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FISIOLOGIA Melanie | 2025.2 ↪Na contração muscular esquelética, a musculatura só contrai se a terminação nervosa liberar acetilcolina. ↪A acetilcolina age no receptor Nm gerando o PPM, que sendo suficiente irá gerar um PA no sarcolema, invadir o túbulo T e liberar cálcio dos retículos sarcoplasmáticos. ↪Esse cálcio vai para o sarcômero e ocorre a contração ↪Motoneurônio gama: libera acetilcolina na fibra intrafusal ↪Motoneurônio alfa: libera acetilcolina na fibra extrafusal ↪Quem controla o movimento é o neurônio motor da medula, ao liberar acetilcolina ↪A via eferente somática é responsável pelo controle do movimento ↪O neurônio motor (nervo eferente) sai pela parte ventral da medula ↪O neurônio sensitivo entra pela parte dorsal da medula CONTROLADORES DO NEURÔNIO MOTOR ↪Interneurônios excitatórios e inibitórios ↪Fibra sensorial – entra pela raiz dorsal (fibras do grupo IA, IB, 2 – fibra A-alfa e A-delta que saem dos órgãos tendíneos de golgi e do fuso neuromuscular) ↪Neurônios descendentes que saem do cérebro ↪Na parte motora existe o 1° neurônio – que sai do SNC e o 2° neurônio – que libera acetilcolina na musculatura esquelética CONTROLE MOTOR ↪Córtex cerebral, tronco cerebral, cerebelo e gânglios da base (núcleos) ↪Os motoneurônios corticais recebem feedback dos sistemas sensoriais através do córtex somatossensorial e do lobo posterior. O feedback ajuda a corrigir os comandos motores ↪Córtex: giro pré-central – giro motor Giro pós-central – giro sensorial ↪Localizado anteriormente ao sulco central, ocupando o terço superior dos lobos frontais. Se divide em: →Córtex motor primário →Área pré-motora →Área motora suplementar FISIOLOGIA Melanie | 2025.2 CÓRTEX MOTOR PRIMÁRIO ↪Localizado na primeira circunvolução dos lobos frontais e anterior ao sulco central ↪Os estímulos aplicados nessa área provocam movimentos contralaterais discretos, envolvendo vários músculos ↪Dessa área, desce a fibra corticoespinhal – do córtex até a medula. Sai do córtex, cruza e desce contralateral ÁREA PRÉ-MOTORA ↪Localizada imediatamente anterior às porções laterais do córtex motor primário ↪Relacionada com o estabelecimento da postura no início de um movimento planejado e coloca o indivíduo pronto para realizar o movimento ↪Desempenha tarefas especificas como o posicionamento dos ombros e braços ÁREA MOTORA SUPLEMENTAR ↪Localizada imediatamente superior à área pré-motora ↪Envolvida na programação de sequências motoras ↪Funciona juntamente à área pré- motora para promover movimentos de atitudes, fixação de diversos segmentos do corpo, movimentos posicionais da cabeça e dos olhos e controle apurado dos braços e mãos ÁREAS ESPECIALIZADAS DO CONTROLE MOTOR ↪Área motora suplementar: área de habilidades manuais Quando lesada, causa apraxia motora – perda de habilidades manuais ↪Área de broca: formação de palavras Situada imediatamente anterior ao córtex motor primário e acima da fissura lateral cerebral. Sua lesão torna impossível para o indivíduo falar palavras inteiras, falando não mais que expressões vocais isoladas sem coordenação ou palavras simples ↪Campo de movimentos oculares voluntários: na área pré-motora imediatamente acima da área de broca. A lesão desta área impede o indivíduo de movimentar voluntariamente os olhos em direção à diferentes objetos ↪Área de rotação da cabeça: se associa estreitamente ao campo de movimentos oculares, direciona a cabeça em direção a diferentes objetos ÁREA SOMATOTÓPICA ↪Presente no córtex motor e no córtex sensitivo ↪Caracterizada por cada pare do corpo que é representada no córtex ↪A área somatotópica motora é diferente da área somatotópica sensitiva ↪A área somatotópica motora depende da unidade motora – nervo e músculo TRANSMISSÃO DE SINAIS DO CÓRTEX MOTOR PARA OS MÚSCULOS ↪Os sinais motores são transmitidos diretamente do córtex para a medula espinhal pelo trato corticoespinhal e de modo indireto por várias vias acessórias FISIOLOGIA Melanie | 2025.2 que envolvem os núcleos da base, o cerebelo e núcleos do tronco central. ↪As vias motoras que saem do encéfalo podem se dividir em via piramidal e extrapiramidal ou sistema lateral e sistema ventromedial ↪As vias laterais são envolvidas no movimento voluntário da musculatura distal e estão sob controle direto do córtex ↪As vias ventomediais estão envolvidas no controle da postura e da locomoção, controladas pelo tronco encefálico VIA PIRAMIDAL VIA CORTICOESPINHAL ↪Via de saída mais importante do córtex motor ↪Via corticoespinhal lateral: 75% da via corticoespinhal cruza na decussação das pirâmides ↪A maioria termina nos interneurônios das regiões intermediarias da substância cinzenta da medula ↪Algumas fibras terminam em neurônios sensoriais de segunda ordem no corno dorsal ↪Pouquíssimas fibras terminam diretamente nos neurônios motores anteriores que causam a contração muscular ↪Via corticoespinhal ventromedial: 25% da via corticoespinhal desce ipsilateral, não cruzam na decussação das pirâmides, mas a maioria delas cruza na região da medula cervical VIA EXTRAPIRAMIDAL LATERAL VIA RUBRO ESPINHAL ↪Sai do mesencéfalo, cruza e desce contralateral até a medula espinhal. VENTROMEDIAL ↪Via vestibuloespinhal ↪Via tectoespinhal ↪Via reticuloespinhal – pontino e bulbar SISTEMA LATERAL TRATO CORTICOESPINHAL ●Origem: ↪Células gigantopiramidais de Betz – localizadas na camada V do córtex motor primário. Sai do córtex e desce até a medula ↪O cerebelo e os núcleos da base influenciam o controle do 2° neurônio motor ●Função: Movimentos finos, delicados e habilidosos, envolvendo músculos flexores distais dos membros SISTEMA VENTROMEDIAL TRATO TECTOESPINHAL ●Origem: colículos superiores do mesencéfalo FISIOLOGIA Melanie | 2025.2 ●Função: ↪Recebe projeções do córtex visual, informações somatossensoriais e auditivas ↪Permite a construção de um mapa do mundo ao nosso redor ↪Orientação sensório motora da cabeça – importante na coordenação dos movimentos da cabeça e movimentos oculares ↪Lesões no trato tectoespinhal: →Afetam a percepção do indivíduo em relação ao mundo ao seu redor →Dificulta o direcionamento do olhar TRATO VESTIBULOESPINHAL ●Origem: núcleos vestibulares do bulbo ↪Componente medial: projeta-se para a medula → controle dos músculos do pescoço e das costas ↪Componente lateral: projeta-se para a medula → mantém a posição postural e o equilíbrio ↪Trato vestibuloespinhal lateral: influencia de forma excitatória (glutamato e acetilcolina) os motoneurônios dos músculos extensores ↪Trato vestibuloespinhal medial: influencia de forma excitatória e inibitória os motoneurônios cervicais dos músculos extensores e flexores do pescoço ↪Lesões no trato vestibuloespinhal: →Dificuldade na manutenção do posicionamento da cabeça, pescoço e ombros →Alterações na postura e equilíbrio TRATO RETICULOESPINHAL ●Origem: diferentes porções da formação reticular no tronco encefálico ↪É dividida em 2 partes e origina 2 tratos descendentes ↪Trato reticuloespinhal pontino: tem origem na formação reticular da ponte – medial ↪Núcleos pontinos: excitam músculos antigravitacionais – músculos da coluna vertebral e extensores dos membros ↪Trato reticuloespinhal bulbar: tem origem na formação reticular bulbar – lateral ↪Núcleos bulbares: antagonizam os sinais excitatórios dos núcleos pontinos ↪A via corticoespinhal excita o núcleo reticular bulbar, que antagoniza a musculatura extensora ↪Lesões no trato reticuloespinhal: →Altera o equilíbrio entre os estímulos do trato reticuloespinhal pontino e o reticuloespinhal bulbar →Ausência da inibição do controle dos reflexos antigravitacionais → dificuldade na iniciação de movimentos voluntáriosbalísticos FISIOLOGIA Melanie | 2025.2 ↪Coordenação motora e equilíbrio ↪Divisão filogenética: ↪Arquicerebelo: cerebelo vestibular – lobo flóculo nodular. Relacionado com a posição, manutenção do equilíbrio e controle do movimento dos órgãos ↪Paleocerebelo: cerebelo espinhal – lobo anterior. Relacionado com o tônus muscular e a postura ↪Neocerebelo: cerebelo cortical – lobo posterior. Relacionado com os movimentos refinados e assimétricos ↪Lobo anterior e posterior: planejamento e execução dos movimentos dos membros e do tronco ↪O cerebelo e os gânglios da base influenciam a via cortical e as vias que saem do tronco encefálico. ↪Do cerebelo e dos gânglios da base não desce nada para a medula, apenas influenciam no encéfalo. VIAS DE ENTRADA NO CEREBELO ↪Vias aferentes do encéfalo ↪Vias aferentes da periferia NÚCLEOS CEREBELARES PROFUNDOS E VIAS EFERENTES ↪Núcleos: denteado, interposto, emboliforme e fastígio ↪Recebem as informações e mandam sinal de eferência para o tronco encefálico e córtex, indicando o que devem fazer CAUSAS DAS LESÕES ↪Infecciosas: cerebelite, abcesso ↪Tóxicas: álcool, piperazina, plasil, dogmatil ↪Tumoral: mais comum no teto do IV ventrículo e há compressão do nódulo e pedúnculo do flóculo ↪Traumática: contusão cerebelar ↪Vascular: isquemia por entupimento das artérias cerebelares ou hemorragia CONSEQUÊNCIA DAS LESÕES ↪Dismetria: não avaliação da distância em que os movimentos irão percorrer – hipometria ou hipermetria ↪Ataxia: incoordenação motora ↪Disartria: falta de coordenação dos movimentos musculares na laringe, na boca e no sistema respiratório ↪Disdiadococinesia: o controle motor deixa de prever onde estarão as diferentes partes do corpo num determinado movimento ↪Tremor de intenção: manifesta-se quando o paciente realiza movimento voluntário. Característico de lesão do núcleo denteado ↪Distasia: dificuldade de se manter de pé. Decorre de lesões no lobo flóculo nodular FISIOLOGIA Melanie | 2025.2 ↪Disbasia: dificuldade na marcha. Decorre de lesões no lobo flóculo nodular CIRCUITOS NEURONAIS DOS GÂNGLIOS DA BASE CIRCUITO PUTÂMEN ↪Execução subconsciente dos padrões aprendidos do movimentos. Ex: andar ↪Lesão no globo pálido: causa movimentos reptantes espontâneos, quase sempre contínuos, de uma das mãos, braço, pescoço ou da face – atetose ↪Lesão no subtálamo: súbitos movimentos amplos de um membro inteiro - hemibalismo ↪Lesões múltiplas no putâmen: movimentos súbitos nas mãos, na face e outras partes do corpo – coréia CIRCUITO CAUDADO ↪Planejamento cognitivo (processos de pensamento do cérebro) dos padrões motores sequenciais e paralelos no sentido de realizar objetivos conscientes específicos FUNÇÕES DOS NEUROTRANSMISSORES ESPECÍFICOS NO SISTEMA DOS GÂNGLIOS DA BASE ↪Doença de Parkinson: lesão da substância negra ↪A substância negra não produz mais a dopamina ↪Sinais essenciais: tremor, bradicinesia, rigidez muscular, instabilidade postural, depressão e déficit cognitivo FUNÇÕES MOTORAS DA MEDULA ESPINHAL ↪Interneurônios ↪Células de Renshaw: interneurônio que inibe o segundo neurônio motor – motoneurônio alfa ↪Motoneurônio alfa: inerva grandes fibras musculares esqueléticas - fibras extrafusais. Pode excitar até centenas de fibras musculares esqueléticas ↪Motoneurônio gama: inerva pequenas fibras musculares esqueléticas especiais - fibras intrafusais. Permite ao SNC a regulação do tônus muscular. Aciona o fuso neuromuscular ↪Fuso neuromuscular: bolsa nuclear e cadeia nuclear ↪O motoneurônio gama estático inerva fibra de bolsa nuclear e de cadeia nuclear ↪O motoneurônio gama dinâmico inerva fibra de bolsa nuclear ↪Órgãos tendinosos de Golgi: receptor que leva propriocepção pela fibra A alfa FISIOLOGIA Melanie | 2025.2 MOVIMENTOS REFLEXOS ↪Classificação dos reflexos de acordo com: →A: estímulos de origem →B: principal tipo de músculo envolvido: flexor ou extensor →C: a natureza da estimulação produzida para avalia-los →D: circuito neural ↪Reflexo miotático: tem origem muscular, sai do fuso neuromuscular. Músculo extensor ↪Reflexo miotático inverso: sai do tendão, órgãos tendinosos de Golgi. Músculo flexor ↪Reflexo de retirada: tem origem cutânea. Músculo flexor REFLEXO MIOTÁTICO – EXTENSOR MUSCULAR ↪A partir do alongamento do músculo ocorre a ativação dos fusos neuromusculares que geram impulsos aferentes → sinapses na medula espinhal → aciona o sistema efetor e gera contração muscular ↪O nervo proprioceptivo – grupo IA fibra A alfa – aciona o fuso neuromuscular que vai até a medula e aciona o nervo motor – motoneurônio gama → contração da musculatura extensora REFLEXO MIOTÁTICO FÁSICO OU DINÂMICO ↪É levado até a medula por terminações primárias – neurônio motor alfa ↪Neurônio motor gama dinâmico: aciona a musculatura intrafusal (bolsa nuclear) e a fibra A alfa leva até a medula ↪Reflexo patelar: ao bater com o martelo, o fuso neuromuscular é acionado, as fibras primárias do tipo A alfa vão até a medula, acionam o motoneurônio alfa para a musculatura extensora e acionam o interneurônio que vai inibir o motoneurônio alfa para a musculatura flexora → inibe a flexora para contrair a extensora ↪A fibra sensorial chega na medula e excita o motoneurônio para contrair a musculatura extensora. Pelo principio da inervação recíproca, quando a musculatura extensora é acionada, a musculatura flexora é inibida REFLEXO MIOTÁTICO TÔNICO OU ESTÁTICO ↪Terminações primárias e secundarias ↪O circuito do reflexo é o mesmo do fásico – contribui para o tônus muscular ↪Quando estamos parados, a musculatura fica contraída – o motoneurônio gama está acionando a fibra intrafusal ↪Neurônio motor gama estático: inerva as fibras de bolsa nuclear (fibra A alfa) e de cadeia nuclear (fibra A beta) FISIOLOGIA Melanie | 2025.2 REFLEXO MIOTÁTICO INVERSO ↪O órgão tendinoso de Golgi é inervado por fibras do tipo IB. Ao pegar um objeto pesado, o aumento de tensão no tendão é percebido pelo órgão tendinoso de Golgi, que manda a informação para a medula. A fibra IB se ramifica na medula, pois entrega a informação para o interneurônio inibitório, que inibe o motoneurônio alfa do músculo extensor e para o motoneurônio alfa que inerva a musculatura flexora: antagonista do movimento – gerando relaxamento do agonista e contração do antagonista, para que alivie a tensão no tendão e no músculo REFLEXO DE RETIRADA – REFLEXO FLEXOR POLISSINÁPTICO ↪Ao aproximar um membro de uma fonte dolorosa, o estímulo é percebido por fibras do tipo A delta (nociceptores) que chegam no corno dorsal da medula e se ramificam. Um ramo segue para o lado contralateral e outro ramo fica do mesmo lado do estímulo – ipsilateral. ●Do mesmo lado do estímulo: ↪O interneurônio excitatório estimula o motoneurônio que inerva a musculatura flexora, causando contração. ↪O interneurônio inibitório inibe o motoneurônio que inerva a musculatura extensora (relaxamento dos extensores). ↪A resposta final é a flexão do membro afetado para que seja afastado da fonte dolorosa. REFLEXO DA EXTENSÃO CRUZADA ↪Quando o estímulo ocorre no membro inferior, é preciso garantir que se tenha sustentação para que a pessoa não caia em cima da fonte dolorosa ↪Para isso é necessário que a informação também gere extensão no membro do lado oposto. ●Do lado contralateral: A informação cruza na medula, o interneurônio excitatório estimula a contração da musculatura extensora e o interneurônio inibitório relaxa a musculatura flexora, proporcionando a extensão do membro contralateral
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