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Projeto 13 Subestação de 13,8 kV / 220V - 127V Outubro − 2014 ELE0646 Subestações de Energia Elétrica Docente: Marcos Dias de Alemeira Discente: Mariana Vanderlei Brasil Ricardo Luiz Soares de França Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia Elétrica Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V Sumário Lista de Figuras 4 Lista de Tabelas 5 1 Problemática 6 2 Introdução 8 3 Cálculo da Demanda 9 3.1 Cálculo das Demandas de Tomadas de Uso Geral e Iluminação . . . . . . . . . . 9 3.2 Cálculos das Demandas das Máquinas de Refrigeração tipo SPLIT . . . . . . . . 10 3.3 Cálculo da Demanda do Motor de Indução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 3.4 Cálculo da Demanda de Tomadas de Uso Específico . . . . . . . . . . . . . . . . 11 3.5 Demanda Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 4 Transformadores 12 5 Cálculo da Fator de Potência 14 5.1 Potência Total Ativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 5.2 Potência Total Reativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 5.3 Fator de Potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 6 Grupo Gerador 16 7 Cálculo das Correntes de Curto Circuito 17 7.1 Correntes de Curto Circuito no Ponto de Entrega . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 7.2 Correntes de Curto Circuito em Baixa Tensão – Barramento Secundário . . . . . 18 8 Medição 20 8.1 Dimensionamento e Especificação do TPAT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 8.2 Dimensionamento e Especificação do TCAT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 8.3 Dimensionamento e Especificação de TCBT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 9 Proteção 22 9.1 Proteção contra Sobretensões – Pára-Raios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 9.2 Dimensionamento do TCAT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 9.3 Proteção Contra Sobrecorrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 9.3.1 Unidade de Fase Temporizada – 51 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 9.3.2 Unidade de Neutro Temporizada – 51N . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 9.3.3 Unidade de Fase Instantânea – 50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 9.3.4 Unidade de Neutro Instantânea – 50N . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 9.3.5 Resumo das funções de proteção de Sobrecorrente – Relé URPE -7104 . . 29 9.4 Disjuntores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 9.4.1 Disjuntores AT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 9.4.2 Disjuntores BT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 10 Dimensionamento dos Barramentos 32 10.1 Barramento de Alta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 10.2 Barramento de Baixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Mariana Vanderlei Brasil 2 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 11 Dados Gerais 33 12 Dimensionamento da Malha de Terra 35 13 Quantitativo do Material 37 14 Referências 38 Mariana Vanderlei Brasil 3 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V Lista de Figuras 1 Diagrama Unifilar - Problemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2 Transformador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 3 Condições de Tensão para R1th/X1th = 0,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 4 Relé Pextron URPE–7104 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 5 Curva de Coordenação da Unidade 51 de Fase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 6 Curva de Coordenação da Unidade 51 de Neutro . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 7 Planta com os pontos demarcados a serem medidos. . . . . . . . . . . . . . . . . 35 8 Perfil da Resistividade do solo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Mariana Vanderlei Brasil 4 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V Lista de Tabelas 1 Fator de Demanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2 Demandas de TUG’s e Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 3 Demandas das Máquina de Refrigeração tipo SPLIT . . . . . . . . . . . . . . . . 10 4 Fator de Demanda dos Motores de Indução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 5 Fator de Simultaneidade dos Motores de Indução . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 6 Fator de Utilização dos Motores de Indução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 7 Demandas dos Motores de Indução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 8 Especificação dos Transformadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 9 Listagem das Potências Instaladas e fp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 10 Características Técnicas do Motor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 11 Características Técnicas do Altenador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 12 Especificação do TPAT de medição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 13 Especificação do TCAT de medição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 14 Consumo dos Dispositivos de Medição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 15 Especificação do SPDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 16 Consumo dos Dispositivos de Proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 17 Especificação do TC de Proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 18 Dimensionamento de Barramento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 19 Resistividade Calculada a partir das Medições de Resistência . . . . . . . . . . . 35 20 Quantitativo do Material . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Mariana Vanderlei Brasil 5 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 1 Problemática Na figura abaixo está representado o diagrama unifilar de uma subestação abrigada, entrada subterrânea, ligada em 13,8 kV, onde podem ser vistos os barramentos dos quadros de carga, com as respectivas proteções, alimentados pelo(s) transformador(es) de força, bem como os demais equipamentos. Pede-se projetar a subestação, observar a norma de suprimento em 13,8 kV da COSERN. Figura 1: Diagrama Unifilar - Problemática Mariana Vanderlei Brasil 6 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V O projeto desta Subestação será realizado conforme os dados fornecidos abaixo. a) Impedâncias equivalentes de Thévenin no ponto de entrega Z1 = 0,9599 + j2,6296 pu Z0 = 1,9967 + j4,0325 pu Vbase = 13,8 kV Sbase = 100MVA b) Cargas → Quadros de cargas instalados na planta. ? QDL1 → Iluminação e tomadas de uso geral dos galpões: 13,6 kW ? QDL2 → Iluminação e tomadas de uso geral do escritório e refeitório: 12 kW, sendo 10 kW do escritório ? QF1 → Máquinas de refrigeração tipo split: ◦ 8 unidades: 4 TR, trifásica, fp = 0,92, rend = 0,88 (para cada unidade), fu = 0,86, fs = 0,80; ◦ 20 unidades: 3 TR, trifásica, fp = 0,92, rend = 0,88 (para cada unidade), fu = 0,86, fs = 0,82; ◦ 30 unidades: 2 TR, trifásica, fp = 0,93, rend = 0,88 (para cada unidade), fu = 0,86, fs = 0,84; ? QF2 → Forno elétrico: 100 kW, trifásico ? CCM1 → 3 motores de indução: 50CV, trifásico, fp = 0,85, rend = 92% (para cada unidade) ? CCM2 → 10 motores de indução: 10CV, trifásico, fp = 0,90, rend = 93% (para cada unidade) Mariana Vanderlei Brasil 7 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 2 Introdução Uma Subestação, em geral, é uma instalação elétrica de alta potência, contendo equipamentos para transmissão, distribuição, proteção e controle de energia elétrica. Na subestação descrita na figura 1 constam os seguintes equipamentos: TP’s e TC’s de medição, TP’s e TC’s de proteção, Relé com as funções 50/51, 50N/51N e 27, Chave Seccionadora, Disjuntor,Transformador, Cos- sifímetro (Medidor de fator de potencia), Voltímetro, Amperímetro, Frequencímetro e Quadro de Cargas. A nossa problemática se resume em projetar uma Subestação Abaixadora — 13,8 kV / 220- 127V — abrigada, com entrada aérea para uma demanda de 735,7 kVA. Nela faremos os dimen- sionamentos dos TP’s e TC’s de proteção, Relé, Disjuntores de Alta e Baixa tensão, Transfor- mador e outros equipamentos. Não é necessário ser feito o dimensionamento dos equipamentos de medição, pois é obrigação da concessionária. Mariana Vanderlei Brasil 8 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 3 Cálculo da Demanda Para determinar a potência dos transformadores de força da Subestação, inicialmente calcu- lamos as demandas de carga de acordo com o proposto e utilizando as equações que seguem. D (kVA) = Pot (kW ) · fu rend · fp (1) DCCMi (kVA) = Ni ·Di (kW ) · fsi (2) Onde, fu : Fator de utilização fp : Fator de potência fsi : Fator de simultaneidade Ni : Número de equipamentos A equação 1 faz referência a demanda de cada split e a 2 é utilizada para cálculo da demanda de cada grupo de split. 3.1 Cálculo das Demandas de Tomadas de Uso Geral e Iluminação A partir da tabela 1, oriunda do livro do Mamede[1], adota-se fator de demanda 100% e fator de potência igual a 0,9. Descrição Fator de Demanda (%) Auditórios, salões para exposição e semelhantes 100 Bancos, lojas e semelhantes 100 Barbearias, salões de beleza e semalhantes 100 Clues e semelhantes 100 Escolas e semelhantes 100 para os primeiros 12 kW e 50para o que exceder Escritório (edifícios de) 100 para os primeiros 20 kW e 70para o que exceder Garagens comerciais e semelhantes 100 Hospitais e semelhantes 40 para os primeiros 50 kW e 20para o que exceder Hotéis e semelhantes 50 para os primeiros 20 kW; 40 para os seguintes 80 kW; 30 para o que exceder de 100 kW Igrejas e semelhantes 100 Residências (apartamentos residenciais) 100 para os primeiros 10 kW; 35 para os seguintes 110 kW; 25 para o que exceder de 120 kW Restaurantes e semelhantes 100 Tabela 1: Fator de Demanda Pinst = PT fp (kVA) DQDL = Pinst · fd (kVA) (3) Mariana Vanderlei Brasil 9 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V Quadro P (kW) fp Pinst (kVA) fd D (kVA) QDLF1 13,60 0,9 15,11 1 15,11 QDLF2 12,00 0,9 13,33 1 13,33 Tabela 2: Demandas de TUG’s e Iluminação 3.2 Cálculos das Demandas das Máquinas de Refrigeração tipo SPLIT Fazendo uso das equações 1 e 2, obtém-se os resultados mostrados na tabela 3. Quadro Quant. P (kW) fp Pinst (kVA) fu rend Dind (kVA) fs Dgrupo (kVA) MR1 8 14,067 0,92 8 · 15,29 0,86 0,88 14,94 0,80 95,616 MR2 20 10,550 0,92 20 · 11,48 0,86 0,88 11,22 0,82 184,008 MR3 30 7,067 0,93 30 · 7,56 0,86 0,88 7,39 0,84 186,228 Tabela 3: Demandas das Máquina de Refrigeração tipo SPLIT 3.3 Cálculo da Demanda do Motor de Indução A demanda do motor de indução é dada pelas mesmas equações 1 e 2 e os fatores de demanda, simultaneidade e utilização são definidos pelas tabelas 4, 5 e 6, retiradas do Mamede[1]. Número de Motores em Operação Fator de demanda (%) 01 – 10 70 – 80 11 – 20 60 – 70 21 – 50 55 – 60 51 – 100 50 – 60 >100 45 – 55 Tabela 4: Fator de Demanda dos Motores de Indução Aparelhos (CV) Número de Aparelhos 2 4 5 8 10 15 20 50 Motores: 3/4 a 2,5 0,85 0,80 0,75 0,70 0,60 0,55 0,50 0,40 Motores: 3 a 15 0,85 0,80 0,75 0,75 0,70 0,65 0,55 0,45 Motores: 20 a 40 0,80 0,80 0,80 0,75 0,65 0,60 0,60 0,50 Motores: > 40 0,90 0,80 0,70 0,70 0,65 0,65 0,65 0,60 Retificadores 0,90 0,90 0,85 0,80 0,75 0,70 0,70 0,70 Soldadores 0,45 0,45 0,45 0,40 0,40 0,30 0,30 0,30 Fornos Resistivos 1,00 1,00 Fornos de Indução 1,00 1,00 Tabela 5: Fator de Simultaneidade dos Motores de Indução Mariana Vanderlei Brasil 10 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V Aparelhos fu Fornos à Resistência 1,00 Secadores, caldeiras . . . 1,00 Fornos de Indução 1,00 Motores de 3/4 a 2,5CV 0,70 Motores de 3 a 15CV 0,83 Motores de 20 a 40CV 0,85 Motores > 40CV 0,87 Soldadores 1,00 Retificadores 1,00 Tabela 6: Fator de Utilização dos Motores de Indução Quadro Quant. P (kW) fp Pinst (kVA) fu rend Dind (kVA) fs Dgrupo (kVA) CCM1 3 36,775 0,85 3 · 43,265 0,87 0,92 40,913 0,85 104,329 CCM2 10 7,355 0,90 10 · 8,172 0,83 0,93 7,293 0,70 51,053 Tabela 7: Demandas dos Motores de Indução 3.4 Cálculo da Demanda de Tomadas de Uso Específico As demandas das tomadas de uso específico são definidas mediante as equações 4 e 5 que seguem abaixo. Considerando o fator de demanda 0,86 e fator de potência unitário, tem-se: Pinst(kVA) = Pot(kVA) fp = 100 kVA (4) D(kVA) = Pinst · fd = 86 kVA (5) 3.5 Demanda Total A potência total instalada é dada pelo somatório das potências calculadas em kVA, logo Pinst,tot(kVA) = + 15,11 + 13,33 + 122,32 + 229,6 + 226,8 + 129,795 + 81,72 + 100 Total 918,675 kVA Através do mesmo raciocínio, pode-se calcular a demanda total. Dtotal(kVA) = + 15,11 + 13,33 + 95,616 + 184,008 + 186,228 + 104,329 + 51,053 + 86 Total 918,675 kVA Mariana Vanderlei Brasil 11 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 4 Transformadores A definição das potências instalada e demandada permite a especificação e dimensionamento do(s) transformadores de força. Desta forma, sendo a potência de atendimento a própria de- manda calculada na seção anterior (735,674 kVA), e estimando uma taxa de crescimento de 5% dentro do horizonte de 5 anos; tem-se a demanda de 938,927 kVA. Assim, opta-se pelo emprego de dois transformadores de 500 kVA paralelados. Ambos os trafos escolhidos são do fabricante WEG, com secundário em barra fechada. O paralelismo dos transformadores cujas características seguem na tabela 8 deverá obedecer aos seguintes critérios: ? A alimentação primária dos mesmos deve ter as mesmas características elétricas. Os mes- mos estarão ligados ao mesmo barramento primário (13,8 kV); ? Os transformadores devem ser idênticos1 e possuir o mesmo deslocamento angular; ? A tensão no secundário tem de ser igual. Os mesmos estação ligados no secundário em barra fechada (220/127V); ? Os fatores de potência de curto-circuito devem ser iguais; ? A relação entre as potências nominais não deve ser maior que 3:1. Atributo Valor Potência 500 kVA Norma de Fabricação NBR 5356/93 Refrigeração ANAN Atmosfera Não é agressiva Proteção IP20 Classe do Material Isolante F ( 155oC) Classe de Tensão 15 kV Tensão Primária 13,8/13,2/12,6/12,0/11,4 kV Tensão Secundária 220/127V Primário Triângulo (∆) Secundário Estrela com neutro acessível Deslocamento angular 30o Frequência Nominal 60Hz Perdas em Vazio Sob Consulta Perdas Totais Sob Consulta Corrente de Excitação 1,2% Impedância a 75oC 6% Comprimento (C) 2000mm Largura (L) 1200mm Altura (A) 1650mm Peso 1900 kg Tabela 8: Especificação dos Transformadores 1Garantido pelo fabricante Mariana Vanderlei Brasil 12 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V Figura 2: Transformador Mariana Vanderlei Brasil 13 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 5 Cálculo da Fator de Potência Devido ao caráter indutivo de algumas cargas, faz-se necessário a contabilização da potência reativa total da instalação a fim de averiguar a necessidade ou não do projeto e instalação de um banco de capacitores. Deste modo, os cálculos a serem realizados baseiam-se na tabela 9, que segue abaixo. Quadro Potência (kW) fp Reativo (kVAr) QFL1 13,600 0,90 6,57 QFL2 12,000 0,90 5,81 QFMR1 112,536 0,92 47,94 QFMR2 211,000 0,92 89,88 QFMR3 210,990 0,93 83,39 QFCCM1 110,325 0,85 68,37 QFCCM2 73,550 0,90 35,62 QF 100,000 1,00 0,00 Tabela 9: Listagem das Potências Instaladas e fp 5.1 Potência Total Ativa Patv,tot(kW ) = + 13,6 + 12,0 + 112,536 + 211,0 + 210,99 + 110,325 + 73,55 + 100,0 Total 844,001 kW 5.2 Potência Total Reativa Patv,tot(kW ) = + 6,57 + 5,81 + 47,94 + 89,88 + 83,39 + 68,37 + 35,62 Total 337,58 kVAr 5.3 Fator de Potência Calculando então o fator de potência resultante.fp = cos [ tg−1 ( Qtotal(kV Ar) Ptotal(kW ) )] fp = cos [ tg−1 ( 337,58 844,001 )] fp = 0,928 Mariana Vanderlei Brasil 14 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V Dessa forma, o fator de potência está adequado, já que se encontra dento da faixa requerida por norma (> 0,92). Assim, não há necessidade da implementação de banco de capacitores. Mariana Vanderlei Brasil 15 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 6 Grupo Gerador Tomando por base que as cargas essenciais são aquelas responsáveis pelo circuito de ilumi- nação e tomadas de uso geral. Visto que, durante uma interrupção de fornecimento elétrico por parte da concessionária, não teríamos o comprometimento da segurança dos usuários bem como das atividades desenvolvidas. Dessa forma, obteremos o grupo gerador responsável por atender essas cargas. Pgerador ≥ DQFL1 +DQFL2 = 15, 11 + 13, 33 ≥ 28, 44 kVA = 40, 0 kVA Potência do grupo gerador a diesel da Heimer da linha de motores Mercedes Benz, 60Hz, modelo GEHM-40, conforme as carcterísticas mostradas nas tabelas 10 e 11. Categoria Especificação Fabricante MWM International Modelo D229-3 Potência 50hp (1800rpm) / 40hp (1800 rpm) Cilindros 3 em linha Cilindrada Total 2,94 litros (102 X 120mm) Compressão 17:1 Aspiração Natural Combustão Injeção direta Consumo 8 l/h (60Hz), 6,6 l/h (50Hz) a 75% de carga contínua Sistema de Arrefecimento Radiador e ventilador Filtros Ar, combustível e óleo Sistema Elétrico 12Vcc (com bateria incluída), alternador e carregador de bateria Painel RPM, horímetro, temperatura da refrigeração, pressão do óleo, partida Proteção Parada do motor por superaquecimento e baixa pressão do óleo Tabela 10: Características Técnicas do Motor Categoria Especificação Fabricante Heimer Modelo ATED Tipo Síncrono, sem escovas, com imã permanente, 4 pólos trifásico ou monofásico Ligação Estrela com neutro acessível Regulação Regulador de tensão eletrônico. Ventilação Ventilador montado no eixo Isolamento Classe "H" Mancais Mono ou duplo mancal (Disponível sob pedido) Tabela 11: Características Técnicas do Altenador Mariana Vanderlei Brasil 16 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 7 Cálculo das Correntes de Curto Circuito Demonstra-se, nas subseções em sequência, os cálculos das correntes de curto circuito. 7.1 Correntes de Curto Circuito no Ponto de Entrega A seguir serão apresentados os valores referentes às correntes de curtos circuitos vistos do lado de alta tensão (AT). Z1 = 0,9599 + j2,6296 pu Z0 = 1,9967 + j4,0325 pu Vbase = 13, 8 kV Sbase = 100MVA I. Corrente de base do sistema do lado AT: IB = 100M√ 3 · 13.800 = 4, 18 kA (6) II. Corrente de curto circuito trifásica: ICC3φ = 1 0,9599 + j2,6296 · 100M√ 3 · 13, 8 k = 1,494 kA (7) III. Corrente de curto circuito bifásica (considerando z1 = z2): ICC2φ = √ 3 2 · 1,494 k = 1,294 kA (8) IV. Corrente de curto circuito fase-terra franco: ICCftmı́n = 3 · 1 2 · (0,9599 + j2,6296) + (1,9967 + j4,0325) · 100M√ 3 · 13, 8 k = 1,244 kA (9) V. As potências de curto circuito no ponto de entrega podem ser calculadas da seguinte forma: PCC,3φ = √ 3 · Vfasepré · ICC,3φ = √ 3 · 13.800 · 1.494 = 35,71MVA (10) PCC,ftmı́n = Vfasepré√ 3 · ICC,ftmı́n = 13.800√ 3 · 1.244 = 9,912MVA (11) VI. Corrente de carga máxima: IC,mx = 1M√ 3 · 13.800 = 41,83A (12) Mariana Vanderlei Brasil 17 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 7.2 Correntes de Curto Circuito em Baixa Tensão – Barramento Se- cundário Para realizar os cálculos das correntes de curto circuito no lado de baixa tensão, deve-se considerar as impedâncias dos transformadores em paralelo, visto pelo lado de baixa. Como eles possuem as mesmas características, pode-se determinar a impedância de apenas. Conforme a tabela 8, a impedância dos transformadores é de 6% a 75o, logo: ZT1,pu = ZT2,pu = j0,06 (13) Desta forma, calcula-se a impedância vista do lado de baixa tensão (BT) em Ohms e em pu. ZT1(Ω) = ZT2(Ω) = j0,06 · 13.8002 500 k = j22,85 Ω (14) ZT1(pu) = ZT2(pu) = j22,85 · 100M 13.8002 = j12 pu (15) ZTeq = j12 2 = j6 pu (16) (17) I. Corrente de base do sistema do lado BT IB = 100M√ 3 · 220 = 262, 431 kA (18) II. Corrente de curto circuito trifásica ICC,3φ = 1 0,9599 + j2,6296 + j6 · 100M√ 3 · 220 = 30,224 kA (19) III. Corrente de curto circuito bifásica ICC,2φ = √ 3 2 · 30,224 k = 26,175 kA (20) IV. Corrente de curto circuito fase terra mínimo ICC,ftmı́n = 3 · 1 2 · (0,9599 + j2,6296) + (3 · j6) · 100M√ 3 · 220 = 33,734 kA (21) V. As potências de curto circuito no barramento secundário podem ser calculadas da seguinte Mariana Vanderlei Brasil 18 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V forma PCC,3φ = √ 3 · Vfase · ICC,3φ = √ 3 · 220 · 30.224 = 11,517MVA (22) PCC,ftmı́n = Vfase√ 3 · ICC,ftmı́n = 220√ 3 · 33.734 = 4,285MVA (23) Mariana Vanderlei Brasil 19 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 8 Medição Os transformadores de medição de corrente (TC) e o de potência (TP) são fornecidos pela concessionária conforme a norma de Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária de Distribuição – 13,8 kV , disponibilizada pela COSERN, a qual ratifica: ? A medição é única e individual por unidade consumidora e instalada na propriedade do consumidor; ? Os equipamentos de medição, tais como medidores, TPs e TCs são fornecidos e lacrados pela concessionária, ao passo que ao consumidor cabe assegurar o livre acesso dos funcio- nários da concessionária ao local de instalação; ? Os eletrodutos contendo os condutores até a caixa de medição devem ser aparentes, não sendo admitida instalação embutida; ? A medição de energia elétrica para fornecimento em tensão primária de distribuição classe 15 kV ocorre no circuito primário, quando: a) O posto de transformação ou unidade consumidora possuir tensão diferente da pa- dronizada pela concessionária; b) A capacidade instalada da subestação for superior a 225 kVA; c) Existir rede primária particular na propriedade do cliente. ? São utilizados 3 (três) transformadores de potencial e três (3) de corrente conforme espe- cificações a seguir: a) Transformador de potencial de medição, tensão nominal 13,8 kV , classe de isolamento 15 kV , grupo de ligação 2, tensão secundária 115 V, classe de exatidão de 0,3% e uso interno; b) Transformador de corrente de medição, tensão nominal 13,8 kV , classe de isolamento 15 kV , classe exatidão 0,3%, fator térmico FT=1,5, uso interno e relação de transfor- mação conforme tabela 05 do anexo I da norma. 8.1 Dimensionamento e Especificação do TPAT Conforme comentado previamente, o TP de medição localizado na cabine de medição é de responsabilidade da concessionária, cabendo a ela a especificação do TP conforme a tabela 12. Atributo Valor Tensão primária 13,8 kV Tensão secundária 115V Classe de isolamento 15 kV Grupo de ligação 2 Classe de Exatidão 0,3 % NBI 95kV Equipamento de uso interno Tabela 12: Especificação do TPAT de medição Mariana Vanderlei Brasil 20 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 8.2 Dimensionamento e Especificação do TCAT Da mesma forma que o TPAT, tem-se os resultados mostrados na tabela 13. Atributo Valor Tensão primária 13,8 kV Classe de isolamento 15 kV Classe de Exatidão 0,30 % Fator térmico 1,5 Equipamento de uso interno Relação de transformação para carga instalada (kVA) 901−−1.200 : 40/5A. Tabela 13: Especificação do TCAT de medição 8.3 Dimensionamento e Especificação de TCBT Corrente de carga no lado BT: Icarga = 1000 k√ 3 · 220 = 2624,32A (24) Utilizando um fator de assimetria de 1,4: Icarga,máx = Icarga · fa = 2624,32 1,4 = 1874,51A (25) ICC,3φ = 30,224 kA (26) Para dimensionar o TC, deve-se atender a dois critérios: InpTC ≥ IC,máx = 1874,51A (27) InpTC ≥ ICC,máx FS = 30,224 k 20 = 1511,2A (28) (29) Para o TC de medição, a FS é igual a 20 vezes a corrente primárianominal, dessa forma a relação de tranformação (RTC) é 2000 : 5A. Abaixo, na tabela 14, encontra-se o consumo dos equipamentos especificados. Atributo Valor Potência dos equipamentos 6,0V A Consumo dos cabos 1,0V A Consumo próprio do TC 2,0V A Tabela 14: Consumo dos Dispositivos de Medição Para as potências verificadas, determinamos um TC C12,5 para atender as necessidades do projeto. Mariana Vanderlei Brasil 21 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 9 Proteção 9.1 Proteção contra Sobretensões – Pára-Raios Protegem os sistemas elétricos contra surtos de tensão e, para dimensioná-los, a seguinte relação expressa na equação 30 deve ser garantida. vnom,60Hz ≥ faterr · Vmáx (30) A determinação do fator de aterramento (faterr) é obtida a partir dos passos que seguem. Calcular as relações:R1th/X1th, X0th/X1th e R0th/X1th no ponto de instalação do pára-raio. Z1 = 0,9599 + j2,6296 pu Z0 = 1,9967 + j4,0325 pu R1th X1th = 0,9599 2,6296 = 0,365 (31) X0th X1th = 4,0325 2,6296 = 1,533 (32) R0th X1th = 1,9967 2,6296 = 0,759 (33) Figura 3: Condições de Tensão para R1th/X1th = 0,2 Com os resultados obtidos nas equações 31, 32 e 33 , defini-se 0,70 como fator de aterramento. Assim, podemos calcular a tensão nominal do pára-raio, conforme mostrado na equação 34. Mariana Vanderlei Brasil 22 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V Vnom,60Hz ≥ 0,70 · 13.800 · 1,05 ≥ 10,143 kV (34) Logo, adota-se 12 kV como tensão nominal do pára-raio, já que este é o valor comercial imediatamente acima do calculado. As demais especificações se encontram na tabela 15. Atributo Detalhe Valor Corrente de Descarga Nominal Normalizada 8/50µs 10 kA Tensão Nominal Eficaz 12 kV Tensão Disruptiva de Impulso Atmosférico 1,2/50µs 43 kV Tensão Disruptiva à Frequência Industrial 18 kV Tensão Disruptiva Eficaz Máxima de Manobra 31 kV Tabela 15: Especificação do SPDA Os pára-raios deverão ser interligados à haste de aterramento por meio de condutores de aço cobreado, bitola 2AWG, sendo um pára-raio por fase de óxido metálico em invólucro polimérico. 9.2 Dimensionamento do TCAT Devemos dimensionar 3 TC’s que serão utilizados na alimentação dos relés 50/51/50N/51N, instalados para operação do disjuntor de AT. ICC,3φ = 1,494 kA (35) IC,máx = 41,83A (36) O dimensionamento do TC deve atender os dois critérios expressos nas equações 37 e 38, que seguem abaixo. InpTC ≥ IC,máx = 41,83A (37) InpTC ≥ ICC,máx FS = 1,494 kA 20 = 74, 7A (38) Dessa forma, InpTC = 100A e InsTC = 5A. Relação de transformação (RTC) = 100 : 5. E, o consumo dos equipamentos se encontra expresso na tabela 16. Atributo Valor Potência do relé 2,0V A Consumo dos cabos 2,0V A Consumo próprio do TC 2,0V A Tabela 16: Consumo dos Dispositivos de Proteção Para as potências verificadas, as necessidades do projeto serão atendidas com um TC C12,5, cuja especificação encontra-se na tabela 17. Mariana Vanderlei Brasil 23 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V Atributo Valor Destinação Proteção Uso Interior Classe de exatidão 10B50 Classe de tensão 15 kV Número de enrolamentos secundários 25 : 1 Fator térmico k = 1,3 Carga nominal C12,5 Relação de transformação 100 : 5A Nível de isolamento 95 kV Tipo em epóxi Tabela 17: Especificação do TC de Proteção 9.3 Proteção Contra Sobrecorrente Para que haja um funcionamento adequando dos dispositivo de proteção contra sobrecor- rente, é necessário um estudo prévio de coordenação entre o relé do consumidor e o relé da concessionária, objetivando o pleno funcionamento do sistema. Ajustes do relé associado ao religador da concessionária: ? RTC 600/5 ? Relé 8IRD-C2N2, Fabricante: ZIV Grid Automation ? Fase: ◦ Unidade 51: Tap 2 A Curva 0,1 NI IEC ◦ Unidade 50: Tap 16 A Tempo: 0,08 s ? Neutro: ◦ Unidade 51N: Tap 0,4 A ◦ Unidade 50N: Tap 1,5 A ? Neutro Sensível: ◦ Unidade 51Ns: Tap 0,1 A ? Outras funções: ◦ Curva 0,1 NI IEC Tempo: 0,08 s ◦ Tempo: 6 s ◦ Fase aberta: 0.35 I2/I1 Tempo 5.0 s ? Religamentos Automáticos: ◦ Número de religamentos: 2 ◦ Tempos dos religamentos: 1.5 / 15 s ◦ Sequência de operações: (50/51/50N/51N) / (51/51N) / (51/51N) ◦ Funções que bloqueiam o religamento: 51NS / FASE ABERTA ◦ Tempo de Reset: 60 s Mariana Vanderlei Brasil 24 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V Relé do consumidor a ser usado: ? Fabricante: Pextron ? Modelo: URPE-7104 ? Dimensões: ◦ Largura: 75mm ◦ Altura: 144mm ◦ Profundidade: 230mm ? Características para ajustes: ◦ Unidade Temporizada de Fase: � Tap: de 0,25 a 16 x TC � DT: (Curvas: NI-MI-LONG-IT-I 2T) de 0,10 a 2,0 � TD: (Tempo Definido): de 0,05 a 240 seg. ◦ Unidade Instantânea de fase: � TAP: de 0,25 a 100 x TC � TD: (Tempo Definido): de 0,05 a 240 seg. ◦ Unidade Temporizada de Neutro: � TAP: de 0,15 a 6,5 x TC � DT: (Curvas: NI-MI-LONG-IT-I 2T) de 0,10 a 2,0 � TD: (Tempo Definido): de 0,05 a 240 seg ◦ Unidade Instantânea de Neutro: � TAP: de 0,15 a 50 x TC � TD: (Tempo Definido): de 0,05 a 240 seg. Figura 4: Relé Pextron URPE–7104 Mariana Vanderlei Brasil 25 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 9.3.1 Unidade de Fase Temporizada – 51 A partir dos dados da concessionária tem-se: mconc = ICC,máx Itap ·RTC = 1494 2 · 120 = 6,22 (39) trelé,conc = k1 · TMS mk2 − 1 = 0,14 · 0,1 6,220,02 − 1 = 0,376 s (40) Dessa forma, trelé,cons ≤ trelé,conc − 0,2 s ≤ 0,376− 0,2 s ≤ 0,176 s (41) Para o ajuste da corrente mínima de atuação da unidade 51 de fase, será utilizada a equa- ção 42, abaixo. ttap = 0,1 · Icarga,máx RTC = 0,1 · 41,83 20 (42) = 2,09A No entanto, o tap do consumidor tem que ser menor que o da concessionária, para assim haver coordenação. Dessa forma, sabendo que o tap da concessionária é de 2 A, usaremos para o consumidor 1 A. Itap = 2,09A (43) Múltiplo do consumidor: mcons = ICC,máx Itap ·RTC = 1494 1 · 20 = 74,7 (44) Como o valor de m e superior a 20, utilizaremos m = 20 em virtude da saturação. Adotando a curva NI–IEC (k1 = 0,14 e k2 = 0,02), com TMS = 0,1, pois esse é o mínimo valor que o relé especificado atende. trelé,cons ≥ k1 · TMS mk2 − 1 = 0,14 · TMS 200,02 − 1 ≥ 0,14 · 0,1 200,02 − 1 ⇒ trelé,cons ≥ 0,22 s < trelé,conc (45) Mariana Vanderlei Brasil 26 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 102 103 10−0.5 100 100.5 Corrente de Curto (A) T em po do R el é( s) Coordenação Curva NI–IEC | Fase Concessionária Consumidor Figura 5: Curva de Coordenação da Unidade 51 de Fase 9.3.2 Unidade de Neutro Temporizada – 51N A partir dos dados da concessionária, tem-se: mconc = ICC,fase−terra Itap ·RTC = 1244 0,4 · 120 = 25,91 (46) Como o valor de m é superior a 20, faz-se m = 20. trelé,conc = k1 · TMS mk2 − 1 = 0,14 · 0,1 200,02 − 1 = 0,226 s (47) Tempo de atuação do relé do consumidor trelé,cons ≤ trelé,conc − 0,2 s ≤ 0,226− 0,2 s ≤ 0,026 s (48) Para o ajuste da corrente mínima de atuação da unidade 51 de fase, será utilizada a equa- ção 49, abaixo. tmı́n,AT ≥ 0,1 · Icarga,máx RTC = 0,1 · 41,83 20 (49) ≥ 2,09A⇒ tmı́n,AT = 0,22A Múltiplo do consumidor: mcons = ICC,fase−terra Itap ·RTC = 1244 0,22 · 20 = 282,72 (50) ⇒ mcons = 20 (51) (52) Será utilizada a curva NI–IEC (k1 = 0,14 e k2 = 0,02), com TMS = 0,1, pelo mesmo que Mariana Vanderlei Brasil 27 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V anteriormente. trelé,cons ≥ k1 · TMS mk2 − 1 = 0,14 · TMS 200,02 − 1 ≥ 0,14 · 0,1 200,02 − 1 ⇒ trelé,cons ≥ 0,22 s < trelé,conc (53) 101 102 103 10−1 100 Corrente de Curto (A) T em po do R el é( s) Coordenação Curva NI–IEC | Neutro Concessionária Consumidor Figura 6: Curva de Coordenação da Unidade 51 de Neutro 9.3.3 Unidade de Fase Instantânea – 50 O relé deve atuar para os valores de corrente de curto-circuito bifásico e trifásico. Será usado para o cálculo da corrente de ajuste instantânea a corrente de curto-circuito bifásico,pois o relé atuando para uma corrente de curto-circuito bifásico, atuará também para o curto-circuito trifásico. (3 a 8) · Icarga,máx RTC ≤ IAT,inst ≤ ICC,2φ RTC (54) 8 · 41,83 20 ≤ IAT,inst ≤ 1294 20 (55) 16, 73A ≤ IAT,inst ≤ 64,7A (56) Como a unidade 50 de fase da concessionária está ajustada para uma corrente de 16A secun- dário, 1920A primário e tempo de 0,08 s. Ajusta-se a unidade 50 de fase do consumidor para uma corrente primário menor que 1920A. Dessa forma, 500A, ou seja 25A secundário e tempo de 0,04 s. 9.3.4 Unidade de Neutro Instantânea – 50N Fazendo as mesmas considerações da unidade 50 de Fase para a unidade 50 de Neutro. (3 a 8) · Ideseq RTC ≤ IAT,inst ≤ ICC,fase−terra RTC (57) Ideseq = (0,1 a 0,3) · Icarga,máx (58) Mariana Vanderlei Brasil 28 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 8 · 0,2 · 41,83 20 ≤ IAT,inst ≤ 1244 20 (59) 3,346A ≤ IAT,inst ≤ 62,2A (60) 9.3.5 Resumo das funções de proteção de Sobrecorrente – Relé URPE -7104 ? Ajustes das unidades 50/51 de Fase e 50/51 de Neutro: ◦ RTC: 20: 100/5 ◦ Sobrecorrente Temporizada de Fase- 51: � Tap: 1 A, Curva: 0,1- NI IEC. ◦ Sobrecorrente Instantânea de Fase- 50 � Tap: 25 A, Tempo: 0,04 s. ◦ Sobrecorrente Temporizada de Neutro – 51N: � Tap: 0,22 A, Curva: 0,1- NI IEC. ◦ Sobrecorrente Instantânea de Neutro- 50N � Tap: 5,5 A, Tempo: 0,04 s 9.4 Disjuntores 9.4.1 Disjuntores AT Por determinação da norma da COSERN item 4.10.3.6, a proteção utilizada no ponto de AT deverá obedecer os seguintes parâmetros mínimos para potência acima de 225 kVA: ? Acionamento automático na abertura ? Capacidade de interrupção nominal mínima = 350MVA ? Corrente nominal mínima = 350A 9.4.2 Disjuntores BT Os disjuntores de baixa tensão são dimensionados a partir da corrente que passará pelos seus terminais. Sendo utilizado um disjuntor para o quadro de luz e força, três para o quadro de máquinas de refrigeração tipo Split e um para os motores de indução, seguindo aos seguintes critérios estabelecidos pela NBR 5410[2]: Ic ≤ In ≤ IzI2 ≤ 1,45 · Iz (61) ? QLF In = Sn√ 3 · 220 = 15,11 + 13,33 + 86)k√ 3 · 220 = 300,33A 300,33 ≤ In ≤ 367 In = 350A (62) I2 = 1,35 · In = 1,35 · 350 = 472,5A 472,5 ≤ 1,45 · 367⇒ 472,5 ≤ 532,15 Mariana Vanderlei Brasil 29 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V Disjuntor 1: In = 350A ? QMR1 In = Sn√ 3 · 220 = 95,616 k√ 3 · 220 = 250,92A 250,92 ≤ In ≤ 321 In = 300A (63) I2 = 1,35 · In = 1,35 · 300 = 405A 405 ≤ 1,45 · 321⇒ 405 ≤ 465,45 Disjuntor 2: In = 300A ? QMR2 In = Sn√ 3 · 220 = 184,008 k√ 3 · 220 = 482,89A 482,89 ≤ In ≤ 502 In = 500A (64) I2 = 1,35 · In = 1,35 · 500 = 675A 675 ≤ 1,45 · 502⇒ 675 ≤ 727,9 Disjuntor 3: In = 500A ? QMR3 In = Sn√ 3 · 220 = 186,228 k√ 3 · 220 = 488,72A 488,72 ≤ In ≤ 502 In = 500A (65) I2 = 1,35 · In = 1,35 · 500 = 675A 675 ≤ 1,45 · 502⇒ 675 ≤ 727,9 Disjuntor 4: In = 500A Mariana Vanderlei Brasil 30 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V ? QCCM In = Sn√ 3 · 220 = (104,329 + 51,053) k√ 3 · 220 = 407,77A 407,77 ≤ In ≤ 502 In = 500A (66) I2 = 1,35 · In = 1,35 · 500 = 675A 675 ≤ 1,45 · 502⇒ 675 ≤ 727,9 Disjuntor 5: In = 500A De acordo com a tabela de dimensionamento de condutores da NBR 5410[2], para três con- dutores pelo método A1, tem-se que: ? Condutor de saída do disjuntor 1: 240mm2 ? Condutor de saída do disjuntor 2: 185mm2 ? Condutor de saída do disjuntor 3: 400mm2 ? Condutor de saída do disjuntor 4: 400mm2 ? Condutor de saída do disjuntor 5: 400mm2 Mariana Vanderlei Brasil 31 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 10 Dimensionamento dos Barramentos 10.1 Barramento de Alta Norma da COSERN. 10.2 Barramento de Baixa Ib = Strafo√ 3 · Vb = 500 k√ 3 · 220 = 1312,16A (67) Assim, conforme a tabela 18, retirada do livro do Mamede, o barramento que atenderá a corrente de 1312,16A tem seção de 799mm2, 10mm de espessura e 80mm de largura. Largura Espessura Seção Peso Resistência Reatância Capacidade de Corrente Permanente (A) mm mm mm2 kg/m mΩ/m mΩ/m Barra Pintada Barra Nua Número de Barras por fase 1 2 3 1 2 3 80 5 399,0 3,550 0,0548 0,1792 1.070 1.680 1.830 885 1.450 1.75010 799,0 7,110 0,0273 0,1530 1.500 2.410 3.170 1.240 2.110 2.790 Tabela 18: Dimensionamento de Barramento Mariana Vanderlei Brasil 32 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 11 Dados Gerais A subestação é do tipo abrigada de alvenaria com entrada dos cabos de alta tensão aérea a partir do poste, o qual deve ser de concreto armado, tipo duplo T, atura mínima de 11 metros, com esforços compatíveis com as tensões mecânicas aplicadas. De acordo com a tabela 2 da Norma da COSERN, o ramal de entrada da Subestação deve ser dimensionado de acordo com a potência instalada na mesma. Para o caso em que: 701 ≤ S (V A) ≤ 1200 (68) Para o lado de alta tensão serão utilizados condutores de cobre unipolar com nível de isolação 15 kV , com bitolas de 35mm2, e diâmetro do eletroduto de 4” e devem ter comprimento de reserva mínimo de 1 a 2 metros. O barramento será do tipo: ? Tubo de Cobre: IPS 3/8 ou 17,2mm2; ? Barra de Cobre: 3/4” × 3/16”; ? Vergalhão de Cobre: 1/4” ou 6,3mm2. Pintado nas cores vermelha (Fase A), branca (Fase B) e marrom (Fase C). Todos os postos terão iluminação natural, sempre que possível, e artificial, além de iluminação de segurança com autonomia de 2 horas. As chaves-fusíveis, de acordo com a norma, devem ser de 100A para subestações com potência até 2MVA. A proteção dos transformadores contará com 3 chaves com elo fusível 40K para a potência nominal de 1000 kVA. No ponto de entrega deverão ser instaladas quatro muflas de 15 kV sendo uma de reserva e uma chave seccionadora do lado de baixa de FSW 100 kA− 8 kV . Altura da Subestação Quando a entrada e/ou saída de média tensão for aérea, o pé direito do prédio da subestação deverá ter uma altura mínima de 5,5 metros. Posto de medição A caixa de medição[4] terá dimensão de 700×200×700mm. Será uma caixa de chapa de ferro No20 USG, a caixa terá pintura interna/externa anticorrosiva tipo zacoprimer e com esmalte sintético cinza. Ela será fixada com madeira compensada de boa qualidade com espessura de 20mm. Para garantir livre acesso, reservaremos uma área de 1800 × 2000 para o posto de medição. Posto de proteção As dimensões[1] do posto de proteção podem ser dadas por: Dp = Dd + 1000mm Onde: Dp : dimensão do posto (largura ou comprimento) Dd : dimensão do disjuntor (largura ou comprimento) Então a subestação terá um posto de proteção com: 1420× 1280mm. Posto de transformação O cálculo da área do posto de transformação é semelhante à área do posto de proteção. Portanto, o posto de transformação será de: 5900× 4300mm. Porta de Acesso Principal Deve ser provida de portas metálicas, de preferência em venezi- anas, com dimensões mínimas de 1,20m× 2,10m e abertura para fora. Mariana Vanderlei Brasil 33 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V Abertura de Ventilação Ventilação natural através de no mínimo duas aberturas localizadas em paredes e níveis diferentes, protegidas por meio de telas metálicas resistentes, com malha máxima de 13mm × 13mm e mínima de 5mm × 5mm, em arame galvanizado com seção mínima de 12 BWG. Cada uma das janelas deve ter área livre mínima de 1m2 ou 0,002m2/ kVA, adotando-se o critério de maior valor; A metade das janelas deverão ficar o mais próximo possível do teto e a outra metade a no máximo 0,20 metros do piso, se possível em paredes opostas; Mariana Vanderlei Brasil 34 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 12 Dimensionamento da Malha de Terra A malha de terra é uma estrutura de segurança cuja função é o escoamento das correntes de falta para a terra. Porém, a passagem destas correntes culminam no surgimento de potenciais na superfície do solo que podem oferecer um risco à vida humana. Desta forma, o projeto da malhade terra tem o objetivo de se determinar os espaçamentos máximos entre os condutores da malha de modo a garantir que esse potenciais oriundo de uma falta fase-terra máxima sejam inferiores ao potenciais de toque e passo que uma pessoa ser submetida sem a ocorrência de fibrilação ventricular[3]. Além disso, os condutores da malha devem ser dimensionado de maneira a suportarem os esforços térmicos e mecânicos que poderão por ventura sofrer. No presente trabalho, deciciu-se realizar o dimensionamento da malha de terra através dos passos descritos no livro do mamede[1]. O local da subestação foi arbitrado e o resultado das medições da resistividade do mesmo está presente na tabela 19. A corrente de falta fase-terra franca foi calculada na equação 9 (1,244 kA), que resulta no tempo de atuação calculado na equação 48 (0,026 s). Desta forma, a corrente de malha resulta no resultado expresso na equação 69. IFcabodamalha = 0,6 · Ifalta ≈ 746,4A (69) Dist.(m) A B C D Ex Ey 2 1,1750E+03 1,6537E+03 5,5418E+02 1,0216E+03 7,2885E+02 8,4069E+02 4 1,5105E+03 2,4153E+03 6,4340E+02 1,6864E+03 9,8018E+02 1,0229E+03 8 2,0559E+03 2,8400E+03 1,3572E+03 2,2720E+03 1,7995E+03 1,6588E+03 16 1,7593E+03 2,5334E+03 1,8397E+03 2,5836E+03 2,1715E+03 1,6990E+03 Tabela 19: Resistividade Calculada a partir das Medições de Resistência Figura 7: Planta com os pontos demarcados a serem medidos. Mariana Vanderlei Brasil 35 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 2 4 6 8 10 12 14 16 500 1,000 1,500 2,000 2,500 3,000 Distância entre as hastes (m) R es is ti vi da de (Ω m ) Perfil da Resistividade A B C D Ex Ey Figura 8: Perfil da Resistividade do solo. Mariana Vanderlei Brasil 36 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 13 Quantitativo do Material Mediante os cálculos e considerações realizadas no decorrer do presente trabalho e com a aplicação de uma margem de segurança para cada item, obteve-se uma listagem do material a ser empregado na subestação, conforme mostrado na tabela 20 Material Especificação Quant. Mufla Terminação polimérica a frio 3un Cavalete de Medição Tamanho 1400 x 1310 x 450 mm; caixa de passagem 50 x 100 em ferro esmal- tado de alumínio fundido com tampa de ferro. 1un Pára-raio Material: óxido de zinco polimérico. Tensão nominal 12 kV rms, tensão de operação contínua 10,2 kV rms, máxima tensão residual para impulso de cor- rente íngrime 43,9 kV pico, máxima ten- são residual para corrente de impulso de manobra 500A de 32 kV. 3un Chave seccionadora Chave seccionadora tripolar abertura sem carga com base fusível e com aber- tura de queima de fusível - uso interno. 3un Haste de aterramento Haste de aço, revestida de cobre de 3 m e diâmetro 5/8". 15un Isolador Isolador cerâmico fixado na parede. 21un Transformadores Tranformador de 500 kVA à óleo, ONAN, com dreno em ferro com 100mm de diâmetro para escoamento de óleo, conforme especificações no item 4. 2un Kit para solda exotérmica Kit para realização de solda exotérmica 5un Tela de proteção Tela confeccionada com arame de bitola 12BWG com malha de 50 x 50 mm e protegido contra ferrugem. 50un Condutor nu (ramal de ligação) Cobre 30m2 Barramento de média tensão Barra de cobre 3/4"x 3/16" 30 Condutor de aterramento para instalação Seção 50 mm2 80 90 Tabela 20: Quantitativo do Material Mariana Vanderlei Brasil 37 Ricardo Luiz Soares de França Subestação Abaixadora 13,8kV/220V-127V 14 Referências [1] Filho, João Mamede; “Instalações Elétricas Industriais”, 6a edição; [2] NBR5410:2004, versão comentada [3] Norma Técnica CELG, “Critérios para Projetos e Procedimentos para Execuções de Ater- ramentos de Redes Aéreas e Subestações de Distribuição”, NTC60 [4] Norma COSERN – Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Primária de Distribuição – 13,8 kV . Mariana Vanderlei Brasil 38 Ricardo Luiz Soares de França Lista de Figuras Lista de Tabelas Problemática Introdução Cálculo da Demanda Cálculo das Demandas de Tomadas de Uso Geral e Iluminação Cálculos das Demandas das Máquinas de Refrigeração tipo SPLIT Cálculo da Demanda do Motor de Indução Cálculo da Demanda de Tomadas de Uso Específico Demanda Total Transformadores Cálculo da Fator de Potência Potência Total Ativa Potência Total Reativa Fator de Potência Grupo Gerador Cálculo das Correntes de Curto Circuito Correntes de Curto Circuito no Ponto de Entrega Correntes de Curto Circuito em Baixa Tensão – Barramento Secundário Medição Dimensionamento e Especificação do TPAT Dimensionamento e Especificação do TCAT Dimensionamento e Especificação de TCBT Proteção Proteção contra Sobretensões – Pára-Raios Dimensionamento do TCAT Proteção Contra Sobrecorrente Unidade de Fase Temporizada – 51 Unidade de Neutro Temporizada – 51N Unidade de Fase Instantânea – 50 Unidade de Neutro Instantânea – 50N Resumo das funções de proteção de Sobrecorrente – Relé URPE -7104 Disjuntores Disjuntores AT Disjuntores BT Dimensionamento dos Barramentos Barramento de Alta Barramento de Baixa Dados Gerais Dimensionamento da Malha de Terra Quantitativo do Material Referências
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