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Farmacologia dos Anti-hipertensivos

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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
FISIOPATOLOGIA DA HIPERTENSÃO: 
- Um dos principais obstáculos no tratamento da 
hipertensão consiste na natureza em grade 
parte assintomática da doença, mesmo com 
elevação pronunciada da pressão arterial 
- O número e o espectro de agentes disponíveis 
para tratar pacientes com hipertensão se 
ampliaram muito no decorrer das últimas 2 
décadas 
- Os fármacos anti-hipertensivos podem ser 
inicialmente administrados como agentes 
isolados (monoterapia), porém devido a 
natureza progressiva da hipertensão leva ao 
uso de um esquema de múltiplos fármacos 
- O principal objetivo do tratamento consiste em 
reduzir a PA medida para níveis na faixa de 
120mmHg para a pressão sistólica e abaixo de 
80mmHg para a pressão diastólica 
- A hipertensão é classificada em hipertensão 
primária (essencial) ou secundária 
 A hipertensão primária (essencial) 
afeta 90 a 95% da população hipertensa, 
e a causa responsável pela elevação da 
PA é desconhecida 
A etiologia da hipertensão essencial é 
multifatorial, incluindo fatores tanto 
genéticos quanto ambientais, como 
consumo de álcool, obesidade e ingestão 
de sal 
 A hipertensão secundária refere-se a 
pacientes cuja elevação de PA pode ser 
atribuída a uma causa definida. Alguns 
exemplos de hipertensão secundária 
incluem hiperaldosteronismo primário, 
uso de anticoncepcionais orais, doença 
renal primária e doença renovascular 
 
 
 
 
- A PA é determinada pelo produto da 
frequência cardíaca, volume sistólico e 
resistência vascular sistêmica 
- A frequência cardíaca é determinada pela 
atividade simpática 
- O volume sistólico depende da carga (pré-
carga e pós-carga) e da contratilidade 
- A resistência vascular sistêmica reflete o tônus 
vascular agregado das subdivisões arteriolares 
da circulação sistêmica 
- A abordagem farmacológica racional no 
tratamento da hipertensão tanto primária quanto 
secundária exige uma compreensão da 
fisiologia da regulação da pressão arterial 
normal e dos mecanismos possivelmente 
responsáveis pela hipertensão nesses pacientes 
 PA sistólica 
(mmHg) 
PA diastólica 
(mmHg) 
Normal < 120 < 80 
Pré-
hipertensão 
120 – 139 80 – 89 
Hipertensão de 
estágio 1 
(moderada) 
140 – 159 90 – 99 
Hipertensão de 
estágio 2 
(grave) 
≥ 160 ≥ 100 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 
 
 
FUNÇÃO CARDÍACA: 
- Um mecanismo potencial para a elevação 
persistente da PA é a elevação primária no 
débito cardíaco (hipertensão de “alto débito”) 
- A ocorrência de uma circulação “hipercinética” 
pode resultar de atividade simpaticoadrenal 
excessiva e/ou sensibilidade aumentada do 
coração a níveis basais de reguladores neuro-
humorais 
- O padrão hemodinâmico de hipertensão 
baseada na bomba (aumento do débito 
cardíaco com resistência vascular sistêmica 
normal) é mais frequentemente observado em 
pacientes mais jovens com hipertensão 
essencial, com o passar do tempo esse padrão 
pode evoluir para um perfil hemodinâmico, em 
que o principal foco da doença parece se 
deslocar para a vasculatura periférica 
- Devido ao mecanismo subjacente da 
hipertensão de alto débito, o tratamento com 
antagonistas é atraente nessa população de 
pacientes 
 
 
FUNÇÃO VASCULAR: 
- A hipertensão baseada na resistência 
vascular (débito cardíaco normal e aumento da 
resistência vascular sistêmica) é um mecanismo 
comum observado na hipertensão do idoso 
- Nos indivíduos que possuem essa forma de 
hipertensão, acredita-se que a vasculatura seja 
muito sensível à estimulação simpática, a 
fatores circulantes ou a reguladores locais do 
tônus vascular 
- A presença de defeitos nos canais iônicos no 
músculo liso vascular pode causar elevações 
anormais do tônus vasomotor basal, o que 
resulta em aumento da resistência vascular 
sistêmica 
- A hipertensão baseada na resistência vascular 
se manifesta como elevação predominante da 
pressão arterial sistólica 
- Os estudo realizados demonstram a eficiência 
dos diuréticos tiazídicos nessa população de 
pacientes, de modo que esses fármacos 
constituem o tratamento inicial preferido 
FUNÇÃO RENAL: 
- A retenção excessiva de sódio e de água pelos 
rins é responsável pela hipertensão baseada no 
volume 
- A doença parenquimatosa renal, causada 
por lesão glomerular com redução da massa de 
néfrons funcionais ou secreção excessiva de 
renina, pode levar a um aumento anormal do 
volume intravascular 
- A ocorrência de mutações nos canais iônicos 
pode comprometer a excreção normal de Na+ 
- A doença renovascular (por exemplo, 
estenose da artéria renal causada por placas 
ateroscleróticas, displasia fibromuscular, 
êmbolos, vasculite ou compressão externa) 
pode resultar em diminuição do fluxo sanguíneo 
renal. Em resposta a essa redução na pressão 
de perfusão, as células justaglomerulares 
aumentam a secreção de renina, o que leva à 
produção aumentada de angiotensina II e 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 
 
aldosterona. Esses últimos mediadores 
aumentam tanto o tônus vasomotor quanto a 
retenção de Na+ /H2O, levando a um perfil 
hemodinâmico caracterizado por elevação do 
débito cardíaco e da resistência vascular 
sistêmica 
FUNÇÃO NEUROENDÓCRINA: 
- A disfunção do sistema neuroendócrino — 
incluindo regulação central anormal do tônus 
simpático basal, respostas atípicas ao estresse 
e respostas anormais a sinais provenientes de 
barorreceptores e receptores de volume 
intravasculares — pode alterar a função 
cardíaca, vascular e/ou renal, com consequente 
elevação da pressão arterial sistêmica 
- Entre os exemplos de anormalidades 
endócrinas associadas à hipertensão sistêmica, 
destacam-se a secreção excessiva de 
catecolaminas (feocromocitoma), a secreção 
excessiva de aldosterona pelo córtex da supra-
renal (aldosteronismo primário) e a produção 
excessiva de hormônios tireoidianos 
(hipertireoidismo) 
MANEJO CLÍNICO DA HIPERTENSÃO: 
- Como o uso de agentes anti-hipertensivos 
pode ser inconveniente para a vida de um 
paciente assintomático, o tratamento a longo 
prazo do paciente hipertenso exige o uso de 
esquemas farmacológicos, que devem ser 
individualizados para obter uma boa aderência 
ao tratamento e eficácia dos fármacos 
- É necessário considerar o perfil de segurança, 
o esquema de dosagem e o custo dos agentes 
1. A primeira conduta no tratamento da 
hipertensão é o aconselhamento relativo à 
importância de mudanças no estilo de vida, 
como perda de peso, aumento da atividade 
física, abandono do tabagismo e dieta com 
baixo teor de gordura e de sódio 
2. Usa-se um arsenal de fármacos para tratar a 
hipertensão sistêmica, porém todos esses 
agentes exercem, em última análise, seus 
efeitos sobre a PA através de uma redução 
no débito cardíaco e/ou na resistência 
vascular sistêmica 
3. As estratégias atualmente empregadas no 
tratamento da hipertensão consistem: 
 Na redução do volume intravascular com 
vasodilatação concomitante (diuréticos); 
 Infra regulação do tônus simpático 
(antagonistas β, antagonistas α1, 
simpaticolíticos centrais); 
 Modulação do tônus do músculo liso 
vascular (bloqueadores dos canais de 
cálcio, ativadores dos canais de K+ ); 
 Inibição dos reguladores neuro-humorais 
da circulação (inibidores da ECA, 
antagonistas da AT1 [antagonistas do 
receptor de angiotensina II]) 
4. A redução da PA produzida por esses 
fármacos é percebida pelos barorreceptores 
e pelas células justaglomerulares renais, que 
podem ativar respostas contrarreguladoras 
que atenuam a magnitude da redução da 
pressão arterial. Essas respostas 
compensatórias podem ser consideráveis, 
exigindo um ajuste da dose e/ou o uso de 
mais de um agente para obter um controle da 
pressão a longo prazo 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 
 
 
 
REDUÇÃO DO VOLUME 
INTRAVASCULAR: 
DIURÉTICOS: 
- O mecanismo de ação dos diuréticosna 
hipertensão ainda não está totalmente elucidado 
- Os diuréticos diminuem o volume intravascular 
através de um aumento na excreção renal de 
sódio e água, porém a depleção de volume por 
si só não pode explicar por completo o efeito 
anti-hipertensivo dos diuréticos 
 
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS: 
- Exemplo: hidroclorotiazida 
- Constituem os fármacos natriuréticos mais 
prescritos para o tratamento da hipertensão 
- Devido suas características farmacocinéticas e 
farmacodinâmicas, os tiazídicos são agentes 
úteis no tratamento da hipertensão crônica 
- Os tiazídicos possuem alta disponibilidade oral 
e longa duração de ação 
- O efeito anti-hipertensivo inicial é mediado 
pela diminuição do volume intravascular 
- Os tiazídicos mostram-se efetivos em 
pacientes com hipertensão baseada no volume, 
como os que apresentam doença renal primária 
e pacientes afro-americanos 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 
 
- Os tiazídicos induzem uma redução inicial do 
volume intravascular que tem como efeito 
reduzir a PA ao diminuir o débito cardíaco. A 
diminuição do débito cardíaco estimula o 
sistema renina-angiotensina, levando a uma 
retenção de volume e atenuação dos efeitos dos 
tiazídicos sobre o estado do volume 
- Há uma hipótese de que os tiazídicos exercem 
um efeito vasodilatador que potencializa a 
depleção de volume compensada, o que leva a 
uma redução sustentada da PA. Isso é 
comprovado pela observação de que o efeito 
anti-hipertensivo dos tiazídicos é 
frequentemente obtido em doses mais baixas do 
que as necessárias para produzir um efeito 
diurético máximo 
- Os tiazídicos exercem seus efeitos sobre a PA 
ao influenciar tanto no débito cardíaco quanto a 
resistência vascular sistêmica 
- A Joint National Commission sugere o uso de 
diuréticos tiazídicos como fármacos de primeira 
linha para a maioria dos pacientes, a não ser 
que haja uma indicação específica para outros 
agente anti-hipertensivo. Isso provém dos 
resultados de um estudo clínico que observou 
desfechos favoráveis e uma redução do custo 
em associação à terapia com tiazídicos 
DIURÉTICOS DE ALÇA: 
- Exemplo: furosemida 
- São raramente prescritos para o tratamento da 
hipertensão leve ou moderada 
- Possuem duração relativamente curta (4 – 6h), 
e apesar da acentuada diurese que ocorre após 
a sua administração, sua eficácia anti-
hipertensiva é modesta 
- Acredita-se que esse impacto modesto seja 
devido à ativação de respostas compensatórias 
envolvendo os reguladores neuro-humorais do 
volume intravascular e da resistência vascular 
sistêmica 
- Existem várias situações clínicas em que os 
diuréticos de alça são preferíveis aos tiazídicos, 
como na hipertensão maligna e hipertensão 
baseada no volume em pacientes com doença 
renal crônica avançada 
DIURÉTICOS POUPADORES DE K+ 
- Exemplo: espironolactona, triantereno, 
amilorida 
- São menos eficazes do que os diuréticos 
tiazídicos e diuréticos de alça 
- São utilizados em associação com outros 
diuréticos, com a finalidade de atenuar ou 
corrigir a caliurese (excreção de K+) induzida 
por fármaco e o consequente desenvolvimento 
de hipocalemia 
- A hipocalemia constitui um efeito colateral 
metabólico comum dos diuréticos tiazídicos e 
diuréticos de alça, que inibem a reabsorção de 
Na+ nos segmentos mais proximais do néfron e 
aumentam o aporte de Na+ e de água aos 
segmentos distais do néfron 
- O aporte distal aumentado de Na+ resulta em 
aumento compensatório da reabsorção de Na+ 
no túbulo distal, que está acoplado a um 
aumento da excreção de K+. Como este último 
efeito é mediado pela aldosterona, os diuréticos 
poupadores de K+ atenuam esse efeito e, 
portanto, ajudam a manter os níveis séricos 
normais de potássio 
- A espironolactona é um antagonista dos 
receptores de aldosterona particularmente 
efetivo no tratamento da hipertensão secundária 
causada por hiperaldosteronismo 
- Os inibidores da ECA (que diminuem a 
atividade da aldosterona e a excreção de K+) e 
os suplementos de K+ devem ser diminuídos ou 
eliminados nos pacientes em uso de diuréticos 
poupadores de K+, visto que foi relatada a 
ocorrência de hipercalemia potencialmente fatal 
em associação ao uso clínico dos agentes 
poupadores de K+ 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 
 
INFRA-REGULAÇÃO DO TÔNUS 
SIMPÁTICO: 
- Os agentes simpaticolíticos utilizados no 
tratamento da hipertensão possuem dois 
mecanismos principais: 
1. Redução da resistência vascular 
sistêmica 
2. Redução do débito cardíaco 
- Do ponto de vista clínico, esses agentes são 
amplamente divididos em antagonistas dos 
receptores β-adrenérgicos, antagonistas dos 
receptores α-adrenérgicos e simpaticolíticos 
centrais 
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES Β – 
ADRENÉRGICOS 
- Exemplo: propranolol, metoprolol, atenolol 
- Constituem agentes de primeira linha 
comumente prescritos no tratamento da 
hipertensão 
- Os efeitos cronotrópicos e inotrópicos 
negativos desses fármacos (e a consequente 
redução que ocorre na FC, no volume sistólico e 
no débito cardíaco) são responsáveis pelo efeito 
anti-hipertensivo inicial dos antagonistas β. Foi 
também relatada uma diminuição do tônus 
vasomotor, com consequente redução da 
resistência vascular sistêmica, com o uso de 
tratamento mais prolongado 
- O antagonismo dos receptores β1-
adrenérgicos no rim diminui a secreção de 
renina e, portanto, reduz a produção da 
angiotensina II. Este último efeito provavelmente 
predomina, mesmo quando são administrados 
antagonistas não seletivos dos receptores β 
- Embora os antagonistas β reduzam a pressão 
arterial em pacientes hipertensos, esses 
fármacos tipicamente não produzem hipotensão 
em indivíduos com pressão arterial normal 
- O aumento da atividade simpática basal nos 
pacientes hipertensos pode explicar, em parte, a 
eficácia dos antagonistas β na redução da 
pressão arterial nesses indivíduos. Em 
contrapartida, a ativação basal dos receptores β 
em indivíduos normais pode ser suficientemente 
baixa para que os antagonistas do receptor 
exerçam pouco efeito hemodinâmico 
- O tratamento com antagonistas β tem sido 
associado a uma elevação dos níveis séricos de 
triglicerídios e redução dos níveis de 
lipoproteínas de alta densidade (HDL) 
- Os efeitos colaterais não-cardíacos do 
tratamento com antagonistas β podem incluir 
exacerbação da intolerância à glicose 
(hiperglicemia), sedação, impotência, depressão 
e broncoconstrição 
- Dispõe-se de antagonistas α-β mistos (por 
exemplo, labetalol) em formulações tanto orais 
quanto parenterais 
 A administração intravenosa de labetalol 
provoca uma redução considerável da PA e 
tem ampla aplicação no tratamento de 
emergências hipertensivas 
 O labetalol oral também é utilizado no 
tratamento a longo prazo da hipertensão 
 Uma vantagem desse fármaco reside no 
fato de a redução da pressão arterial obtida 
pela diminuição da resistência vascular 
sistêmica (através de antagonismo dos 
receptores α1) não estar associada ao 
aumento reflexo da frequência cardíaca ou 
do débito cardíaco (visto que os receptores 
β1 cardíacos também são antagonizados) 
que pode ocorrer quando se utilizam 
agentes vasodilatadores puros como 
monoterapia 
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES Α–
ADRENÉRGICOS: 
- Exemplo: prazosin, terazosin, doxazosin 
- Os antagonistas α1-adrenérgicos inibem o 
tônus vasomotor periférico, reduzindo a 
vasoconstrição e diminuindo a resistência 
vascular sistêmica 
- Uma vantagem do uso desses fármacos é a 
ausência de efeitos adversos sobre o perfil dos 
lipídios séricos durante o tratamento a longo 
prazo com antagonistas α1-adrenérgicos 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 
 
- Em um estudo clínico comparando os 
diferentes agentes anti-hipertensivos, foi 
constatada uma incidência aumentada de 
insuficiência cardíaca no grupo randomizado 
para o doxazosin 
- Os antagonistasα-adrenérgicos não-seletivos 
(por exemplo, fenoxibenzamina, fentolamina) 
não são utilizados no tratamento a longo prazo 
da hipertensão, visto que o seu uso prolongado 
pode resultar em respostas compensatórias 
excessivas 
 Por exemplo, o antagonismo dos receptores 
α2-adrenérgicos centrais desinibe o efluxo 
simpático, resultando em taquicardia reflexa 
não-oposta 
- Todavia, esses agentes estão indicados para o 
tratamento do feocromocitoma 
SIMPATICOLÍTICOS CENTRAIS: 
- Os agonistas α2-adrenérgicos metildopa, 
clonidina e guanabenzo reduzem o efluxo 
simpático da medula oblonga, com consequente 
redução da frequência cardíaca, contratilidade e 
tônus vasomotor. Esses fármacos, que estão 
disponíveis em formulações orais (a clonidina 
também está disponível na forma de disco 
transdérmico), eram amplamente utilizados no 
passado, a despeito de seu perfil de efeitos 
adversos desfavorável. A disponibilidade de 
múltiplos agentes alternativos, bem como a 
atual tendência a utilizar esquemas de múltiplos 
fármacos em doses submáximas, diminuiu 
consideravelmente o papel clínico dos agonistas 
α2 no tratamento da hipertensão 
- Os bloqueadores ganglionares (por 
exemplo, trimetafan, hexametônio) inibem a 
atividade nicotínica colinérgica nos gânglios 
simpáticos. Esses agentes mostram-se 
extremamente efetivos para reduzir a pressão 
arterial 
- Alguns agentes simpaticolíticos (por 
exemplo, reserpina, guanetidina) são captados 
nas terminações dos neurônios adrenérgicos 
pós-ganglionares, onde induzem uma depleção 
a longo prazo do neurotransmissor das 
vesículas sinápticas contendo norepinefrina. 
Esses agentes reduzem a pressão arterial ao 
diminuir a atividade do sistema nervoso 
simpático. Todavia, a reserpina e a guanetidina 
desempenham apenas um pequeno papel no 
tratamento atual da hipertensão, devido a seu 
perfil de efeitos adversos significativos, que 
incluem depressão grave (reserpina), 
hipotensão ortostática e disfunção sexual 
(guanetidina) 
MODULAÇÃO DO TÔNUS DO MÚSCULO 
LISO VASCULAR: 
- O tônus vascular depende do grau de 
contração do músculo liso vascular 
- Os vasodilatadores reduzem a resistência 
vascular sistêmica, uma vez que atuam sobre o 
músculo liso arteriolar ou endotélio vascular 
- Os principais mecanismos de ação dos 
vasodilatadores arteriais consistem em: 
 Bloqueio dos canais de Ca+ 
 Abertura dos canais de K+ 
metabotrópicos 
BLOQUEADORES DOS CANAIS DE 
CÁLCIO: 
- Exemplo: verapamil, diltiazem, nifedipina, 
anlodipina 
- São agentes orais amplamente utilizados no 
tratamento a longo prazo da hipertensão 
- Os bloqueadores dos canais de cálcio 
possuem uma variedade de efeitos 
hemodinâmicos, refletindo os múltiplos locais 
em que o cálcio está envolvido nos eventos 
elétricos e mecânicos do ciclo cardíaco e na 
regulação vascular 
- Esses fármacos podem atuar como 
vasodilatadores arteriais, agentes inotrópicos 
negativos e/ou agentes cronotrópicos negativos 
- Os agentes da diidropiridina, a nifedipina e a 
anlodipina, atuam primariamente como 
vasodilatadores. Por outro lado, os agentes 
não-diidropiridina, o verapamil e o diltiazem, 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 
 
atuam principalmente como agentes inotrópicos 
e cronotrópicos negativos, com consequente 
redução da contratilidade do miocárdio, da 
frequência cardíaca e da condução de impulsos 
- Por conseguinte, os bloqueadores dos canais 
de cálcio podem reduzir a pressão arterial 
através de uma diminuição da resistência 
vascular sistêmica e do débito cardíaco 
- Com frequência, os BCC são utilizados em 
associação com outros fármacos cardioativos, 
seja como componentes de um esquema anti-
hipertensivo de múltiplos fármacos ou para 
tratamento anti-hipertensivo e antianginoso 
combinado em pacientes com cardiopatia 
isquêmica (CI) 
- Em virtude dos efeitos farmacodinâmicos 
distintos dos diferentes BCC, os efeitos 
adversos potenciais da terapia com BCC são 
específicos de cada agente 
 Os agentes não-diidropiridina devem ser 
utilizados com cautela em pacientes que 
apresentam comprometimento da função 
sistólica VE, visto que esses fármacos 
podem exacerbar a insuficiência 
cardíaca sistólica. Esses fármacos 
também devem ser utilizados com 
cautela em pacientes com doença do 
sistema de condução, visto que podem 
potencializar anormalidades funcionais 
do nó sinoatrial (SA) e do nó 
atrioventricular (AV). A cautela em 
ambas as situações é particularmente 
relevante para pacientes submetidos a 
tratamento concomitante com 
antagonistas β 
ATIVADORES DOS CANAIS DE 
POTÁSSIO: 
- O minoxidil e a hidralazina são 
vasodilatadores arteriais disponíveis por via oral 
utilizados no tratamento a longo prazo da 
hipertensão 
- O minoxidil é um ativador do canal de K+ 
metabotrópico que hiperpolariza as células 
musculares lisas vasculares, atenuando a 
resposta celular a estímulos despolarizantes 
- A hidralazina é um vasodilatador menos 
poderoso, cujo mecanismo de ação permanece 
incerto 
- Tanto o minoxidil quanto a hidralazina podem 
causar retenção compensatória de Na+ e H2O, 
bem como taquicardia reflexa; esses efeitos 
adversos são mais frequentes e mais graves 
com o minoxidil do que com a hidralazina 
- O uso concomitante de um antagonista β e de 
um diurético pode atenuar esses efeitos 
adversos compensatórios 
- O uso da hidralazina é limitado pela ocorrência 
frequente de tolerância e taquifilaxia ao 
fármaco. Além disso, aumentos na dose diária 
total de hidralazina podem estar associados a 
uma síndrome de lúpus induzida por fármaco 
- Em virtude do perfil de segurança mais 
favorável dos bloqueadores dos canais de 
Ca2+, o uso do minoxidil é, hoje em dia, em 
grande parte restrito a pacientes com 
hipertensão grave refratária a outros 
tratamentos farmacológicos 
- A hidralazina (em associação com dinitrato de 
isossorbida) surgiu atualmente como terapia 
adjuvante (isto é, em pacientes que já estão 
sendo tratados com um inibidor da ECA e um 
antagonista β) no tratamento da insuficiência 
cardíaca sistólica em pacientes afro-americanos 
MODULAÇÃO DO SISTEMA RENINA-
ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA: 
- Os bloqueadores do sistema renina-
angiotensina-aldosterona incluem os inibidores 
da ECA (captopril, enalapril, lisinopril) e os 
antagonistas do receptor de angiotensina (AT1) 
(losartan, valsartana) 
Inibidores da Enzima Conversora de 
Angiotensina (ECA): 
- Impedem a conversão da angiotensina I em 
angiotensina II mediada pela ECA, resultando 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 
 
em diminuição dos níveis circulantes de 
angiotensina II e de aldosterona 
- Ao diminuir os níveis de angiotensina II, os 
inibidores da ECA reduzem a resistência 
vascular sistêmica e, portanto, diminuem a 
impedância à ejeção VE 
- Ao diminuir os níveis de aldosterona, esses 
agentes também promovem a natriurese e, 
consequentemente, reduzem o volume 
intravascular 
- Os inibidores da ECA também diminuem a 
degradação de bradicinina, e o consequente 
aumento nos níveis circulantes de bradicinina 
provoca vasodilatação 
- Os inibidores da ECA mostram-se efetivos em 
pacientes com hipertensão hiper-reninêmica; 
esses agentes também reduzem a pressão 
arterial em pacientes com níveis circulantes 
baixos a normais de renina 
- A eficiência dos inibidores da ECA como 
agentes anti-hipertensivos em pacientes com 
atividade baixa a normal da renina plasmática 
pode ser devida à potencialização dos efeitos 
vasodilatadores da bradicinina 
- O tratamento com inibidores da ECA é tão 
efetivo quanto o uso de diuréticos tiazídicos ou 
de antagonistas β no tratamento da hipertensão 
- Os inibidores da ECA são agentes anti-
hipertensivos que parecem ter benefícios 
exclusivos (por exemplo, diminuição da perda 
da função renal em pacientes com doença renal 
crônica) e relativamente poucos efeitos 
adversos (os inibidoresda ECA não aumentam 
o risco de hipocalemia nem provocam elevação 
dos níveis séricos de glicose ou lipídios) 
- Os inibidores da ECA devem ser 
administrados com cautela a pacientes com 
depleção do volume intravascular. Esses 
pacientes podem apresentar redução da 
perfusão renal em condições basais, levando a 
um aumento compensatório da renina e 
angiotensina II. Esse aumento da angiotensina 
II constitui um dos mecanismos fisiológicos 
pelos quais a taxa de filtração glomerular (TFG) 
é mantida na presença de hipoperfusão renal 
relativa. A administração de inibidores da ECA a 
esses pacientes pode romper esse mecanismo 
auto-regulador, levando ao desenvolvimento de 
insuficiência renal 
- Os inibidores da ECA são considerados como 
agentes preferidos no tratamento do paciente 
diabético hipertenso, visto que foi constatado 
que eles retardam o início e a evolução da 
doença glomerular diabética, através de efeitos 
favoráveis sobre a pressão intraglomerular 
ANTAGONISTAS AT1 (BLOQUEADORES 
DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA): 
- São agentes anti-hipertensivos orais que 
antagonizam competitivamente a ligação da 
angiotensina II a seus receptores AT1 cognatos 
- Além de seu efeito anti-hipertensivo, esses 
fármacos também podem diminuir a proliferação 
reativa da íntima arteriolar 
- À semelhança dos inibidores da ECA, os 
antagonistas AT1 mostram-se efetivos na 
redução da pressão arterial e, algumas vezes, 
substituem os inibidores da ECA em pacientes 
com tosse induzida por inibidores da ECA 
- A tosse, que constitui um efeito colateral 
comum do tratamento com inibidores da ECA, 
resulta de um aumento dos níveis de bradicinina 
induzido por esses fármacos; com frequência, 
esse efeito colateral leva à não-aderência do 
paciente ao tratamento ou à sua interrupção. 
Como os antagonistas AT1 não afetam a 
atividade da enzima conversora responsável 
pela degradação da bradicinina, a tosse não 
constitui um efeito colateral do tratamento com 
BRA 
 
 
 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 
 
MONOTERAPIA E CUITADOS POR 
ETAPAS: 
- A monoterapia é o tratamento com um único 
fármaco 
- É frequentemente suficiente para normalizar a 
PA em pacientes com hipertensão leve 
- Essa abordagem pode melhorar a aderência 
do paciente ao tratamento e evitar o risco de 
interações medicamentosas potenciais 
- Foi constatado que os diuréticos tiazídicos, os 
inibidores da ECA, os antagonistas AT1, os 
antagonistas βe os bloqueadores dos canais de 
cálcio (BCC) assemelham-se quanto à sua 
eficácia em reduzir a pressão arterial (cada um 
deles reduz efetivamente a pressão arterial em 
30 a 50% dos pacientes) 
- O agente ideal é aquele que reduz a pressão 
arterial do paciente para a faixa ótima, com o 
menor número de efeitos adversos 
- A toxicidade dos fármacos está relacionada 
com a sua dose, e, por conseguinte, o médico 
deve considerar cuidadosamente o uso de 
agentes “sinérgicos” em doses mais baixas, 
particularmente se o controle da pressão arterial 
for marginal ou inadequado 
- Um bom exemplo do uso de agentes 
sinérgicos é a combinação de um diurético 
tiazídico com um inibidor da ECA. Ao induzir um 
ligeiro grau de depleção de volume, os 
diuréticos tiazídicos ativam o sistema renina-
angiotensina. Se essa resposta for bloqueada 
por um inibidor da ECA, o efeito anti-
hipertensivo do tiazídico é então potencializado. 
Além disso, a inibição do sistema renina-
angiotensina por si só promove a natriurese. Por 
fim, a combinação de um tiazídico com um 
inibidor da ECA diminui a resistência vascular 
sistêmica 
- Certas circunstâncias clínicas favorecem o uso 
inicial de uma classe específica de agentes anti-
hipertensivos 
 Os antagonistas β constituem os 
fármacos de escolha para pacientes com 
história de infarto do miocárdio (IM) 
 Os inibidores da ECA são 
recomendados para pacientes com 
disfunção ventricular esquerda, diabetes 
e/ou doença renal crônica 
 A hipertensão associada à retenção de 
volume na síndrome nefrótica responde 
de modo satisfatório aos diuréticos 
 Os inibidores da ECA também são 
utilizados na síndrome nefrótica para 
atenuar o grau de proteinúria 
- Os cuidados por etapas no tratamento da 
hipertensão referem-se ao acréscimo gradual e 
progressivo de fármacos ao esquema 
terapêutico 
- A terapia de combinação baseia-se no uso de 
agentes com mecanismos distintos de ação; 
além disso, ressalta o uso de doses 
submáximas dos fármacos na tentativa de 
minimizar os efeitos adversos potenciais e 
toxicidades 
- A redução inicial da pressão arterial média 
induzida por vasodilatadores arteriais de ação 
curta, como a hidralazina ou a nifedipina, ativa 
mecanismos compensatórios, que podem 
resultar em taquicardia significativa e retenção 
de Na+ e H2O. A adição de um agente 
simpaticolítico (por exemplo, metoprolol) e/ou de 
um diurético (por exemplo, hidroclorotiazida) 
pode atenuar essas respostas compensatórias 
POSSÍVEIS FATORES DEMOGRÁFICOS: 
- Certas classes de agentes anti-hipertensivos 
são mais efetivas do que outras em populações 
especiais e as diversas etiologias distintas da 
hipertensão podem ser mais ou menos 
prevalentes em diferentes populações 
PACIENTES IDOSOS: 
- Os pacientes idosos tendem a responder 
mais favoravelmente a diuréticos e a 
bloqueadores dos canais de Ca2+ 
diidropiridínicos do que a outros agentes anti-
hipertensivos 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 
 
- Os antagonistas β têm mais tendência a 
causar disfunção do nó SA ou do nó AV ou a 
comprometer a função do miocárdio nos 
pacientes idosos; esses efeitos provavelmente 
estão relacionados com a maior prevalência de 
doença do sistema de condução e de disfunção 
sistólica VE nesses pacientes 
- Os pacientes idosos também têm tendência a 
apresentar níveis circulantes diminuídos de 
renina, e há relatos que eles são menos 
responsivos aos inibidores da ECA 
PACIENTES DE DESCENDÊNCIA 
AFRICANA: 
- A hipertensão em pacientes de descendência 
africana é mais responsiva a diuréticos e a 
bloqueadores dos canais de Ca2+ do que a 
antagonistas β e inibidores da ECA. (Uma 
notável exceção é a resposta favorável 
observada em indivíduos afro-americanos 
jovens ao tratamento com antagonistas β) 
- Os relatos indicam que alguns indivíduos afro-
americanos apresentam níveis circulantes mais 
baixos de renina, o que pode explicar a 
observação de que os inibidores da ECA são 
menos efetivos nesses pacientes 
- Relatos recentes demonstraram que a 
prevalência de sensibilidade ao Na+ está 
consideravelmente aumentada em alguns 
indivíduos afro-americanos, incluindo tanto a 
coorte hipertensa quanto a normotensa 
- Há algumas evidências de uma responsividade 
diferencial às diversas classes de agentes anti-
hipertensivos em coortes asiáticas e hispânicas 
com hipertensão 
CRISE HIPERTENSIVA: 
- O termo crise hipertensiva refere-se às 
síndromes clínicas caracterizadas por elevações 
intensas (tipicamente agudas) da pressão 
arterial 
- Essa elevação abrupta da pressão arterial 
pode causar lesão vascular aguda e lesão dos 
órgãos-alvo 
- Embora a maioria dos casos de hipertensão 
grave tenha sido, no passado, designada como 
“crise hipertensiva” ou “hipertensão maligna”, a 
prática atual procura diferenciar os pacientes 
em que a elevação da pressão arterial e a lesão 
vascular são agudas (emergência hipertensiva) 
da coorte de pacientes nos quais a evolução 
temporal da elevação da pressão arterial é mais 
gradual e a lesão dos órgãos-alvo é crônica e 
lentamente progressiva 
- Uma emergência hipertensiva verdadeira é 
uma afecção potencialmente fatal em que a 
elevação intensa e aguda da pressão arterial 
está associada a lesão vascular aguda. 
Clinicamente, a lesão vascular pode manifestar-
se na forma de hemorragias da retina, 
papiledema, encefalopatia e insuficiência renal 
aguda (ouaguda superposta à insuficiência 
renal crônica); com frequência, essa síndrome 
está associada a insuficiência ventricular 
esquerda aguda 
- O tratamento de pacientes com emergência 
hipertensiva exige uma rápida redução da 
pressão arterial para evitar a lesão dos órgãos-
alvo. As classes de fármacos utilizadas no 
tratamento dessa emergência incluem 
vasodilatadores parenterais (por exemplo, 
nitroprussiato), diuréticos (por exemplo, 
furosemida) e/ou antagonistas β (por 
exemplo, labetalol) 
- Devido ao caráter agudo da síndrome e à 
necessidade de titular cuidadosamente esses 
poderosos agentes anti-hipertensivos, os 
pacientes são hospitalizados para receber 
tratamento 
- Uma vez controlado o episódio agudo, a 
redução subsequente da pressão arterial para a 
faixa normal do paciente é então empreendida 
com mais cautela, no decorrer de um maior 
período de tempo (12 a 24 horas), num esforço 
de diminuir o risco de hipoperfusão dos órgãos 
críticos, bem como a extensão da lesão 
vascular 
- Embora a hipertensão maligna seja uma 
emergência médica potencialmente fatal, trata-
se de uma expressão incomum da doença 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 12 
 
hipertensiva, que ocorre em bem menos de 1% 
dos pacientes hipertensos 
- Os casos de urgência hipertensiva são mais 
comuns; nessa situação, a elevação da pressão 
arterial é menos aguda, e a doença dos órgãos-
alvo já se encontra presente há algum tempo. 
As afecções que ilustram a urgência 
hipertensiva incluem o acidente vascular 
cerebral ou o IM acompanhado de acentuada 
elevação da pressão arterial ou a insuficiência 
cardíaca esquerda aguda com hipertensão 
grave

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