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Aula 2 - FQ - Cinética Química

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Cinética Química 
 
A Cinética Química estuda as condições e os fatores que podem alterar a 
velocidade das reações químicas. 
A Cinética Química é o ramo da Físico-química que estuda a velocidade em que uma 
reação química ocorre. Uma das formas que a Cinética Química utiliza para calcular a 
velocidade de qualquer participante de uma reação é por meio da fórmula abaixo: 
v = Δn ou v = Δ[ ] 
 Δt Δt 
 
 v = velocidade da reação; 
 Δn = variação do número de mols do participante; 
 Δ[ ] = variação da concentração molar (molaridade) do participante; 
 Δt = variação do tempo. 
Considere a equação a seguir: 
aA + bB → cC + dD 
Com a expressão acima, podemos calcular as velocidades de consumo dos reagentes 
A e B ou as velocidades de formação dos produtos C e D, o que pode ser feito, por 
exemplo, em relação ao participante C: 
vC = ΔnC 
 Δt 
Se quisermos calcular a velocidade de toda a reação (vr), é necessário dividir a 
velocidade de um dos participantes pelo seu coeficiente estequiométrico da seguinte 
forma: 
vr = vC 
 c 
Outra forma de calcular a velocidade de uma reação é por meio da lei da 
velocidade de Guldberg e Waage, que leva em consideração apenas as concentrações 
molares ([ ]) e a ordem das reações. 
Ordem de uma Reação 
 
No texto “Lei da Velocidade para uma Reação” determinou-se que a lei da 
velocidade de uma reação é dada pela expressão matemática a seguir, que relaciona as 
concentrações dos reagentes com a velocidade da reação: v = k [A]α. [B]β 
Os expoentes nessa equação nem sempre são iguais aos coeficientes da equação 
química balanceada. A única maneira de se determinar com certeza o expoente na 
equação da velocidade é fazendo vários experimentos. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/lei-velocidade-para-uma-reacao.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/lei-velocidade-para-uma-reacao.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/lei-velocidade-para-uma-reacao.htm
É importante determinar os coeficientes corretamente, pois eles indicarão a ordem da 
reação, que é definida da seguinte maneira: 
 
A ordem de uma reação também pode ser interpretada em relação a cada reagente: 
 
Vejamos um exemplo: 
2 NO(g) + 1 Br2(g) → 2 NOBr(g) 
A reação acima, entre o óxido nítrico e o bromo, ocorre à temperatura de 273ºC. Ao 
realizar uma série de experimentos, nos quais se alterou a concentração dos reagentes, 
obtiveram-se os seguintes dados da tabela abaixo: 
 
Observe que do experimento 1 para o 2 dobrou-se a concentração do bromo, e o 
resultado foi que a velocidade da reação também dobrou. Assim, o expoente dessa 
substância será igual a 1. 
Já no caso do óxido nítrico, do experimento 3 para o 4, sua concentração também foi 
dobrada, porém, a velocidade quadruplicou, pois foi de 36 mol. L-1. s-1 para 144 mol. L-1. 
s-1. Portanto, o seu expoente será 2. Desse modo, temos que a lei da velocidade para 
essa reação será dada pela seguinte equação: 
v = k [NO]2. [Br2]1 
Assim, essa reação é de: 
 2ª ordem em relação a NO; 
 1ª ordem em relação a Br2; 
 3ª ordem em relação à reação global (soma dos expoentes: 2+1 = 3). 
Observe que os valores dos expoentes são iguais aos valores dos respectivos 
coeficientes dessas substâncias na equação química balanceada. Isso se dá porque essa 
reação é elementar, isto é, ocorre em uma única etapa. Por isso, temos que: 
 
No caso de reações não elementares, a etapa lenta será a etapa determinante da ordem 
da reação. Um exemplo de reação não elementar, que se desenvolve em mais de uma 
etapa distinta, é a que ocorre entre o gás hidrogênio e o monóxido de nitrogênio para a 
formação do gás nitrogênio e da água. 
Essa reação se processa segundo as seguintes etapas: 
Etapa 1 (lenta): 1 H2(g) + 2 NO(g) → 1 N2Og) + 2 H2O(l) 
Etapa 2 (rápida): 1 N2Og) + 2 H2O(l) → 1 N2(g) + 2 H2O(l) 
 
Equação global: 2 H2(g) + 2 NO(g) → 1 N2(g) + 2 H2O(l) 
A lei da velocidade e os expoentes dessa reação serão dados pelos coeficientes dos 
reagentes na etapa lenta. Portanto, temos: 
v = k [H2]1 . [NO]2 
Essa reação é de: 
 1ª ordem em relação a H2; 
 2ª ordem em relação a NO; 
 3ª ordem em relação à reação global (soma dos expoentes: 1+2 = 3). 
Nesse caso, podemos ver que os coeficientes da equação global não são iguais aos 
expoentes na expressão da lei da velocidade. 
Observação: Se acontecer de mudarmos a concentração de uma substância 
reagente e a velocidade da reação não se alterar, a ordem de reação dessa 
substância será igual a zero, pois ela não participa da equação da velocidade. 
 
 
 Influência da concentração dos reagentes Um dos fatores que interferem na 
velocidade, rapidez ou taxa de desenvolvimento de uma reação química é a 
concentração dos reagentes. (o aumento ou a diminuição da quantidade dos 
participantes da reação); Geralmente, um aumento na concentração dos reagentes 
aumenta a rapidez de uma reação. 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/influencia-concentracao-na-velocidade-das-reacoes.htm
 
Influência da Concentração na Velocidade das 
Reações 
 
Entre os principais fatores que alteram a velocidade das reações está a concentração dos 
reagentes. Geralmente, um aumento na concentração dos reagentes aumenta a 
rapidez de uma reação. 
Por exemplo, na figura acima vemos que uma palha de aço queima de forma moderada 
quando está em contato com o ar. Isso ocorre porque é necessário gás oxigênio (O2) para 
que ela entre em combustão. No entanto, apenas 20% do ar é constituído de moléculas 
de oxigênio. Já na segunda imagem vemos que a palha de aço está queimando com uma 
velocidade muito maior, sendo que ela foi colocada em um frasco contendo gás oxigênio 
puro. 
Portanto, aumentou-se a concentração do gás oxigênio de 20% para 100%, o que nos 
permite concluir que o aumento na concentração do reagente aumentou a velocidade da 
reação. 
Outro exemplo, que pode ser visto na figura abaixo, é quando colocamos o zinco em uma 
solução diluída de ácido sulfúrico e em uma solução concentrada. Veja que o zinco que 
está na solução concentrada de ácido sulfúrico reage muito mais rapidamente: 
 
Mas, por que a concentração influencia dessa forma na velocidade das reações? 
Bom, conforme visto no texto “Teoria das colisões”, para que uma reação se efetive é 
necessário que ocorram choques ou colisões eficazes entre os átomos dos reagentes. 
Assim, quando aumentamos a sua concentração haverá uma maior quantidade de 
moléculas presentes no sistema em um mesmo espaço, o que acarretará em 
aumento nas suas colisões em um mesmo intervalo de tempo e, 
consequentemente, uma maior probabilidade de ocorrerem choques efetivos ou 
eficazes. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/teoria-das-colisoes.htm
Isso pode ser visualizado na figura abaixo, onde se comparando o primeiro sistema com 
o segundo é possível constatar que o aumento da concentração dos reagentes faz com 
que haja mais moléculas e mais colisões, aumentando a rapidez da reação. 
 
Dessa forma, resumidamente, temos: 
 
Embora essa seja uma constatação que se repete para a maioria dos casos, é necessário 
fazer os cálculos experimentais para determinar a influência da concentração específica 
em cada reação, pois, em alguns casos, se dobrarmos a concentração dos reagentes a 
rapidez da reação também dobra, já em outros casos quadriplica e, ainda em outras 
reações, a velocidade permanece constante. 
Além disso, em sistemas gasosos, quando se aumenta a pressão é o mesmo que 
aumentar a concentração, pois haverá um menor espaço ou volume para as moléculas 
do que havia no sistema anterior ao aumento da pressão. 
 
Um aumento na concentração do oxigênio provoca um aumento na velocidade da reação de combustão da palha de aço 
 
Isso pode ser visto na reação de decomposição da água oxigenada (solução aquosa de 
peróxido de hidrogênio): 
H2O2(l) → H2O(l) + ½ O2(g) 
A seguir temos uma tabela com dados obtidos experimentalmentee que relaciona a 
concentração do reagente, em temperatura constante (25ºC) com a velocidade da 
reação: 
 
Observe que do experimento 1 para o 2 dobrou-se a concentração da água oxigenada e 
o resultado foi que a velocidade da reação de decomposição também dobrou. Já do 
experimento 1 para o 3, tanto a concentração do reagente como a velocidade da reação 
quadruplicaram. 
Isso nos leva a concluir corretamente que a concentração em mol/L é diretamente 
proporcional à velocidade da reação. Essa relação entre a rapidez de uma reação e 
as concentrações dos reagentes é dada por uma expressão matemática que é 
denominada lei da velocidade da reação. Assim, para a reação descrita essa lei é 
representada da seguinte forma: 
 
Nessa equação, k é uma constante característica de cada reação que varia 
exclusivamente com a temperatura. Veja também que a concentração do reagente é 
representada por colchetes [ ]. 
A lei da velocidade de uma reação também é denominada como Lei da Ação das 
Massas, Equação de Rapidez ou ainda Lei Cinética da Reação. 
Assim, para uma reação genérica balanceada, temos: 
aA + bB → cC + dD 
 
Os símbolos α e β são expoentes que são determinados experimentalmente. Na reação 
da água oxigenada mencionada acima o expoente foi igual a 1, que é o mesmo valor do 
coeficiente dessa substância na reação. Porém, isso não ocorre sempre. Somente em 
reações elementares, isto é, que se desenvolvem em uma única etapa, é que ocorrerá 
dos expoentes na expressão da lei da velocidade serem iguais aos respectivos 
coeficientes.. 
Entretanto, é importante lembrar que, na prática, isso nem sempre acontece. Quando a 
reação não é elementar, ocorrendo em mais de uma etapa, é necessário determinar 
experimentalmente os valores dos expoentes. Isso será determinado pela primeira 
etapa da reação, que é a fase lenta. 
 
Ela é enunciada da seguinte forma: 
v = K [A]x.[B]y 
Quando trabalhamos com a Cinética Química, devemos saber que o seu estudo envolve 
algumas ramificações importantes, tais como: 
 
Condições para a ocorrência de reações 
químicas 
Algumas condições para a ocorrência de reações químicas são: afinidade entre os 
reagentes, contato entre eles, colisão efetiva entre suas moléculas e a energia de 
ativação. 
 
A velocidade com que as reações se processam varia muito, e existem alguns fatores 
que interferem não só nessa velocidade, mas até mesmo na ocorrência dessas reações. 
Eles são basicamente quatro: contato entre os reagentes, afinidade química, colisões 
favoráveis e energia de ativação. 
1. Contato entre os reagentes: Para que as moléculas dos reagentes possam colidir 
umas com as outras, é necessário que elas entrem em contato. 
Por exemplo, o sódio é um elemento metálico que reage com o oxigênio, oxidando-se em 
minutos quando em contato com o ar. Reage também violentamente com a água, como 
mostra a imagem abaixo: 
 
Reação violenta entre sódio e água quebra recipiente de vidro* 
Assim, para não entrar em contato com o oxigênio e com a umidade do ar, o sódio 
metálico é guardado em querosene: 
 
2. Afinidade química: Essa propriedade diz respeito à capacidade que uma 
substância tem de reagir com a outra, pois mesmo se duas ou mais substâncias 
forem colocadas em contato, mas não houver afinidade entre elas, não ocorrerá a 
reação. 
Não há afinidade química entre o sódio e o querosene, por exemplo, assim como 
acontece com um giz deixado exposto no ar, eles nunca irão reagir, porque não há 
afinidade química entre eles, o giz permanecerá intacto. 
Nesse aspecto ainda há outra questão, o fato de que quanto maior a afinidade entre 
as substâncias, maior será a velocidade da reação. Por exemplo, ao considerarmos 
as reações de oxidorredução, essa afinidade corresponde à tendência de ganhar elétrons 
que um dos reagentes tem e a tendência de perder elétrons do outro reagente. No caso 
dos metais, eles têm a tendência de doar elétrons, oxidando-se. Quanto maior for essa 
tendência, maior é a reatividade do metal. Abaixo é mostrada a fila de reatividade dos 
metais e do hidrogênio: 
 
Observe que o ouro (Au) é o metal menos reativo. Esse é um dos principais motivos para 
que ele seja tão valioso. O ouro é bastante resistente à exposição ao oxigênio e à 
umidade do ar, bem como ao ataque de ácidos isolados, sendo atacado somente por 
água régia, que é uma mistura de três partes de ácido clorídrico com uma parte de ácido 
nítrico. É por isso que muitas peças de ouro, como os sarcófagos do Egito antigo, 
continuam em ótimas condições até hoje. 
 
3. Teoria das colisões: Para que uma reação química ocorra, as moléculas dos 
reagentes que entraram em contato devem colidir de modo efetivo. Abaixo é 
mostrado que nem sempre as colisões entre as moléculas são favoráveis, isto é, 
resultam na quebra de suas ligações dos reagentes e formação de novas 
substâncias (produtos): 
 
 
4. Quanto maior o número de colisões favoráveis, maior será a velocidade da 
reação química. 
 
5. Energia de ativação (Eat): Para que as colisões sejam favoráveis e resultem em 
reação química, é necessário que os reagentes possuam uma energia mínima, que 
é a energia de ativação. 
A energia de ativação é necessária para a formação do complexo ativado, isto é, uma 
estrutura intermediária entre os reagentes e os produtos, onde as ligações dos reagentes 
estão sendo enfraquecidas e as ligações dos produtos estão sendo formadas: 
 
Sem a energia de ativação, a reação não acontece. Por exemplo, no caso do sódio com 
a água, esses reagentes possuem a energia mínima para que a reação entre eles ocorra, 
por isso, só por estarem em contato, eles já reagem. 
Agora considere outro caso: o gás propano, presente no gás de cozinha, possui afinidade 
química com o oxigênio do ar para entrar em combustão. No entanto, tais reagentes não 
possuem a energia de ativação e é por isso que quando abrimos a válvula do fogareiro, 
deixando o gás escapar, não acontece reação nenhuma. É preciso fornecer energia para 
a reação de combustão ocorrer e é isso que é feito quando aproximamos o palito de 
fósforos. Visto que essa reação de combustão é exotérmica, liberando energia, a reação 
continua ocorrendo até que pelo menos um dos reagentes seja totalmente consumido. 
Portanto, quanto menor for a energia de ativação, mais rápida será a velocidade com 
que a reação se desenvolverá. 
 
 * Crédito editorial da imagem: Autor: Tavoromann/ Fonte de onde foi extraída: Wikipédia Commons 
 
Para que a reação de combustão entre o gás propano e o oxigênio do ar se inicie, é necessário fornecer a energia de ativação 
http://commons.wikimedia.org/w/index.php?title=User:Tavoromann&action=edit&redlink=1
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Naatriumi_reaktsioon_veega_purustab_klaasist_anuma.jpg
 
 Fatores que afetam a velocidade de uma reação química. 
Os fatores determinantes para a ocorrência de uma reação química são aqueles que 
são fundamentais para que ela aconteça, a saber: 
 Afinidade entre os reagentes (capacidade de combinação química entre os 
átomos dos reagentes); 
 Contato entre os reagentes (os reagentes devem encontrar-se fisicamente para 
que a reação aconteça). 
Esses fatores determinantes dependem ainda de outros fatores acessórios, que estão 
relacionados diretamente com a velocidade em que a reação é processada. Assim, 
esses fatores acessórios é que determinam se uma certa reação química será rápida, 
lenta ou instantânea. Eles são: 
 Teoria da colisão (estuda a orientação em que ocorrem os choques entre as 
moléculas reagentes); 
Teoria das Colisões 
 
A Teoria das Colisões diz que, para que uma reação ocorra, a colisão entre as 
partículas das substâncias reagentes deve acontecer por meio de uma orientação 
adequada e com uma energia maior que a energia mínima necessária para a 
ocorrência da reação. 
Essa energia mínima que deve ser fornecida aos reagentes é denominada Energia 
de Ativação (Ea). Sem atingi-la,a reação não ocorre. 
Quando colocamos duas substâncias em contato, suas partículas começam a colidir 
umas com as outras. Nem todas as colisões são eficazes, isto é, nem todas dão origem 
a novos produtos. No entanto, as colisões que rompem as ligações formadas e 
formam novas ligações, são denominadas colisões eficazes ou efetivas. 
Essas colisões ocorrem de forma adequada: seu choque é frontal geometricamente e 
bem orientado. Observe abaixo como isso ocorre: 
 
No choque efetivo as moléculas absorvem a quantidade de energia mínima necessária 
(energia de ativação) para a formação do complexo ativado, ou seja, um estado 
intermediário (estado de transição) entre os reagentes e os produtos. Nessa 
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/teoria-das-colisoes.htm
estrutura, as ligações dos reagentes estão enfraquecidas e as dos produtos estão 
sendo formadas. 
Observe uma reação genérica que mostra essa formação do complexo ativado abaixo: 
AB + XY → AX + YB 
 
Note que quando ocorre o choque efetivo, forma-se momentaneamente o complexo 
ativado, no qual as ligações entre os átomos AB e XY estão se rompendo e as ligações 
que unirão os átomos nas moléculas AX e YB estão se formando. 
Observe no diagrama que se não for atingida a energia de ativação, não é possível formar 
o complexo ativado, pois ela serve como uma barreira energética a ser ultrapassada 
para que a reação química ocorra. 
 
 
 
Para reações exotérmicas (reações que liberam energia - ?H < 0) e endotérmicas 
(reações que absorvem energia - ?H > 0), temos os diagramas: 
 
Assim, a teoria das colisões explica satisfatoriamente a rapidez com que ocorrem as 
reações, pois: 
 
 
 
A teoria das colisões entre as partículas que constituem os reagentes explica satisfatoriamente os fatores que interferem na 
ocorrência e na rapidez d 
 
 Energia de ativação (é a energia necessária para a formação do complexo 
ativado); 
 Complexo ativado (é o composto intermediário formado entre os reagentes e 
produtos). 
Energia de Ativação e Complexo Ativado 
 
Para que uma reação ocorra, é necessário que os reagentes recebam certa quantidade 
de energia, que é denominada de energia de ativação. Assim, temos: 
 
Por exemplo, na atmosfera existem os gases oxigênio (O2) e nitrogênio (N2). Há um 
grande número de choques entre suas moléculas, porém, a reação só ocorre quando 
recebe alguma forma de energia externa, que, no caso, costuma ser fornecida pelas 
descargas elétricas dos relâmpagos. 
Assim, quanto maior a energia de ativação, mais difícil será para que a reação ocorra 
e, consequentemente, ela se dará de forma mais lenta. O contrário também é verdadeiro, 
reações com uma menor energia de ativação ocorrem com maior velocidade. Isso 
significa que a energia de ativação é na verdade uma barreira energética a ser 
ultrapassada para que ocorra a reação química. 
Quando a energia de ativação é atingida, forma-se primeiro o complexo ativado, que é 
uma estrutura intermediária e instável entre os reagentes e os produtos. 
 
Abaixo temos uma reação genérica que demonstra a formação do complexo ativado: 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/energia-ativacao-complexo-ativado.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/energia-ativacao-complexo-ativado.htm
Portanto, a energia de ativação é a menor energia necessária que se deve fornecer 
aos reagentes para a formação do complexo ativado, resultando na ocorrência da 
reação. 
Isso pode ser representado graficamente, conforme mostrado a seguir: 
 
Observe abaixo como escrever os digramas tanto para reações endotérmicas como 
exotérmicas: 
 
Um exemplo que pode ser citado é a reação que ocorre entre o monóxido de carbono 
(CO) e o dióxido de nitrogênio (NO2) para a formação do gás carbônico (dióxido de 
carbono - CO2) e o óxido de nitrogênio (NO): 
CO(g) + NO2(g) → CO2(g) + NO(g) 
Com o estado intermediário (complexo ativado), temos: 
CO+ NO2 → COONO → CO2 + NO 
A representação gráfica dessa reação, com o seu complexo ativado e sua energia de 
ativação, é descrita abaixo: 
 
 
Os relâmpagos fornecem a energia de ativação necessária para que ocorra a reação entre os gases oxigênio e nitrogênio na 
atmosfera 
 
Uma vez conhecida a característica cinética de uma reação química (lenta, rápida ou 
instantânea), podemos modificar essa característica por meio dos fatores que afetam a 
velocidade de uma reação, ou seja, podemos fazer, por exemplo, que uma reação lenta 
seja processada de forma mais rápida. Esses fatores são: 
 Influência da Temperatura (o aumento ou a diminuição da quantidade de calor a 
que submetemos a reação); 
Temperatura e velocidade das reações 
 
No cotidiano podemos ver inúmeras situações em que a temperatura certamente 
influencia na rapidez com que as reações químicas se processam. Por exemplo, quando 
colocamos o feijão para cozinhar na panela de pressão, o aumento da pressão provoca 
o aumento da temperatura de ebulição do líquido. Assim, a reação (cozimento) ocorre 
com uma maior velocidade. O contrário acontece ao colocarmos os alimentos na 
geladeira, pois uma diminuição da temperatura faz com que a decomposição dos 
alimentos por microrganismos se dê de forma mais lenta. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/temperatura-velocidade-das-reacoes.htm
 
 
Mas por que o aumento de temperatura aumenta a reatividade da substância? 
Isso ocorre porque a temperatura é uma medida da agitação térmica das partículas que 
compõem uma substância. Isso significa que se aumentarmos a temperatura, a agitação 
das moléculas também aumentará; e o contrário também é verdadeiro: com a diminuição 
da temperatura, a agitação das moléculas também diminuirá. 
Um aumento na agitação das moléculas faz com que elas se movimentem mais 
rapidamente, aumentando a probabilidade de se colidirem* de forma efetiva e com maior 
frequência. Como resultado, os reagentes atingirão mais rapidamente o complexo ativado 
que é o estado intermediário entre os reagentes e os produtos de uma reação. 
Resumidamente, temos: 
 
Isso pode ser visualizado por meio de um gráfico que relaciona a quantidade de uma 
fração de partículas dos reagentes (é apenas uma fração porque as energias cinéticas 
de todas as partículas não são iguais) em relação à energia cinética média dessas 
partículas, em uma determinada temperatura. Abaixo temos dois gráficos: o primeiro 
estabelece essa relação na reação em uma temperatura T1. Já no segundo, observe o 
que ocorre quando temos uma temperatura (T2) mais elevada: 
 
Observe que, com o aumento da temperatura, ocorre um aumento da energia cinética 
média das moléculas, havendo uma distribuição dessa energia. Isso faz com que haja 
mais moléculas com energia suficiente para reagir, o que acarreta no aumento da 
velocidade da reação. 
O primeiro cientista que estudou essa influência da temperatura sobre a velocidade das 
reações foi Jacobus Vant’t Hoff, no final do século XIX. Ele chegou por meio de seus 
estudos à seguinte regra: 
 
Considere uma reação que ocorre com uma velocidade V à temperatura de 5 ºC. Se 
aumentarmos 10ºC, indo para 15 ºC, a velocidade da reação passará a ser de 2V e assim 
sucessivamente. 
No entanto, essa regra não se aplica a todas as reações. Por exemplo, uma exceção está 
demonstrada abaixo: 
2 HI(g) → H2(g) + I2(g) 
Se inicialmente tivermos essa reação ocorrendo a uma temperatura de 300ºC e 
elevarmos a temperatura para 500ºC, verificaremos um aumento na velocidade da reação 
de aproximadamente 25 mil vezes. 
 
 
 
 
A temperatura exerce uma grande influência sobre a velocidade das reações 
 
 Influência da pressão (o aumento ou a diminuição da pressão da força exercida 
sobre um ponto); 
Influência da pressão na velocidade das 
reações 
A influência da pressão na velocidade das reações é diretamente proporcional, ou seja, 
com o aumento da pressão, a reação química processa-se mais rapidamente.A taxa de desenvolvimento ou velocidade das reações químicas depende de uma série 
de fatores, tais como a superfície de contato, o uso ou não de catalisadores, a 
concentração dos participantes da reação e a variação da temperatura. Para saber mais 
sobre esses fatores que influenciam na velocidade da reação, aumentando-a ou 
diminuindo-a, leia os textos a seguir: 
No entanto, outro fator que interfere na velocidade das reações e que nem sempre é 
mencionado é a variação da pressão exercida sobre o sistema. 
Mantendo a temperatura do sistema constante, um aumento da pressão causa um 
aumento da velocidade das reações químicas e vice-versa. 
Isso ocorre porque, conforme dito no texto Teoria das Colisões, uma das condições 
fundamentais para que uma reação ocorra é que as moléculas ou partículas dos 
reagentes que entraram em contato colidam de modo efetivo, com a orientação correta e 
com a energia mínima necessária (energia de ativação), resultando na quebra das 
ligações dos reagentes e formação de novas substâncias (produtos). 
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/influencia-pressao-na-velocidade-das-reacoes.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/teoria-das-colisoes.htm
Assim, quando aumentamos a pressão sobre o sistema, o volume diminui e as moléculas 
ou partículas dos reagentes ficam mais próximas umas das outras, o que aumenta a 
probabilidade de ocorrência de colisões entre essas partículas e, consequentemente, a 
velocidade da reação aumenta. 
 
O aumento da pressão sobre o sistema diminui o volume e acelera a reação 
Essa influência da pressão na velocidade das reações ocorre em todos os casos, sejam 
sólidos, líquidos ou gasosos. Porém, no caso dos sólidos e líquidos, essa variação é 
desprezível e, portanto, o efeito da pressão só é considerável quando todos os 
participantes da reação encontram-se no estado gasoso. 
Inclusive, o estado físico também é outro fator que altera a taxa de desenvolvimento de 
uma reação. A rapidez da reação ocorre na seguinte ordem crescente: 
sólido < líquido < gasoso 
As substâncias no estado gasoso reagem com maior velocidade porque elas possuem 
maior energia, o que lhes confere maior liberdade de movimento e aumenta a 
probabilidade de ocorrerem colisões favoráveis. 
 
A pressão exercida pelo peso sobre os gases afeta a velocidade da reação química entre eles 
 
 Influência da superfície de contato (o aumento ou a diminuição da área de contato 
entre os reagentes pode modificar a velocidade da reação); 
Influência da superfície de contato na 
velocidade das reações 
 
O que enferruja mais depressa: uma palha de aço ou um prego? 
Sabemos que a palha de aço enferruja com mais rapidez, porém, por que isso ocorre, se 
o constituinte principal em ambos os casos é o ferro? 
Para responder essa pergunta devemos analisar um fator muito importante que influencia 
na velocidade das reações, que é a superfície de contato. 
Uma reação química ocorre em virtude das colisões entre as partículas da superfície do 
material, assim, quanto maior for a superfície de contato dos reagentes envolvidos, maior 
será a taxa de desenvolvimento da reação e vice-versa. 
Isso significa que com uma superfície de contato maior, haverá mais partículas entrando 
em colisão e aumentará a probabilidade desses choques serem efetivos, ou seja, de 
resultarem na quebra das ligações dos reagentes e na formação de novas ligações, 
originando os produtos. 
Assim, podemos entender porque a palha de aço enferruja mais rápido que o prego: ela 
possui maior superfície de contato com o oxigênio do ar, o que acelera a reação de 
oxidação. 
Isso também pode ser verificado em outros casos: se colocarmos um comprimido 
efervescente intacto em um recipiente com água, e em outro frasco com água colocarmos 
um comprimido transformado em pó, observaremos que o que foi adicionado em pó 
reagirá bem mais rápido, pois os grãos oferecem maior superfície de contato com a água. 
 
 
 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/influencia-superficie-contato-na-velocidade-das-reacoes.htm
Resumidamente, temos: 
 
 
 
A superfície de contato da palha de aço é maior, por isso ela enferruja mais rápido que o prego 
 
 Influência da natureza dos reagentes (a maior ou menor presença de ligações a 
serem rompidas durante uma reação); 
 Influência da luz (o aumento ou diminuição da intensidade da luz ou, talvez, até a 
sua ausência pode modificar a velocidade); 
 Influência da eletricidade (a presença da corrente elétrica pode modificar a 
velocidade); 
 Influência dos catalisadores (a presença de um catalisador diminui a energia de 
ativação e, consequentemente, aumenta a velocidade de uma reação). 
 
 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/catalisadores.htm
Catalisadores 
 
Os catalisadores cumprem a importante tarefa de fazer com que as moléculas 
presentes em uma reação reajam com uma velocidade maior. A velocidade de um 
grande número de reações é influenciada pela presença dessas substâncias, elas 
aceleram a reação e não influenciam na composição e nem na quantidade do produto 
final da reação, isto é, permanecem quimicamente inalteradas no processo. 
 
Princípio de utilização: os catalisadores possibilitam um novo caminho para a reação. 
Esse caminho alternativo exige menor energia de ativação, fazendo com que a reação 
se processe de maneira mais rápida. No final do processo o catalisador é devolvido sem 
sofrer alteração permanente, ou seja, ele não é consumido durante a reação. 
 
Estima-se que cerca de 80% dos produtos orgânicos produzidos atualmente sejam 
obtidos com o auxílio de catalisadores. A área Petroquímica garante a economia na 
fabricação de seus produtos graças a estes reagentes adicionados durante o processo. 
E não pense que é fácil produzir um catalisador, eles são produzidos por indústrias 
especializadas e exigem uma alta tecnologia para chegarem ao padrão de qualidade. 
 
Catálise 
 
Catálise é a denominação dada à reação que ocorre na presença de um catalisador. 
Catalisador é a espécie química que faz com que as moléculas reagentes reajam com 
uma velocidade maior, ou seja, eles aceleram a reação. Se reunirmos estas duas 
definições poderíamos conceituá-las do seguinte modo: 
 
Catalisadores são espécies químicas que possuem a propriedade de aumentar 
a velocidade de uma reação sem que esta sofra alterações permanentes, 
tanto no que diz respeito à composição química como à quantidade. Catálise é 
o nome dado a estas reações que acontecem na presença de catalisadores. 
 
O sistema formado pelo catalisador e os reagentes determina como a catálise vai 
ocorrer. 
 
Catálise homogênea: nesta catálise, o catalisador e os reagentes constituem uma 
única fase. 
 
 
 NO (g) 
2 SO2 (g) + O2 (g) → 2 SO3 (g) 
 
Catalisador da reação: NO gasoso. 
Reagentes: SO2 gasoso e O2 gasoso. 
Observe que o catalisador e os reagentes possuem uma só fase (gás), ou seja, o 
sistema é monofásico. 
 
Catálise heterogênea: o catalisador e os reagentes possuem mais de uma fase neste 
tipo de catálise. 
 
 Pt (s) 
2 SO2 (g) + O2 (g) → 2 SO3 (g) 
 
Catalisador da reação: Pt sólido. 
Reagentes: SO2 gasoso e O2 gasoso. 
Neste caso o sistema é formado pela mistura de SO2, O2 e Pt, sendo assim é difásico 
porque possui duas fases: gás e sólido. 
 
Um pouco de história 
 
Os cientistas Jöns Jakob Berzelius e Wilhelm Ostwald deram início aos estudos sobre 
catalisadores no início do século XIX. Veja a evolução ao longo dos anos: 
 
Em 1912 foi a vez do craking térmico, produzido exclusivamente pelo calor, já em 1936 
introduziu-se a argila (silicato natural de alumínio) como catalisador. E em 1954 a 
produção se aprimorou com a chegada dos zeólitos: silicatos mistos de alumínio e 
metais alcalinos obtidos sinteticamente. 
 
Atualmente o comércio de catalisadores vem crescendo de uma forma considerável, a 
utilizaçãose dá principalmente em refinarias de petróleo, na produção de plásticos e 
polímeros em geral, e para outras indústrias químicas.

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