Lembre: o efeito da testosterona é anabólico. - Hipertrofia dos músculos (atividade muscular + ação da testosterona) - Pode haver ação hipertrófica em músculo cardíaco, fato que não é positivo, visto que pode levar à insuficiência cardíaca. Ereção A ereção é basicamente um reflexo espinal (segmentos sacrais da medula) que pode ser iniciado pelo recrutamento de aferentes penianos (nervos), tanto autônomos quanto somáticos (há ereção involuntária patológica, como nos casos de priapismo) e supraespinais (do córtex), provenientes de estímulos visuais, olfativos e imaginários. Vários transmissores centrais estão envolvidos no controle erétil. Dopamina, acetilcolina, óxido nítrico (NO – produzido pelas células endoteliais; faz vasodilatação) e peptídeos, como a ocitocina (ejeção de leite, expulsão do feto e orgasmo) e adrenocorticotropina ou hormônio estimulador de alfa-melanócitos, apresentam papel facilitador. Já a serotonina, pode ser facilitadora ou inibitória; as encefalinas são inibidoras. Obs1.: fim da década de 90 → Viagra: propicia condições para que a célula produza e libere NO e ocorra vasodilatação. Obs2.: um dos facilitadores da ereção é a angiotensina. Seu papel vasoconstritor favorece o aumento da pressão, após o enchimento do corpo cavernoso (CC). Muita ação vasodilatadora sem ação vasoconstritora pode gerar problemas. O equilíbrio entre os fatores constritores e relaxantes controlam o grau de contração do músculo liso dos corpos cavernosos e determina o estado funcional do pênis. A noradrenalina contrai os vasos do CC peniano através da estimulação dos receptores alfa1-adrenérgicos. O NO neurogênico é considerado o fator mais importante para o relaxamento dos vasos penianos e da região dos CC. O papel de outros mediadores, liberados dos nervos ou do endotélio ainda não foi estabelecido. A disfunção erétil (DE), definida como a incapacidade de atingir ou manter uma ereção adequada à satisfação sexual, pode ter múltiplas causas e pode ser classificada como psicogênica, vasculogênica ou orgânica, neurológica e endocrinológica. Muitos pacientes com Thaís
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